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Processo Administrativo Tributário
Federal e Estadual
Professor: Dr. Marciano Buffon
e-mail: buffon@unisinos.br 
1
Processo Administrativo Tributário
Procedimento e Processo Administrativo (bases gerais)
Art. 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal de 1988:
“LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”;
“LV - Aos litigantes em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.
Decreto nº 70.235/72 - Dispõe sobre o procedimento Administrativo fiscal; 
Lei nº 9.784/99 - Lei geral do Processo Administrativo Federal.
Decreto nº 7.574/2011 - Regulamenta o PAT Federal
2
Processo Administrativo Tributário
Procedimento: atos para a consecução do ato do lançamento (inclusive fiscalização tributária e imposição de penalidades)
Lançamento: traduz a pretensão do fisco, que pode ou não se transformar em um lide; um divisor entre procedimento e processo
Se o fisco exerce a pretensão, de quem deve ser o dever de prova? (art. 373 do CPC)
Processo: meio de solução administrativa dos conflitos fiscais
Atos concatenados visando determinado fim: a solução do conflito
Relações entre fisco e contribuinte
Evita que o contribuinte seja privado dos seus bens injustamente
Se instaura pela impugnação (aplicando-se as garantias constitucionais)
3
Processo Administrativo Tributário
Princípios aplicáveis (bases gerais)
Ideia de começo, base, de alicerce do Ordenamento Jurídico
Normas de hierarquia superior
Orientam a aplicação das normas de direito tributário
Assim como as LCPT (verdadeiros princípio em favor dos contribuintes) devem ser respeitadas para o exercícios da competência tributária, vários princípios devem ser seguidos para que se proceda ao lançamento e se dê prosseguimento ao processo administrativo tributário
4
Processo Administrativo Tributário
Princípios Comuns ao Procedimento e ao Processo
Legalidade Objetiva: arts. 5º, inc. II e 150, inc. I, combinado c/ 37 da CF – além de se seguir fielmente a lei, o agente deve agir de forma imparcial
Vinculação: arts. 3º e 142 do CTN - A função tributária deve se realizar através da atividade administrativa plenamente vinculada
	Ex: Ganho de Capital na alienação de imóvel rural:
	Art. 19, Lei nº 9.393/96: A partir do dia 1º de janeiro de 1997, para fins de apuração de ganho de capital, nos termos da legislação do imposto de renda, considera-se custo de aquisição e valor da venda do imóvel rural o VTN declarado, na forma do art. 8º, observado o disposto no art. 14, respectivamente, nos anos da ocorrência de sua aquisição e de sua alienação.
	É possível apurar o ganho de capital, na alienação de imóvel rural, pelo valor da aquisição e da alienação na ausência de entrega de declaração e do VTN?
5
Processo Administrativo Tributário
Princípios Comuns ao Procedimento e ao Processo
Verdade Material: busca pela aproximação entre a realidade factual e sua representação formal, ou seja, deve-se apurar e lançar o tributo com base nos fatos ocorridos
	Pode se realizar o agravamento/ampliação do lançamento?
Oficialidade: a autoridade administrativa deve promover a impulsão oficial ao procedimento e ao processo administrativo, mesmo nos casos que tenha sido iniciado pelo contribuinte
6
Processo Administrativo Tributário
Princípios Comuns ao Procedimento e ao Processo
Dever de Colaboração: Todos tem o dever de colaborar com a Administração em sua tarefa de formalização tributária (não somente o contribuinte, mas inclusive terceiros, mediante o fornecimento de documentos, exame mercadorias, livros fiscais e comerciais, etc) – Suportar os procedimentos investigatórios
	Ex: identificação de receitas de terceiros
	Até onde vai?
Dever de Investigação: A Administração tributária tem o dever de investigar as atividades dos particulares de modo a identificar aquelas que guardem relação com as normas tributárias, e em sendo o caso, proceder ao lançamento do crédito tributário
	EX: ausência de apuração de VTn para apuração de ganho de capital de imóvel rural
	EX: ausência de intimação de terceiros para falarem sobre titularidade de valores em conta corrente de outros contribuintes
	EX: arbitramento sem intimação do contribuinte para apresentar livros de receitas
	Até onde vai?
7
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Procedimento Adm.
Os procedimentos investigativos devem ser suportados pelo dever de colaboração
Firmam a base lógica para a compreensão do regime jurídico do procedimento
Com exceção de inquisitoriedade, aplicam-se subsidiariamente ao processo
O início do procedimento exclui a possibilidade de denúncia espontânea (art. 138 do CTN)
8
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Procedimento Adm.
Inquisitoriedade: Decorre da relativa liberdade que se concede à autoridade tributária em sua tarefa de fiscalização e apuração dos eventos de interesse tributário
Inquérito/averiguação/apuração/investigação
Não há ampla defesa – presta-se informações
Não significa arbitrariedade
Cientificação: Assiste ao particular o direito de ser comunicado formalmente sempre que houver qualquer atividade administrativa que se refira à sua esfera de interesse jurídico - Transparência - Art. 7º Dec. 70.235/72
Art. 196 do CTN: A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas.
Pode ser válido procedimento sem ciência do contribuinte?
Ex: caso ISSQN Registradores/CTM’s
9
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Procedimento Adm.
Formalismo Moderado: Informalidade a favor do administrado, ou seja, deve-se usar de formas simples, suficientes para propiciar grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados, mas desde que observem formalidades essenciais
Como decorrência da verdade material
Art. 22 da Lei nº 9.784/99: Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.
EX: endereçamento cabeçalho – ARF Lajeado
EX: Formulários SRFB como condição ao protocolo
10
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Procedimento Adm.
Fundamentação: Todos os atos e decisões que compõem o procedimento (e o processo) devem estar fundamentados na lei e nos fatos, sob pena de invalidade, sob pena de nulidade
Art. 2o da Lei nº 9.784/99: A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;
Acessibilidade: Permite ao contribuinte o acesso a qualquer expediente administrativo que se refira a sua esfera de interesse jurídico
Negada a carga a advogado, é possível impetrar MS... Analisar conveniência – RFB e RE permitem cópia
Redução da discussão pelo DTe
11
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Procedimento Adm.
Celeridade: O procedimento deve ser estruturado e conduzido de modo a que atinja rapidamente o seu fim, ou seja, o lançamento fiscal ou a comprovação de regularidade do contribuinte
Princípio da Eficiência – art. 37 CF
Gratuidade: O procedimento e o processo administrativos são gratuitos, ou seja, independem do pagamento de custas (ao contrário do processo judicial).
Art. 2º, inc. IX da Lei nº 9.784/99
12
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Processo Adm.
Vantagens do processo administrativo:
Conforme o tempo, entre 40 a 50% das decisões são favoráveis aos contribuintes;
Não tem custas (diferente do proc. judicial)
Não necessita de advogado
Julgadores técnicos
Não tem coisa julgada contra o contribuinte, somente a favor, salvo se houver fraude
A apresentaçãotempestiva da defesa e recursos suspende a exigibilidade do crédito tributário (art 151, inc. III do CTN)
13
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Processo Adm.
Devido Processo Legal (art. 5º LIV CF): princípio do qual derivam os demais princípios do processo, dentre as quais, o direito à impugnação, a autoridade julgadora competente, à produção de provas, a recorrer à segunda instância das decisões administrativas etc.
Contraditório e ampla defesa (art. 5º LV CF): o contribuinte tem o direito de se defender (via impugnação), e de ver apreciadas suas alegações, podendo produzir todas as provas necessárias à comprovação, não sendo lícito à administração produzir informações, argumentos ou elementos de fato ou de direito, sem que seja concedida ao contribuinte a oportunidade de se manifestar sobre o que foi produzido
Caracteriza a lide tributária – é a resistência do contribuinte ao lançamento
Faz nascer o PAT, com respeito aos seus princ.
14
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Processo Adm.
Ampla Instrução Probatória: o direito à utilização de todos os meios de prova em direito admitidos, salvo as obtidas por meios ilícitos (art. 5º, inc. LVI CF)
Em regra, quando da apresentação da impugnação, sob pena de preclusão
Duplo Grau de Cognição: Representa o direito de recurso a superior instância
Satisfação psicológica do ser humano
A inexistência de duplo grau contraria o devido processo legal?
15
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Processo Adm.
Julgador Competente: Direito a um sistema preparado para receber o pedido de julgamento da lide e tramita-lo em órgãos previamente destinados para tal finalidade
Imparcial – Pré-constituído
Ampla Competência Decisória: pode conhecer de qualquer argumento de defesa, desde que fundamente/justifique
Inconstitucionalidade, pode?
Ilegalidade, pode?
Ver art. 26-A Dec. 70.235/72
16
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Processo Adm.
Ampla Competência Decisória:
Art. 26-A Dec. 70.235/72. No âmbito do processo administrativo fiscal, fica vedado aos órgãos de julgamento afastar a aplicação ou deixar de observar tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de inconstitucionalidade.
[...]
§ 6º O disposto no caput deste artigo não se aplica aos casos de tratado, acordo internacional, lei ou ato normativo: 
I – que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão definitiva plenária do Supremo Tribunal Federal; 
II – que fundamente crédito tributário objeto de: 
a) dispensa legal de constituição ou de ato declaratório do Procurador-Geral da Fazenda Nacional, na forma dos arts. 18 e 19 da Lei no 10.522, de 19 de julho de 2002;
b) súmula da Advocacia-Geral da União, na forma do art. 43 da Lei Complementar no 73, de 10 de fevereiro de 1993; ou 
c) pareceres do Advogado-Geral da União aprovados pelo Presidente da República, na forma do art. 40 da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993.
17
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Processo Adm.
Ampla Competência Decisória:
Regimento Interno do CARF: observância de decisões do STF em repercussão geral do STJ em recurso repetitivo:
Art. 62.
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática dos arts. 543-B e 543-C da Lei nº 5.869, de 1973, ou dos arts. 1.036 a 1.041 da Lei nº 13.105, de 2015 - Código de Processo Civil, deverão ser reproduzidas pelos conselheiros no julgamento dos recursos no âmbito do CARF. 
18
Processo Administrativo Tributário
Princípios Específicos do Processo Adm.
Razoável duração do processo administrativo:
Art. 5º, inc. LXXVIII CF: a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Art. 24 da Lei nº 11.457/07: É obrigatório que seja proferida decisão administrativa no prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias a contar do protocolo de petições, defesas ou recursos administrativos do contribuinte.
19
*****************************************************
PAT Federal
Legislação de regência:
Decreto nº 70.235/72 (status de lei ordinária)
Fonte legal das citações a seguir
Decreto nº 7.574/11 (Regulamenta o PAT)
Lei nº 9.784/99 (LGPAF – subsidiária)
Atos e termos processuais:
	Art. 2º: Os atos e termos processuais, quando a lei não prescrever forma determinada, conterão somente o indispensável à sua finalidade, sem espaço em branco, e sem entrelinhas, rasuras ou emendas não ressalvadas.
Formalismo moderado
21
PAT Federal
Prazos:
	Art. 5º: Os prazos serão contínuos, excluindo-se na sua contagem o dia do início e incluindo-se o do vencimento.
	Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem no dia de expediente normal no órgão em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.
Procedimento:
Início: TIF ou MPF
	Art. 7º O procedimento fiscal tem início com:
	I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente, cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu preposto;
	II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros;
	III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.
	[...]
	Art. 8º Os termos decorrentes de atividade fiscalizadora serão lavrados, sempre que possível, em livro fiscal, extraindo-se cópia para anexação ao processo; quando não lavrados em livro, entregar-se-á cópia autenticada à pessoa sob fiscalização.
	Decorrência do art. 196 do CTN
22
PAT Federal
Procedimento:
Validade da exclusão da espontaneidade:
	Art. 7º: [...]
	§ 1° O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação aos atos anteriores e, independentemente de intimação a dos demais envolvidos nas infrações verificadas.
	§ 2° Para os efeitos do disposto no § 1º, os atos referidos nos incisos I e II valerão pelo prazo de sessenta dias, prorrogável, sucessivamente, por igual período, com qualquer outro ato escrito que indique o prosseguimento dos trabalhos.
Decorrência do art. 138 do CTN
23
PAT Federal
Procedimento:
Prazos decadenciais para o lançamento:
Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
[...]
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
24
PAT Federal
Procedimento:
Legislação aplicável ao lançamento:
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
 § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantiasou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
[...]
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
[...]
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.
25
PAT Federal
Procedimento:
Auto de Infração / Notificação de Lançamento:
	 Art. 9º A exigência do crédito tributário e a aplicação de penalidade isolada serão formalizados em autos de infração ou notificações de lançamento, distintos para cada tributo ou penalidade, os quais deverão estar instruídos com todos os termos, depoimentos, laudos e demais elementos de prova indispensáveis à comprovação do ilícito.
Art. 10. O auto de infração será lavrado por servidor competente, no local da verificação da falta, e conterá obrigatoriamente:
I - a qualificação do autuado;
II - o local, a data e a hora da lavratura;
III - a descrição do fato;
IV - a disposição legal infringida e a penalidade aplicável;
V - a determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou impugná-la no prazo de trinta dias;
VI - a assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e o número de matrícula.
* A ausência de um dos requisitos gera nulidade
26
PAT Federal
Procedimento:
Auto de Infração / Notificação de Lançamento:
	Art. 11. A notificação de lançamento será expedida pelo órgão que administra o tributo e conterá obrigatoriamente:
I - a qualificação do notificado;
II - o valor do crédito tributário e o prazo para recolhimento ou impugnação;
III - a disposição legal infringida, se for o caso;
IV - a assinatura do chefe do órgão expedidor ou de outro servidor autorizado e a indicação de seu cargo ou função e o número de matrícula.
Parágrafo único. Prescinde de assinatura a notificação de lançamento emitida por processo eletrônico.
	* A ausência de um dos requisitos gera nulidade
		Nulidade formal: art. 173, inc. II do CTN.
27
PAT Federal
Procedimento:
Auto de Infração / Notificação de Lançamento:
Súmula nº 622/STJ:
A notificação do auto de infração faz cessar a contagem da decadência para a constituição do crédito tributário; exaurida a instância administrativa com o decurso do prazo para a impugnação ou com a notificação de seu julgamento definitivo e esgotado o prazo concedido pela Administração para o pagamento voluntário, inicia-se o prazo prescricional para a cobrança judicial.
28
PAT Federal
Procedimento:
Arrolamento de bens:
 Sempre que o valor dos créditos tributários forem superiores a 30% do patrimônio conhecido do sujeito passivo e o valor dos créditos ultrapassar R$ 2.000.000,00, a autoridade fiscal procederá ao arrolamento de bens e direitos.
 Fonte: art. 64 da Lei nº 9.532/97 c/c Decreto nº 7.573/11
29
PAT Federal
Procedimento:
Penalidades:
Multa normal
Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: 
[...]
I - de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata;
	
30
PAT Federal
Procedimento:
Penalidades:
Multa Qualificada
Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: 
[...]
I - de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata
[...]	
§ 1º O percentual de multa de que trata o inciso I do caput deste artigo será duplicado (150%) nos casos previstos nos arts. 71, 72 e 73 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.
31
PAT Federal
Procedimento:
Penalidades:
Multa Qualificada
SONEGAÇÃO
Art . 71. Sonegação é toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, o conhecimento por parte da autoridade fazendária: 
I - da ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, sua natureza ou circunstâncias materiais; 
II - das condições pessoais de contribuinte, suscetíveis de afetar a obrigação tributária principal ou o crédito tributário correspondente.
ESCONDER INFORMAÇÃO
32
PAT Federal
Procedimento:
Penalidades:
Multa Qualificada
FRAUDE
Art . 72. Fraude é tôda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária principal, ou a excluir ou modificar as suas características essenciais, de modo a reduzir o montante do impôsto devido a evitar ou diferir o seu pagamento.
ADULTERAR INFORMAÇÃO
33
PAT Federal
Procedimento:
Penalidades:
Multa Qualificada
CONLUIO
 Art . 73. Conluio é o ajuste doloso entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas, visando qualquer dos efeitos referidos nos arts. 71 e 72.
UNIR-SE PARA SONEGAR E FRAUDAR
34
PAT Federal
Procedimento:
Penalidades: - Multa Qualificada – Jurisprudência
MULTA DE OFÍCIO QUALIFICADA. FRAUDE. SONEGAÇÃO. DOLO. NÃO PAGAMENTO DE TRIBUTO. �DCTF ZERADA�. NÃO CARACTERIZAÇÃO.
Uma vez ausente a figura do dolo, a multa qualificada deve ser afastada.
O não pagamento de tributo, a não apresentação de declaração ou a apresentação de declaração inexata, por si só, não revelam condutas dolosas. Tratam-se, na verdade, de situações típicas que ensejam a aplicação da multa de ofício de 75% (e não 150%), nos termos do artigo 44, I, da Lei nº 9.430/1996.
(CARF. 1ª Turma. Ac. 1201-002.255. Red. Luis Henrique Marotti Toselli. Julg. em 13/06/2018)
35
PAT Federal
Procedimento:
Penalidades: - Multa Qualificada – Jurisprudência
MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. APLICAÇÃO DE PENALIDADE. MULTA QUALIFICADA DE 150%. APRECIAÇÃO DE OFÍCIO. 
As matérias de ordem pública devem ser suscitadas pelo colegiado e apreciadas de ofício, ou seja, mesmo que não tenham sido objeto de recurso voluntário. A aplicação de multa qualificada é matéria de ordem pública, por pressupor a demonstração do evidente intuito de fraude, nos casos definidos nos arts. 71, 72 e 73 da Lei nº 4.502/64. 
APLICAÇÃO DE PENALIDADE. MULTA QUALIFICADA DE 150%. 
CABIMENTO. 
A informação reiterada e razoavelmente discrepante em DCTF/DACON e DIPJ caracteriza conduta dolosa, para fins de qualificação da multa de ofício.
(CARF. 1ª Turma. Ac. 3301-004.787. Red. Semíramis de Oliveira Duro. Julg. em 23/07/2018)
36
PAT Federal
Procedimento:
Penalidades:
Multa Agravada
Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: [...]
I - de 75% (setenta e cinco por cento) sobre a totalidade ou diferença de imposto ou contribuição nos casos de falta de pagamento ou recolhimento, de falta de declaração e nos de declaração inexata [...]	
§ 1º O percentual de multa de que trata o inciso I do caput deste artigo será duplicado (150%) nos casos previstos nos arts. 71, 72 e 73 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de 1964, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais cabíveis.
§ 2º  Os percentuais de multa a que se referem o inciso I do caput e o § 1º deste artigo serão aumentados de metade (112,5% ou 225%), nos casos de não atendimento pela sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para:
I - prestar esclarecimentos;
II - apresentar os arquivos ou sistemas de que tratam os arts. 11 a 13 da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991;
III - apresentar a documentação técnica de que trata o art. 38 desta Lei.
37
Multa Agravada
38
Intimação
Atendimento
Dentro do Prazo
Fora do Prazo
Não Atendimento
Agravamento de multa
Agravamento de multa
PAT Federal
Procedimento:
Penalidades:
Multa Agravada
I - prestar esclarecimentos
 Prazo deve ser razoável
 Levar em conta: documento é pré-existente? Qual o volume da documentação requisitada?
 É documento de escrituração regular/obrigatória ou algo específico que deve ser elaborado?
 Quem deve elaborar a prova da materialidade? (Art.142, CTN);
 Ninguém é obrigado a produzir prova contra si.
II - apresentar os arquivos ou sistemas de que tratam os arts. 11 a 13 da Lei no 8.218, de 29 de agosto de 1991
	III - apresentar a documentação técnica de que trata o art. 38 desta Lei.
 São documentos que o contribuinte está legalmente obrigado a deter e a deixar à disposição da Fiscalização.
39
PAT Federal
Procedimento:
Penalidades: Multa Agravada – Jurisprudência
Para casos onde a falta de apresentação da documentação no prazo impediu o lançamento
OMISSÃO DE RENDIMENTOS COM BASE EM DEPÓSITOS BANCÁRIOS SEM ORIGEM COMPROVADA. ART. 42, LEI N. 9.430/96. LEGITIMIDADE.
É legítimo o lançamento de imposto de renda com base em omissão de rendimentos baseada em depósitos bancários sem origem comprovada tendo como fundamento o art. 42 da Lei nº 9.430/96, desde que sejam seguidos todos os procedimentos nela presentes.
 
MULTA AGRAVADA. FALTA DE ATENDIMENTO A INTIMAÇÕES.
É inaplicável o agravamento de multa quando o não atendimento a intimação da Fiscalização não inviabilizar o lançamento do tributo.
(CARF. 2ª Seção de Julgamento. 2ª Câmara. 2ª Turma Ordinária. Ac. 2202-002.331. Rel. Rafael Pandolfo. Julg. em 19/06/13)
40
PAT Federal
Procedimento:
Penalidades: Multa Agravada – Jurisprudência
IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA - IRPF Exercício: 1999
MULTA. AGRAVAMENTO DA PENALIDADE.
Somente nos casos dispostos no Art. 44 da Lei 9.430/1996 é que a legislação determina o agravamento da multa de ofício. 
MULTA DE OFICIO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO PARA O LANÇAMENTO. DESCABIMENTO.
Deve-se desagravar a multa de oficio, pois o Fisco já detinha informações suficientes para concretizar a autuação. Assim, o não atendimento às intimações da .fiscalização não obstou a lavratura do auto de infração, não criando qualquer prejuízo para o procedimento fiscal. Recurso Especial do Procurador Negado.
(CSRF. 2ª Turma. Ac. 9202-01.949. Red. Marcelo Oliveira. Julg. em 15/02/12)
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PAT Federal
Procedimento:
Penalidades:
Multas isoladas:
Art. 44. Nos casos de lançamento de ofício, serão aplicadas as seguintes multas: [...]
II - de 50% (cinqüenta por cento), exigida isoladamente, sobre o valor do pagamento mensal:
a) na forma do art. 8º da Lei no 7.713, de 22 de dezembro de 1988, que deixar de ser efetuado, ainda que não tenha sido apurado imposto a pagar na declaração de ajuste, no caso de pessoa física; (Carnê-Leão)
b) na forma do art. 2º desta Lei, que deixar de ser efetuado, ainda que tenha sido apurado prejuízo fiscal ou base de cálculo negativa para a contribuição social sobre o lucro líquido, no ano-calendário correspondente, no caso de pessoa jurídica. (IRPJ/CSLL por estimativa)
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PAT Federal
Procedimento:
Penalidades:
Multas isoladas:
Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão.
[...]
§ 17. Será aplicada multa isolada de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor do débito objeto de declaração de compensação não homologada, salvo no caso de falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo.
 De discutível constitucionalidade, por afronta do inc. XXXIV, art. 5º CF:
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
 a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
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PAT Federal
Procedimento:
Intimação: Pessoal, Via postal e Meio eletrônico
Art. 23. Far-se-á a intimação:
I - pessoal, pelo autor do procedimento ou por agente do órgão preparador, na repartição ou fora dela, provada com a assinatura do sujeito passivo, seu mandatário ou preposto, ou, no caso de recusa, com declaração escrita de quem o intimar;
II - por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo;
III - por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante: 
a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo; ou 
b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo.
§ 1º Quando resultar improfícuo um dos meios previstos no caput deste artigo ou quando o sujeito passivo tiver sua inscrição declarada inapta perante o cadastro fiscal, a intimação poderá ser feita por edital publicado: 
I - no endereço da administração tributária na internet;
II - em dependência, franqueada ao público, do órgão encarregado da intimação; ou
III - uma única vez, em órgão da imprensa oficial local.
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PAT Federal
Procedimento:
Intimação: Pessoal, Via postal e Meio eletrônico
§ 2° Considera-se feita a intimação:
 I - na data da ciência do intimado ou da declaração de quem fizer a intimação, se pessoal;
II - no caso do inciso II (via postal) do caput deste artigo, na data do recebimento ou, se omitida, quinze dias após a data da expedição da intimação;
III - se por meio eletrônico:
a) 15 (quinze) dias contados da data registrada no comprovante de entrega no domicílio tributário do sujeito passivo; 
b) na data em que o sujeito passivo efetuar consulta no endereço eletrônico a ele atribuído pela administração tributária, se ocorrida antes do prazo previsto na alínea a; ou
c) na data registrada no meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito passivo; 
IV - 15 (quinze) dias após a publicação do edital, se este for o meio utilizado.
§ 3º Os meios de intimação previstos nos incisos do caput deste artigo não estão sujeitos a ordem de preferência.
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Procedimento:
Intimação: Pessoal, Via postal e Meio eletrônico
Necessidade de esgotamento das vias ordinárias:
STJ:
[...]
1. Conforme consignado na decisão agravada, a citação por edital, na execução fiscal, somente é cabível quando esgotadas as outras modalidades de citação ali previstas: a citação por correio e a citação por Oficial de Justiça (REsp. 1.103.050/BA, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, submetido ao regime do art. 543-C do CPC/1973). Entendimento que se aplica, também, no âmbito do processo administrativo fiscal. Precedentes: AgInt no AREsp. 886.701/RS, Rel. Min. FRANCISCO FALCÃO, DJe 27.4.2017; AgInt nos EDcl no AREsp. 848.668/SP, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe 30.11.2016.
[...]
(AgInt no REsp 1453516/PR, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 12/06/2018, DJe 28/06/2018)
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Procedimento:
 Caso notificado, efetue o pagamento, a compensação ou parcelamento de tributos administrados pela RFB, inclusive contribuições sociais/terceiros, o contribuinte terá redução da multa (Art. 6º da Lei nº 8.218/91):
I – 50% se efetuar o pagamento/compensação no prazo de 30 dias da data da notificação;
II – 40% se requerer o parcelamento no prazo de 30 dias, contado da data da notificação;
III – 30%, se efetuar o pagamento/compensação no prazo de 30 dias, contado da data da notificação da decisão administrativa de primeira instância; e
IV – 20% se requerer o parcelamento no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data da notificação da decisão administrativa de primeira instância.
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PAT Federal
Processo:
Impugnação:
Art. 14. A impugnação da exigência instaura a fase litigiosa do procedimento.
 Prazo: 30 dias da data da intimação (art. 15)
 Requisitos (art. 16): 
Art. 16. A impugnação mencionará:
I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;
II - a qualificação do impugnante;
III - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos de discordância e as razões e provas que possuir;
IV - as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem, com a formulação dos quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional do seu perito.
V - se a matéria impugnada foi submetida à apreciação judicial, devendoser juntada cópia da petição.
Art. 17. Considerar-se-á não impugnada a matéria que não tenha sido expressamente contestada pelo impugnante.
	* Desmembramento e cobrança da parte não contestada (21, § 1º), sob pena de prescrição
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PAT Federal
Processo:
Impugnação:
Provas: Art. 16 [...]:
§ 1º Considerar-se-á não formulado o pedido de diligência ou perícia que deixar de atender aos requisitos previstos no inciso IV do art. 16.
§ 4º A prova documental será apresentada na impugnação, precluindo o direito de o impugnante fazê-lo em outro momento processual, a menos que: 
a) fique demonstrada a impossibilidade de sua apresentação oportuna, por motivo de força maior; 
b) refira-se a fato ou a direito superveniente; 
c) destine-se a contrapor fatos ou razões posteriormente trazidas aos autos.
§ 5º A juntada de documentos após a impugnação deverá ser requerida à autoridade julgadora, mediante petição em que se demonstre, com fundamentos, a ocorrência de uma das condições previstas nas alíneas do parágrafo anterior.
§ 6º Caso já tenha sido proferida a decisão, os documentos apresentados permanecerão nos autos para, se for interposto recurso, serem apreciados pela autoridade julgadora de segunda instância.
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PAT Federal
Processo:
Impugnação:
Provas:
Análise por parte da autoridade julgadora:
Art. 18. A autoridade julgadora de primeira instância determinará, de ofício ou a requerimento do impugnante, a realização de diligências ou perícias, quando entendê-las necessárias, indeferindo as que considerar prescindíveis ou impraticáveis, observando o disposto no art. 28, in fine.
§ 1º Deferido o pedido de perícia, ou determinada de ofício, sua realização, a autoridade designará servidor para, como perito da União, a ela proceder e intimará o perito do sujeito passivo a realizar o exame requerido, cabendo a ambos apresentar os respectivos laudos em prazo que será fixado segundo o grau de complexidade dos trabalhos a serem executados.
§ 2º Os prazos para realização de diligência ou perícia poderão ser prorrogados, a juízo da autoridade.
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PAT Federal
Processo:
Impugnação:
Competência para Julgamento:
Art. 25. O julgamento do processo de exigência de tributos ou contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal compete:
I - em primeira instância, às Delegacias da Receita Federal de Julgamento, órgãos de deliberação interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal;
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PAT Federal
Processo:
Recurso Voluntário (art. 33):
Cabível contra decisão de primeira instância (DRJ)
Prazo (art. 33): 30 dias
Necessidade de arrolamento de bens/garantia para interposição:
ADIN 1.976-7 e SV 21: obstáculo sério (e intransponível, para consideráveis parcelas da população) ao exercício do direito de petição (CF/1988, art. 5º, XXXIV), além de caracterizar ofensa ao princípio do contraditório (CF/1988, art. 5º, LV). [ADI 1.976, rel. min. Joaquim Barbosa, P, j. 28-3-2007, DJE 18-5-2007.]
Competência: CARF
Art. 25. O julgamento do processo de exigência de tributos ou contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal compete: [...]
II – em segunda instância, ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão colegiado, paritário, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, com atribuição de julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como recursos de natureza especial.
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PAT Federal
Processo:
Recurso de Ofício (art. 34):
Cabível contra decisão de primeira instância (DRJ) que:
a) exonere o sujeito passivo de tributos em valor a ser fixado pelo MF;
	Art. 1º Portaria MF nº 63/2017: O Presidente de Turma de Julgamento da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Julgamento (DRJ) recorrerá de ofício sempre que a decisão exonerar sujeito passivo do pagamento de tributo e encargos de multa, em valor total superior a R$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais).
b) deixe de aplicar pena de perda de mercadoria ou outros bens cominada à infração denunciada na formalização da exigência;
interposto mediante declaração na própria decisão
Não sendo observado, o servidor que constatar representará à autoridade julgadora para que se observe a formalidade
Competência: CARF
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PAT Federal
Processo:
Recurso Especial (art. 37,§2º):
Cabível contra decisão de segunda instância (CARF) que:
Der à lei tributária interpretação divergente da que lhe tenha dado outra Câmara, turma de Câmara, turma especial ou a própria Câmara Superior de Recursos Fiscais
Prazo: 15 dias
Competência: CSRF - Câmara Superior de Recursos Fiscais
Necessidade de juntada do acórdão divergente e de comprovação da identidade entre os casos como condição de conhecimento/admissibilidade do recurso
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PAT Federal
Processo:
Prazo para as decisões:
Art. 24.  É obrigatório que seja proferida decisão administrativa no prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias a contar do protocolo de petições, defesas ou recursos administrativos do contribuinte.
Descumprido tal prazo análise de requerimentos, de impugnações e de recursos, é cabível Mandado de Segurança, pela ofensa a um direito líquido e certo.
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PAT Estadual
Legislação de regência:
Lei nº 6.537/73 (Procedimento Tributário Administrativo Estadual)
Infrações Materiais
Previstas no art. 7º e ss. da Lei Estadual: quando implique em lesão aos cofres públicos
I - qualificadas, quando envolvam falsificação ou adulteração de livros, guias ou documentos exigidos pela legislação tributária, inserção neles de elementos falsos ou utilização dolosa de documentário assim viciado, bem como quando a lei, ainda que por circunstâncias objetivas, assim as considere; (120%)
II - privilegiadas, quando o infrator, antecipando-se a qualquer medida administrativa, informe a servidor a quem compete a fiscalização, na forma prevista na legislação tributária, todos os elementos necessários ao conhecimento da infração, tanto qualificada como básica; (40%)
III - básicas, quando não se constituam em infrações qualificadas ou privilegiadas. (60%)
Infrações Formais
Previstas no art. 11 e ss. da Lei Estadual: independem do resultado
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PAT Estadual
Infrações Materiais
Enquadramento comumente/alargadamente utilizado pela fiscalização.
Art. 8º - Consideram-se, ainda: 
I - qualificadas, as seguintes infrações tributárias:
[...]
d) adquirir, transportar ou fazer transportar, depositar ou receber em depósito mercadorias desacompanhadas de documento fiscal exigido pela legislação tributária;
Infrações Privilegiadas
Art. 8º - Consideram-se, ainda: 
II - privilegiadas, as infrações tributárias materiais em relação às quais o infrator:
[...]
b) apresentar denúncia espontânea de infração que consigne o montante do imposto a pagar;
	* Contrariedade ao art. 138 do CTN – multa indevida
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PAT Estadual
Infrações Formais
Art. 11 - Pela prática das infrações tributárias formais a seguir enumeradas, são cominadas as seguintes multas:
[...]
II - infrações relativas aos documentos fiscais:
c) transportar ou fazer transportar mercadorias próprias, desacompanhadas, no todo ou em parte, da documentação exigida pela legislação tributária, salvo se da irregularidade decorrer infração tributária material: multa equivalente a 10% do valor das mercadorias, não inferior a 5 UPF-RS; (5x19,5356 = R$ 97,68 - Máxima = R$ 7.326,00)
d) não emitir documento fiscal relativo à saída ou ao fornecimento de mercadorias, ou às prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, não tributadas ou isentas ou, ainda, se tributadas, quando o tributo tenha sido pago: multa equivalente a 10% do valor das mercadorias ou do preço do serviço, não inferior a 30 UPF-RS; (30x19,5356 = R$ 586,07 - Máxima = R$ 43.955,25)
e) emitir documento fiscal que não contenha as indicações, não preencha os requisitos ou não seja o exigido pela legislação tributária, para a operação ou, ainda, que contenha emendas, rasuras ou informações incorretas,salvo se da irregularidade decorrer infração tributária material: multa equivalente a 5% do valor das mercadorias, não inferior a 5 UPF-RS; (5x19,5356 = R$ 97,68 - Máxima = R$ 7.326,00)
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PAT Estadual
Infrações Formais
Art. 11 - Pela prática das infrações tributárias formais a seguir enumeradas, são cominadas as seguintes multas:
[...]
V - infrações praticadas por terceiros: 
e) não exibir, o transportador, ao agente fazendário, no trânsito de mercadorias, todos os documentos necessários à conferência da carga, mesmo que posteriormente venham a ser exibidos os restantes: multa de 5% do valor das mercadorias constantes nos documentos que não foram, desde logo, exibidos, não inferior a 5 UPF-RS; (5x19,5356 = R$ 97,68 - Máxima = R$ 7.326,00)
f) transportar ou depositar mercadorias de terceiros, desacompanhadas, no todo ou em parte, da documentação exigida pela legislação tributária: multa equivalente a 10% do valor das mercadorias, não inferior a 5 UPF-RS; (5x19,5356 = R$ 97,68 - Máxima = R$ 7.326,00)
	Limite máximo:
§ 3º - O valor máximo de cada uma das multas de que trata este artigo não será superior a 75 (setenta e cinco) vezes o do respectivo valor mínimo, quando previsto.
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PAT Estadual
Infrações Materiais x Formais – jurisprudência:
ICMS. TRÂNSITO DE MERCADORIAS DESACOMPANHADAS DO DOCUMENTO FISCAL EXIGIDO. DOCUMENTO INIDÔNEO. PROVA DA INEXISTÊNCIA DE LESÃO AO ERÁRIO. RECLASSIFICAÇÃO DA INFRAÇÃO DE MATERIAL PARA FORMAL. SÚMULA Nº 7 DO TARF.
Documento fiscal eletrônico era inidôneo, pois não era o exigido para operação e não continha elementos essenciais, como os dados do transporte, que são aferíveis pelo transportador, consubstanciando a inidoneidade documental.
[...]
Apesar da inidoneidade da documentação fiscal apresentada, não restou caracterizada situação de lesão, ou presunção de lesão, ao erário que justifique a aplicação de multa material qualificada. Reclassificação da infração para de natureza formal, mantendo a exigência conforme o art. 11, V, ?f' da Lei n. 6.537/73.
Preliminar de nulidade rejeitada.
Recurso voluntário parcialmente provido.
(RECURSO Nº 293/17, ACÓRDÃO Nº 433/17, RECORRENTE: TRANSPORTADORA KUERTEN LTDA., RECORRIDA: FAZENDA ESTADUAL (Proc. nº 3490-1400/17-8), PROCEDÊNCIA: BRAÇO DO NORTE – SC, DECISÃO DE 1ª INSTÂNCIA Nº: 1310170132, AUTO DE LANÇAMENTO N°: 0034350829, Porto Alegre, 18 de outubro de 2017)
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PAT Estadual
Procedimento:
Início
Art. 16 - O procedimento administrativo tendente à imposição tributária tem início, cientificado o sujeito passivo, com:
I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor a quem compete a fiscalização do tributo;
II - a constatação, pela mesma autoridade referida no item anterior, da falta de pagamento de tributo denunciada espontaneamente pelo sujeito passivo, na forma do disposto no artigo 18;
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PAT Estadual
Procedimento:
Validade da exclusão da espontaneidade:
Art. 16 [...]
§ 1º - O início do procedimento exclui a espontaneidade do sujeito passivo em relação às infrações anteriores e, independentemente de intimação, a dos demais envolvidos.
§ 2º - A exclusão a que se refere o parágrafo anterior será sustentada pelo prazo de 90 (noventa) dias, prorrogável, sucessivamente, por igual período, por qualquer outro ato escrito que indique o prosseguimento dos trabalhos.
§ 3º - Para os efeitos deste artigo, não se considera como início de procedimento fiscal a comunicação da Receita Estadual sobre divergências ou inconsistências a serem sanadas pelo contribuinte mediante autorregularização.
§ 4º - A autorregularização consiste no saneamento, pelo contribuinte, das irregularidades decorrentes das divergências ou inconsistências identificadas pelo Fisco no exercício regular de sua atividade, desde que o contribuinte sane as irregularidades nos termos e condições estabelecidas na comunicação de que trata o § 3.º, que será regulamentada em instruções baixadas pela Receita Estadual.
§ 5º - A exclusão do início do procedimento fiscal prevista no § 3.º restringe-se às irregularidades descritas na comunicação referida no § 4.º.
Decorrência do art. 138 do CTN
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PAT Estadual
Procedimento:
Auto de Lançamento:
Art. 17 - A exigência do crédito tributário será formalizada em Auto de Lançamento por servidor a quem compete a fiscalização do tributo [...]:
§ 1º - O Auto de Lançamento conterá:
I - a qualificação do sujeito passivo da obrigação;
II - o local, a data e a hora da lavratura;
III - a descrição da matéria tributável, com menção do fato gerador e respectiva base de cálculo, e/ou do fato que haja infringido a legislação tributária;
IV - a capitulação legal da imposição;
V - a indicação do valor do tributo, inclusive atualização monetária calculada até 1º de janeiro de 2010, multa e/ou juros; 
VI - a notificação ao sujeito passivo para que pague o crédito tributário lançado, com menção do prazo em que a obrigação deve ser satisfeita;
VII - a indicação da repartição e do prazo em que poderá ser apresentada impugnação;
VIII - a qualificação e a assinatura do autor do procedimento.
[...]
§ 3º - O prazo para pagamento do crédito tributário, de que trata o inciso VI do § 1º, é de 30 (trinta) dias, contado da notificação.
* A ausência de um dos requisitos gera nulidade formal
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PAT Estadual
Procedimento:
Representação no procedimento/processo:
Art. 19 - A intervenção do sujeito passivo no procedimento tributário administrativo faz-se pessoalmente ou por intermédio de procurador, que deverá ser advogado inscrito no Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 1º - A intervenção direta dos entes jurídicos faz-se por seus dirigentes legalmente constituídos.
§ 2º - A intervenção de dirigentes ou procurador não produzirá nenhum efeito se, no ato, não for feita a prova de que os mesmos são detentores dos poderes de representação. 
§ 3º - É lícito ao procurador, não podendo apresentar junto com a defesa prova de habilitação, prestar caução "de rato".
	* Termo se comprometendo a apresentar a procuração em 15 dias, prorrogáveis por mais 15, sob pena de inexistência dos atos.
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PAT Estadual
Procedimento:
Notificações e Intimações:
Art. 21 - As notificações e intimações serão feitas por uma das seguintes formas:
I - pessoalmente, mediante aposição de data e assinatura do sujeito passivo, seu representante ou preposto, no próprio instrumento ou em processo, com entrega, no primeiro caso, de cópia de documento ou, ainda, através da lavratura de termo em livro fiscal ou em talonário de documentos fiscais;
II - mediante remessa ao sujeito passivo de cópia do instrumento ou de comunicação de decisão ou circunstância constante de processo, provada pelo aviso de recebimento, datado e assinado pelo destinatário, ou por quem em seu nome a receba;
III - eletronicamente, por meio de sistema informatizado de notificações e intimações do Departamento da Receita Pública Estadual, conforme disposto em instruções baixadas pelo referido Departamento; 
IV - por edital publicado no Diário Oficial do Estado ou em outro veículo de divulgação local, e afixado em lugar visível no prédio da repartição. 
[...]
§ 3°- A autoridade competente poderá optar por qualquer uma das formas de notificação ou intimação previstas nos incisos deste artigo.
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PAT Estadual
Procedimento:
Notificações e Intimações – jurisprudência:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. ICMS NÃO INFORMADO. EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. NOTIFICAÇÃO POR EDITAL. NULIDADE. NÃO ESGOTAMENTO DA TENTATIVA DE NOTIFICAÇÃO PESSOAL.
Nos termos do artigo 21, da Lei nº 6.537/73, as notificações serão feitas por edital apenas quando não for possível a realização na forma pessoal ou por remessa pelo correio ou eletronicamente ao sujeito passivo. Não esgotados os meios anteriores, não se mostra possível a notificação por edital, tratando-se de modalidades sucessivas para a notificação do sujeito passivo.
No caso, o AR da fl. 86 foi remetido e retornou com o motivo “mudou-se”. Logo após esta tentativa, o credor postulou a notificação por edital (fl. 89), deixando de ladoas demais tentativas de notificação pessoal previstas em lei. Sequer a tentativa de notificação eletrônica foi empregada.
Desta feita, correta a decisão que reconheceu a nulidade da notificação editalícia e, por consequência, do auto de lançamento, extinguindo a ação fiscal referente à CDA nº 14/53364. 
À UNANIMIDADE, NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO.
(Agravo de Instrumento, Nº 70079834404, Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: João Barcelos de Souza Junior, Julgado em: 30-01-2019)
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PAT Estadual
Procedimento:
Notificações e Intimações – jurisprudência:
APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. ICMS. NULIDADE DA NOTIFICAÇÃO DO AUTO DE LANÇAMENTO POR EDITAL. INEXISTÊNCIA. ART. 21 DA LEI Nº 6.537/73. TENTATIVA PRÉVIA DE NOTIFICAÇÃO PESSOAL. DESNECESSIDADE DE ESGOTAMENTO DAS OUTRAS MODALIDADES. PRECEDENTES DESTA CORTE.
Em que pese o disposto no § 3º do artigo 31 da Lei nº 6.537/73, a jurisprudência desta Corte tem considerado válida a notificação por edital somente quando há prévia tentativa por qualquer um dos outros meios (pessoal, carta com Aviso de Recebimento ou eletronicamente). Não há necessidade de esgotamento de todas essas modalidades antes de ser procedida a notificação editalícia.
No caso, a notificação por edital ocorreu apenas depois de três tentativas de entrega da Carta AR de notificação no endereço da apelante em Guaíba. O fato de não ter sido encaminhada tentativa para o endereço da matriz em Porto Alegre não invalida a forma como ocorreu a notificação por edital, considerando que a filial da empresa localizada em Guaíba foi a autuada, consoante auto de lançamento trazido aos autos
 APELO DESPROVIDO. UNÂNIME.
(Apelação Cível, Nº 70080287600, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Francisco José Moesch, Julgado em: 21-03-2019)
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PAT Estadual
Procedimento:
Prazos:
Art. 21 - [...]
§ 1º - Considera-se feita a notificação ou intimação:
a) quando pessoal, na data da respectiva assinatura;
b) quando por remessa, na data constante no aviso de recebimento ou, se for omitida, na data da devolução, à repartição, pelo agente intermediário; 
[...]
d) quando por edital, 5 dias após a data de publicação.
Art. 22 - Os prazos fixados nesta lei são contínuos, excluindo-se, na sua contagem, o dia do início e incluindo-se o do vencimento.
Parágrafo único - Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.
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PAT Estadual
Procedimento:
Reduções das multas: art. 10:
Se forem infrações materiais:
50% em 30 dias da notificação do lançamento, à vista
40% se parcelado em 30 dias da notificação em até 12 parcelas
30% se parcelado em 30 dias da notificação entre 13 e 24 parcelas
20% se parcelado em 30 dias da notificação entre 25 e 36 parcelas
25% se pago à vista após 30 dias da notificação
20%, 15% e 10%, para os parcelamentos com até 12 parcelas, com 13 a 24 parcelas e com 25 a 36 parcelas
Se foram infração formais:
50% em 30 dias da notificação do lançamento, à vista
25% à vista após 30 dias da notificação e antes da inscrição em dívida ativa
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PAT Estadual
Processo:
Impugnação:
Art. 24 - A fase litigiosa do procedimento inicia-se na repartição que jurisdiciona o domicílio fiscal do sujeito passivo ou em outra entidade pública ou privada credenciada pelo Secretário da Fazenda:
I - pela impugnação a lançamento de tributo ou penalidade;
II – pela contestação a recusa de recebimento de denúncia espontânea
 Prazo: 30 dias da data da intimação (art. 28)
 Requisitos (art. 28, § 2º): 
§ 2º - A impugnação e a contestação mencionarão: 
a) a autoridade julgadora a quem são dirigidas;
b) a qualificação e assinatura do impugnante ou contestante, e data; 
c) o valor impugnado: 
d) as razões de fato e de direito em que se fundamentam; 
e) o requerimento de perícia, se for o caso, expostos os motivos que a justifiquem; 
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PAT Estadual
Processo:
Provas (arts. 32/33):
Art. 32 - A autoridade preparadora determinará, de ofício ou a requerimento do sujeito passivo, a produção de provas periciais, quando entendê-las necessárias, indeferindo, em despacho fundamentado, as que considerar prescindíveis ou impraticáveis. 
Art. 33 - Deferindo a produção das provas, referidas no artigo anterior, a autoridade preparadora designará o perito para realizá-la, fixando, de imediato o prazo para a entrega do laudo, que não excederá a 30 (trinta) dias, prorrogável, por igual período, desde que devidamente justificado. 
§ 1º - As partes poderão, no prazo comum de 5 (cinco) dias, contado da ciência do deferimento, apresentar quesitos e indicar assistente técnico para acompanhar os atos do perito designado.
§ 2º - Os assistentes técnicos terão o prazo comum de 3 (três) dias, contado da data da ciência do laudo do perito, para subscrevê-la ou apresentar laudo divergente.
§ 3º - A parte que provocar a perícia será responsável pelas despesas decorrentes, inclusive as originadas de quesitos apresentados pela oponente, salvo, em se tratando do sujeito passivo, quando o lançamento vier a ser julgado definitiva e totalmente improcedente, hipótese em que caberá a indenização do que tiver sido dispendido.
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PAT Estadual
Processo:
Competência para julgamento:
Art. 36 - O julgamento do processo em primeira instância compete: 
I - ao Subsecretário da Receita Estadual ou Agentes Fiscais do Tesouro do Estado, por ele designados; 
II - ao Corregedor-Geral da Justiça, quanto à imposição de penalidade a infrator que seja membro ou servidor do Poder judiciário.
Julgamento em instância única:
Art. 39-A - Será realizado, em primeira e única instância, o julgamento de processos cuja soma: 
I - dos Autos de Lançamento, na data de lavratura, não ultrapassem o montante de 3.850 UPFs-RS, na hipótese de impugnação; (R$ 75.212,06)
II - dos valores requeridos, na data da decisão, não ultrapassem o montante de 3.850 UPFs-RS, quando se tratar de restituição de tributo.
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PAT Estadual
MANDADO DE SEGURANÇA. ICMS. PROCESSO ADMINISTRATIVO. ART. 39-A, INCISO I, DA LEI ESTADUAL N.º 6.537/73, INTRODUZIDO PELA LEI ESTADUAL N.º 14.180/12. INSTÂNCIA ÚNICA.
Afigura-se inconstitucional a lei estadual que restringe o acesso à segunda instância administrativa via recurso voluntário, no processo administrativo tributário, cujo débito seja inferior a 3.850 UPF-RS (R$ 59.619,56) por violação ao direito de recorrer, ao direito de petição e ao princípio da proporcionalidade.
É que, a partir da edição da Súmula Vinculante 21 do STF, sequer se admite a exigência de depósito para o exercício do direito de recorrer. Ora, negar a inconstitucionalidade desta norma significa aceitar a inversão antijurídica do brocardo "in eo quod plus est semper inest et minus", pois a Administração Pública que já não podia o menos (exigir depósito ou arrolamento de bens para interposição de recurso administrativo), agora pode o mais (extinção da possibilidade de interposição de recurso voluntário pelo contribuinte ao tribunal administrativo de recursos fiscais).
Todavia, a lei assegurou à Fazenda Pública o recurso de ofício à segunda instância, nos casos em que ficar vencida, no todo ou em parte, já que a lei facultou à autoridade singular fazendária sua interposição em flagrante violação ao princípio da isonomia.
A lei criou, ainda, um discrimen entre os administrados que favorece o devedor que deve mais aos cofres públicos, ao mesmo tempo em que mitiga o direito de defesa de quem deve menos. A par disso, a inexistência de recurso à segunda instância acarretará a sobrecarga do Poder Judiciário.
Incidente de inconstitucionalidade suscitado.
(Apelação Cível, Nº 70066423989, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Maria Isabel de Azevedo Souza, Julgado em: 12-11-2015). Todavia, o pleno assim não entendeu.
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PAT Estadual
INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE. INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA ÚNICA PARA JULGAMENTO DA IMPUGNAÇÃO AO LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO. LEI DO ESTADO Nº 14.180/2012, QUE INTRODUZIU O ARTIGO 39-A NA LEI DOESTADO Nº 6.537/1973.
Justifica-se interpretação conforme a constituição da lei estadual que restringe recurso do julgamento da impugnação ao lançamento tributário à segunda instância administrativa.
Confere-se interpretação conforme a Constituição ao disposto nos artigos 39-A ao 41 da Lei n. 6.537/73, com a redação dada pela Lei n. 14.180/12, para entender a expressão "podendo deixar de fazê-lo" como hipótese de não cabimento de recurso de ofício. Nos termos dos votos médios, procedente em parte.
(Incidente de Inconstitucionalidade, Nº 70068065051, Tribunal Pleno, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Cini Marchionatti, Julgado em: 08-05-2017)
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PAT Estadual
Processo:
Recurso de Ofício (art. 41):
Art. 41 - Respeitado o disposto no art. 39-A, a autoridade julgadora de primeira instância recorrerá de ofício, com efeito suspensivo, a uma das Câmaras do TARF, sempre que proferir decisão contrária à Fazenda, no todo ou em parte, podendo deixar de fazê-lo quando:
A importância não ultrapassar 3.850 UPFs-RS
A decisão for fundada no reconhecimento de erro
A decisão se referir à obrigações acessória
conhecimento de ofício pelo TARF
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PAT Estadual
Processo:
Recurso Voluntário (art. 44):
Em relação às decisões de primeira instâncias
Prazo: 15 dias (art. 45)
Provas: as exclusivamente documentais podem ser oferecidas com o recurso
Competência (art. 49): Tribunal Administrativo de Recursos Fiscais
Defensor da Fazenda (art. 51): é intimado para, em 15 dias, estudar os processos e devolvê-los com parecer ou pedido de diligência
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PAT Estadual
Processo:
Pedido de Esclarecimento (art. 58):
Cabimento:
Omissão, contradição e obscuridade
Prazo: 5 dias
Caso acolhido: Interrompe o prazo para interposição de recurso extraordinário
Caso não acolhido: apenas suspende o prazo
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PAT Estadual
Processo:
Pedido de Reconsideração (art. 60):
Cabimento: das decisões do TARF que derem provimento a recurso de ofício
Prazo: 10 dias
Não pode ser julgado pelo mesmo julgador que tiver relatado a decisão anterior
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PAT Estadual
Processo:
Recurso Extraordinário (art. 63):
Cabimento:
Decisões das Câmaras do TARF proferidas com o voto de desempate de seu Presidente
Decisões contrárias à legislação ou à evidência dos autos
Decisões que derem à legislação interpretação divergente da que lhe tenha dado outra Câmara ou o próprio Plenário do TARF
Prazo: 10 dias
Competência: Plenário do TARF
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