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Grandes obras políticas-Kelsen-Carl-Schmitt-Lassalle

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18 
 
Kelsen / Carl Schmitt / F. Lassalle 
 
 
ÍNDICE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Teoria pura do direito. 
 Decisionismo político. 
 Ditadura. 
 Constituição material. 
 Grandes obras políticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria pura do direito. 
 
 
 É a teoria do chamado normativismo jurídico de Kelsen. Para Kelsen a ciência do 
direito não tem outro objetivo senão o estudo do direito positivo. Recusa qualquer 
interferência de especulações de caráter ético ou político, limitando-se ao estudo das 
normas jurídicas. O direito é a ciência do dever ser, sendo que os acontecimentos 
naturais só passam a ter importância para o direito quando têm uma significação 
jurídica, isto é, quando uma norma jurídica lhes dá sentido. Somente o direito positivo 
é que tem importância para a escola de Kelsen. A positividade do direito decorre pura 
e simplesmente de ser um direito estabelecido de acordo com regras que não 
dependem da moral para serem válidas. Todas as normas, em última instância, se 
originariam de uma norma fundamental, que seria o pressuposto de toda a ordem 
jurídica. Direito e Estado não se separam, a ponto de Kelsen admitir que mesmo nos 
Estados despóticos há uma ordem jurídica estabelecida, e nesse sentido todo Estado 
seria Estado de Direito. (Hermes Lima, Introdução à ciência do direito. Ed. Nacional de 
Direito Ltda. Rio, 1944). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Decisionismo político. 
 
 
 Doutrina de carl Schmitt, o teórico do nazismo, segundo a qual a fonte de todo o 
direito é a decisão de um soberano, entendendo por tal todo aquele que em 
determinado momento, consegue impor a paz social, legitimando-se pelo simples fato 
de triunfar. Esta vontade soberana não está submetida a nenhuma limitação. É uma 
concepção que dá ao fator vontade todo o predomínio na formação do direito. 
Escreveu ele: "Toda lei, como regulamentação normativa, e também a lei 
constitucional, necessita para sua validez em último termo uma decisão política prévia, 
adotada por um poder ou autoridade politicamente existente. Toda unidade política 
existente tem seu valor e sua "razão de existência", não na justiça ou conveniência 
das normas, senão em sua existência mesma. O que existe como magnitude política, 
é, juridicamente considerado, digno de existir". (Carl Schmitt, Teoria de la constitución. 
Ed. Nacional. México, 1966; Arturo Enrique Sampay, Introducción a la teoria del 
estado. Ed. Politéia. Buenos Aires, 1951). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ditadura. 
 
 
(dir. const.) 
 
 Governo de um só ou de um colegiado com base nas forças armadas ou no 
consenso popular, dispensando a existência do poder legislativo e impedindo que o 
poder judiciário possa opinar sobre seus atos de caráter político. Opõe-se a governo 
representativo. Quando conta com o apoio popular, chama-se cesarismo democrático. 
Distinguem-se dois tipos de ditadura: a comissarial e a soberana. A ditadura 
comissarial é a ditadura clássica, cujo conceito vem desde os romanos: é ditador o 
comissário instituído pelos poderes estabelecidos, para enfrentar situações de grave 
perigo para a subsistência do regime, em caráter temporário e excepcional, sem poder 
de legislar, continuando em funcionamento todas as outras autoridades do regime. É 
uma situação puramente fática. A ditadura soberana é a que tem poder de legislar, 
estabelecer novas constituições, abolir a separação de poderes, sem limitação de 
tempo no exercício de suas funções. Dita as leis que bem entende, daí a palavra 
ditadura, que vem de ditar. O poder constituinte, a Convenção Nacional da Revolução 
Francesa e o estado de sítio, são considerados como exemplos de ditadura soberana. 
Filosoficamente, toda ditadura tende à realização de um fim concreto, e se caracteriza 
justamente pela diferenciação entre a norma jurídica a realizar (prevista na legislação 
normal) e o método para consegui-lo. É no método empregado que está a ditadura: 
fazer calar as leis, aniquilar o inimigo (como tal considerado todo aquele que se opõe à 
ditadura e que passa automaticamente a inimigo do gênero humano, porque a ditadura 
pretende querer realizar sempre o bem que só ela enxerga), centralização 
governamental absoluta, dominação pessoal de um ou vários indivíduos cuja vontade 
é lei. A ditadura pode surgir em qualquer tipo de regime, seja democrático ou 
autoritário. Ditadura não se confunde automaticamente, com tirania, absolutismo, 
boulangismo, despotismo, bonapartismo, cesarismo, etc., tendo havido através da 
história as mais diversas combinações entre estes vários tipos de governo não 
representativo, e tendo variado muito também as diversas concepções de ditadura 
para os grandes clássicos da teoria política, como Hobbes, Rousseau, Locke, Bodin e 
outros. Muitas vezes chama-se de ditador ao líder absoluto de um partido político, ou, 
como acontece nos Estados Unidos, a todo presidente que reforça o poder federal 
contra as pretensões estaduais. Muitos não consideram o cesarismo como ditadura, 
mas apenas como supressão da democracia por meios democráticos. Há ainda o 
conceito de ditadura do proletariado, ditadura de uma classe, como pretende instituir o 
marxismo. Napoleão III criou o chavão clássico de todos os ditadores modernos: abolir 
a constituição existente para salvar o direito. Outra grande característica das 
ditaduras, é a predominância do elemento técnico sobre os aspectos jurídicos da vida 
estatal. O ditador não vem para deliberar, mas para executar. É um comissário de 
ação. Só lhe interessam os meios técnicos de obter os resultados que pretende 
incarnar, e só contam para ele estes resultados. Daí a importância da propaganda 
política, da teatralização de sua conduta. Suprime toda e qualquer consideração 
jurídica capaz de interferir no que se considera sua missão providencial. Só uma coisa 
infunde temor ao indivíduo que exerce uma ditadura: qualquer falha técnica no 
funcionamento do executivo. Nenhum funcionário pode ter o direito de controlar ou 
examinar o mérito das decisões do ditador. É executar e nada mais. A ditadura é o 
Estado dos Executivos. A estes pouco importa a natureza do serviço de que estão 
incumbidos, e daí passarem com extrema facilidade de um serviço público para outro. 
Racionalismo, Tecnicidade e Executividade são os três característicos principais da 
ditadura e do Estado moderno, no dizer do autor abaixo. Ditadura é enfim, o regime 
que se opõe ao Estado de Direito, que não se importa com o consentimento do 
destinatário da norma jurídica, que faz a lei depender dele e não ele da lei. (Carl 
Schmitt, La dictadura. Revista de Occidente. Madri, 1968). 
Constituição material. 
(dir. const.) 
 
 A definição que o direito dá de Constituição é uma definição formal, parte do fato de 
que ela está formalizada em um documento, ou em costumes que são rigorosamente 
observados, como na Inglaterra. Mas a Constituição formal origina-se de todas as 
forças reais do poder, como dizia Lassalle, entendendo-se hoje que é do conjunto das 
forças sócio-econômicas atuantes na sociedade que surge um conceito sociológico de 
Constituição. Neste sentido nenhuma sociedade deixa de ter uma "constituição", deixa 
de ter uma organização do poder conforme a sua realidade social, embora essas 
regras do jogo político não estejam consubstanciadas em nenhum documento. Este 
conceito varia muito entre os autores. (F. Lassalle, Que é uma constituição?. Edições 
e Publicações Brasil. São Paulo, 1933; Karl Loewenstein, Teoria de la constitución. Ed. 
Ariel. Barcelona, 1970; Pinto Ferreira, Princípios gerais do direito constitucional 
moderno, I. Rev. dos Tribunais. São Paulo, 1971; H. Heller, Teoria do estado. Mestre 
Jou ed. São Paulo, 1968). 
 
 Para muitos autores é a parte da constituição que contém as normas básicas ou 
fundamentais do regime político, aquelas que tratam do exercício e transmissão dopoder e dos direitos e garantias individuais. Tudo o mais seria constitucional apenas 
porque consta da constituição, equivalendo a lei formal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grandes obras políticas. 
 
 Todos os filósofos, economistas, juristas, historiadores, teólogos e moralistas do 
passado, ocuparam-se direta ou indiretamente das idéias políticas, ou muito influíram 
em escritores que vieram depois deles. Dessa forma, na obra de um S. Tomás de 
Aquino, de um Calvino ou de um Suárez, abeberaram-se centenas de estudiosos e 
panfletários. Mas as obras que se notabilizaram diretamente em matéria política, foram 
as seguintes, no consenso da maioria dos tratadistas: "República", "Homem de 
Estado" e as "Leis", de Platão (427-347 a.C.); "Política" de Aristóteles (384-322 a.C.); 
"República" e "Leis" de Cícero (106-43 a.C.); "Cidade de Deus" de Sto. Agostinho 
(412-426); "De Regimine Principium" de S. Tomás de Aquino (1265-1266); "De 
Monarquia" de Dante (1310); "Defensor Pacis" de Marsílio de Pádua (1324); "De 
Potestate Regia et Papali" de João de Paris (1302-1303); "Vindiciae contra Tyrannos" 
(1579), de autoria ignorada; "De Rege et Régis Institutiones" (1599) de Mariana; 
"Utopia" de Tomás Morus (1516); "Cidade do Sol" de Campanella (1623); "De Jure 
Belli ac Pacis" de Grócio (1625); "Areopagítica" de Mílton (1644); "Oceana" de 
Harrington (1656); "O Príncipe" de Maquiavel (1513); "Seis Livros da República" de 
Bodin (1576); "Leviatã" de Hobbes (1651); "Política tirada da Escritura Santa" de 
Bossuet (1679-1709); "Ensaio sobre o governo civil" de Locke (1690); "Espírito das 
Leis" de Montesquieu (1748); "Contrato Social" de Rousseau (1762); "O que é o 
Terceiro Estado? " de Sieyès (1789); "Reflexões sobre a Revolução Francesa" de 
Burke (1790); "Discursos à Nação Alemã" de Fichte (1807-1808); "O Federalista" (V.); 
"Democracia na América" de Tocqueville (1833-1840); "Manifesto do Partido 
Comunista" de Marx e Engels (1848); "Anti-Maquiavel" de Frederico II da Prússia 
(1739); "Direitos do Homem" de Paine (1791-1792); "Sobre a Liberdade" de Stuart Mill 
(1859); "Deus e o Estado" de Bakunin (1882); "Que é uma constituição? " de Lassalle 
(1862); "Investigação sobre a monarquia" de Maurras (1900-1909); "Reflexões sobre a 
violência" de Sorel (1908); "Estado e Revolução" de Lenine (1917); "Doutrina do 
Fascismo" de Mussolini (1933); "Minha Luta" de Hitler (1925-1927); "Partidos Políticos" 
de Michels (1911). (Paul Janet, Histoire de la science politique, 2 vols. F. Alcan ed. 
Paris, 1913; G. H. Sabine, Historia de la teoría política. Fondo de Cultura Econômica. 
México, 1945; Raymond Gettell, Historia de las ideas políticas, 2 vols. Labor ed. 
Barcelona, s/d.; Jean-Jacques Chevallier, Les grandes oeuvres politiques. A. Colin ed. 
Paris, 1954).

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