relatório 1- mec dos solos

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Serviço Público Federal
	Ministério da Educação
	Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
		Relatório de Atividades Práticas	(Para uso do professor)
Nota:
		(Laboratório de Transportes e Geotecnia) 	
		
	Aluno (a): Vanessa Silva Bernardes	
	Turma prática: P06	
	Professor (a): Daniel Anijar de Matos	
	Ensaio: Retirada de Amostra e Identificação Visual e Tátil	
	Disciplina/Curso: Mecânica dos Solos / Engenharia Ambiental	
	Data: 13/03/2020
	
1. INTRODUÇÃO
A prática de Identificação Visual e Tátil dos solos consistiu em variados testes para identificação do aspecto físico das amostras do solo, para assim, poder classifica-las de maneira rápida. 
Mas, para o experimento, foram necessárias duas importantes Normas Técnicas, como: 
· NBR 6457/2016 – AMOSTRAS DE SOLO - preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização.
· NBR 9604/2016 - Abertura de poços e trincheiras de inspeção em solos, com retirada de amostras indeformadas e deformadas - procedimento
Para o mesmo foram analisadas quatro amostras de diferentes características e tipos de solos, com o intuito de visualizar indicativos para sua classificação, como: plasticidade, impregnação, resistência, dispersão, desagregação, entre outros.
Assim, após a elaboração das amostras e realização da prática é possível classifica-las em silte, argila e areia de acordo com a reação apresentada. Sabendo que: 
· Silte: É menos áspero do que a areia, mas ainda perceptível ao tato. É preciso de outros testes para sua distinção.
· Argila: Quando misturada com água e trabalhada entre os dedos, apresentam uma semelhança com pasta de sabão escorregadia, mas, quando secas os seus grãos finos, proporcionam ao tato a sensação de farinha. Cheiro característico de “Moringa de barro”.
· Areia: São áspera ao tato, apresentam partículas visíveis a olho nu e não apresentam odor. Normalmente não apresentam odores.
1.1. OBJETIVO
A prática tem como intuito a identificação dos aspectos físicos das amostras de solo através de sete testes com o princípio único do reconhecimento visual e tátil. Sendo capaz de visualizar a atuação de algumas partículas do solo para assim poder classifica-las. 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
Para o desenvolvimento dessa prática, foi necessário algum fundamento teórico sobre o estudo dos tipos de amostras, são elas: as deformadas e indeformadas.
As amostras indeformadas são aquelas que podem ser tirada sem ou com pouca modificação de suas características com uso de equipamentos ou técnicas apropriadas, ou seja, é aquela em que o solo se apresenta o mais possível de sua estrutura natural. Preservando sua umidade. De acordo com a BNT 9604/2016:
“Extraída com o mínimo de perturbação, procurando manter sua estrutura e condições de umidade e compacidade ou consistência natural”
Para manter sua característica natural é necessário que a amostra seja selada de tal forma que não perca seu aspecto. E para ser encaminhada para o laboratório sem ocorrer perda é necessário que a mesma seja colocada centralizada dentro de uma superfície resistente, sem contato algum com o meio externo, evitando-se impactos e vibrações excessivas. De acordo com a BNT 9604/2016 esse preparo é feito da seguinte forma: 
“e utilizando-se de um pincel, aplicar uma camada de parafina liquida.”
“levar cuidadosamente o bloco à superfície do terreno colocando-o centrado no interior de uma caixa cubica de madeira ou material de rigidez similar, com dimensão interna de 6 cm maior que o lado do bloco e com seis faces aparafusáveis.”
Entretanto, as amostras deformadas são aquelas que podem ser retiradas com a destruição ou modificação apreciável de suas características naturais. De acordo com a BNT 9604/2016:
“Extraída por raspagem ou escavação, implicando na destruição da estrutura e na alteração das condições de compacidade ou consistência natural.”
 As amostras são usadas em laboratório com o objetivo de verificar suas características relacionada com textura e constituição mineral. Podendo obter ensaios como: granulometria, compactação, limite de consistência, massa especifica dos sólidos, permeabilidade, compressibilidade e resistência ao cisalhamento.
Souza Pinto (2006) informa que devido a impossibilidades de realizar ensaios de laboratórios para a identificação e classificação dos solos, é possível identificar os tipos de solos e seu estado através da identificação tátil visual, manuseando-se o solo e sentindo sua reação.
Assim, nessa prática identificação visual e tátil, aplica-se amostras deformadas de quatro tipos de solos diferentes.
Para a preparação do ensaio utiliza-se da Norma Técnica NBR 6457/2016 – Amostras de solos - Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. 
Na preparação da prática é fundamental a secagem das amostras, assim sendo possível manusear o solo para o ensaio. Também pode ser feita com a secagem prévia.
Logo após a secagem é importante que o seja desmanchado os torrões e de maneira que fique homogênea a amostra, mas sem quebrar os grãos, com o auxílio de repartidor de amostras.
3. MATERIAIS
Foram utilizados os seguintes materiais:
· Água corrente
· Bisnaga de borracha 
· Proveta
· Recipiente de vidro
· Almofariz de porcelana e mão de borracha
· Quatro amostras de solo
4. MÉTODOS
As preparações das amostras já tinham sido feitas antecipadamente, então, já estavam prontas para o início da prática.
A execução da prática fez-se necessário a divisão de sete testes, sendo:
4.1. TESTE VISUAL E TÁTIL
Foi colocada uma pequena quantidade da amostra de solo seca na mão, para assim, poder ser analisada sua aspereza, se os grãos eram visíveis ou não visíveis a olho nu e o seu odor. Sabendo-se que, para a classificação tinham que ter os seguintes resultados:
· Areia: são ásperas, suas partículas são visíveis a olho nu. E normalmente não apresentam odor.
· Silte: menos áspero, mas perceptível ao tato. E a distinção para a areia precisaria de outros testes.
· Argila: pasta de sabão escorregadia, mas quando seco traz a sensação de farinha. Seu cheiro característico de “Moringa de barro”.
4.2. Teste de Impregnação:
Após as amostras de solo estarem seca na mão, foi adicionado uma pequena parcela de água em cima, formando assim uma pasta. Em seguida, a mesma foi submetida a água corrente. 
Assim, conseguimos analisar a grau de impregnação dessa amostra, isto é, se apenas ao cair água na pasta a mão já fica limpa com facilidade, se precisaria ser limpa com ajuda dos dedos ou necessitaria de uma bucha para fricção.
Sabendo-se que:
· Areia: sai mais facilmente;
· Silte: depois de bastante água mais leve fricção;
· Argila: dificuldade de se desprender (grãos mais finos) mais fricção;
4.3. Teste de Plasticidade:
Foi colocada na palma da mão uma quantidade de amostra de solo e de água, em uma quantidade suficiente que seria possível tentar moldar a pasta, formando assim uma esfera. Sabendo-se que:
· Solos Grossos: não são facilmente moldáveis;
· Solos Finos: são moldáveis e, quando submetidos a deformações, demoram a apresentar fissuras ou rupturas.
4.4. Teste de Resistência do solo Seco:
Deixou-se secar as esferas do teste anterior das amostras de solo moldáveis.
Em seguida, esforçou-se para deformá-las de maneira que fosse possível verificar se tinha se quebrado ou não. Sabendo-se que:
· Argila: grande coesão; 
· Silte: pouca coesão;
· Areia: sem coesão.
4.5. Teste de Dispersão de Água:
Com o solo completamente desagregado (destorroado), adicionou-se uma quantidade de água em uma proveta de 500 ml e uma parcela de solo. Em seguida, sacudiu-se somente uma vez a proveta durante 30 segundos e ficou em repouso a fim de observar a dispersão. Sabendo-se que:
· Areia: sedimentação rápida, na base de 30 a 60 segundos, com coloração clara, apresentando grãos visíveis na base da proveta.
· Silte: na base de 15 a 60 min para sedimentar e a coloração começa a ficar clara gradativamente.
· Argila: horas ou até dias para a sedimentação e coloração escura.
4.6. Teste de Desagregação do Solo Submerso:
Colocou-seuma parcela de torrão de amostra do solo em uma proveta de 500 ml com água, para assim, poder analisar a desagregação do solo submerso. Sabendo-se que:
· Argila: desprende lentamente;
· Silte: desprende rápido;
· Areia: sem coesão.
4.7. Teste de Dilatância (Mobilidade da água intersticial):
Colocou-se na palma da mão uma parcela da amostra do solo, com um pouco de água, onde se formou uma pasta. Assim, com a outra mão foram provocadas vibrações, com intuito de examinar o comportamento da água na amostra. Sabendo-se que:
· Solos Grossos: solo com fissuras, a água aparece e volta a desaparecer rapidamente.
· Solos Finos: Aparecem as fissuras lentamente, a água não tende a subir à superfície.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Conforme a efetuação dos testes mencionados acima, foi-se atingido os seguintes resultados:
5.1. Teste Visual e Tátil:
Amostra vermelha: Não visível a olho nu / Macio;
Amostra 6: Grãos visíveis a olho nu / Macio;
Amostra X: Grãos visíveis a olho nu / Áspero;
Amostra 4: Não visíveis a olho nu / Macio.
5.2. Teste de Impregnação:
Amostra vermelha: Difícil de limpar;
Amostra 6: Difícil de limpar;
Amostra X: Limpa lentamente;
Amostra 4: Limpa lentamente.
5.3. Teste de Plasticidade:
Amostra vermelha: Moldável; 
Amostra 6: Moldável;
Amostra X: Moldável;
Amostra 4: Moldável.
5.4. Teste de Resistência do Solo Seco:
Amostra vermelha: Resistente; 
Amostra 6: Resistente;
Amostra X: Resistente;
Amostra 4: Resistente.
5.5. Teste de Dispersão em Água:
Amostra Vermelha: Suspensão;
Amostra 6: Deposita rápido;
Amostra X: Suspensão;
Amostra 4: Suspensão.
5.6. Teste de Desagregação do Solo Submerso:
Amostra Vermelha: Lento
Amostra 6: Lento
Amostra X: Lento
Amostra 4: Lento
5.7. Teste de Dilatância:
Amostra Vermelha: Média;
Amostra 6: Rápida;
Amostra X: Lenta;
Amostra 4: Lenta.
Com isso, conseguimos concluir que as amostras do solo não são puras, os solos são uma mistura heterogênea de argila, silte e areia, com presença ou não de pedregulhos. Então, não foi possível classificar de forma certa em apenas um grupo. 
Assim, os resultados da análise ajudam na classificação coletiva sobre o tipo de partículas que compõe esses solos, levando em conta as características apresentadas. Obteve-se assim as seguintes análises:
· Amostra vermelha: Argila
· Amostra 6: Argila
· Amostra X: Silte Argiloso
· Amostra 4: Silte
6. CONCLUSÃO
Seguindo toda a base teórica das Normas Técnicas e os procedimentos da prática, foi possível analisar as características físicas das amostras de solo, de forma que facilitasse sua classificação no grupo argila, silte e areia.
E com a prática Ensaio de Identificação Visual e Tátil, conseguimos concluir que as amostras não possuem solos puros, isto é, todos os solos apresentam uma mistura heterogênea dos três grupos citados.
Portanto, foi feita uma classificação geral de maneira que suas características relevantes fossem conservadas. 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NBR 6457/2016 – Amostras de solo – Preparação de amostras de solo para ensaios de compactação e caracterização.
NBR 9604/2016 – Abertura de poço e trincheira de inspeção em solo, com retirada de amostras deformadas e indeformadas.
PINTO, C.S. Curso básico de mecânica dos solos.
	CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações. Volume 1.
Laboratório de Transportes – FAENG
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