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Poder Constituinte - RESUMO

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PODER CONSTITUINTE – AULA 01
Poder Constituinte Originário
É aquele que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo por completo com a ordem jurídica precedente. Tem como objetivo principal, a criação de um novo Estado. 
	Características Características 
	Inicial: instaura-se nova ordem jurídica, rompendo-se com a anterior
	
	Autônomo: a estruturação da nova constituição será determinada, autonomamente, por quem exerce o poder constituinte originário.
	
	Ilimitado juridicamente: não tem de respeitar os limites postos pelo direito anterior, há exceções!!!
	
	Incondicionado e soberano na tomada de suas decisões: não tem de submeter-se a qualquer forma prefixada de manifestação;
	
	Poder de fato e poder político: caracterizado como uma energia ou força social
	
	Permanente: o poder constituinte originário não se esgota com a edição de nova constituição 
Poder Constituinte Originário formal e material
	Formal
	É o ato de criação propriamente dito e que atribui a “roupagem” com status constitucional a um “complexo normativo”.
· O formal materializa e sedimenta como constituição
	Material 
	É o lado substancial do poder constituinte originário, qualificando o direito constitucional formal com status de norma constitucional.
· O material diz que é constitucional
· Precede o formal 
· Estão interligados
Poder Constituinte Derivado:
Como o próprio nome sugere, o poder constituinte derivado é criado e instituído pelo originário. Ao contrário de seu “criador”, que é, do ponto de vista jurídico, ilimitado, incondicionado, inicial, o derivado deve obedecer às regras colocadas e impostas pelo originário, sendo, nesse sentido, limitado e condicionado aos parâmetros a ele impostos.
· Poder Constituinte Derivado Reformador: tem a capacidade de modificar a Constituição Federal, por meio de um procedimento específico, estabelecido pelo originário, sem que haja uma verdadeira revolução. O poder de reforma constitucional, assim, tem natureza jurídica, ao contrário do originário, que é um poder de fato, um poder político, ou, segundo alguns, uma força ou energia social. A manifestação do poder constituinte reformador verifica-se através das emendas constitucionais.
Limitações do poder constituinte derivado reformador:
	Limitações Explícitas
	Art. 60 da CF
	Limitações Implícitas
	Impossibilidade de se alterar o titular do poder constituinte originário e o titular do poder constituinte derivado reformador, bem como a proibição de se violar as limitações expressas, não tendo sido adotada, no Brasil, portanto, a teoria da dupla revisão.
· Poder Constituinte Derivado Decorrente: 
· Estados-membros: o poder constituinte derivado decorrente, assim como o reformador, por ser derivado do originário e por ele criado, é também jurídico e encontra parâmetros de manifestação nas regras estabelecidas pelo originário. Sua missão é estruturar a constituição dos Estados-membros ou, em momento seguinte, havendo necessidade de formulação e adequação, modifica-la. Tal competência decorre da capacidade de auto-organização estabelecido pelo poder constituinte originário.
· Modalidades:
	Decorrente Inicial
	Responsável pela elaboração da constituição estadual
	Decorrente de Revisão Estadual
	Tem a finalidade de modificar o texto da constituição estadual.
· Limites à manifestação do Poder Constituinte Derivado Decorrente:
	Princípios constitucionais sensíveis
	Princípios constitucionais estabelecidos
	Princípios constitucionais extensíveis
	Expressos na CF;
Os estados-membros deverão observar os limites fixados no art. 34, VII, da CF, antes de elaborarem suas constituições, sob pena de inconstitucionalidade da norma e decretação de intervenção federal no estado.
	São aqueles que limitam, vedam, ou proíbem a ação indiscriminada do poder constituinte decorrente 
	São aqueles que integram a estrutura da federação brasileira, relacionando-se, por exemplo, com a investidura nos cargos eletivos, o processo legislativo, os orçamentos, os preceitos ligados a administração pública. 
· Distrito-Federal: de acordo com o art. 32, caput, da CF, será regido por lei orgânica, votada em dois turnos, com interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 da câmara legislativa, que a promulgará. 
No âmbito do DF, verifica-se a manifestação do Poder Constituinte Derivado Decorrente, qual seja, a competência que o DF tem para elaborar a sua lei orgânica ou modifica-la, sujeitando-se aos mesmos limites já apontados para os Estados-Membros e, pois, aplicando-se, por analogia, o art. 11, do ADCT.
· Municípios: elaborarão leis orgânicas como se fossem “constituições municipais”. Desse modo, a capacidade de auto-organização municipal está delimitada no caput do art. 29, da CF, e o seu exercício caberá a câmara municipal, no prazo de 6 meses, votar a lei orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na constituição federal e na estadual.
O Poder Constituinte Decorrente, conferido aos Estados-Membros da federação, não foi estendido aos municípios. Por essa razão, ato local questionado em face de lei orgânica municipal, enseja controle de legalidade, e não controle de constitucionalidade.
· Territórios Federais: de acordo com o art. 18, §2º, integram a União, não se falando em autonomia federativa, e, portanto, não se cogitando em manifestação de Poder Constituinte Derivado Decorrente. Trata-se de descentralização administrativo-territorial da União, com natureza jurídica de autarquia federal.
Por tudo exposto, deve-se concluir que o Poder Constituinte Derivado Decorrente, é apenas o poder que os Estados-Membros, por meio das assembleias legislativas, têm de elaborar e modificar as suas constituições estaduais, bem como o DF, por meio da câmara legislativa, de elaborar a sua lei orgânica, devendo, ambas, obedecer aos limites impostos pela CF, nos termos do art. 25, caput, da CF.
· Poder Constituinte Derivado Revisor: é fruto do trabalho de criação do originário, estando, portanto, a ele vinculado. É ainda, um “poder” condicionado e limitado às regras instituídas pelo originário, sendo assim, um poder jurídico.
O art. 3º do ADCT, determinou que a revisão constitucional seria realizada após 5 anos, contados da promulgação da constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do congresso nacional, em sessão unicameral.
Poder Constituinte Difuso
Pode ser caracterizado como um poder de fato e que serve de fundamento para os mecanismos de atuação da mutação constitucional.
Se, por um lado, a mudança implementada pelo Poder Constituinte Reformador se verifica de modo formal, palpável, por intermédio das emendas à constituição, a modificação produzida pelo Poder Constituinte Difuso se instrumentaliza de modo informal e espontâneo, como verdadeiro Poder de Fato, e que decorre dos fatores sociais, políticos e econômicos, encontrando-se em estado de latência. Trata-se de processo informal de mudança da constituição, alterando-se o seu sentido interpretativo, e não o seu texto, que permanece intacto e com a mesma literalidade.
Poder Constituinte Supranacional
Busca sua fonte de validade na cidadania universal, no pluralismo de ordenamentos jurídicos, na vontade de integração e em um conceito remodelado de soberania.
Nova Constituição E Ordem Jurídica Anterior
	Recepção
	Inconstitucionalidade superveniente
	Repristinação 
	Desconstitucionalização
	As normas constitucionais antes do advento de nova constituição, que forem incompatíveis com a nova constituição, serão revogadas, por ausência de recepção. 
A norma infraconstitucional que não contrariar a nova ordem será recepcionada, podendo, inclusive adquirir uma nova “roupagem”.
	O STF não admite a teoria da inconstitucionalidade superveniente de ato normativo produzido antes da nova constituição e perante o novo paradigma.
	O Brasil adotou a impossibilidade do fenômeno da repristinação, salvo se nova ordem jurídica expressamente permitir.
	Não é verificado no Brasil. Poderá ser percebido se nova constituição, expressamente, o requerer
Observações importantessobre a RECEPÇÃO:
· No fenômeno da recepção, só se analisa a compatibilidade material perante nova constituição;
· A lei, para ser recebida, precisa ter compatibilidade formal e material;
· Se for incompatível, a lei anterior será revogada, não se falando em inconstitucionalidade superveniente;
· É possível, ainda, a recepção de somente parte de uma lei.

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