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DELINIADORES São aparelhos utilizados para determinar o paralelismo relativo entre duas ou mais superfícies dentais ou estruturas adjacentes de interesse protético E fundamental no diagnóstico e planejamento e execução das PPR. • Determina o par dentais, e localizar o plano guia. DELINEAMENTO • Realiza o estudo da superfície dentais Trata se um aparelho bastante simples composto uma base vertical, uma platina e pontas acessórios (o modelo mais utilizado) sobre a platina é fixado o modelo. A platina tem uma conexão universal (esférica) com a base e isso permite movimentação livre em todos os ângulos, até que se determine qual o melhor eixo de inserção da PPR. A haste vertical é fixa no plano horizontal, porem permite movimentos de elevação e abaixamento das pontas acessórias. COMPONETES • Base do delineador: tem superfície plana e suporta demais estruturas do delineador • Mesa porta modelos: é onde o modelo é fixado tem conexão universal com a base permitido movimentação livre de todos os ângulos. • Junta universal: une a mesa e porta modelos a base platina. • Hastes verticais fixa: serve de apoio para haste horizontal é soldada de forma rígida na base do delineador. • Hastes vertical móvel: articula se com haste vertical fixa mas realiza apenas movimentos de rotação e horizontalmente • Haste vertical móvel: é fixa no plano horizontal mais permite movimentos de elevação e abaixamento das pontas acessórias. • Mandril: tem como função acoplar as pontas de trabalho • Suporte de caneta: serve para fixar a peça reta e manter seu paralelismo. • Platina: (mesa reclinável) • Acessórios: Pontas analisadoras Calha para apreensão de grafite (determinar equador protético) Disco calibrador: determina o grau de retenção DELINEADORES Haste vertical ou móvel Platina móvel Facas: planejamento do plano guia e recorte de cera EQUADOR PROTÉTICO: linhas equatoriais que delimitam áreas expulsivas e retentivas em dentes pilares. TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO: caminho da PPR desde o contato inicial com os dentes de suporte até assentamento final a determinar. FUNÇÕES DO DELINEADOR 1. Definir trajetória de inserção 2. Delinear: representar graficamente no modelo de estudo o equador protético 3. Localizar interferências 4. Equilibras as retenções 5. Indicar e localizar a posição dos terminais retentivos 6. Determinar e realizar planos guias 7. Localizar e realizar alívios PONTAS ACESSÓRIAS DO DELINEADOR As avaliações dos planos-guia nas superfícies dentárias (superfícies proximais mesial ou distal, lingual ou palatina) de interferências ósseas no rebordo alveolar, de retenção dentária para os grampos de retenção da PPR e das áreas de estética são realizadas com o auxílio das pontas acessórias, cujas funções são específicas. PONTAS ACESSÓRIAS Adaptador utilizado para vestir as pontas e melhor assentar ao mandril da haste vertical móvel do delineador. (b) ponta analisadora, (c) ponta faca ou faquinha (d) ponta cinzel (e) pontas calibradoras de 0,75, 0,50, 0,25mm e (f) porta ponta grafite e grafite PONTA ANALISADORA A ponta acessória denominada analisadora fará a análise do PIRE, ou seja, ana lisa rá os quatro fatores para o delineamento do modelo de estudo da PPR (essa avaliação não necessita de marcação ou desenhos sobre o modelo de gesso). Baseia-se no equilíbrio de quatro pilares, apresentados sob a forma mnemônica PIRE, conforme segue: P = planos-guia I = interferência óssea R = retenção dentária E = estética PONTA FACA DE RECORTE E PONTA CINZEL A ponta acessória chamada de faca de recorte ou “faquinha” é utilizada para remover e eliminar os excessos indesejados de retenção de gesso do modelo de estudo e obter áreas ou superfícies paralelas entre si, conhecidas como planos-guia. A ponta em forma de cinzel geralmente é utilizada para remover os excessos de cera e conseguir a planificação das superfícies. Pontas do tipo faca de recorte, também conhecida como “faquinha” e ponta acessória do tipo cinzel. PONTA CALIBRADORA DE RETENÇÃO São necessárias para posicionar o terminal retentivo do grampo de retenção de cada tipo de liga metálica a ser utilizada na confecção da estrutura da PPR. A e B) Pontas calibradoras, utilizadas para aferir a presença ou não de retenção dentária: (a) retenção de 0,25mm; (b) retenção de 0,50mm (c) retenção de 0,75mm. Calibradoras de retenção São utilizadas para determinar o grau de retenção de determinada área retentiva, abaixo do equador protético. A B C IMPORTANTE A identificação do grau de retenção é de suma importância para o desempenho biomecânico das PPRs. A colocação de terminais retentivos de grampos – em áreas retentivas diferentes daquela área em que a liga consegue flexionar sem ocorrer deformação permanente – determinará a longevidade da prótese, do dente pilar e da retenção desse elemento constituinte da PPR propriamente dito. Um erro comum durante a reabilitação com PPR é a falta de calibração da retenção. Em consequência disso, poderão ocorrer fraturas ou perda precoce da retenção provida pelos grampos, a deformação permanente do terminal retentivo do grampo ou, até mesmo, a perda de inserção e de mobilidade dos dentes pilares diretos da PPR causada pelas forças provocadas durante a inserção e a remoção da prótese. PONTA PORTA-GRAFITE A ponta acessória porta-grafite, junto com o grafite, é utilizada para o delineamento propriamente dito, ou seja, o grafite contido nessa ponta é que irá delinear ou marcar o equador protético que divide todos os dentes em área retentiva (abaixo do equador protético) e área expulsiva (acima do equador protético), quando todos os dentes do modelo de gesso forem analisados como um todo e simultaneamente. Se o delineamento for realizado em apenas um dente, este será chamado de equador dentário, utilizado em outras áreas da prótese, como, por exemplo, na análise de áreas retentivas de preparos dentários em PPF. GRAU DE RETENÇÃO LIGAS INDICADAS 0,25MM OU 0,01 POLEGADA COLBATO CROMO (CO-r) 0,50MM OU 0,02 POLEGADA AUREAS 0,75MM OU 0,03 POLEGADAS A BASE DE TITANIO (Ti) e derivadas dele LIGAS INDICADAS PARA CADA TIPO DE RETENÇÃO Importante No uso da ponta porta-grafite, deve-se ter o cuidado de posicioná-la corretamente no nível da margem gengival, a fim de se evitar linhas demarcadas incorretamente. PONTA PORTA-ENCAIXE Outras pontas acessórias ou de trabalho também podem ser utilizadas para posicionar os encaixes calcináveis que deverão ficar paralelos à TI da PPR, como, por exemplo, a ponta porta-encaixe do tipo encaixe resiliente extracoronário (ERA, do inglês extra resilient attachment) da empresa Sterngold. MESA MÓVEL DO DELINEADOR Finalizado o preparo prévio (também conhecido como adequação do meio bucal em PPR) – em que as áreas básicas de Dentística, Periodontia, Endodontia e cirurgias já foram realizadas – deve-se proceder ao planejamento, propriamente dito, da PPR (desenho prévio da futura estrutura metálica). O modelo de estudo deverá ser obtido e confeccionado, preferencialmente, em gesso-pedra para, em seguida, ser colocado sobre a mesa móvel ou platina do delineador para o início do delineamento e da análise do PIRE. Mesa do delineador, também conhecida como platina. Essa mesa é composta por (a) dispositivo de abre e fecha ou trava e destrava (b) junta universal da mesa móvel (c) parafuso de ajustede modelo de gesso e (d) (e) garra anterior e posterior de fixação do modelo de gesso. TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO É o trajeto que a PPR percorre desde o primeiro contato com a superfície dentária até a posição de assentamento final. Para determinar a melhor trajetória de inserção deve se observar os seguintes fatores Planos guias Áreas retentivas MÉTODOS PARA DETERMINAR A TRAJEOTIRA DE INSERCAO Método de roach ou dos três pontos Métodos da bissetriz Método seletivo de applegate das tentativas. FATORES DETERMINANTES DA TRAJETÓRIA DE INSERCAO E REMOÇÃO DA PROTESE Plano guia Faca determina o plano guia (3 pontos de acordo com o método de Roach) Determinar o plano guia com a faca, buscando o paralelismo (movimento antero posterior) Áreas retentivas Superfície (geralmente vestibular), dos dentes suportes, localizada entre a cervical e o equador protético onde a ponta do grampo de retenção deverá ser localizada, afim de impedir o deslocamento cervico oclusal da PPR. Com disco de 0,25mm Equador anatômico: área de maior convexidade Fazer áreas de retenção em resina Áreas de interferência Áreas mucosas, ósseas, ou até mesmo dentais que impediriam o assentamento da PPR em uma determinada trajetória de inserção. Utilização da faca Com a faca localiza-se as áreas de interferências que possam interferir na adaptação dessa protese, exemplo torus. Isso precisa ser planejamento préviamente a confecção da protese. Existência da área de interferência: Remoção da interferência: Cirurgia (torus, hiperplasias, entre outros). Desgaste axial dos dentes em questão Confecção das coroas Mudança na trajetória de inserção e remoção Estética Em casos onde há espaço protético anterior pode-se começar a análise no delineador pela estética, sem porém interferir na função da PPR. MÉTODO DE ROACH OU DOS 3 PONTOS Plano oclusal perpendicular a trajetória de inserção (haste móvel do delineador). O MÉTODO DE ROACH CONSIDERA TRÊS ACIDENTES ANATÔMICOS: 3 pontos devem se localizar nos seguintes pontos nas fossetas mesiais dos primeiros molares direitos e esquerdos, entre os incisivos centrais na região palatina, onde os incisivos inferiores fazem contato. Pontos posteriores (1 em cada lado) correspondem a cúspide disto-vestibular dos segundos molares. O ponto anterior localiza-se no contato próximo-incisal dos incisivos centrais. Importante – Coloca-se um rolete de cera na porção anterior e traça a linha média (rolete de cera na altura dos dentes). MÉTODO DA ROACH OU DA BISSETRIZ É método mais difícil de ser realizado. Leva consideração o grau de inclinação dos longos eixo dos dentes suporte. Na base do modelo traçam se linhas paralelas ao longo dos dentes suporte no sentido mesiodistal obtendo se as bissetrizes dessas linhas. MÉTODO SELETIVO DE APPLEGATE OU DAS TENTATIVAS Método mais cientifico e baseia se em quatro requisitos: Equilíbrio das retenções Planos guia Trajetória de inserção com o mínimo de interferências Estética (principalmente em anteriores) PLANO GUIA Planos guia são ou mais superfícies paralelas entre si a direção que contribuem para a entrada e saída da prótese. PRINCIPAIS FUNÇÕES Retenção adicional conseguida pelo contato destes com a superfície rígidas do aparelho. Diminuição do ângulo morto e da impactação alimentar. Auxilia na estabilidade e reciprocidade.