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Minicurso: ANSIEDADE E DEPRESSÃO: DIFICULDADES E CAMINHOS A SEREM DESCOBERTOS Ministrantes/Discentes: Maria Paula Bandoni Chaves Yuri José Carvalho Corrêa Tutora do grupo PET-Biologia: Profa. Dra. Cibele Marli Cação Paiva Gouvêa Alfenas-MG 2018 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas. Unifal-MG Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700. Alfenas/MG. CEP 37130-000 Fone: (35) 3299-1000. Fax: (35) 3299-1063 Sumário Introdução ...................................................................................................... 1 Capítulo 1 ...................................................................................................... 1 Capítulo 2 ...................................................................................................... 4 Capítulo 3 ...................................................................................................... 6 Capítulo 4 ....................................................................................................... 10 Referências .................................................................................................... 17 1 INTRODUÇÃO É evidente ressaltar o fato de que cada ser humano possui suas singularidades e uma expressão única de cada sentimento, podendo este ser felicidade, alegria, tristeza, luto, melancolia, entre outros. Portanto, é impossível generalizar um único sentimento ou a intensidade deste para todos os seres, sendo válido também para a dor. Sendo assim, na leitura deste presente trabalho faz-se necessário uma diferenciação do próprio leitor para com seus sentimentos e com sua dor, já que esta é um norteamento para um melhor aprendizado e entendimento do minicurso “Ansiedade e depressão: dificuldades e caminhos a serem descobertos” apresentado pelo PET Biologia. Ao iniciar esses próximos parágrafos, deixaremos bem claro que este texto não deve servir única e exclusivamente como base para diagnóstico da depressão. O referenciamos em artigos e livros publicados para exemplificar e clarear um pouco a ideia sobre a doença e também a relacionar com os dois sentimentos que serão citados. CAPITULO 1 – DEPRESSÃO Tendo como principais referências o campo psicanalítico, tentaremos trazer através de uma visão teórico explorando as especificidades do sofrimento depressivo em contrapartida com suas diferenças do luto e da melancolia. Deixando sempre claro que sentimentos são naturais do ser humano, principalmente a tristeza, ela é pois, uma reação afetiva básica frente as situações do mundo e também a de perda. A depressão apresenta importantes diferenças da melancolia e requer dos psicanalistas esforços teóricos e terapêuticos para que seja efetivamente compreendida e tratada (PINHEIRO, 2010). Faz-se necessário lembrar que a discussão entre depressão, luto e melancolia são pautadas nos modos de como o sujeito se situará sobre si mesmo, como trata a si diante de diversas situações, principalmente, a reação à perda. 2 Mas inicialmente torna-se necessário uma breve explicação sobre o luto e a melancolia. O luto é evocado pelo sujeito no sentido de fazer com que a dor não se eternize, o que o define efetivamente como um “trabalho psíquico”. Que o trabalho do luto possui um efeito muito forte sobre a elaboração da perda, dando um teor afirmativo naquilo que se perdeu, o tornando um ato simbólico e gerando uma “perda temporária” da capacidade de adotar um novo objeto de amor (FREUD, 1917). Ou seja, constitui um doloroso caminho percorrido a fim de entender a finitude da vida. Por outro lado, além de proporcionar tal assimilação simbólica, o indivíduo se protege de seu próprio desmoronamento, mesmo que este passe por um momento de dor emocional. Na melancolia, existe, segundo Freud, um empobrecimento do próprio sujeito. O indivíduo entra num movimento de assassinato de si mesmo, caracterizado muitas vezes de um senso crítico sempre pronto a massacrar o seu próprio eu. Assim, a pessoa é absorvida por uma situação, que pode muitas vezes ser a perda, não conseguindo desenvolver esse sentimento, o que leva a uma automutilação em seu discurso consigo próprio, com um tom até mesmo de ódio. O discurso melancólico apela para uma existência do nada e revela uma única saída no simbólico – “eu não sou nada”, frase que caracteriza comumente esses sujeitos melancólicos (LAMBOTTE, 2001). Uma pessoa melancólica se repreende, se sente inferior a tudo em seu redor, sente um peso. Havendo aqui, para Freud, a maior diferença entre o luto e a melancolia, no qual a pessoa em luto tem seus sentimentos voltados a um objeto de perda, distante de si. Já um melancólico se identifica como o objeto a ser perdido, algo que não será mais necessário. Embora esses dois sentimentos envolvam graves afastamentos de atitudes ditas normais na sociedade, jamais pode ser considerada como algo patológico. Fazendo-se extremamente necessário o uso do tempo para que o indivíduo consiga trabalhar seu objeto de dor (FREUD, 1917). Ao iniciar esses próximos parágrafos, deixaremos bem claro que este texto não deve servir única e exclusivamente como base para diagnóstico da depressão. O referenciamos em artigos e livros publicados para exemplificar e clarear um pouco a ideia sobre a doença e também a relacionar com os dois sentimentos acimas citados. Em primeiro lugar, depressão é uma doença; em segundo, existem modificações fisiológicas nos indivíduos deprimidos e o que os mantêm nestes estados. Segundo 3 TELES em seu livro, “o que é depressão”, existe conhecimento que fatores sociais levam os indivíduos a profundas depressões. E que algumas vertentes da psicologia acreditam que atrás da depressão há uma série de problemas de ordem emocional, dificuldades inconscientes que provocam ansiedade nos indivíduos. Podendo concluir que é de extrema necessidade levar em consideração o ser como um todo, pois ele como um produto da cultura se manifestará acerca das atitudes no local que está inserido. O deprimido por muitas vezes referencia-se a si mesmo como se ele coincidisse com uma imagem parada, à qual falta movimentação afetiva. Não se trata, de um sentimento vago de tristeza “sem se saber por quê”, esses pacientes sabem o que os aflige, sabem que estão perdidos (PINHEIRO, 2005). Possuem características se dificuldade de estabelecer projeções de si sobre o futuro, podendo apenas se projetar ao passado. Ou em uma imagem de si que não poderá ser alcançada. Havendo a possibilidade de se esboçar um desejo inicial (pensamento no futuro) mas este se esvair rapidamente; caracterizando pensamentos depressivos (PINHEIRO, 2010). O que pode se apresentar para pacientes depressivos formas bastante intensas de sofrimento psíquico, e que a morte pode ser (apenas em sua imaginação, não sendo a real realidade) um efeito de término mais fácil. Justamente por não encontrarem espaço psíquico para a construção de novos caminhos, levando então a depressão mais graves e consequente suicídio. Relacionando depressão com luto e melancolia Quintella (2010) afirma que o luto é justamente um movimento de elaboração psíquica da perda, uma forma que o homem civilizado tem encontrado para lidar com a questão da finitude, do trauma, da perda. Portanto não há luto na depressão. Sobre essa questão, Freud (1917) entendia que, na melancolia, o que se perdeu foi o ego. Justamente porque esta perda diz respeito a própria imagem ideal de si. O deprimido, diferente do melancólico, protesta contra a perda. Não se permite lançar-se a novas possibilidades. O deprimido possui, deferente do melancólico, a consciência de estar perdido mas não consegue uma base para a elaboração e saída desse caminho. Se utilizando das frases já citadas, temos o melancólico, segundo Lambotte(2001), com “eu não sou nada” e o deprimido segundo Quintella (2010) com “eu já fui e hoje não sou mais”. Como se, o deprimido estagnasse e se sentisse indiferente. Portanto, na depressão, é como se o sujeito dissesse: “se não sou mais o que, não quero mais nada”. A queda ladeira abaixo é rápida e preocupante. 4 De outra via, é o tempo da pressa contemporânea que acirra os modos de satisfação mediados pelo desejo. Esta norma da ação, exige do sujeito uma eficácia individual imediata que confira o status de sua posição socioeconômica. Exigindo constantemente que desses sujeitos uma forma radical de agir, sendo sua maior dificuldade (EHRENBERG, 1998). Concluindo que o luto, melancolia e depressão são, da maneira como foram abordadas, três formas diferentes de reações, sendo a última única patológica. Mas que revelam sem dúvida um constante sofrimento no contexto da atualidade. CAPÍTULO 2 – ANSIEDADE Novamente, queremos ressaltar o fato de que este trabalho está baseado em livros e artigos científicos relacionados a área, mas nunca deve ser considerado, única e exclusivamente, como um diagnóstico de ansiedade e depressão. Estamos aqui para conseguir entender um pouco mais sobre ansiedade e como ela pode interferir na vida de um ser humano. A depressão e ansiedade têm manifestações diferentes, mas possuem fundamentos corriqueiros, que são síndromes heterogêneas, supostamente relacionadas devido a características cotidianas, são fenômenos separados, os quais podem alternar- se ao longo do tempo, são manifestações distintas (SANTOS, 2018). Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. Então temos aqui que TODO ser humano possui ansiedade em níveis naturais, ou seja, é um sentimento que teoricamente precede um acontecimento que o corpo pode reagir de outras formas, como felicidade, tristeza, apreensão e até o medo. Segundo o livro de Paulo Knapp a ansiedade é considerada um sinal de alerta, determinada pela presença de um conflito interno, cuja função é avisar sobre um perigo iminente para que se tome medidas para lidar com a ameaça. É certo que todas as pessoas já vivenciaram ansiedade, seja como resposta normal e adaptativa aos estímulos. Segundo Ferreira (2007) a ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, e 5 interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo. E que a maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou não. Se houver estímulos ansiosos para acontecimentos que não existem ou ainda não possuem a possibilidade de existência, torna-se patológico. Havendo também crises de ansiedade que acabam gerando pensamentos inteiramente negativos, por exemplo, quando se tem alguma atividade com prazo para entrega, há pensamentos de auto sabotagem que afirmam, mesmo que erroneamente, que a pessoa não conseguirá terminar essa tarefa. Há também pensamentos de impotência e principalmente a falta de concentração. Esses sintomas juntos, dependendo do grau, podem causar um transtorno à vida de uma pessoa, afetando o sono que é um dos principais alvos, que pode ser alterado causando insônia ou até mesmo excesso de sono O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é caracterizado por sintoma ansioso persistente que afetam ampla variedade de comportamentos do paciente nas mais diversas situações cotidianas. Essas manifestações podem variar ao longo da vida e incluem sintomas de tensão motora, como tremores, incapacidade para relaxar, fadiga e cefaleia, sintomas de hiperatividade atômica, como palpitação, sudorese, tontura, ondas de frio e calor, falta de ar, irritabilidade e dificuldade de concentração. Além desses sintomas somáticos, o transtorno de ansiedade generalizada caracteriza-se também a mudança de humor como pensamentos e expectativa apreensiva com pensamentos negativos. Esses conteúdos mentais estão na maior parte do tempo ligada ao trabalho, estudo, não planejamento de tarefas, situação repetitivas, falta de paciência no trânsito e vários outros quesitos que está presente em nosso dia-a-dia (SANTOS, 2018). Há também transtornos de ansiedade por situações adversas. Como por exemplo, pode ser desencadeado após ser vítima de assalto e sequestros ou até mesmo o “bullying” no trabalho e na escola. O abuso sexual e o estupro também são situações que marcam a vida de uma pessoa, pois fragiliza a autoestima e o relacionamento íntimo e pessoal podendo causar transtornos de ansiedade. É possível constatar então que existe uma população que é afetada com transtorno de ansiedade. Sempre sofrendo com o medo, sendo um exemplo o caso de jovens que estudam incessantemente para conseguir uma vaga em uma universidade, ou 6 para provas que exijam muitas horas de estudos, podendo desencadear sintomas de ansiedade. CAPÍTULO 3 – ANSIEDADE NA UNIVERSIDADE Este é um assunto muito pertinente nas universidades brasileiras. Silver (1982) demonstra que, ao ingressarem na faculdade, os estudantes são submetidos a uma grande carga de estresse, devido a longas horas de estudo e cobranças pessoais e de professores e familiares. Além disso, as transformações maturacionais (fisiológicas, neurológicas e psicológicas), decorrentes da transição entre a fase da adolescente e a fase de adulto, levam os estudantes a vivenciarem um período de crise, por exigir a adaptação a um novo papel social, o de adulto jovem. Assim, percebe-se a influência de algumas circunstâncias no estado emocional dos estudantes: a entrada na universidade, a passagem de uma fase de desenvolvimento para outra, como também todo o processo educativo e de formação universidade. Através disso partimos para dois conceitos sobre a ansiedade, a ansiedade-estado e a ansiedade-traço. Segundo Almondes (2007) a ansiedade-estado está ligada a um momento ou situação particular, como na entrada a universidade pelos estudantes, causando um estado emocional transitório e de muito estresse pela pressão social de ter que escolher sua profissão pela “vida inteira”. Já a ansiedade-traço está relacionada às características individuais e disposição, estabelecendo diferenças entre os indivíduos quanto à forma de encarar eventos diversos, ou seja, cada indivíduo traz consigo uma disposição maior ou menor de encarar as situações, estando relacionada, diretamente, à personalidade de cada um, portanto é sempre importante ressaltar a necessidade de não se comparar com as outras pessoas. Alguns dados de literatura mostram análises da relação entre traço e estado de ansiedade e a situação vivenciada pelos estudantes universitários. Uma pesquisa com estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por exemplo, avaliou o estado de ansiedade e o traço de ansiedade, em dois momentos do curso: quando assistiam aulas e cumpriam as demandas acadêmicas, e 7 quando, além de assistirem aulas, enfrentavam plantões médicos. Resultados mostraram que o estado de ansiedade teve aumento estatisticamente significante no decorrer dos anos. Além disso, a ansiedade aumentou tanto para quem apresentava personalidade ansiosa (traço de ansiedade elevado) quanto para quem não apresentava essa característica. Portanto podemos concluir que com o acúmulo de provas, trabalhos, seminários juntamente com outras atividades como estágios necessários para a formação, há então uma sobrecarga nesses alunos, que acabam por aumentar os seus níveis de ansiedade. Sendo extremamente perigoso até mesmo para a formação acadêmica. Justamente por queuma vez que níveis elevados de ansiedade podem provocar percepções negativas quanto às habilidades motoras e intelectuais do indivíduo. Isso, por sua vez, interfere na atenção seletiva e na codificação de informações na memória, bloqueando a compreensão e o raciocínio. É importante salientar que esses fatores ansiogênicos podem interferir negativamente sobre alguns aspectos cognitivos, como o processo de aprendizagem, a redução de atenção e da concentração, diminuindo, assim, a aquisição de habilidades. Na situação de crise, pela grande carga de estresse, devido a longas horas de estudo e cobranças pessoais e de professores e familiares durante a formação universitária, faz-se necessário traçar estratégias que possibilitem a superação desse período. Alguns indivíduos podem experienciar mais ansiedade do que outros de acordo com sua tendência para encarar as mesmas situações podendo levar a níveis de ansiedade patológicos, como já mencionados. Nesses casos essas pessoas podem contar com o auxílio dos profissionais da saúde mental (psicólogos e psiquiatras) nas redes de atenção básica à saúde ou da própria universidade em que reside. 8 A Unifal disponibiliza atendimento psicológico gratuito !! Para isso, basta preencher um formulário que fica disponível no site da universidade. É muito simples e rápido! Fizemos um tutorial para ajudar você, confira abaixo: Passo 1: Acessar o site da Unifal, disponível em: http://www.unifal-mg.edu.br Passo 2: Ir em Pró-reitorias e em seguida selecionar a opção Assuntos Comunitários e Estudantis Estudantil (PRACE). 9 Passo 3: Ao entrar na página na Prace, selecione a opção Levantamento de Demandas Psicossociais Prace Unifal-MG, localizada no canto inferior direito. Passo 4: Na página seguinte, basta rolar até o final e clicar em Acessar o formulário. Passo 5: O formulário irá aparecer em seguida e é só seguir os passos e preencher! 10 CAPÍTULO 4 - DICAS PARA AJUDAR A COMBATER A ANSIEDADE NO DIA A DIA Todos nós sabemos que conviver com a ansiedade não é uma tarefa muito fácil. Para isso separamos algumas dicas que podem auxiliar você a combater esse sentimento! No nosso cotidiano é comum estarmos conectados com nossos smartphones o tempo todo e olha só, nem só de redes sociais vivem os internautas! Diversos aplicativos são disponíveis a cada minuto e adivinhem: há app que pode ajudar na ansiedade! Conheça alguns exemplos: Querida Ansiedade O aplicativo Querida Ansiedade é destinado para aquelas pessoas que sofrem com ansiedade e foi desenvolvido por uma psicóloga. O app possui duas principais funções, sendo eles ajudar a controlar a ansiedade, além de fornecer informações ao usuário sobre. O mais legal desse aplicativo, é que nele o usuário pode escrever o que está sentindo e ter acesso a exercícios de respiração e meditações, que ajudam no bem- estar. 11 Cérebro Fit O Cérebro fit possibilita o usuário uma lista com diversos hábitos saudáveis e que estimulam a ter um estilo de vida melhor. Nele podemos aprender técnicas de concentração, meditação, exercícios de neuróbica, treinamentos físicos e auto hipnose. Além disso, ainda há palestras motivacionais disponíveis, dicas de alimentação, saúde e muito mais. O usuário tem a opção de escolher quais hábitos quer realizar no seu dia a dia e o horário que for o mais adequado para isso. É um excelente app para melhorar sua saúde, motivação e até a sua capacidade cognitiva. 12 Lojong O aplicativo Lojong é baseado no bem-estar proporcionado pela meditação. O nome significa “treinamento da mente”, que representa muito bem a proposta desse app. Nele há diversas práticas de meditação que ajudam no relaxamento, foco e atenção. 13 Cingulo O Cingulo é um aplicativo que visa o bem-estar emocional. Ele contém diversas técnicas, textos e áudios que ajudam a reduzir a ansiedade, estresse, melhorar a autoestima, ânimo e suas atitudes no dia a dia. Além disso, o usuário tem acesso a um diário emocional, onde pode colocar como está se sentindo e depois acompanhar sua evolução durante os meses. 14 15 Uma outra dica são os Podcasts !!! Você já ouviu falar? A palavra podcast vem da junção de ipod, o dispositivo de áudio da Apple ebroadcast que é a transmissão de informações por rádio ou tv. O termo foi criado em 2004 por Adam Curry que criou o primeiro agregador de podcasts e disponibilizou o código na internet para todos os outros programadores. Sendo assim, o podcast nada mais é que um programa de rádio, mas com uma vantagem enorme: o conteúdo é totalmente sob demanda e você pode ouvir o que quiser e quando quiser. É um ótimo recurso para ocupar aquele tempo ocioso e você pode ouvir enquanto realiza os afazeres de casa, na ida para a faculdade, ou naquele intervalo em que não há nada para fazer. Existem basicamente duas maneiras de se ouvir os episódios: pelo smartfone ou tablete - computador. Basta baixar um aplicativo no seu dispositivo, como o PodcastAdict e você já está pronto para ouvir o que quiser! São vários assuntos e diversos canais, como por exemplo, ciência, história, cultura pop, mercado profissional e ansiedade! Sinta-se mais tranquilo! Outra forma que pode ajudar na redução da ansiedade é o controle e organização das tarefas pendentes do dia a dia. Algumas pessoas tendem a ficar mais ansiosa quando há um grande acúmulo de afazeres, principalmente relacionados com a vida acadêmica. Ter um organização e cronograma pode ser um hábito incrível para deixar a mente mais tranquila, afinal, com tantos trabalhos, provas e prazos resultantes da faculdade, é fácil criar preocupações que chegam a tirar o nosso sono. Por isso, apresentamos para vocês o GTD: O GTD (Getting Things Done) é uma metodologia de produtividade criada pelo americano David Al e se baseia em um conceito chamado mind like water – mente clara como água, que se trata de uma analogia sobre a tranquilidade de ter tudo sob controle. O mais legal dessa analogia é que nem sempre a água está tranquila, como por exemplo, em uma tempestade em alto mal, porém, ela sempre volta ao seu estado de tranquilidade 16 original. Sendo assim, ter mais controle das tarefas a serem realizadas pode te levar a ter uma vida mais tranquila e produtiva. Para isso, o GTD baseia-se em cinco passos parar colocar em prática a sua forma de organização: 1. Capturar – Transferir todas as suas ideias e lembranças de coisas a fazer e passar para algum lugar que possa ser acessível, caso esqueça dos seus compromissos, como um bloquinho de notas, por exemplo. 2. Esclarecer – Separar um tempo do seu dia para se dedicar com foco e atenção. 3. Organizar – É importante ter suas listas organizadas para que possa acessá- las na hora certa e no lugar certo. 4. Refletir – Tempo para pensar em suas prioridades. Trata-se de uma revisão que fazemos de todo o nosso sistema para não perder nada de vista. 5. Engajar – É executar com significado. Saber que você está fazendo, naquele momento, a coisa mais importante que deveria estar fazendo – em vez de estar preocupado ou distraído com outro assunto. É a tranquilidade de saber que o que você não está fazendo está sob controle, porque você definiu prioridades. Existem alguns programas e aplicativos disponíveis que podem auxiliar a colocar o método GTD em ação. São alguns deles: Evernote Todoist Wunderlist Google Tasks / Tarefas Outlook Things Toodledo Omni Focus Lotus Notes Trello 17 Referências BJELLAND, I. et al. The validity of the Hospital Anxiety and Depression Scale: an updated literature review. J. Psychosom. Res., v.52, n. 2, p. 69-77, 2002. BRUNELLO, N. et al. Social phobia: diagnosis and epidemiology, neurobiology, neurobiology and pharmacology, coomorbidity and treatment. J. Affect. Disord, v. 60, n. 1, p. 61-74, 2000. D’AVILA, G. T. Vestibular: fatores geradores de ansiedade na cena da prova. Rev. Bras. Orientac. Prof, v. 4, n. 1, p. 105-116, 2003. DA SILVA, R. M. E. et al. Risco de suicídio em jovens com transtornos de ansiedade: estudo de base populacional. Psico-USF, v. 17, n. 1, p. 53-62, 2012. EHRENBERG. A. La fatigue d’être soi: dépression et société. Paris: Odile Jacob. 1998 FREUD, S. (1917/1996). Luto e melancolia. Obras completas, ESB, v. XV. Rio de Janeiro: Imago. HASKINS, J. T. 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