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INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA DE REABILITAÇÃO
IBMR
GASTRONOMIA RESENHA CRITICA 
PROJETO EM GASTRONOMIA APLICADA
DAVI DA SILVA VIEIRA
SUSTENTABILIDADE E EQUILIBRIO EM EMPRESAS BRASILEIRAS
RIO DE JANEIRO
2020
	DAVI DA SILVA VIEIRA
SUSTENTABILIDADE E EQUILIBRIO EM EMPRESAS BRASILEIRAS
 Trabalho apresentado no curso tecnólogo do Instituto Brasileiro 
 de Medicina e Reabilitação. Orientador(a): Manuela Alves
RIO DE JANEIRO
2020
1. Introdução
	A vigente pesquisa de cunho socioambiental é de extrema complexidade por se tratar de empresas brasileiras, visando maior proximidade ao modelo empresarial da Fazenda da Toca, vemos que a grande maioria das empresas hodiernas pende para um único extremo quando o assunto é sustentabilidade e não abrange um equilibrio de maneira efetiva que proporciona beneficios notáveis tanto ao meio ambiente quanto aos funcionários. Na tentativa de se equiparar a empresa modelo, decidi optar por uma organização que atua com um tabalho um tanto filantrópico, que tem como principal objetivo incentivar o uso de uma técnica inteligente e inovadora aos seus clientes para que os mesmos pratiquem táticas de subisistência utilizando uma pequena área de seu terreno, na excelência de tal projeto essas famílias conseguem produzir seu próprio alimento de forma integrada pois trata-se de famílias que sobrevivem em regiões de grande escassez e insalubridade, desprovidas de saneamento básico. Urge ressaltar que o projeto observado busca a produção de alimentos no quintal das casas de uma maneira diferenciada e futurística que no início era voltado pra famílias brasileiras mas hoje em dia ja atravessou o continente e atende famílias necessitadas de regiões africanas.
	2. Empresa
	A empresa que realiza o projeto em questão existe desde 1973 e dentre seus objetivos visa ser referência global na oferta e geração de tecnologias, informações e conhecimentos, fazendo contribuição para a sustentabilidade e a inovação da agricultura e da segurança alimentar. Sua missão é tornar viável soluções de inovação, pesquisa e desenvolvimento para a sustentabilidade agrícola, em benefício da sociedade brasileira. Seus valores estão embasados nos princípios que balizam as práticas e comportamentos de seus integrantes, independente do cenário predominante, e que representam as doutrinas essenciais e duradouras, dentre seus diversos princípios, os mais coerente para se destacar no presente trabalho é, sem dúvida a Responsabilidade Socioambiental, pois a Embrapa busca soluções que possam retomar para a sociedade os investimentos feitos de maneira comprometida com o bem estar do meio ambiente; e a Flexibilidade pois a empresa se adequa às mudanças buscando sempre soluções criativas para as necessidades e os desafios da agricultura.
	3. Criação do Projeto
	Assim como diversas criações e descobertas inovadoras, o projeto em pauta fora criado em 2007 em uma tese de doutorado na Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, pelo zootecnista Luiz Carlos Guilherme que é funcionário da Embrapa desde 2008 e hoje atua na área de Pesquisa e Desenvolvimento.
	Luiz Guilherme tem graduação e mestrado em Zootecnia pela Universidade Federal de Lavras, obtendo o êxito na conclusão de seus cursos em 1980 e 1991 respectivamente, em 2005 fez doutorado em Genética e Bioquímica pela Universidade Federal de Uberlândia, onde houve a criação do projeto em sua tese. Luiz também foi professor de genética da Universidade Federal de Uberlândia de 2006 a 2008. Tem experiência na área de Genética, com ênfase ao melhoramento genético de peixes por meio de técnicas de Manipulação Cromossômica e Citogenética. Atua no desenvolvimento de técnicas e equipamentos que permitem a produção urbana de pescado em sistema integrado de aquaponia e na utilização de peixes para controle biológico de larvas de Culex e Aedes junto ao Centro de Controle de Zoonoses de Uberlandia - MG, Parnaíiba -PI e Campo Maior - PI, Atualmente atua como pesquisador da EMBRAPA Meio Norte e participa do programa de incubacao de empresas do CIAEM /Uberlandia - MG com o projeto produção de machos de tilapia yy com tecnicas de manipulação cromossômica.
	3.1 Projeto Sustentável: Sisteminha
	O chamado Sisteminha foi posto em prática em 2011, quatro anos depois de sua criação, sua proposta consiste na integração da criação de peixes, aves hortaliças, frutas e legumes em áreas bem pequenas (de 100m² a 1500m²) e sua missão é diminuir a fome em populações pobres, segundo o zootenista "o sisteminha foi pensado para qualquer cidadão residente na área urbana ou rural que deseja ter sua própria produção de alimentos com diversidade, capaz de suprir as necessidades nutricionais da família com qualidade, baixo nível de qualquer agrotóxico e com o uso de todos os recursos que ele tem no entorno de sua residência. 
	Um dos pilares do projeto foi uma invenção aparentemente simples que consiste em: balde, cano de pvc, mangueira de limpeza de piscina e garrafa pet que juntos formam um biofiltro, uma tecnologia mais complexa e também a espinha dorsal de todo o projeto, este equipamento permite, por exemplo, que num tanque de 10.000 litros d'agua possa ser produzido até 40kg de tilápia a cada 90 dias. A estrutura do tanque pode ter estrutura de madeira ou bambu em forma de círculo ou retângulo, é usado também papelão pra servir de parede e argila pra fazer o acabamento, em alguns casos é revestido com plástico para melhorar a impermeabilização. Quando finalizado funciona da seguinte maneira: a água com resto de ração e fezes concentrada no fundo do tanque passa por um sedimentador que retém o material sólido, antes de voltar para o tanque a água passa pelo ja citado biofiltro que fica boiando na água com placas de isopor para não afundar, no interior desse balde tem centenas de fios de nylon cheios de bactérias que decompõe a amônia (substâncias produzidas pelas feses do peixe, caso não seja eliminada, essa substância mata os peixes). Nesse sistêma as atividades se completam, pois parte da água das tilápias irriga os canteiros e serve como biofertilizante por conter nutrientes importantes como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio, ou seja, praticamente tudo que a hortaliça necessita pra se desenvolver. A plantação é escalonada, o plantio é feito aos poucos, com isso a colheita é gradual com o intuito de não faltar alimentos. O sisteminha também conta com um galinheiro visando a produção de carne e ovos, a matéria orgânica misturada à terra vai pro minhocário tornando-se húmus (adubo natural).
	Todavia, o custo da aplicação desse projeto em residências tem um custo que gira em torno de 5mil a 8mil reais, tal investimento quando não pode ser efetuado pelo produtor é feito por programas públicos para famílias de baixa renda, haja vista que a empresa que deu vida ao projeto trabalha em parceria com prefeituras municipais e o governo do Estado. Técnicos do município ou do governo são capacitados e levam a técnologia ao produtor.
	A única dificuldade observada nesse projeto é conseguir alevinos e ração em preço acessível aos produtores, todavia tal dificuldade vem sendo contornada com a parceria adiquirida com fábricas de ração, essa parceria se consiste num combo criado pelas fábricas de ração que fornece alevinos e ração pra um período de 90 dias por um valor médio de 160 reais.
	Após ser divulgado na internet, o Sisteminha passou a cruzar fronteiras e atuar em diversos estados como Piauí, Maranhão, Ceará, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco. Até o ano passado ja existiam cerca de 4.600 famílias beneficiadas, desde então, a empresa vem recebendo depoimentos positivos de pessoas que acreditaram no projeto e hoje se beneficiam com o mesmo. Há depoimentos de pessoas que expandiramo sistema passando a ganhar uma renda mensal de mais de 4 mil reais. Com a popularidade do projeto, o sisteminha chegou até a África em países como Camarões, Etiópia, Tanzânia, Gana, Ugana, Angola, Senegal e Moçambique.
	Hoje em dia, diversas famílias que tinham posse de terrenos grandes mas sem ocupação produtiva, agora ja pensam em adiquirir mais espaço visando expandir suas plantações devido a aplicação do Sisteminha em suas propriedades. Com a alimentação cotidiana garantida, essas famílias que antes não sabiam o que iriam comer no dia seguinte, ja são vistas como empreendedoras buscando ir além do intuito do projeto que era uma plantação de subsistência e praticando vendas que gera a obtenção de mais lucros.
Bibliografia:
https://www.embrapa.br/missao-visao-e-valores
	https://www.embrapa.br/equipe/-/empregado/333294/luiz-carlos-guilherme
	https://www.youtube.com/watch?v=J5PsoIc_XPc
	http://www.jornaldaparnaiba.com/2014/06/vereador-propoe-sisteminha-embrapa-para.html

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