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Introdução - Estudos experimentais sobre a gengivite forneceram os primeiros indícios empíricos de que o acúmulo de biofilme microbiano nas superfícies limpas dos dentes resulta no desenvolvimento de um processo inflamatório ao redor do tecido gengival; - Foi demonstrado, também, através de pesquisas, que a inflamação local persiste enquanto o biofilme microbiano estiver presente adjacente aos tecidos gengivais e que a inflamação pode se resolver após a remoção meticulosa do biofilme. - Em geral, as características clínicas da gengivite são marcadas pela presença de algum dos seguintes sinais clínicos: Tecido gengival vermelho e esponjoso; Sangramento a um estímulo; Alterações no contorno da gengiva; e Presença de cálculo ou placa sem evidências radiográficas de perda óssea na crista alveolar. Classificação Nova - 2018 Foram feitas duas classificações, uma para as doenças periodontais e outra para as doenças Peri-implantares; Condições periodontais foram divididas em 3 grandes grupos: - saúde periodontal, condições e doenças gengivais; - periodontite; - outras condições que afetam o periodonto. Classificação das Condições Periodontais - 2018 Cada um dos três grandes grupos das doenças periodontais é subdividido em vários outros; Saúde periodontal, condições e doenças gengivais: - saúde periodontal e saúde gengival; - gengivite induzida por placa; - gengivite não induzida por placa; Gengivite Induzida por Placa - Ao ser associada ao biofilme, pode ser dividida em: Gengivite associada somente ao biofilme; Gengivite mediada por fatores de risco, sistêmicos e locais (associadas a presença do biofilme); Aumento gengival influenciado por medicamentos. Gengivite Induzida Somente por Placa - Quando associada somente ao biofilme é dividida em: 1. Gengivite em periodonto íntegro; 2. Gengivite em periodonto reduzido; 3. Gengivite em periodonto reduzido tratado periodontalmente. #Gengivite em Periodonto Íntegro Profundidade de sondagem com 3mm ou menos; 10% ou mais de sítios com sangramento a sondagem; Ausência de perda de inserção; Ausência de perda óssea radiográfica. #Gengivite em Periodonto Reduzido Profundidade de sondagem até 3mm; 10% ou mais dos sítios com sangramento a sondagem; Perda de inserção clínica; Possível perda óssea radiográfica. #Gengivite em Periodonto Reduzido Tratado Periodontalmente Paciente com história de tratamento periodontal, portando com perda de inserção; Sítios com bolsa periodontal de até 3mm; 10% ou mais dos sítios com sangramento a sondagem; Presença de perda óssea radiográfica. - A gengivite localizada é confinada à gengiva de um único dente ou grupo de dentes, enquanto a gengivite generalizada envolve toda a boca. - A gengivite marginal envolve a margem gengival e pode incluir uma porção da gengiva inserida contígua. - A gengivite papilar atinge as papilas interdentárias e frequentemente se estende para a porção adjacente da margem gengival. As papilas são envolvidas com mais constância do que a margem gengival e, em geral, são os primeiros locais acometidos. - A gengivite difusa afeta a margem gengival, a gengiva inserida e as papilas interdentárias. A doença gengival em casos individuais é descrita pela combinação desses termos, da seguinte maneira: o A gengivite marginal localizada é confinada a uma ou mais áreas da gengiva marginal. o A gengivite marginal generalizada envolve as margens gengivais relacionadas com todos os dentes. As papilas interdentárias geralmente são afetadas. o A gengivite difusa localizada se estende a partir da margem da prega mucobucal, em uma área limitada. o A gengivite difusa generalizada envolve toda a gengiva. A mucosa alveolar e a gengiva inserida são afetadas, de modo que, ocasionalmente, ocorre a obliteração da junção mucogengival. A causa da gengivite difusa generalizada pode estar relacionada a condições sistêmicas, que devem ser avaliadas caso se suspeite de que constituam um cofator etiológico. o A gengivite papilar localizada é confinada a um ou mais espaços interdentários, em uma área limitada ou generalizada. - Na avaliação das características clínicas da gengivite, é necessária uma abordagem sistemática. O clínico deve se concentrar em alterações teciduais sutis, pois estas podem ter significado diagnóstico. A abordagem clínica sistemática requer um exame ordenado da gengiva, pesquisando-se sua cor, contorno, consistência e posição, além da facilidade e gravidade do sangramento e da dor. Os dois primeiros sinais de inflamação gengival anterior à gengivite estabelecida são: (1) aumento da produção de fluido sulcular gengival; e (2) sangramento a partir do sulco gengival durante a sondagem suave. O sangramento gengival apresenta variações em sua gravidade, duração e facilidade da provocação. O sangramento à sondagem é detectado clinicamente com facilidade; portanto, é importante para o diagnóstico precoce e para a prevenção da gengivite mais avançada. Em geral, o sangramento gengival à sondagem indica uma lesão inflamatória tanto no epitélio como no tecido conjuntivo, apresentando diferenças histológicas específicas quando comparadas à gengiva saudável. Embora o sangramento gengival à sondagem possa não seja um bom indicador diagnóstico para a perda clínica de inserção, sua ausência é um excelente sinal preditivo negativo da perda futura de inserção. - Assim, a ausência de sangramento gengival à sondagem é desejável, indicando um baixo risco de perda clínica futura de inserção. É interessante observar que diversos estudos demonstram que o tabagismo ativo suprime a resposta inflamatória gengival. O tabagismo exerce um efeito forte, crônico e dependente da dose sobre o sangramento gengival à sondagem. Os fatores associados à retenção de placa que podem levar à gengivite incluem: -Variações dentárias anatômicas e relacionadas com o desenvolvimento de cáries; - Inserção do freio; - Fatores iatrogênicos; - Mau posicionamento dentário; - Respiração bucal; - Restaurações desadaptadas; - Próteses parciais; - Ausência de gengiva inserida e retração; - Tratamento ortodôntico e os retentores fixos estão associados ao aumento do acúmulo de placa e do sangramento à sondagem. - A gravidade do sangramento e a facilidade de sua provocação dependem da intensidade da inflamação. - Depois da lesão e ruptura dos vasos, mecanismos inter-relacionados induzem à hemostasia. - As paredes dos vasos sofrem contração, reduzindo o fluxo sanguíneo; as plaquetas aderem às bordas do tecido e ocorre a formação de um trombo fibroso, que se contrai e resulta na aproximação das bordas da área lesada. - Há recorrência do sangramento quando a área é irritada. - Os distúrbios hemorrágicos nos quais ocorre sangramento gengival anormal incluem anormalidades vasculares (deficiência de vitamina C ou alergia; p. ex., púrpura de Schönlein-Henoch). - Distúrbios plaquetários (púrpura trombocitopênica). - Hipoprotrombinemia (deficiência de vitamina K). - Outros defeitos da coagulação (hemofilia, leucemia, doença de Christmas). - Deficiência de fator tromboplástico plaquetário (PF3) devido à uremia mieloma múltiplo e púrpura pós-rubéola. - Há, também, relatos de que os efeitos da terapia de reposição hormonal, dos contraceptivos orais, da gestação e do ciclo menstrual afetam o sangramento gengival. A cor da gengiva é determinada por diversos fatores, incluindo o número e tamanho de vasos sanguíneos, a espessura epitelial, a quantidade de queratinização e os pigmentos no interior do epitélio.- A alteração da cor é um importante sinal clínico de doença gengival. - A cor normal da gengiva é o “rosa coral”, gerado pela vascularidade do tecido e modificado pelas camadas epiteliais sobrepostas. - Por isso, a gengiva torna-se vermelha quando a vascularização aumenta ou quando o grau de queratinização epitelial é reduzido ou desaparece. - A cor torna-se pálida quando a vascularização é reduzida (associada à fibrose do cório) ou quando a queratinização epitelial aumenta. - Inflamações agudas e crônicas geram alterações na consistência normalmente firme e elástica da gengiva. - Como ressaltado anteriormente, na gengivite crônica coexistem alterações destrutivas (edematosas) e reparativas (fibróticas), e a consistência da gengiva é determinada por sua predominância relativa. POR QUE A GENGIVA ESTÁ INFLAMADA? (O que está causando o acúmulo do biofilme?) Má higiene; Lesão de cárie; Nesse caso primeiro limpar, fazer a adequação do meio bucal
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