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Roteiro para análise do CAT

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Roteiro para Análise do CAT:
1) Tema Principal: consiste em identificar a essência do relato, a mensagem fundamental subjacente ao discurso.
1º) Nível Descritivo 
Descrição sucinta e objetiva do relato.
2º) Nível Interpretativo
A mensagem central do nível descritivo é ampliada na forma de uma generalização interpretativa;
“Se...então”
3º) Nível Diagnóstico
Proposição alcançada a partir dos 2 primeiros níveis;
Amplia o conteúdo latente para o nível da dinâmica do indivíduo.
Observação: Observar se o tema é frequente ou não (resposta clichê ou não clichê). Destacar também a presença de distorções aperceptivas e/ou omissões de elementos objetivos do estímulo.
2) Autoimagem: Em cada prancha existe um “herói” elencado pela criança como personagem de identificação na trama desenvolvida. Nesta categoria avalia-se o tipo e qualidade da identificação com o herói. Em casos de identificação realista com características positivas temos uma auto-aprovação harmoniosa. Já a identificação com heróis e personagens com características negativas podem indicar sentimentos de desaprovação.
· Devemos caracterizar o herói quando ao seu sexo, idade aproximada, papel/parentesco/profissão/ocupação e seus traços pessoais mais evidentes na narrativa -> Revelam sua Auto-Imagem.
 Características do Herói: Superioridade (poder, capacidade); Inferioridade; Criminalidade; Solidão; Sentimento de pertinência; Liderança; Inclinação para discussões (grau em que se envolve em conflitos interpessoais), dentre outras possíveis.
3) Relações Objetais: verifica-se mais detalhadamente como o indivíduo percebe e se relaciona com cada um dos outros personagens descritos. Indica a percepção da criança sobre outras pessoas e o tipo de relação que estabelece com elas (pais, irmãos, amigos).
· Tipos de relações: relações de apoio e orientação (afiliação); rivalidade; hostilidade; dependência; privação; opressão; rivalidade, dependência, dentre outras.
4) Concepção do Ambiente: todo o contexto que envolve o herói, incluindo-se as demais personagens. 
· A análise permite compreender como o indivíduo percebe seu ambiente -> relações; possibilidade de apoio; auxílio diante dos conflitos e eventos estressantes.
· O ambiente pode ser descrito como: provedor - fornece afiliação ou ajuda; hostil; ameaçador; indiferente; falta; perda; reparador; etc.
· Pode existir mais de uma caracterização para o ambiente.
5) Necessidades e Conflitos:
a) Necessidades: é identificada através das declarações explicitas do herói ou seus comportamentos na narrativa.
· O que ele quer?”; “O que procura?”; “O que deseja?”
b) Conflitos: referem-se a desejos incompatíveis e concomitantes. Podem estar pressentes em duas dimensões:
· Conflitos entre as necessidades do herói (desejos) e as exigências morais (superego). 
· Conflitos entre suas necessidades (desejos) e a relação com o ambiente.
6) Ansiedades: Refere-se ao que está por trás do conflito, aquilo de que o sujeito realmente se defende, o motivo último da configuração do conflito. “O que incomoda a criança?” “O que ela gostaria de não perceber e não ter consciência?”
· Abandono, perda do objeto de amor, solidão (ansiedade de separação).
· Punição, desaprovação, repressão (ansiedade de castração).
· Depressão, tristeza, desespero.
· Impotência, passividade, submissão.
· Agressividade, conteúdos internos de um modo geral.
· Privação -> ser privado de algo que necessita.
· Males ou danos físicos.
7) Principais Defesas:
Mecanismos de defesa adaptativos:
Formação Reativa -> Determinado conteúdo esperado apresenta-se sob a forma de seu oposto. 
Ex: 1) pranchas que sugerem agressividade apresentam conteúdo de apoio, ajuda. 2) Bondade exagerada.
Anulação -> indivíduo ligas com a ansiedade através de comportamentos que visam compensar simbolicamente ou negar pensamentos, sentimentos ou ações anteriores. 
Ex: Substituição de uma história por outra.
Repressão -> Ausência de qualquer referência ao conteúdo ansiógeno ao longo de todo o protocolo. 
· Ex: 1) Relatos descritivos com ausência de referência à agressividade ou abandono em pranchas que evocam essas temáticas. 2) Conformismo; personagens que aceitam o destino; personagens que controlam-se de forma rígida; “aprendeu a lição”.
Negação -> negação do conteúdo ansiógeno a partir do relato. 
· Ex: 1) Negação a partir do relato: “Ele não está triste, ele só queria brincar”. 2) Rejeição do estímulo. 3) Omissão de figuras ou objetos que causam ansiedade.
Falseamento -> Trata-se da uma distorção da realidade decorrente da dificuldade em aceita-la tal como ela se apresenta. 
· Ex: O personagem infantil é superior ao adulto. 
Isolamento -> Ruptura das conexões associativas de um comportamento ou pensamento a outros pensamentos ou atos, excluindo-os da consciência. 
· Ex: Atitude desapegada (“não pode acontecer, é só uma história”); Risadas e exclamações; Temas e personagens de contos de fadas, quadrinhos, filmes.
Projeção -> Impulso inaceitável é atribuído a outra pessoa, objeto ou evento externo.
· Ex: Os aspectos agressivos são delegados a personagens secundários.
Mecanismos fóbicos, imaturos ou desorganizados:
Medo e ansiedade -> conteúdos ansiogenicos se apresentam de forma explicita. O discurso permanece relativamente organizado, mas não há possibilidade de enfrentamento ou solução do conflito subjacente.
Ex: personagem se esconde do perigo; foge porque tem medo; situações de abandono sem superação ao final da história.
Regressão -> Retorno a formas de gratificação de fases anteriores diante dos conflitos que surgem em estágios posteriores do desenvolvimento. Adoção de modos de expressão e de comportamento de nível inferior em termos de complexidade, estruturação e diferenciação. 
Ex: infantilização excessiva ao contar a história.
Controles Frágeis ou ausentes -> Desorganização excessiva diante do estímulo e da ansiedade despertada. Revela uma carência de recursos defensivos mais sofisticados e comprometimento do processo secundário, dando origem à expressão de conteúdos primitivos e intensos, com perda da qualidade do discurso.
Ex: Uso de palavras sem sentido; conteúdo bizarro na história; relato confuso e fragmentado.
Observar outros mecanismos no resumo de Perry, J.C.
8) Superego: Castigo “é proporcional ao “crime”? 
· Superego rígido: punição drástica pelo menor deslize
· Superego atuante: punição compatível com ofensa
· Superego frágil: não apresenta punição a atos anti-sociais do herói
9) Integração do Ego: Indica o nível geral do funcionamento do indivíduo e estruturação das funções Egóicas.
· Boa Integração: Bom nível de vocabulário e riqueza do conteúdo das histórias. Uso adequado das defesas, que não impedem emergência de aspectos mais pessoais. Desenlaces realistas, apresentando soluções adequadas. 
· Fraca: Emergência do conflito é impedida através do uso intenso de mecanismos de defesa resultando em relato pobre e descritivo, ou hesitante e contraditório. Desfechos negativos e insatisfatórios que revelam dificuldade em solucionar problemas.

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