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Mariana Vannier 21/04/2020 Transcrição da aula Sistema Nervoso Periférico ou Motor 2 Divisão esquemática do Sistema Nervoso Aferente é responsável por transmitir as respostas à periferia. Apresenta dois tipos de fibras nervosas: · Fibras somáticas ou voluntárias: forma o sistema nervoso somático ou voluntário. Fazem a inervação da musculatura esquelética, quando estimuladas determinam a contração dessa musculatura. · Fibras autônomas ou involuntárias: conjunto sistema nervoso autônomo, involuntário ou visceral. Fazem a inervação das células viscerais- coração musculo liso e glândulas. Sistema nervoso somático ou voluntário As fibras somáticas podem se originar de: · Núcleos motores presentes no tronco cerebral, nos nervos cranianos, vários com funções motoras. Essas fibras se projetam a musculatura esquelética a face e a cabeça. · Nas raízes ventrais de medula espinhal, são chamados nervos espinhais ou raquidianos. Essas fibras se projetam a musculatura esquelética de tronco e membros. Está sujeito a controle consciente do indivíduo. É importante por inervar a musculatura esquelética, participa da interação do indivíduo com o ambiente. As fibras nervosas motoras não fazem sinapses fora do sistema nervoso central, durante seu trajeto em direção a célula efetora -a célula muscular esquelética. Uma vez lesionadas ou seccionadas, podem causar paralisia funcional da musculatura inervada, com consequente atrofia. A transmissão química na junção neuro-muscular sempre envolve a acetilcolina- agente mediador-, sinapse colinérgica. A acetilcolina liberada pelas fibras nervosas somáticas se liga a receptores colinérgicos do tipo nicotínicos -receptores canais iônicos- em regiões especializadas do musculo esquelético, é chamada de placa motora. A interação da acetilcolina com os receptores nicotínicos (canais -canais de sódio) vai ocasionar a despolarização dessa região (placa motora) originando os chamados potenciais de placa motora – fundamentais para a geração do potencial de ação muscular e, consequentemente, a contração muscular esquelética. Acetilcolina Único neurotransmissore colinérgico do organismo. A enzima metabólica principal dele é a acetilcolinesterase ou colinesterase verdadeira, a qual é encontrada na fenda sináptica em todos os locais onde observamos ocorrer a transmissão colinérgica. A função metabólica da AChE sobre um neurotransmissor é fundamental para o controle da atividade da acetilcolina, tanto em intensidade, como em duração. Outra enzima metabólica é a colinesterase falsa ou pseucolinesterase ou colinesterase sérica, ela está presente no sangue, no fígado, no tecido bilial, ainda não se determinou a função dela. Sistema nervoso autônomo ou involuntário Simpático Parassimpático É involuntário, mas pode ter influência de áreas como do hipotálamo. É responsável pelo controle da função visceral, mantem a homeostasia. Controla pressão arterial, sudorese, secreções digestórias, regulação térmica. Diferentes das anteriores, as fibras autônomas fazem sinapses com outras fibras nervosas fora do snc, a região da sinapse é chamada de gânglio autônomo. Existem dois tipos de fibras: as que se originam em área central e se direcionam para os gânglios, chamadas fibras ou neurônios pré gaglionares, mielinizados, grossos; fibras ou neurônios pós ganglionares são amielinizado, finos, se direcionam as viceras. No caso de lesão observam que várias células viscerais mantem certo grau de atividade, autonomia. A divisão clássica do sistema nervoso autônomo é em simpático ou parassimpático. Diferenças na transmissão química de informação. Nos gânglios não há diferença. A diferença se dá em relação às fibras pós ganglionares. Nas simpáticas a maioria das fibras são adrenérgicas, tendo como principal agente a norepinefrina. A fibras pós ganglionares são adrenérgicas. Nas parassimpáticas a transmissão é sempre determinada pela acetilcolina, se difunde pela fenda e se liga a receptores nicotínicos. A fibras pós ganglionares são colinérgicas. Sistema Nervoso Simpático Também é chamado de divisão toraco-lombar, pois os corpos celulares das fibras pré ganglionares se situam principalmente de T1 a L2. Os axônios dessas fibras pré ganglionares são mielinizadas e curtas, saem da medula espinhal pela raiz ventral motora e se dirigem aos gânglios, onde fazem sinapses. A maioria dos gânglios simpáticos são dispostas em cadeias e estão distantes da célula efetora inervada. Existem duas cadeias ganglionares importantes: · A maior, a cadeia ganglionar para vertebral, situada bilateralmente á coluna vertebral e é composta por 22 pares de gânglios interligados por troncos nervosos longitudinais. · A cadeia ganglionar pré vertebral situada ventralmente à coluna vertebral é composta por gânglios não pareados, porém interligados, situados no abdômen, na pélvis, gânglio celíaco, mesentério superior e inferior. Algumas delas se direcionam a glândula suprarrenal (á camada interna), a medula adrenal, é constituída por células chamada cromafins, que apresentam a mesma origem embriológica das fibras pós ganglionares simpáticas, corresponde a um gânglio simpático modificado. Eles, os cromafins, são capazes de produzir o mesmo tipo de transmissores que as fibras pós ganglionares simpática, ou seja, catecolaminas. E diferente das fibras pos ganglionares simpática que liberam nas fendas sinápticas, as células cromafins libera na corrente sanguínea esse transmissor. As fibras pós ganglionares simpáticas são longas, amielinizadas e se direcionam as viceras. São substâncias aminadas que apresentam grupamento chamado catecol. São catecolaminas endógenas: norepinefrina, epinefrina e dopamina. Norepinefrina é o principal neurotransmissor adrenérgico liberado pelas fibras pós ganglionares simpáticas. Epinefrina é o principal neurormonio adrenérgico liberado pela medula adrenal. Enzimas metabólicas responsáveis pela inativação: · MAO pode ser encontrada nas terminações nervosas simpáticas nas células cromafins, é uma enzima intramitocondrial, é a principal enzima presente nas terminações simpáticas pós ganglionares, também é encontrada no interior das células efetoras. · COMT é uma enzima presente no citoplasma das células efetoras. As duas são muito importantes para o organismo. Essa organização estrutural do sistema nervoso simpático nos indica ter no sistema nervoso simpático uma ação mais difusa no organismo, ele é extremamente importante em condições de estresse. O objetivo principal é preparar o organismo para defesa, de forma a intensificar a ação cerebral e muscular. Esse sistema pode ser chamado de ergotrófico, aumenta a atividade cardiovascular, brônquio dilatação, aumenta a produção, liberação e utilização do substrato energético- glicose, ácidos graxos- ativando processos importantes, como glicogenólise hepática, liberando glicose, lipólise, degradando triglicerídeos armazenados no tecido adiposo. Sistema Nervoso Parassimpático Também chamado de divisão crânio-sacral, por causa da origem dos corpos pré ganglionares, fibras longas mielinizadas, se situam ou na base do crânio, em núcleos motores de certos nervos cranianos, no tronco cerebral, no mesencéfalo. O outro ponto de origem é a medula espinhal, os segmentos sacro-medulares de medula espinhal, essas fibras ganglionares parassimpáticas vão constituir os nervos pélvicos. As fibras pós ganglionares são curtas e amielinizada, se direcionam às vísceras. Essa organização estrutural do parassimpático nos indica que ele tem ação mais individualizada e localizada em sua descarga de impulsos. Diferente do sistema nervoso simpático. Assim, gânglios próximos da célula visceral inervada, não há liberação para o sangue de algum hormônio. Estão relacionados a processos que conservam energia, como a digestão e a absorção de nutrientes e a conservação do mesmo, lipogênese e glicogênese. Resumo
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