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Curso: Direito APS- ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA FILME: “O NOME DA ROSA” CARACTERÍSTICAS QUE LHE CHAMARAM A ATENÇÃO; CONTEÚDOS/TEMAS VISTOS NO FILME; RELAÇÃO DESSES CONTEÚDOS E A HÍSTORIA DO DIREITO Francisco Jarbas Marinho Vladimir Rodrigo Giovanni Vitor Elisa Fortaleza-Ce 2018 APS- ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVIZIONADA Atividades Práticas Supervisionadas Trabalho apresentado como exigência para a avaliação do 2º semestre do curso de Direito da FAECE, sob orientação dos professores do semestre. AGRADECIMENTOS Foi com muita força de vontade, amizade e trabalho em grupo que conseguimos mais uma conquista, a realização desta APS (Atividades Práticas Supervisionadas). Agradecemos primeiramente a Deus, por iluminar o nosso caminho em m ais esta etapa e por não ter nos deixado desistir em momentos de fraqueza. Estendemos os nossos agradecimentos aos nossos pais, pelo apoio, por sempre acreditarem em nossa capacidade e nos acharem o melhor de todos, mesmo que às vezes deixamos a desejar. Isso só nos fortaleceu e fez com que a gente tentasse não ser o melhor, mas a fazer o melhor. E por último, porém não menos importante agradecemos o nosso professor, orientador e amigo Edenilo Baltazar, Juliana ,Vanessa e Carlos André pelos ensinamentos, paciência e a tenção dedicadas ao grupo. “o nosso caráter é o resultado da nossa conduta” (Aristóteles) RESUMO Este trabalho tem como objetivo relacionar o filme: “O nome da rosa” com a história do Direito. O filme remonta ao período do confronto entre o Papa João XXII e o Imperador Luís II da Baviera, como paradigma da luta entre Igreja e Estado pelo controle da sociedade daquela época. O início do século XIV marca o tempo do filme, época em que se registravam controvérsias filosóficas. É importante destacar que o filme se passa em uma época que a Santa Inquisição detinha o poder. As transformações econômicas, políticas, culturais, sociais e religiosas marcam esse período gênese do capitalismo. Palavras chave: Igreja, Inquisição,história do Direito Sinopse do filme ] Revendo às cenas do filme é fácil perceber as críticas feitas à Igreja. As ações humanas são justificadas através das contradições, oposições e inquisições, os monges da abadia citada no filme e o cometimento de crimes são relatados de forma conflituosa. A riqueza da biblioteca e o mistério da morte dos religiosos chama a atenção para um misto de pecado e realidade secular. O mistério das mortes encontra guarida na virtude, purificação da alma e comprometimento espiritual. Os livros proibidos deveriam manter suas páginas lacradas para o mundo. O poder da Igreja naquela época era incontestável e se tinha por objetivo manter apenas o conhecimento de algumas obras, pois limitava o acesso àquelas obras chamadas restritas e os que as liam encontravam à morte através do veneno disposto em suas páginas. Durante todo o filme é possível identificar o poder da Igreja e a manifesta crítica ao seu posicionamento arbitrário. A Igreja mantinha o poder ideológico manipulando a mente das pessoas, isso significava que quem fizesse o contrário do que a igreja determinasse era sujeito a pena de morte, pois estaria confabulando com o Diabo, em detrimento de Deus, assim, os indivíduos eram domados pelo temor. Não havia a possibilidade de a população discernir intelectualidade e praticar senso crítico, não havia escola para civis, só para os padres; mesmo porque este conhecimento da Antiguidade era transposto para livros e ficava aprisionado nas bibliotecas dos mosteiros da Idade Média pala Igreja. Bernardo Gui, no filme chega numa delegação papal de inquisidores que veem ao mosteiro para tentar desvendar o mistério das mortes, o qual Guilherme está prestes a esclarecer. O contexto a ser discutido é a relação do filme com a disciplina história do direito; No filme é possível identificar durante o julgamento a utilização sistema inquisitório. O sistema inquisitório sofreu grande influência da Santa Inquisição Católica, ocasião em que os inquisidores “caçavam” os hereges e os infiéis. Tudo começa com a igreja implantando o seu o objetivo de manter uma fé cega e obediente que monopolizava os seus dogmas como verdades absolutas, limitando o acesso ao conhecimento, inclusive entre os clérigos, de modo que ela não pudesse ser questionada. O acervo do mosteiro Beneditino possuía uma biblioteca com acervo restrito e protegido por um labirinto construído em seu interior. Havia muitos livros “proibidos” e entre eles estava o livro da Poética de Aristóteles sobre a comédia; Aparentemente os assassinatos do mosteiro aconteciam com base nesse livro, dedicado à comédia. Proibido, por possui conteúdo que levava ao riso considerado um pecado, coisa do demônio. O objetivo dos assassinatos, através do envenenamento das páginas do livro de Aristóteles, era deter aqueles que buscassem prazer e conhecimento com aquela leitura e, assim, todos aqueles que o lesse ou tentassem fazê-lo, logo morreriam. A morte era a única maneira de impedir aqueles que insistiam na busca do conhecimento. A chegada do franciscano e seu ajudante levam às investigações das mortes e a solução do caso. Os suspeitos são julgados, acusados e declarados culpados, as fogueiras são acessas para que se cumpra a determinação final da Santa Inquisição, fenômeno que deu origem ao sistema processual inquisitório, os suspeitos serão julgados, condenados declarados culpados e mortos, não há perdão ou fala daquele que é suspeito. comparativo O direito Canônico Também chamado de direito penal da igreja, foi influenciado decisivamente pelo cristianismo. Assimilou e adaptou o direito Romano ás novas condições sociais, contribuindo de forma relevante para a humanização do direito penal; Proclamou-se a igualdade entre os homens, acentuou-se o aspecto subjetivo do crime e da responsabilidade penal e tentou-se banir das ordálias e os duelos judiciários. As penas passaram ater não só o fim da expiação, mas também a regeneração do criminoso pelo arrependimento e purgação da culpa, o que paradoxalmente, levou a inquisição. A legislação eclesiástica era contrária à pena de morte, entregando–se o condenado ao poder civil para a execução. O direito canônico também teve seus méritos no desenvolvimento do direito penal: Foi ele quem proclamou a igualdade de todos os homens; Opôs-se a vingança privada decisivamente, através do direito de asilo e da trégua de Deus e também as ordálias e duelos judiciários; Procurou introduzir as penas privativas de liberdade, substituindo as penas patrimoniais para possibilitar o arrependimento do réu. Outra grande contribuição da igreja foi a criação dos presídios
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