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TRABALHO DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL II CRIMES DE TRANSITO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ
Curso de Direito – Campus de Taió
Professora: Julia Gabriela Warmling Pereira.
Alunas: Daniella Cattoni, Eliza Gottardi, Greissiane Kaleski dos Santos Grüttner, Hemelyn D. Hormann, Hevelim Eli Steinbach, Letícia Policarpo Macedo, Lilian Bolduan, Renata Bageston, Solange Mees.
Turma: 5ª fase
DIREITO PENAL - PARTE ESPECIAL II 
 INTRODUÇÃO
BREVE HISTÓRIA SOBRE O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO
O advento das revoluções sociais e, especialmente a Revolução Industrial, contribuiu sobremaneira para o crescimento da população e consequentemente houve um incremento das cidades e das relações interpessoais. 
A criação dos automóveis e a colocação dos mesmos no mercado propiciou novas implicações decorrentes da utilização desse novo meio de transporte na sociedade e para organizar e regulamentar essas situações fazia-se necessária a criação de leis, pois em razão da utilização de veículos automotores poderiam ocorrer atos lícitos que necessitassem de regulamentação e até mesmo atos ilícitos referentes às diversas áreas do direito e, em especial, no âmbito penal.
Em 1966 foi criado a Lei número 5.108[footnoteRef:1]. Este código produziu seus efeitos por 31 (trinta e um) anos, ou seja, até o ano de 1997 quando se promulgou o Código de Trânsito Brasileiro[footnoteRef:2] que é o código atualmente em vigor. [1: BRASIL, 1966;] [2: BRASIL, 1997;] 
O objetivo do código foi resguardar e oferecer maior segurança, eficiência e comodidade no trânsito. Também há um nítido foco nos elementos do homem, veículo e via pública, procurando um equilíbrio entre eles de modo que haja segurança a todos aqueles que necessitem trafegar, seja o pedestre ou o condutor.
É importante ressaltar que uma grande inovação do novo código foi apresentar um capítulo específico sobre os crimes de trânsito, que não existia no Código de 1966. Para se aplicar sanções penais às infrações cometidas no trânsito, recorria-se ao Código Penal e à Lei de Contravenções Penais.
Sendo assim, de grande importância para a sociedade e para os próprios operadores do direito, foi à criação do novo diploma legal, pois além de ser voltado para o cidadão e ter um caráter educativo, inseriu um capítulo destinado aos tipos penais, o capítulo XIX que trata dos crimes de trânsito.
Assim, não será mais necessário recorrer-se a outros diplomas legais para se aplicar sanções penais àqueles que cometem condutas criminosas relacionadas à condução de veículos, o que facilita e torna mais efetiva a aplicação da norma.
 
A partir do artigo 302 do CTB foram fixados diversos delitos relacionados à condução de veículo automotor, anteriormente a 1997, os delitos praticados na condução de veículo automotor estavam discriminados no Código Penal, como por exemplo, quando alguém atropelava outra pessoa e matava, responderia por homicídio culposo, artigo 121, parágrafo 3º do Código Penal.
Desde 1997, são aplicados nesses casos o Princípio da Especialidade, este princípio é aplicado em casos quando há um conflito aparente de normas, quando duas ou mais normas aparentam ser aplicáveis ao mesmo fato.
Uma norma especial é a norma que possui todos os elementos da norma geral e mais alguns, denominados especializantes, neste caso a norma especial prevalece sobre a geral, a qual deixa de incidir sobre aquela hipótese.
O Código de Trânsito Brasileiro trás uma pequena parte geral, contida nos artigos 291 a 301, que na realidade são normas que nos ensinam como aplicar os demais artigos.
Isso não revoga a parte geral do Código Penal. O que o Código de Trânsito Brasileiro não trata, é tratado no Código Penal.
O Código de Trânsito Brasileiro trás também, os conceitos, como por exemplo, o que é veiculo automotor: veículo a motor de propulsão que circule pelos próprios meios automóveis, caminhões, motocicletas, ônibus, inclusive elétrico, motocicleta, entre outros conceitos.
Os crimes de trânsito são as condutas que encontram adequação típica nos artigos 302 a 312 do Código de Trânsito Brasileiro, pois se relacionam de alguma forma à direção de veículo automotor.
Nem sempre os crimes contidos no CTB são praticados na direção de veículo, como os descritos nos artigos 307 e 312, por exemplo o artigo 291, parágrafo 1º trás uma exceção, em que cabe, aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa, composição civil, representação ou transação penal.
A Composição civil (art. 74 da Lei 9.099), é uma composição civil, que tramitará no Juizado Especial Criminal. Inicialmente o magistrado buscará a composição dos danos civis nos crimes em que a Ação Penal seja privada ou de natureza Pública Condicionada, visando o ressarcimento de eventuais prejuízos sofridos. Por se tratar de Ação Penal Condicionada, a vítima, renuncia ao direito de representação, concordando com a composição civil. Na negativa, não há renúncia, nem tampouco concordância com a composição civil.
A representação, quando não havendo a composição será dada oportunidade ao ofendido para que esse ofereça a representação, caso já não a tenha oferecido, hipótese em que poderá retratar-se ou reiterá-la.
A transação Penal, nos crimes considerados de menor potencial ofensivo (pena menor de 2 anos, pelo procedimento sumaríssimo, dependendo de fatores legalmente previstos no artigo 76 da Lei 9.099/95, embora não conste o termo transação, uma vez que a Constituição Federal em seu artigo 98 é que assim disciplina, pode o Ministério Público negociar com o acusado sua pena. Ou seja, trata-se de um “acordo” entre a acusação e a defesa pra evitar que o processo corra, poupando o réu, bem como o Estado, de todas as cargas decorrentes da Ação Penal (sociais, psicológicas, financeiras, etc.).
A transação deve ser proposta antes do oferecimento da denúncia. A aceitação da proposta não pode ser considerada como reconhecimento de culpa ou de responsabilidade civil sobre o fato, bem como não pode ser utilizada para fins de reincidência, sendo vedada sua aparição em fichas de antecedentes criminais.
O fato só é registrado para impedir que o réu se beneficie novamente do instituto antes do prazo de 5 anos definidos na lei.
A suspensão condicional do processo, a Lei 9.099/95, em seu artigo 89, determina que tal instituto somente é aplicável nos delitos cuja pena mínima seja igual ou inferior a um ano. O Ministério Público pode propor suspensão condicional do processo.
Sendo assim, voltando ao Código de Trânsito Brasileiro, nos crimes de trânsito a ação penal será pública condicionada, dependente de representação.
Contudo, os incisos do parágrafo 1º do artigo 291 do CTB, trazem hipóteses em que a ação penal vira pública será incondicionada, um exemplo disso é caso o agente esteja sob influência de álcool, participando de corrida, etc. Os incisos afastam a aplicação da Lei 9.099.
Outra inovação do CTB é a disposição acerca das penas restritivas de direitos não conterem o caráter de penas subsidiárias. Pois não havia até 1997 nenhum tipo penal que trouxesse pena restritiva de direito cumulada com privativa de liberdade, como, por exemplo, no artigo 303 do CTB que comina pena, e suspensão ou proibição.
Porém, não há hipótese de pena restritiva sozinha, sempre será em conjunto com pena privativa de liberdade, ou como substituta nas regras do Código Penal.
Há na doutrina e jurisprudência quem discorde, e acredite que o juiz tenha esse poder de aplicar somente a restritiva. Os que não compartilham deste posicionamento, defendem que é proibido ao juiz a atividade legislativa.
Ademais, o termo “isolada” que aparece no artigo 292:
Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta como penalidade principal, isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
Cabe nos casos de transação penal (não cabe transação penal para pena privativa de liberdade, só para pena de multa ou restritiva de direitos). Ao invés de outras restrições, coloca-se a suspensão da permissão de dirigir, ou a proibição da obtenção da habilitação.
Já o artigo293 fixa os patamares mínimos e máximos, sendo o mínimo de 2 meses e o máximo de 5 anos.
O artigo 294 apresenta a terceira inovação do CTB. Cria uma cautelar restritiva de direito, a cautelar pela garantia da ordem pública, na duração da investigação, e/ou da instrução judicial, o réu ficará impedido de dirigir, o que era exercício do poder geral virou medida cautelar
No artigo 295, encontramos a norma de ordem administrativa é a comunicação de praxe que o juiz deve fazer.
Artigo 296 fala em reincidente nos crimes tratados neste código. Ressuscita o conceito de reincidência, pelo Princípio da Especificidade.
A multa reparatória encontra-se prevista no artigo 297 do CTN. Aqui o legislador criou mais uma penalidade, impor ao réu além das penas, também uma multa, o processo penal proporciona a vítima a receber pelo dano sofrido.
A multa tem caráter de sanção penal com consequência civil. Não conta mais com o caráter inovador porque agora há disposição no artigo 45, parágrafo 1º do Código Penal (prestação pecuniária), algo semelhante a assistência, que é pago à vítima. Note-se que prestação pecuniária é diferente de multa reparatória. Tratam-se de institutos absolutamente distintos.
A prestação pecuniária é autônoma, caráter subsidiário (pena alternativa), já a multa reparatória, deste CTB, é mais uma sanção. E a multa reparatória tem sua contagem em dias. Já a prestação pecuniária é contada em salários mínimo.
DIFERENÇA DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO E CRIMES DE TRÂNSITO 
 
As diferenças entre as infrações de trânsito e aos crimes de trânsito dizem respeito à área do direito em que estão compreendidas. Assim como, às penalidades que podem incidir por uma ou outra.
As infrações de trânsito são condutas consideradas indevidas, geralmente por colocarem em risco a segurança das pessoas que circulam nas vias públicas, assim como a do próprio infrator.
Por exemplo, as infrações de trânsito tramitam no âmbito administrativo. Por óbvio, que os processos são também administrativos, abertos no DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito). Seu julgamento é feito por uma comissão composta por pessoas de diversas competências, seja por meio de multas ou de outras penalidades mais graves, como a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou a apreensão do veículo.
Já os crimes de trânsito, também considerados como infrações penais. Estes implicam na abertura de um processo judicial criminal. Processo este, que será julgado por um juiz. Sendo que tal julgamento poderá resultar em detenção do condutor infrator, estão inseridos no universo: o penal. Quando um condutor comete um crime de trânsito, será julgado judicialmente por isso e, caso seja condenado, poderá ser até mesmo detido, dependendo da gravidade do crime cometido. O condutor passará, então, por um júri e enfrentará todo o processo legal.
Isso quer dizer que uma pessoa pode ser presa por uma conduta no trânsito? Sim! Na verdade, todos os crimes de trânsito têm como penalidade a detenção do condutor. Assim como em outros casos, o cumprimento da pena nem sempre é realizado em regime fechado. Tudo dependerá da sentença aplicada pelo juiz e, claro, do crime cometido.
A pena mínima para esses casos é de seis meses, exceto para os que envolvem homicídio, cuja pena mínima é dois anos. Em todos os julgamentos, o juiz leva em consideração alguns fatores, como os antecedentes penais e a motivação.
Art. 302 - HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR 
 
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
O tipo penal principal é o caput do artigo. Trata-se de homicídio causado pelo agente na direção de veículo automotor, em decorrência de negligencia, imprudência e imperícia.
É importante relembrar dos seguintes termos, que definidos por Sanches, são:
Negligência: ausência de precaução, negativa – omissão, o agente não adota a ação cuidadosa que se exige no caso concreto, daí advindo o resultado lesivo.
Imprudência: o agente atua com precipitação, afoiteza, sem os cuidados que o caso requer, é a forma positiva.
Imperícia: falta de aptidão técnica para o exercício de arte ou profissão.
Acrescenta-se também, que se trata de um Crime Comum, não exigindo condição especial dos sujeitos, pode ser cometido por qualquer pessoa contra qualquer outra. 
O sujeito ativo é quem pratica o delito, quem tem a direção, o passivo é o titulo do interesse penalmente protegido. 
O objeto material é a própria coisa ou pessoa atingida pela prática, e o objeto jurídico é a vida, e posteriormente, a segurança no trânsito.
Existem as causas de aumento de pena no crime de homicídio culposo do CTB, onde a pena ocorre valoração, ou seja, o juiz pode aumentar, de 1/3 (um terço) à metade, nos seguintes casos:
-Não possuir permissão para dirigir ou CNH;
-Praticá-lo em faixa de pedestre ou na calçada;
-Deixar de prestar socorro, quando possível faze-lo, sem risco pessoal, à vitima do acidente;
-No exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
Esse tipo penal tinha uma qualificadora até o ano de 2016 do qual acabou sendo revogado, acontece que em 2017, após um ano sem qualquer qualificado prevista, foi sancionada a lei nº 13.546, que entrou em vigor no dia 20 de abril de 2018, a seguinte qualificadora:
§ 3o Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 
E com ela estabelecida, surgem algumas outras consequências, tais como:
1. Com esse quantum de pena (5 a 8 anos), não se permitirá a fixação de fiança pelo Delegado de Polícia.
2. Não há que se falar em absolvição do crime do art. 306 (embriaguez ao volante) pelo art. 302 (homicídio culposo na direção), no caso de alguém que dirige embriagado cometer homicídio culposo na direção do veículo automotor.
Art. 303 - PRATICAR LESÃO CORPORAL CULPOSA NA DIREÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR 
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Paragráfos únicos (revogados).
§ 1o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302.
§ 2o A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal de natureza grave ou gravíssima.
 Neste crime temos como objeto jurídico tutelado a vida humana e secundariamente a segurança viária, tendo como sujeito ativo o condutor do veículo automotor, admitindo coautoria, quando por exemplo, o pai entrega carro para o filho menor; e como sujeito passivo qualquer pessoa.
 Tem como adequação típica a prática da lesão corporal culposa na direção do veículo. Trata-se de crime culposo, crime de instrumento necessário (carro). Sendo que crime culposo é aquele onde o agente prática algo e tem como resultado algo que não queria mas que poderia ter evitado se tomasse cuidado. Para se enquadrar neste crime, o agente precisa ter atuado com imprudẽncia, que é a falta de cuidado na prática de determinada situação, exemplo: motorista dirigir o veículo em uma velocidade acima da permitida; negligẽncia, onde o agente age com descuido, falta de atenção, exemplo: não fazer a manutenção do veículo, e com imperícia que nada mais é do que a falta de conhecimento, habilidade, exemplo: agente conduzir o veículo sem saber dirigir direito.
Tem como elemento subjetivo a culpa, ou seja o agente deu causa ao resultado sem a intenção de comete-lo.Consuma-se com a lesão. Não admite tentativa.
CRIMES DE TRÂNSITO. LESÃO CORPORAL (ART. 303/CTB), EMBRIAGUEZ AO VOLANTE (ART. 306/CTB) E DIREÇÃO SEM A DEVIDA HABILITAÇÃO. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. CONDENAÇÃO MANTIDA. 1- Restando comprovado que o agente conduzia veículo automotor, sem a devida habilitação, com concentração de álcool por litro de ar expelido dos pulmões superior a 0,3mg/L, e tendo causado lesão corporal em policial que lhe deu ordem de parada, impõe-se manter a sua condenação pelos delitos previstos nos arts. 303, 306 e 309, do CTB. - 2. Preliminar rejeitada. Recurso desprovido. (TJ-MG - APR: 10525100200464001 MG, Relator: Antônio Armando dos Anjos, Data de Julgamento: 03/09/2013, Câmaras Criminais/3ª CÂMARA CRIMINAL.
Se houver mais de uma vitima, será aplicado o disposto ao artigo 70 do CP (concurso formal), ou seja, vai aumentar a pena de 1/6 até a metade.
Causas de aumento: aplicam-se as causas de aumento do parágrafo único do artigo anterior (1/3 até metade).
ARTIGO 304 
O artigo 304 do Código de Trânsito Brasileiro, prevê que “deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública” é crime, punível por detenção, que pode variar de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave. 
Neste tipo penal, considera-se crime a existência de omissão de socorro, ou seja, quando alguém, com o dever de fazer, deixar de prestar auxílio a alguma vítima. 
Nota-se que não é necessário que o condutor se exponha em perigo para prestar o devido auxílio, caso ocorra de não poder fazê-lo de forma direta, não haverá a culpabilidade por tal omissão, entretanto, haverá crime caso o condutor deixe de solicitar auxílio da autoridade pública competente, como por exemplo, a Polícia, Corpo de Bombeiros, SAMU e etc. 
De modo que, não poderá haver a total inércia daquele que tem a obrigação legal de tomar atitudes que podem evitar um caso clínico mais grave ou até mesmo, o óbito. 
Para que haja a configuração deste tipo penal, é necessário que esteja presente alguns requisitos, como por exemplo, existência de vítima, com lesão corporal ou morta; é necessário que o condutor do veículo envolvido do sinistro, se omita de prestar o devido socorro às vítimas, como prevê a própria tipificação, todavia, é possível que um terceiro que transite pelo local também seja enquadrado pela omissão, porém, com base no art. 135 do Código Penal:
“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”. 
Conforme já mencionado então, será responsabilizado o condutor do veículo envolvido no sinistro, podendo tal culpa atingir um terceiro que também se omita.
O crime previsto no artigo 304 é subsidiário, de maneira determinada e explícita ao final da tipificação, “se o fato não constituir elemento de crime mais grave”, ou seja, caso a omissão tiver como resultado morte, o condutor responderá pela pena prevista no art. 302 do CTB. 
O bem jurídico tutelado é a vida e/ou a saúde. 
O tipo objetivo deste crime é omissivo puro com duas condutas típicas, deixar de prestar o imediato socorro e deixar de solicitar ajuda à autoridade pública. 
Sujeito Ativo é o condutor que se omite de prestar o devido socorro e o Sujeito Passivo é a vítima que precisa do socorro.
A consumação ocorre no momento em que há a omissão, não admitindo-se a tentativa, por se tratar de crime omissivo próprio. 
E por fim, a ação penal para crimes deste gênero é a pública incondicionada. 
Art. 305. AFASTAR-SE O CONDUTOR DO VEÍCULO DO LOCAL DO ACIDENTE, PARA FUGIR DA RESPONSABILIDADE PENAL OU CIVIL QUE LHE POSSA SER ATRIBUIDA. 
 Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
O artigo 305 versa sobre um crime polêmico, o de fuga do local de ocorrência de trânsito. A polêmica se deve ao fato de que a lei pretendeu punir, criminalmente, aquele que se afasta do local, com uma intenção específica, a de não ser responsabilizado, seja por um crime cometido ou por uma eventual indenização que tenha de arcar, se for considerado culpado pelo acontecimento fatídico (ou seja, pressupõe-se, antecipadamente, que o condutor pode ser culpado e, por este motivo, deve permanecer no local, para a devida apuração dos fatos).
Quanto à responsabilidade penal, o dispositivo viola a presunção de inocência (artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal – “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”) e o direito de não-incriminação, que se assenta tanto no direito constitucional do preso, em se manter calado (artigo 5º, inciso LXIII, da CF – “o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado”).
Conforme o artigo 8º, inciso 2, letra g, da Convenção Americana de Direitos Humanos – Pacto de São José, da Costa Rica – “Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa. Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a garantias mínima de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada".
No tocante à responsabilidade civil, o delito do artigo 305 é ainda mais esdrúxulo, pois contempla como crime a simples possibilidade do dever de indenizar, quando é princípio garantido de nosso direito constitucional de que não haverá prisão civil por dívida (artigo 5º, inciso LXVII, da CF – “não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel”).
O sujeito ativo é o condutor do veículo envolvido no acidente. Já o sujeito passivo é o Estado e de maneira secundária a pessoa atingida pela conduta do autor; 
Tendo como objetividade jurídica a boa administração da Justiça, já o objeto material é o local do acidente;
A natureza da ação penal é pública incondicionada;
A palavra Verbo-Núcleo seria afastar que tem sentido de “distanciar-se”;
O Elemento Subjetivo é o dolo. Não há previsão legal da forma culposa;
O crime se consuma com o afastamento do local do acidente. Nesse sentido é a jurisprudência:
“Tendo demonstrado o afastamento da ré do local do acidente para fugir à responsabilidade penal ou civil, pois reconhecida pelas testemunhas, é suficiente para manutenção da condenação” (Turmas Recursais do RS, RCrim 71001474154, TRCrim, rel. Juiz Alberto Delgado Neto, j. 10-12-2007).
A tentativa é admissível, uma vez que trata-se de crime plurissubsistente. Para Capez, a tentativa é possível, desde que o agente não obtenha êxito em se afastar do locus delicti.
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
 § 1º. As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou 
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora.
§ 2º. A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
§ 3º. O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.
O artigo 306 contempla o crime denominado “embriaguez ao volante”, embora a palavra “embriaguez” não seja utilizadano tipo penal. Com a alteração dada pela Lei nº 12.760/12, o crime passou a ocorrer pela condução de veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa, pouco importando a quantidade no organismo. 
Assim, a concentração de álcool igual ou superior a seis decigramas de álcool por litro de sangue (ou 0,3 miligrama de álcool por litro de ar) deixou de ser parte do tipo penal, para ser uma das formas de comprovação da sua ocorrência, sendo configurado também o crime pela detecção de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora do condutor.
A alteração do CTB, pela Lei nº 12.760/12, teve como objetivo principal contrapor o posicionamento do Poder Judiciário, que vinha se consolidando no sentido da obrigatoriedade de mensuração da quantidade de álcool no organismo do condutor, tendo em vista que a redação anterior do artigo 306 exigia a quantidade mínima de seis decigramas de álcool por litro de sangue. Com o novo texto, passou a ser possível punir criminalmente os condutores que são flagrados sob visível influência de álcool, mas se recusam a se submeter aos testes de alcoolemia, sendo possível, segundo o seu § 2º, a configuração do crime até mesmo por meio de vídeo e prova testemunhal da condição do acusado.
· O sujeito ativo é qualquer pessoa, legalmente habilitada ou não. O sujeito passivo é a coletividade (sujeito passivo principal). Secundariamente, aparecem como sujeitos passivos as pessoas eventualmente vítimas de perigo de dano. A existência de um sujeito passivo secundário é meramente acidental, não sendo necessária ao aperfeiçoamento do tipo;
· A objetividade jurídica é a incolumidade pública, no que tange à segurança do tráfego de veículos automotores;
· A conduta típica consiste em conduzir veículo na via pública, sob a influência de substância inebriante, de forma anormal, expondo a segurança alheia a perigo de dano;
· A consumação ocorre no momento em que o motorista realiza manobra ou condução anormal, em consequência da ingestão de bebida alcoólica ou de efeito análogo;
· A tentativa é inadmissível. Ou o motorista, sob influência de álcool, realiza uma conduta anormal, e o delito está consumado, ou não realiza, e não há tentativa, subsistindo apenas eventual infração administrativa. Inexiste a figura da "tentativa de realizar conduta anormal no trânsito, sob a influência de álcool".
Art.307 – VIOLAR A PROIBIÇÃO OU SUSOENSÃO DE OBTER A HABILITAÇÃO 
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com fundamento neste Código:
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
Neste crime temos como objeto jurídico tutelado é o prestígio das decisões administrativas e judiciais, sendo que a caracterização de uma da conduta pressupõe a violação de alguma dessas imposições. Tem como sujeito ativo o motorista impedido (crime próprio), pois somente pode ser praticado por aquele que teve seu direito de dirigir caçado ou suspenso, ou está proibido de obter permissão para dirigir. E como sujeito passivo o Estado.
Tem como adequação típica a violação da suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Sendo assim, suspenso o direito de dirigir, e o agente vier a descumprir tal ordem, logo incorrerá no referido crime. Como elemento subjetivo temos o dolo, não sendo aceito na forma culposa, tampouco exigindo elemento subjetivo específico.
Consuma-se com a violação que ocorre no momento em que o agente, embora impedido de dirigir, coloca em movimento o veículo. Admite-se a tentativa como por exemplo, o agente age de forma eficaz a dirigir (início da execução), contudo não consegue colocar o veículo em circulação em razões alheias a sua vontade, o que na prática é muito difícil.
TRÂNSITO - CRIME DO ART. 307, "CAPUT", DO CTB - VIOLAÇÃO DA SUSPENSÃO IMPOSTA, INCLUSIVE POR DECISÃO ADMINISTRATIVA E NÃO APENAS NOS CASOS DE CONDENAÇÃO JUDICIAL - PROVA SUFICIENTE DO DOLO DO AGENTE, EIS QUE SINTOMATICAMENTE TRAFEGAVA COM SEU VEÍCULO SEM PORTAR A REFERIDA HABILITAÇÃO, EXATAMENTE PORQUE SEU USO ESTAVA SUSPENSO. A prova da ciência da penalidade de suspensão do direito de dirigir veículo que lhe fora previamente imposta consiste, como bem explorado pelo sentenciante, como base também na prova testemunhal produzida, no fato de que em 25/07/2014 foi abordado por policiais que constataram a vigência da penalidade e disso o réu teve integral conhecimento, tanto é que gerou o processo criminal, também pelo delito do artigo 307 do CTB, de nº 0003925-93.2014, onde em 19/09/2014 (cerca de 3 meses anteriores ao fato aqui tratado) foi inclusive citado naquela ação penal. DOSIMETRIA DA PENA ACERTADAMENTE APLICADA, INCLUSIVE NO PERTINENTE À PENA ACESSÓRIA, EX VI ARTIGO 307 DO CTB. SENTENÇA CONDENATÓRIA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. (TJ-SC - APL: 00005400620158240058 São Bento do Sul 0000540-06.2015.8.24.0058, Relator: Decio Menna Barreto de Araújo Filho, Data de Julgamento: 22/11/2017, Quinta Turma de Recursos - Joinville).
ARTIGO 308 
Para a prática de provas ou competições desportivas na direção de veículo automotor, em via pública, é necessário que haja a prévia permissão das autoridades competentes pela circunscrição daquela via, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro em seu artigo 67:
As provas ou competições desportivas, inclusive seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas mediante prévia permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e dependerão de:
I - autorização expressa da respectiva confederação desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas;
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via;
III- contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de terceiros;
IV- prévio recolhimento do valor correspondente aos custos operacionais em que o órgão ou entidade permissionária incorrerá.
Ou seja, para poder realizar tais práticas é necessário que haja autorização expressa, devendo haver uma caução suficiente para cobrir eventuais danos que possam surgir, entre outros previstos nos incisos do referido artigo. 
De modo que, não havendo a autorização pertinente no artigo 67 do CTB, os condutores que participarem de eventos deste viés, serão enquadrados na infração de trânsito previsto no artigo 174, na qual estabelece que “Promover, na via, competição, eventos organizados, exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via”, sendo punível por multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do veículo, além da medida administrativa, onde haverá o recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo.
É válido salientar, que poderá haver a responsabilização penal também, tipificado no Código de Trânsito Brasileiro, na qual prevê em seu art. 308 que: 
	
Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada. 
Ou seja, havendo alguns fatores como, condutor na direção de veículo automotor em via pública, sem a devida autorização pertinente para a prática de tais atos e havendo possibilidade de dano à incolumidade pública ou privada, o mesmo incorrerá na prática do crime previsto no capítulo XIX, em seu artigo 308. 
Haja vista a existência do princípio da especificidade, caso o indivíduo cometa o crime previsto no art. 308 do CTB, haverá a absorção da contravenção penal previstano Decreto-Lei nº 3.688/41 em seu artigo 34, “dirigir veículos na via pública, ou embarcações em águas públicas, pondo em perigo a segurança alheia”.
O artigo 308 possui duas formas qualificadas, sendo: 
§1º Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.
§2º Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo.”
Percebe-se que houve a pretensão do legislador com estas duas formas qualificadas, torná-las crimes de cunho preterdoloso, onde há dolo no antecedente e culpa na consequência, ou seja, o agente quis cometer a conduta, agiu com dolo neste quesito, entretanto, não havia intenção em matar ou lesionar alguém, de modo que neste resultado há culpa. 
Todavia, não pretendeu a nova lei destituir o entendimento majorado do Supremo Tribunal Federal (HC 101.698) tendente ao reconhecimento do dolo eventual em casos envolvendo “racha”, haja vista que os §§ 1º e 2º rezam que se “as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo” há incidência do crime do artigo 308, §1º ou §2º (a depender do resultado: lesão ou morte). Sendo assim, se as circunstâncias demonstrarem que o agente assumiu o risco de produzir um dos resultados descritos no parágrafos citados haverá indubitavelmente dolo eventual.
Pela nova redação é forçoso concluir que ainda é possível que em casos de morte decorrente de “racha” haja o reconhecimento do dolo eventual, exceto se as circunstâncias fáticas demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo.
A objetividade jurídica é a segurança viária e, secundariamente, a incolumidade pública e a privada. 
Sujeito ativo é qualquer pessoa que, na direção de veículo automotor, tome parte em uma disputa não autorizada. Quando a disputa envolve dois ou mais veículos, haverá concurso necessário entre os condutores. Espectadores e passageiros que estimulem a corrida serão também responsabilizados na condição de partícipes (art. 29 do CP). O sujeito passivo é a coletividade e, de forma secundária e eventual, as pessoas expostas a risco em virtude da disputa. 
O tipo objetivo é o núcleo do tipo é a palavra “participar”, que pressupõe que o agente se envolva, tome parte na disputa, estando na direção de veículo automotor.
A consumação ocorre no momento da disputa, corrida ou competição não autorizada realizada com desrespeito às normas de segurança do trânsito e a tentativa é inadmissível. 
O elemento subjetivo deste crime é a vontade livre e consciente de participar da disputa, corrida ou competição.
E por fim, a ação penal é a pública incondicionada.
 ARTIGO 309
Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o direito de dirigir, gerando perigo de dano: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
	A objetividade jurídica deste artigo é a incolumidade pública, no que diz respeito a segurança das pessoas no trânsito. O interesse jurídico, que seja, a incolumidade pública, está relacionada “à preservação de um número indeterminado de pessoas”. (STJ, REsp 43.322, 6ª Turma, rel. Min. Vicente Cernicchiaro, DJU, 2 ago. 1993, p. 14295).
	Com relação a esse crime, a jurisprudência não está aceitando a aplicação da teoria da insignificância, segundo a qual o fato, em face de sua ínfima relevância, não se reveste de tipicidade. 
	O sujeito ativo desse crime pode ser qualquer pessoa, já o sujeito passivo passa a ser a coletividade, uma vez que o condutor está colocando em perigo toda a coletividade.
	Segundo o entendimento majoritário se caracteriza infração pela simples conduta de dirigir veículo automotor sem ter a devida permissão para dirigir, independentemente da produção de perigo concreto.
Existem três posições no que diz respeito a caracterização do crime, 1. Integra-se o crime com a simples conduta de dirigir veículo sem habilitação ou permissão, prescindindo-se de perigo concreto, sem prejuízo das sanções administrativas (art. 162, I a V, Código de Trânsito). 
2. Trata-se de crime de perigo concreto. Nesse sentido: Ariosvaldo de Campos Pires e Sheila Jorge Selim Sales, Crimes de trânsito, cit., p. 240, n. 42.2.3. 
3. Trata-se de crime de lesão e de mera conduta, que seria a condução inabilitada, isoladamente, que conduz só ao ilícito administrativo (Código de Trânsito, art. 162). Nesse sentido o crime se cometeria somente quando o motorista dirige de forma anormal, colocando em perigo a coletividade.
Dessa forma, tratando-se de crime contra a incolumidade pública, a simples direção de veículo sem habilitação, sem risco a coletividade, não afeta o bem jurídico, de modo que a sua apenação criminal, quando a conduta não oferece risco, ofende o princípio constitucional da lesividade. No que diz respeito a adequação típica, não é suficiente a simples tipicidade formal, que corresponde à subsunção do fato concreto ao modelo legal. 
 O Supremo Tribunal Federal, ao tratar do assunto, publicou a Súmula nº 720, com os seguintes dizeres: “O art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que reclama decorra do fato perigo de dano, derrogou o art. 32 da Lei das Contravenções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres” (a derrogação, ou revogação parcial, decorre do fato de que permanece existindo a contravenção penal, no caso específico de embarcação a motor em águas públicas).
É importante ressaltar que o perigo de dano não pode ser apenas presumido, ele deve vir acompanhado de uma condução anormal, que cause perigo a sociedade. Temos como exemplo, uma pessoa que dirige sob influência de álcool, que dirige na contramão, devendo cometer outras infrações de trânsito para que se configure o delito.
 Artigo 310
Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança: Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
A objetividade jurídica deste artigo é a incolumidade pública, o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, todavia o sujeito passivo é coletividade, mas deve se ressaltar que se trata de crime vago.
Temos como condutas típicas neste crime, permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor à direção de determinadas pessoas. Essas condutas são: 1. Entregar, veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com direito de dirigir suspenso; 2. Entregar, veículo automotor a quem, por estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança.
O elemento subjetivo deste delito é o dolo, que seria a vontade livre e consciente de entregar, confiar ou permitir ao terceiro indicado no tipo a direção indevida. Neste contexto, o dolo deve conter o conhecimento do motorista, a quem se entrega ou confia o veículo, a quem não é habilitado, está com a habilitação cassada ou suspensa, ou é doente.
Todavia, não há forma típica culposa, ou seja, não há crime na falta de cautela na guarda de chave de veículo. A tentativa deste delito é permitida uma vez que quando o terceiro vai movimentar o veículo ele é interrompido.
Este delito se consuma, com a direção oferecida ao terceiro, e não com a simples entrega, permissão ou confiança. É necessário para a consumação que o terceiro dirija o veículo que lhe foi confiado. Ninguém pode ser punido pelo simples ato de entregar a chave a terceiro ou fala “pegue o carro”.
Art.311 Crime de Velocidade Incompatível
Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
 O crime de trânsito do artigo 311 do CTB, por trafegar em velocidade incompatível em determinados locais, relaciona-se à infração de trânsito discriminada no artigo 220, em especial os incisos I e XIV:
“Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível com a segurança do trânsito: I – quando se aproximar de passeatas, aglomerações, cortejos, préstitos e desfiles; e XIV – nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa movimentação de pedestres”.
 Diferentemente do que ocorre em relação ao excesso de velocidade e à velocidade abaixo da mínima permitida (infrações de trânsito dos artigos 218 e 219), para a configuração da infração do artigo 220 e do crime do artigo 311, não há a necessidade de medição da velocidade do veículo no momento dos fatos, sendo necessária a análise circunstancial; assim, uma velocidade de 30, 40 ou 50 km/h, por exemplo, pode ou não ser compatível com a segurança em determinado local e/ou horário, o que exige, do agente público que constatar a conduta, uma avaliação criteriosa, levando-se em consideração a seguinte definição, própria da Direção defensiva ou seja, velocidade compatível com a segurança é aquela que permite ao condutor total domínio do veículo, a fim de evitar risco às outras pessoas, independente das condições adversas.
 Podemos citar como velocidade Incompatível com a segurança a situação em que o condutor freia bruscamente seu veículo o que se permite apenas por razões de segurança, conforme artigo 42 do CTB, quase atropela alguém, ou chega a atropelar, ou desvia abruptamente de um obstáculo na via pública, perdendo temporariamente o controle da direção, entre outras.
 A condição adicional para a ocorrência do crime, se comparada à infração de trânsito, consiste no “gerar perigo de dano”, o que exige uma característica específica para a punição criminal da conduta, assim, podemos admitir que a velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque e logradouros estreitos será tão somente infração administrativa art.220 quando tais locais estiverem desprovidos de pessoas, pois não haverá o perigo de dano presente, o que descaracterizaria a infração penal.
Art. 312 Delito de Fraude Processual
Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz:
Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.
Art. 312-A.
Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades:
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e poli traumatizados;
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de trânsito;
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito.
O artigo 312-A foi incluído pela Lei n. 13.281/16, determinando que, aos autores de qualquer um dos crimes de trânsito (constantes dos artigos 302 a 312), nas situações em que o juiz aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, em uma das atividades elencadas nos incisos I a IV, relacionadas ao atendimento de vítimas de trânsito.
Verifica-se que tal imposição NÃO é obrigatória ao Poder Judiciário, tão somente quando o juiz entender por bem aplicar a substituição da pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, o que, aliás, já era possível de ocorrer, nos moldes propostos pela alteração legislativa, com base no artigo 43, inciso IV, do Código Penal (“As penas restritivas de direitos são: ... IV – prestação de serviço à comunidade ou a entidade públicas”).
Logicamente que, para tal ocorrer, há a necessidade de ajustes entre o Poder Judiciário e o Poder Executivo, a fim de que possam ser recebidos os condenados nos órgãos mencionados neste artigo, em condições de acompanhar o trabalho por eles desenvolvido.
Artigo 312-A incluído pela Lei nº 13.281, de 2016 
Do que se refere o art.312 o crime de trânsito pode ser denominado de “fraude processual no trânsito”, adaptando-se o “nomen juris” do artigo 347 do Código Penal, que é “fraude processual” (“Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito”), para o qual se prevê pena de detenção, de três meses a dois anos, e multa, sendo aplicadas em dobro, se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal.
Alguns detalhes do alcance da previsão legal do artigo 312:
Somente existirá o crime de “fraude processual no trânsito”, se o artifício for utilizado para ludibriar a persecução criminal, referente a um crime de lesão corporal ou homicídio, posto que se configura apenas nas ocorrências de trânsito COM VÍTIMA;
O crime somente ocorre na modalidade dolosa, com a intenção específica de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz; logo, a simples não preservação do local da ocorrência não estará abrangida pela infração penal, estando sujeita, entretanto, ao cometimento da infração de trânsito do artigo 176, inciso III: “Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da perícia”;
O autor deste crime pode ser pessoa diversa do responsável pela lesão corporal ou homicídio ocorridos na condução de veículo automotor, desde que seu intento seja atrapalhar a investigação criminal e apuração da culpabilidade;
A conduta típica consiste na inovação artificiosa de estado de:
LUGAR (exemplo: alterando a cena do crime, para se fazer supor que o fato tenha ocorrido em local diverso de onde realmente aconteceu);
COISA (exemplo: retirando vestígios que induzam à responsabilidade pela ocorrência ou modificando peças automotivas para se isentar de culpa); ou PESSOA (exemplo: fazendo alguém se passar pelo motorista, para acobertar o fato de o condutor não ser habilitado ou estar sob influência de álcool).
Por fim, cabe destacar que, de acordo com o parágrafo único, pune-se o autor da fraude processual, ainda que não se tenha iniciado qualquer procedimento para apuração da responsabilidade pela lesão ou homicídio decorrentes, ou seja, se houver qualquer alteração fraudulenta, no momento da ocorrência de trânsito e antes da chegada da polícia, estará configurado o crime do artigo 312.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este trabalho podemos ter um breve entendimento sobre o código de trânsito brasileiro, com foco nos crimes de trânsito, que antes do nosso código promulgado em 1997 precisava se buscar no código penal quando ocorria algo relacionado a isso.
Para o trânsito ser seguro deve-se analisar três aspectos importantes, sendo eles o modo como a sociedade respeita as leis de trânsito, a aplicação das leis de trânsito aos condutores, o papel das autoridades e a adequaçãodas normas, as peculiaridades geográficas, urbanísticos e culturas locais. Pode-se observar o modo como a sociedade lida com o trânsito, sendo sempre de modo negligente ou imprudente, assim analisam-se como os condutores dirigem, deveriam agir no trânsito de modo mais defensivo e observando as leis de trânsito, assim os condutores poderiam evitar vários dos acidentes. Os pedestres também deveriam respeitar mais o trânsito, pois estes também fazem parte dele, onde, por exemplo, deveriam cruzar as vias públicas de forma correta e nos locais indicados conforme determinação do código. 
A aplicação das leis de trânsito aos condutores é a forma das autoridades competentes cobrarem da sociedade que as leis sejam compridas, assim usando de seu modo coercitivo para impedir que as leis de trânsito sejam respeitadas. A falta de cobrança das autoridades fizeram com que a sociedade mudasse seus valores e concepções sobre o trânsito, ou seja, embora a lei esteja em vigor, ela não tem mais valor para a sociedade, constatamos isso ao observar que grande parte dos condutores de veículos não utilizam os equipamentos de segurança. O papel das autoridades, tão importante quanto o modo de dirigir, pois são as ações que as autoridades municipais, estaduais e federais desempenham para que o trânsito seja seguro, nessas ações temos, por exemplo, a manutenção das vias, o planejamento do trânsito, as sinalizações, entre outros. As omissões no trânsito pelas autoridades competentes colocam em risco a segurança da população. Por fim, é necessário que haja uma lei específica para estes crimes, pois a cada dia há um novo acidente. 
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