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PAGE 
SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO
42 DESENVOLVIMENTO
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................21
4 REFERÊNCIAS ......................................................................................................22
1 INTRODUÇÃO
No decorrer de toda a história do Brasil, que se deu por supremacia através da colonização, a escravidão e o autoritarismo cooperaram para a introjeção, no imaginário social, do comovido por incapacidade das populações negras e indígenas brasileiras. O negro brasileiro foi, desde sua chegada ao Brasil, o grande responsável em resistir à escravidão e às lutas pelo acesso à Educação. Foram os mesmos, também, que se programaram criando os movimentos sociais negros. As formas de perceber o mundo, 
abranger as necessidades, sendo individuais ou coletivas, que expressam diversas identidades e os simbolismos, mobilizando e legitimando um movimento social. A ideia de que, no Brasil, a situação dos negros, descendentes de africanos que foram escravizados, teve um desfecho pautado na harmonia e na fraternidade é uma visão do senso comum. 
O estudo em questão focou com ênfase esmiuçar a História da Cultura Afro-Brasileira e Indígena, onde trataremos de diversos assuntos de origem interdisciplinar. Relataremos sobre o momento em que a educação Brasileira investiga valorizar devidamente a história e a cultura de seu povo afrodescendente e indígena, direcionando assim consertar danos, que se repetem há séculos, a sua identidade e a seus direitos. O intuito do ambiente escolar da atualidade não apenas acumula informações, porém de formação de atitudes diante da aquisição de conhecimentos formais que possibilitam ao ser em aprendizado transformar-se como individualidade sociocultural, por meio de sua participação na ação coletiva do ensino e aprendizagem. 
2 DESENVOLVIMENTO
Referencial Teórico.
A perspectiva interdisciplinar exige que o docente esteja bem preparado em relação a disciplina que ministra e, além do mais, tenha o desejo de inovar, ser criativo, aberto ao novo e tenha a humildade de ensinar ao colega e também aprender com ele, interagindo em ciclos que não se fecham, mas que circundam.
Um trabalho na perspectiva interdisciplinar exige colocar em prática os quatro pilares da Educação: Aprender a Conhecer, Aprender a fazer, aprendera Conviver e Aprender a Ser, sendo o último essencialmente importante e capaz de ancorar a mais alta das aprendizagens, o ser interdisciplinar.
O exercício interdisciplinar vem sendo considerado uma integração de conteúdos entre disciplinas do currículo escolar, sem grande alcance e sem resultados convincentes. 
A interdisciplinaridade não dilui as disciplinas, ao contrário, mantém sua individualidade. Mas integra as disciplinas a partir da compreensão das múltiplas causas ou fatores que intervêm sobre a realidade e trabalha todas as linguagens necessárias para a constituição de conhecimentos, comunicação e negociação de significados e registro sistemático dos resultados. BRASIL (2002).
A lei 11.645 de 10 de março de 2008,alterou a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”, dotada de caráter político, a lei pretende simultaneamente contribuir para o fim de preconceitos raciais e afirmação da identidade e orgulho das origens, trata-se de uma medida reparatória e de inclusão que visa contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, com igualdade de oportunidades e livre de preconceitos.
O conteúdo programático curricular incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
Trata-se de um momento em que a educação brasileira busca valorizar devidamente a história e a cultura de seu povo afrodescendente e indígena, buscando assim reparardanos, que se repetem há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos.
A lei 11.645/08 vem trazer para a escola uma série de questões que antes eram silenciadas, ou simplesmente ignoradas pela comunidade escolar. Essa lei é de fundamental importância para que haja um reconhecimento da pluralidade da sociedade brasileira, que foi e é formada por diferentes histórias e culturas, diferenças estas que também se fazem presentes no espaço escolar.
Segundo o Ministério da Educação e Cultura (MEC),
Reconhecimento implica justiça e iguais direitos sociais, civis, culturais e econômicos, bem como valorização da diversidade daquilo que distingue os negros dos outros grupos que compõem a população brasileira. E isto requer mudança nos discursos, raciocínios, lógicas, gestos, posturas, modo de tratar as pessoas negras. Requer também Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana que se conheça a sua história e cultura apresentadas, explicadas, buscando-se especificamente desconstruir o mito da democracia racial na sociedade brasileira; (BRASIL, 2004:11-12)
Segundo as Diretrizes curriculares, o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e a educação das relações étnico-raciais devem ser desenvolvidas no cotidiano das escolas como conteúdo de disciplinas, particularmente Educação Artística, Literatura e História do Brasil, em atividades curriculares ou não, trabalhos em salas de aula, nos laboratórios de ciências e de informática, na utilização de sala de leituras, bibliotecas, brinquedotecas, áreas de recreação e em outros ambientes escolares.
No tocante aos materiais didáticos, é preciso considerar que apesar da promulgação da lei que regulamenta a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, não há uma legislação que normatize a produção desses materiais e sua utilização pelos docentes e discentes.
Ao longo das discussões no grupo de estudo tivemos diversas opiniões sobre a referida lei, dentre essas destacamos algumas:
“O estudo de diferentes culturas é fundamental para diminuir o racismo e o preconceito, aumentando a aceitação do que é diferente de nós! ”
“A lei por si só não é garantia de que esse ensino realmente irá acontecer e que o professor terá os meios necessários para informar aos seus alunos os conhecimentos sobre a História e Cultura Africana e Afro-brasileira e Indígena”.
“Essa lei é de fundamental importância para que haja um reconhecimento da pluralidade da sociedade brasileira, que foi e é formada por diferentes histórias e culturas. ”
A partir das opiniões do grupo, no nosso entender é na figura do professor que se encontra o sujeito principal, mas não único, na aplicação ou não dessa lei no espaço escolar, vai ficar a cargo desse profissional a forma como ele lidará com esse “novo” desafio, levando em conta as dificuldades e buscando soluções para as mesmas.
Situações de aprendizagem interdisciplinares
Escola Municipal de Ensino Fundamental Encanto do Aprender
Disciplinas: História, Geografia, Língua Portuguesa e Artes.
Período de realização: Agosto, Setembro, Outubro e Novembro.
Turma: 5º ano do Ensino Fundamental.
Professores: Mara Mayanne, Maria Dejeane da Silva Peixoto, Raimunda Rabelo
 e Ricardo Oliveira da Silva
Objetivo geral:
- Compreender que a sociedade brasileira é constituída por pessoas que pertencem a grupos étnicos variados, que têm costumes e história própria, devendo ser igualmente valorizada, entender que em conjunto formam o povo brasileira, beneficiando a valorização da história dos africanos e construindo uma educaçãopara a igualdade étnico-racial através das tecnologias.
- Distinguir a heterogeneidade presente na nossa sociedade e a importância da convivência pacífica frente às diferenças, tendo em vista a construção de uma postura de tolerância e respeito ao outro. 
Objetivos específicos:
- Reconhecer a necessidade de valorização das origens africanas na sociedade brasileira;
- Sensibilizar o aluno a respeito da importância do continente africano na conjuntura da sociedade brasileira;
- Desenvolver o gostopela leitura, percebendo a importância desta prática na procura de informações e desenvolvendo a habilidade de escrita e produção textual;
- Contextualizar as distintas influências africanas em nossa sociedade, tais como, vestimenta, alimentação e manifestações artísticas, buscando a preservação e propagação;
Conteúdos:
- Herança da cultura afro no nosso país;
- Continente africano e sua beleza escondida;
- Leitura de diferentes gêneros textuais, interpretação de livros de histórias infanto-juvenis produções textuais;
-Diferentes influência africana na cultura brasileira.
Cronograma de atividades:
	ATIVIDADES 
	Agosto 
	Setembro 
	Outubro 
	Novembro 
	1ª aula
	X
	
	
	
	2ª aula
	
	X 
	
	
	3ª aula
	
	
	X
	
	4ª aula
	
	
	
	X
Percurso metodológico:
1ª aula/História - Herança da cultura afra no nosso país
- Fazer uma sondagem com os estudantes para descobrir o que eles já sabem sobre o assunto.
- Mostrar as imagens a seguir e verificar sobre o que já conhecem:
Disponível em:
 https://africadoladodeka.files.wordpress.com/2014/05/kamulaia_rotulo2.jpg e https://africadoladodeka.files.wordpress.com/2014/05/fabrica.jpg
- Examinar sobre as diferenças e apontar as semelhanças entre as duas imagens, apontando a influência da questão temporal e racial nas duas imagens.
- Levara as crianças ao laboratório de informática e solicitar que elaborarem um cartaz no Microsoft Publisher com as semelhanças e diferenças, mostrando como os negros foram trazidos para o Brasil e como foram tratados.
- Discutir sobre a presença da cultura afro no Brasil, e se está presente no cotidiano de cada um.
- Assistir ao vídeo “A verdade sobre a escravidão negra no Brasil”.
Disponível em: http://www.geledes.org.br/plano-de-aula-a-verdade-sobre-a-escravidao-negra-no-brasil/#gs.jDsjQao
2ª aula/Geografia - Continente africano e sua beleza escondida
- Sondagem inicial: O que vocês pensam quando se fala em África? (o professor deve perguntar aos alunos para incitar um debate). É importante que todos dê sua contribuição sobre o assunto, para que mais tarde, após as pesquisas e análises realizadas durante as aulas, estes conceitos sejam retomadas.
- Na seqüência apresenta o vídeo: “A África que nunca vimos, ou que ninguém nos mostra”, com o objetivo de mostrar outro lado da África que não estamos acostumados a ver na mídia.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3vllE0-Xuo0
- Logo após a apresentação do vídeo o professor deverá levantar alguns questionamentos sobre o que os alunos pensavam do continente africano, como, por exemplo, se eles sabiam que no continente Africano havia cidades desenvolvidas, como nos demais continentes e países do mundo, se eles sabiam que o continente Africano é a mãe das outras civilizações. É importante que o professor deixe que os alunos expressem suas opiniões e conhecimentos neste momento.
- O resultado da pesquisa pode ser apresentado em cartazes, teatro, slide e etc.
3ª aula/Língua Portuguesa Leitura de diferentes gêneros textuais, interpretação de livros de histórias infanto-juvenis produções textuais.
- Para introduzir o conteúdo o professor apresentará um vídeo do conto africano “O filho do vento”.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=1thkoFONasY 
- Em seguida, proponha que os alunos faça um circulo sentados no chão para ler os livros de contos, lendas e histórias africanas. Durante as leituras, incite os alunos a analisarem as propriedades desse tipo de texto, fazendo interrogações, como:
· Onde se passa a história?
· Quem são os personagens apresentados?
· Qual a situação conflitante da história?
· Que gênero textual é esse? Que elementos do texto nos garante definir esse gênero?
- Após as leituras o professor dividirá a turma em quatro grupos e entrega quatro diferentes contos africanos para cada grupo e solicitará que cada grupo produza uma peça teatral a partir de cada conto.
Contos: A Lua Feiticeira e a Filha que não sabia pilar;
 A menina Que Não Falava;
 A Gazela e o Caracol;
 O Homem chamado Namarasotha.
4ª aula/Artes - Diferentes influências africanas na cultura brasileira.
- O professor apresentará para os alunos vários tipos de "manifestações culturais", com o auxilio do projetor de imagens Data show. Logo em seguida os alunos farão uma reflexão sobre as diversas manifestações culturais. O professor divide a turma em grupos para que os alunos apresentem de forma dinâmica cada tipo de manifestação cultural deixada pelo povo africano.
CAPOEIRA
 
Conhecida mundialmente, a Capoeira que é vista nas ruas e ladeiras de Salvador, tem a sua história relacionada à opressão. Essa dança ou arte marcial, como queiram chamar, surgiu assim: Com a implantação da escravidão no Brasil, por volta de 1538 e com a vinda dos africanos, vieram também na bagagem os costumes, que eram a forma de minimizar o sofrimento no Novo Mundo. Os rituais religiosos e danças feitas na terra natal já mostravam os primeiros passos que iriam culminar na Capoeira. Logo depois das primeiras fugas de escravos, os fugitivos necessitavam de algo para se defender e que lhes desse a habilidade de atacar os “capitães-do-mato”. Com movimentos de ginga, saltos e chutes a antes dança comemorativa ganha caráter de luta. A eficácia da Capoeira veio em forma de vitória em diversas batalhas, seja em relação à opressão social da época ou em Guerras como a do Paraguai. Exibição do vídeo: “História da capoeira como ela surgiu” disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=snBkMk28KKI
SAMBA
O nome samba é, provavelmente, originário do nome angolano semba, um ritmo religioso, cujo nome significa umbigada, devido à forma como era dançada. O Samba é a principal forma de música de raízes africanas surgidas no Brasil.
Em meados do século 19, a palavra samba definia diferentes tipos de música introduzida pelos escravos africanos, desde o Maranhão até São Paulo. O samba carioca provavelmente recebeu muita influência de ritmos da Bahia, com a transferência de grande quantidade de escravos para as plantações de café no Estado do Rio, onde ganharam novos contornos, instrumentos e histórico próprio, de forma tal que, o samba moderno, como gênero musical, surgiu no início do século 20 na cidade do Rio de Janeiro (a capital brasileira de então).
Máscaras
Mágicas, protetoras, lúdicas, miméticas tanto servem para encobrir ou revelar intenções de quem as usa. Imaginária ou não, a máscara serve para ocultar a verdadeira essência do homem, sejam seus instintos ou mesmos traços fisionômicos”. O seu uso pode significar esconder uma personalidade cotidiana para assumir as qualidades da personagem que ora representa.
Desde a pré-história as máscaras são usadas juntamente com os tambores, cantos, danças e mímicas nos rituais religiosos e mágicos. O mais antigo registro de sua existência foi encontrado na Caverna de Lascaux, na França em desenhos feitos nas paredes rochosas mostrando homens mascarados com cabeças de animais. Nos rituais sagrados, a máscara intermédia a relação com o mundo invisível, expressando a fé na existência de seres sobrenaturais. Também desempenha funções mágicas: No Antigo Egito elas eram colocadas sobre o rosto do mosto para ajudá-lo na passagem para a vida eterna. Gregos  e romanos usavam-nas em cerimônias religiosa. Na China e sudeste da Ásia, as máscaras de dragão eram usadas para afastar os maus espíritos.
Recursos: Data show, laboratório de informática, vídeo, atlas, jornais, revistas, livros, som, música. 
OBS. Essas apresentações deverão acontecer no dia da consciêncianegra, como culminância do tema transversal trabalhado durante o semestre. 
Avaliação:
A avaliação deve ser através de observação das contribuições dos estudantes desde o primeiro momento, de cada atividade, observando como cada um entende a contribuição do povo negro para formação da nossa sociedade. Analisar também o desenvolvimento dos estudantes quanto:
· a habilidade de trabalhar individualmente e em equipe;
· o alcance das perspectivas planejadas para as aulas e debatidas com eles;
· a probabilidade de surpreender e da criação (criatividade);
Deve ser observando as peculiaridades de cada desde o início cada etapa até a finalização do trabalho além de verificar os resultados alcançados e se a principal mensagem fora captada por todos em prol de uma sociedade mais justa e igualitária.
Bibliografia:
PAIXÃO: Marcelo. Desigualdade nas questões racial.In: A cor da cultura: Saberes e fazeres, v.3: modos de interagir. Rio de Janeiro, 2006.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/educacao/planos-de-aula/#gs.qOkMz=M
https://docs.google.com/document/d/1HuHmSqCrnBut2uEAZ3w9hylFrBAGH86BS7h1rTYz0Rs/edit
ANEXO
2 A Lua Feiticeira e a Filha que não sabia pilar
A Lua tinha uma filha branca e em idade de casar. Um dia apareceu-lhe em casa um monhé pedindo a filha em casamento. A lua perguntou-lhe:— Como pode ser isso, se tu és monhé? Os monhés não comem ratos nem carne de porco e também não apreciam cerveja… Além disso, ela não sabe pilar…
O monhé respondeu:– Não vejo impedimento porque, embora eu seja monhé, a menina pode continuar a comer ratos e carne de porco e a beber cerveja… Quanto a não saber pilar, isso também não tem importância pois as minhas irmãs podem fazê-lo.
A lua, então, respondeu:– Se é como dizes, podes levar a minha filha que, quanto ao mais, é boa rapariga.
O monhé levou consigo a menina. Ao chegar a casa foi ter com a sua mãe e fez-lhe saber que a menina com quem tinha casado comia ratos, carne de porco e bebia cerveja, mas que era necessário deixá-la à-vontade naqueles hábitos. Acrescentou também que ela não sabia pilar mas que as suas irmãs teriam a paciência de suprir essa falta.
Dias depois, o monhé saiu para o mato à caça. Na sua ausência, as irmãs chamaram a rapariga (sua cunhada) para ir pilar com elas para as pedras do rio e esta desatou a chorar.
As irmãs censuraram-na:– Então tu pões-te a chorar por te convidarmos a pilar?… Isso não está bem! Tens de aprender porque é trabalho próprio das mulheres.
E, sem mais conversas, pegaram-lhe na mão e conduziram-na ao lugar onde costumavam pilar.
Quando chegaram ao rio puseram-lhe o pilão na frente, entregaram-lhe um maço e ordenaram que pilasse.
A rapariga começou a pilar mas com uma mágoa tão grande que as lágrimas não paravam de lhe escorrer pela cara. Enquanto pilava ia-se lamentando:
– Quando estava em casa da minha mãe não costumava pilar… Ao dizer estas palavras, a rapariga, sempre a pilar e juntamente com o pilão, começou a sumir-se pelo chão abaixo, por entre as pedras que, misteriosamente, se afastavam. E foi mergulhando, mergulhando… até desaparecer.
Ao verem aquele estranho fenômeno, as irmãs do monhé abandonaram os pilões e foram a correr contar à mãe o que acontecera. Esta ficou assustada com a estranha novidade e tinha o coração apertado de receio quando chegou o monhé, seu filho.
Este, ao ouvir o relato do que acontecera à sua mulher, ralhou com as irmãs, censurando-as por não terem cumprido as suas ordens. Apressou-se a ir ter com a lua, sua sogra, para lhe dar conta do desaparecimento da filha.
A lua, muito irritada, disse: – A minha filha desapareceu porque não cumpriste o que prometeste. Faz como quiseres, mas a minha filha tem de aparecer!
– Mas como posso ir ao encontro dela se desapareceu pelo chão abaixo?
A lua mudou, então, de aspecto e, mostrando-se conciliadora, disse:
– Bom, vou mandar chamar alguns animais para se fazer um remédio que obrigue a minha filha a voltar… Vai para o lugar onde desapareceu a minha filha e espera lá por mim.
O monhé foi-se embora e a lua chamou um criado ordenando:
– Chama o javali, a pacala, a gazela, o búfalo e o cágado e diz-lhes que compareçam, sem demora, nas pedras do rio onde desapareceu a minha filha.
O criado correu a cumprir as ordens e os animais convidados apressaram-se para chegar ao lugar indicado. A lua também para lá se dirigiu com um cesto de alpista. Quando chegou ao rio, derramou um punhado de alpista numa pedra e ordenou ao porco que moesse.
O porco, enquanto moía, cantou: – Eu sou o javali e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao som da minha voz!
Nesse momento ouviu-se a voz cava da menina que, debaixo do chão, respondia: – Não te conheço!
O javali, despeitado, largou a pedra das mãos e afastou-se cabisbaixo. Aproximou-se em seguida a pacala e, enquanto moía, cantou: 
– Eu sou a pacala e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao som da minha voz!
Ouviu-se novamente a voz da menina que dizia: – Não te conheço!
A gazela e o búfalo ajoelharam também junto do moinho, fazendo a sua invocação, mas a menina deu a ambos a mesma resposta:
– Não te conheço!
Por último, tomou a pedra o cágado e, enquanto moía, cantou: – Eu sou o cágado e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao som da minha voz!
A menina cantou, então, em voz terna e melodiosa: – Sim, cágado, à tua voz eu vou aparecer!…
E, pouco a pouco, a menina começou a surgir por entre as pedras do rio, juntamente com o pilão, mas sem pilar. Quando emergiu completamente parou e ficou silenciosa.
Os animais juntaram-se todos, curiosos, à volta da menina
Então, a lua disse: – Agora a minha filha já não pode continuar a ser mulher do monhé pois ele não soube cumprir o que me prometeu. Ela será, daqui para o futuro, mulher do cágado, pois só à sua voz é que ela tornou a aparecer.
Então o cágado levantou a voz dizendo: – Estou muito feliz com a menina que acaba de me ser dada em casamento e, como prova da minha satisfação, vou oferecer-lhe um vestido luxuoso que ela vestirá uma só vez, pois durará até ao fim da sua vida. E, dizendo isto, entregou à menina uma carapaça lindamente trabalhada, igual à sua.
Da ligação do cágado com a filha da lua é que descendem todos os cágados do mundo…
3 A Menina que não Falava
Certo dia, um rapaz viu uma rapariga muito bonita e apaixonou-se por ela. Como se queria casar com ela, no outro dia, foi ter com os pais da rapariga para tratar do assunto.
-Essa nossa filha não fala. Caso consigas fazê-la falar, podes casar com ela, responderam os pais da rapariga.
O rapaz aproximou-se da menina e começou a fazer-lhe várias perguntas, a contar coisas engraçadas, bem como a insultá-la, mas a miúda não chegou a rir e não pronunciou uma só palavra. O rapaz desistiu e foi-se embora.
Após este rapaz, seguiram-se outros pretendentes, alguns com muita fortuna mas, ninguém conseguiu fazê-la falar.
O último pretendente era um rapaz sujo, pobre e insignificante. Apareceu junto dos pais da rapariga dizendo que queria casar com ela, ao que os pais responderam:
-Se já várias pessoas apresentáveis e com muito dinheiro não conseguiram fazê-la falar, tu é que vais conseguir? Nem penses nisso!
O rapaz insistiu e pediu que o deixassem tentar a sorte. Por fim, os pais acederam.
O rapaz pediu à rapariga para irem à sua machamba, para esta o ajudar a sachar. A machamba estava carregada de muito milho e amendoim e o rapaz começou a sachá-los.
Depois de muito trabalho, a menina ao ver que o rapaz estava a acabar com os seus produtos, perguntou-lhe:
-O que estás a fazer?
O rapaz começou a rir e, por fim, disse para regressarem a casa para junto dos pais dela e acabarem de uma vez com a questão.
Quando aí chegaram, o rapaz contou o que se tinha passado na machamba. A questão foi discutida pelos anciãos da aldeia e organizou-se um grande casamento.
A Gazela e o Caracol
Uma gazela encontrou um caracol e disse-lhe:
__ Tu, caracol, és incapaz de correr, só te arrastas pelo chão.
O caracol respondeu:__ Vem cá no Domingo e verás!
O caracol arranjou cem papéis e em cada folha escreveu: «Quando vier a gazela e disser “caracol”, tu respondes com estas palavras: “Eu sou o caracol”».
Dividiu os papéis pelos seus amigos caracóis dizendo-lhes:
__ Leiam estes papéis para que saibam o que fazer quando a gazela vier. No Domingo a gazela chegou à povoação e encontrou o caracol.
Entretanto, este pedira aos seus amigos que se escondessem em todos os caminhos por onde ela passasse, e eles assim fizeram.
Quando a gazela chegou, disse:
__ Vamos correr, tu e eu, e tu vais ficar para trás! O caracol meteu-se num arbusto, deixando a gazela correr.
Enquanto esta corria ia chamando:
__ Caracol!
E havia sempre um caracol que respondia:
__ Eu sou o caracol. Mas nunca era o mesmo por causa das folhas de papel que foram distribuídas.
A gazela, por fim, acabou por se deitar, esgotada, morrendo com falta de ar. O caracol venceu, devido à esperteza de ter escrito cem papéis.
O Homem chamado Namarasotha
Havia um homem que se chamava Namarasotha. Era pobre e andava sempre vestido com farrapos. Um dia foi à caça. Ao chegar ao mato, encontrou uma impala morta. Quando se preparava para assar a carne do animal apareceu um passarinho que lhe disse:
– Namarasotha, não se deve comer essa carne. Continua até mais adiante que o que é bom estará lá.
O homem deixou a carne e continuou a caminhar. Um pouco mais adiante encontrou uma gazela morta. Tentava, novamente, assar a carne quando surgiu um outro passarinho que lhe disse:
– Namarasotha, não se deve comer essa carne. Vai sempre andando que encontrarás coisa melhor do que isso.
Ele obedeceu e continuou a andar até que viu uma casa junto ao caminho. Parou e uma mulher que estava junto da casa chamou-o, mas ele teve medo de se aproximar pois estava muito esfarrapado.
– Chega aqui!,insistiu a mulher.
Namarasotha aproximou-se então.
– Entra, disse ela.
Ele não queria entrar porque era pobre. Mas a mulher insistiu e Namarasotha entrou, finalmente.
– Vai te lavar e veste estas roupas, disse a mulher.
E ele lavou-se e vestiu as calças novas. Em seguida, a mulher declarou:
– A partir deste momento esta casa é tua. Tu és o meu marido e passas a ser tu a mandar.
E Namarasothaficou, deixando de ser pobre.
Um certo dia havia uma festa a que tinham de ir. Antes de partirem para a festa, a mulher disse aNamarasotha:
– Na festa a que vamos quando dançares não deverás virar-te para trás.
Namarasotha concordou e lá foram os dois. Na festa bebeu muita cerveja de farinha de mandioca e embriagou-se. Começou a dançar ao ritmo do batuque. A certa altura a música tornou-se tão animada que ele acabou por se virar.
E no momento em que se virou, ficou como estava antes de chegar à casa da mulher: pobre e esfarrapado.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A atual política curricular atribui ao ensino o papel de formar um novo cidadão, capaz de compreender a história do país e do mundo como resultante de múltiplas memórias originárias da diversidade de experiências humanas em oposição ao entendimento, até então dominante, de uma memória unívoca das elites ou de um passado homogêneo. Assim os PCNs demonstram sensibilidade em relação à diversidade das culturas, argumentando a favor de rupturas com uma história autocentrada no nacional, na Europa e na cultura branca. Assim, a alteridade e o respeito às diferenças constituem pilares centrais da formação das identidades das novas gerações e das finalidades do ensino (SIMAM, 2005). As identidades sociais e culturais são construídas no processo educacional como resultado de relações de poder e dos regimes de verdades existentes na estrutura curricular. Devemos procurar entender de que maneira podemos perpetuar essas relações. Como elas se encontram presentes em nosso planejamento? De que forma podemos contribuir para a problematização de questões como sexismo, homofobia e etnocentrismo? Como explicitar no currículo as histórias que foram silenciadas? Como o currículo pode se tornar flexível, mutante? O multiculturalismo nos auxilia nestas questões, ou seja, na fabricação das identidades e de um currículo pretensamente fixo, imutável. Ele nos ajuda a rever verdades e a encarar que elas são múltiplas. 
Sobre a promulgação das Leis 10.639, de 2003, e 11.645, de 2008, conclui-se que esse é um momento histórico ímpar, de crucial importância para o ensino da diversidade cultural no Brasil, pois promoveu a inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da Educação brasileira. Trata-se de um momento em que a educação brasileira busca valorizar devidamente a história e a cultura de seu povo afrodescendente e indígena. É uma oportunidade histórica de reparar danos, que se repetem há cinco séculos.
REFERÊNCIAS 
BARBOSA, Rogério Andrade. Histórias africanas para contar e recontar. São Paulo: Editora do Brasil, 2001. 
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Silva, Tomaz Tadeu. O currículo como fetiche: a poética e a política do texto curricular. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
PEDaGOGIA
Maria Dejeane da Silva Peixoto
Mara Mayanne MAIA DE LIMA 
Raimunda BARROS Rabelo LIMA
Ricardo Oliveira da Silva
produçao textual interdisciplinar em grupo
A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE NA ESCOLA E A QUESTÃO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
LIMOEIRO DO NORTE-CE
2017
Maria Dejeane da Silva Peixoto
Mara Mayanne MAIA DE LIMA 
Raimunda BARROS Rabelo LIMA
Ricardo Oliveira da Silva
produçao textual interdisciplinar EM GRUPO
A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE NA ESCOLA E A QUESTÃO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRATrabalho do Curso de Pedagogia. Apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Ensino de Historia e Geografia, Ensino de Matemática, Ensino de Língua Portuguesa, Educação Física Escolar e Psicomotricidade, Seminário Interdisciplinar VII Tópicos Especiais I, Estagio Curricular Obrigatório II, Anos Iniciais do Ensino Fundamental. 
Professores: Lilian Gavioli de Jesus, Andressa Aparecida Lopes, Vilze Vidotte Costa, Patrícia Alzira Proscêncio, Eloise Werle de Almeida, Natalia Germano Gejão Diaz.
LIMOEIRO NO NORTE-CE
2017

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