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PÓS GRADUAÇÃO EM UTI PARA ENFERMAGEM PARTE 3- 2019 Fisioterapeuta Especialista Mestre Marcela Arnoni Mendes Coordenadora: Enf. Mestranda Mariza de Souza VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA ATUALMENTE VENTILAÇÃO MECÂNICA Na VNI o suporte ventilatório é ofertado ao paciente por meio de uma máscara(intreface), dispensando a necessidade de uma via aérea artificial(tubo traqueal ou cânula de traqueostomia). Dessa forma tendo benefício a VNI na redução do trabalho ventilatório e troca gasosa, sem as complicações inerentes à presença de tubo endotraqueal, como estenose de traquéia e Pneumonia associada a VMI. . VNI INTRODUÇÃO VNI INTRODUÇÃO HISTÓRICO NOS PRIMÓRDIOS Seleção dos pacientes Um método de suporte para o tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda ou crônica agudizada; Critérios clínicos para inicio da VNI: Taquipnéia Dispnéia Ativação paradoxal do abdome Ativação da musculatura respiratória acessória Presença de acidose respiratória PaCO2 > 55 mmHg e Ph < 7,35; OBJETIVOS Manutenção das trocas gasosas, ou seja, correção da hipoxemia e da acidose respiratória associada à hipercapnia; Aliviar o trabalho da musculatura respiratória que, em situações agudas de alta demanda metabólica, está elevado; Reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória; diminuir o consumo de oxigênio, dessa forma reduzindo o desconforto respiratório; Permitir a aplicação de terapêuticas específicas No início a assistência a pacientes em VM era realizada por médicos, e a equipe de enfermagem (enfermeiros, técnicos e auxiliares), não havia outros profissionais atuando neste contexto. No entanto, atualmente esse cuidado vem se caracterizando como um cuidado multidisciplinar aos pacientes em VM de uma forma ampla. Foram assumidas práticas assistenciais até então específicas da enfermagem como: montagem do ventilador, check-list do aparelho, definição de parâmetros iniciais, aspiração de vias aéreas, mudança de decúbito, acompanhamento gasométrico, auxiliar no desmame ventilatório, entre outros. Das Responsabilidades O enfermeiro que continua a ser responsável pelo bem estar do paciente de cuja assistência é incumbida. Outro ponto a ser discutido, refere-se ao fato de que os profissionais que estão presentes nas unidades de terapia intensiva durante as 24 h, com uma visão de cuidado holístico, são os enfermeiros, que compõem a equipe de enfermagem. VENTILADORES MECÂNICOS Tendo em vista a extensão das responsabilidades atribuídas aos fisioterapeutas, o Acórdão nº 473 traz esclarecimentos sobre a montagem e/ou troca dos circuitos dos ventiladores mecânicos, alertando que esta função não é de competência do fisioterapeuta. Informam, ainda, os consulentes que, na atuação em equipe multidisciplinar, muitas vezes ocorre conflito entre profissionais de Enfermagem e de Fisioterapia sobre a atribuição da realização do procedimento de montagem e/ou troca dos circuitos dos ventiladores mecânicos. Resolução-COFFITO nº 402, que regula a especialidade profissional VENTILADORES MECÂNICOS FISIOTERAPEUTA Avaliar e monitorar os parâmetros cardiorrespiratórios ;XV – Avaliar a instituição do suporte de ventilação não invasiva; XVI – Gerenciar a ventilação espontânea, invasiva e não invasiva; XVII – Avaliar a condição de saúde do paciente crítico ou potencialmente crítico para a retirada do suporte ventilatório invasivo e não invasivo; XVIII – Realizar o desmame e extubação do paciente em ventilação mecânica;. Resolução-COFFITO nº 402, que regula a especialidade profissional CONCLUSÃO Em face do exposto, a Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva – ASSOBRAFIR opina que a montagem e/ou troca dos circuitos dos ventiladores mecânicos não é função do fisioterapeuta.” No que se refere às atribuições do enfermeiro quanto à montagem dos aparelhos de ventilação mecânica, podem ser desenvolvidos, de acordo com a lei do exercício profissional, desde que possua conhecimento adequado e esteja devidamente capacitado para a realização de tal atividade. Como corrigir os distúrbios gasométricos com os parâmetros ventilatórios???? Acidose respiratória: Ocorre do Ph pelo da PaCo2 Podem ser controlados por meio do Volume minuto(VM): - Aumentar FR; - Diminuir Tinsp; - Aumentar VC(assisto/controlada – volume), não ultrapassar 6 ml/Kg de peso predito do paciente, a depender da patologia de base; - Aumentar a PC, variação da pressão responsável pelo VC; - Não é necessário alterar todos parâmetros, sendo mais dificil saber qual foi responsável pela melhora; - Respeitar parâmetros de segurança: Pressão pico< 35 cmH2O e pressão platô< 30 cmH2O; - Avaliar sempre presença auto-peep; Alcalose respiratória Aumento Ph, em decorrência da diminuição da PaCO2, e na VM pode ser controlada nos ajustes: Diminuir FR; Aumentar Tinsp, desde que não seja maior que o expiratório, relação I:E deve ser mantida maior que 1:1, ou seja, 1:2, 1:3, 1:4 Diminuir Volume controlado, se modalidade A/C a volume, não utilizar volumes menores que 6, exceto com SARA, onde é permitido o mínimo de 4 ml/Kg de peso predito; Diminuir PC(se A/C à pressão). Variação de pressão irá gerar volume, não deve ser menopr que 6; Observar a causa da hiperventilação: febre, ansiedade, dor e a retirada da sedação, são grandes causas comunbs do auimento do VM. Parâmetros a ajustar para regular PaO2??? Hiperóxia: Hiperóxia é prejudicial. Níveis PaO2 > 100 mmHg devem ser evitados; Na VM pode ser controlada por ajustes: Diminuir a FiO2, geralmente; Diminuir a PEEP, sendo essa o último parâmetros a ser diminuido; Hipóxia: Definida pela redução da pressão arterial parcial de oxigênio, ou seja, PaO2 < 80 mmHg em ar ambiente(FiO2= 21%) No paciente em VMI, a hipóxia pode ser revertida por meio dos seguintes ajustes: Aumentar a PEEP, respeitando a patologia de base e os parâmetros de segurança da VM; Aumentar a FiO2 geralmente( sempre que possível, devemos utilizar FiO2 < 60%) Na IR Hipercápnica Recomenda-se intubação, caso não ocorra uma melhora da taquipnéia e do Ph, após 2 horas de uso. Na IRHipoxêmica Recomenda-se intubação (suporte invasivo), quando a relação PaO2/FiO2< 175 mm/Hg e se ela se manter após a primeira hora de uso; FATORES DE RISCO PARA FALÊNCIA DA VNI NA IRA Hipercápnica - Escala de Glasgow< 11 - FR >35 rpm - Assincronia - Vazamentos excessivos - Intolerância Hipoxêmica Diagnóstico de SDRA ou Pneumonia - Hipotensão - Acidose metabólica(Ph < 7,25) - Baixa relação PaO2/FiO2 - Idade > 40 anos CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO Pacientes graves com risco de PCR Necessidade de via aérea artificial para proteção pulmonar Intolerância Vômito SDRA grave Trauma de face agudo Pós operatório imediato de cirurgia de esôfago Sangramento digestivo alto Ventilação Mecânica Não Invasiva VMNI Definição A Ventilação Não Invasiva consiste em um método de assistência ventilatória aplicada à via aérea do paciente através de máscaras (faciais/ nasais) ou bocais, que funcionam como interface paciente/ ventilador, em substituição às próteses endotraqueais. * Ventilação Mecânica Não Invasiva VMNI Os benefícios são semelhantes aos encontrados na VM convencional, porém, sem as complicações relacionadas às próteses traqueais, sendo de fácil aplicação e baixo custo; Pode promover uma maior ventilação em bases pulmonares, corrigindo valores de hipoxemia, diminuindo a hipercapnia e, por consequência, o trabalho respiratório, promovendo uma maior expansão pulmonar e uma desobstrução brônquica. II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Pneumol. 2000 III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol. 2007 Ventiladores e modos ventilatórios Teoricamente, qualquer ventilador mecânico e modo ventilatório podem ser utilizados para a ventilação não invasiva, desde que o seu funcionamento não seja prejudicado pela presença de vazamento. III ConsensoBrasileiro de Ventilação Mecânica J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 92-S 105 MODOS VENTILATÓRIOS São utilizados dois modos ventilatórios básicos durante a VNI: Suporte ventilatório com dois níveis pressóricos (BIPAP) e a pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP). - Ventiladores especificos para VNI: CPAP e BIPAP - Ventiladores acoplados à máscara, recomendado usar PEEP + PS e ou BIPAP (pressão inspiratória positiva – IPAP e pressão expiratória positiva – EPAP). 1- CPAP(Pressão positiva contínua nas vias aéreas) O paciente respira espontaneamente através do circuíto pressurizado do aparelho, de tal forma que uma pressão positiva, definida pelo ajuste do respirador, é mantida praticamente constante durante as fases inspiratória e expiratória, com a manutenção da abertura dos alvéolos em todo o ciclo respiratório. Pode ser usada de forma invasiva(pctes intubados) e não invasiva(pctes em respiração espontânea, com aplicação de máscara) O CPAP proporciona: Um fluxo de gás adequado à demanda inspiratória do paciente; O fluxo de gás pode ser ofertado ao paciente através de um Fluxo contínuo – Não exige esforço por parte do paciente, o fluxo é contínuo 2- Pressão de Suporte (PSV) Consiste no fornecimento de níveis pré-determinados de pressão positiva apenas na fase inspiratória, de forma constante, na via aérea do paciente; Objetivo: Aliviar uma inspiração muito trabalhosa, poupando a musculatura respiratória, porém ficando sob responsabilidade do paciente o TI e a FR; 3- Pressão Positiva Bifásica nas Vias Aéreas (BIPAP- BI-level Positive Airway Pressure) Permite definir uma atuação durante as fases inspiratória e expiratória, através de dois níveis de pressóricos( IPAP e EPAP) Pressão mais alta – IPAP Pressão mais baixa – EPAP APLICAÇÃO DA VNI Escolha do ventilador mais adequado para atender as necessidades do paciente e a interface mais apropriada; Explique a terapia ao paciente, dando-lhe mais segurança; Regule os parâmetros: Selecione parâmetros baixos, por ex: IPAP de 10 cm H2O e EPAP DE 5 cmH2O; Introduza a máscara, evitando vazamentos excessivos; Assegure ventilação adequada, para SpO2 > 90%; Duas formas de aplicação: Sistema específico para BIPAP ou CPAP ; Através do ventilador mecânico; CPAP VENTILADOR MECÂNICO Bi-level ATENÇÃO!! VNI CPAP Insuficiência respiratória hipoxêmica BIPAP Insuficiência respiratória hipercápnica Ventilação mecânica prolongada Alteração de trofismo muscular CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Orientar o paciente quanto ao procedimento que pode ser incômodo. • Atentar para as lesões de pele devido à fixação da máscara facial. • Observar o escape durante a aplicação do método. • Acompanhar padrão respiratório e oximetria de pulso. • Verificar o procedimento de desinfecção e esterilização do equipamento utilizado. Conselhos Práticos Deixar material de intubação disponível Cuidado com tempo prolongado. Intercalar com repousos; Assegurar-se de que o paciente encontra-se consciente e colaborativo; Explicar o procedimento aos familiares; Avaliar expressão de dor. MONITORIZAÇÃO DA VNI Avaliação clínica (vigilância especial na 1ª hora) Conforto Nível de consciência Movimentação da parede torácica Utilização de musculatura acessória da respiração Sincronia com o respirador Freqüência respiratória e cardíaca Avaliação de gases sanguíneos Habitualmente entre 1-2 horas e após 4-6 horas, se houve pequena melhora inicial. Se pH e PaCO2 não melhorarem após este período, com ajuste otimizado da VNI, esta deve ser descontinuada. BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute respiratory failure. Thorax 2012 AJUSTANDO OS PARÂMETROS Posicione a cabeceira do paciente a 45º Explique ao paciente a técnica e suas vantagens, obtendo a sua confiança e colaboração Conecte a máscara ao respirador Ligue o respirador e ajuste os parâmetros iniciais Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, J. de Pneumologia 2000 Abou-Shala N,Meduri GH. Critical Care Medicine, 1998 Silencie os alarmes Inicie com um modo assistido Prefira os modos limitados a pressão (PSV, BIPAP, PCV). Modo limitado a volume (VCV) também pode ser usado, mas o conforto é menor Modos com ciclagem a tempo (PCV, BiPAP) podem melhorar a sincronia na presença de vazamentos Ajustes iniciais: PEEP = 05 cm H2O PSV / IPAP = 10 cm H2O, Sensibilidade = (-1 a -2) cm H2O ou 1-5 L/min, FiO2 para SaO2 > 90 mmHg Se modo VCV (A/C) limite a pressão a 40 cm H2O Ajuste a máscara gentilmente e a fixe manualmente quando iniciar o método: Observe a sincronia entre o respirador e o paciente Atente para pontos de vazamento e maior atrito Se necessário proteja-os com adesivos Após a sincronia ser obtida , fixe a máscara com tiras elásticas Evite apertar demais (o ideal é que dois dedos possam passar sob a tira) Pequenos vazamentos podem ser permitidos se não comprometerem a eficácia da ventilação Distribua igualmente a pressão sobre a máscara Proteja do atrito as áreas de contato com as tiras IPAP fornece um volume corrente satisfatório durante a inspiração EPAP permite que as vias aéreas sejam pressurizadas durante a fase expiratória, propiciando um aumento da CRF e prevenindo a ocorrência de colapso alveolar PEEP FISIOLÓGICA “Durante a expiração a glote reduz sua abertura criando, uma resistência a saída de ar dos pulmões, ou seja, retardando o fluxo expiratório”. (Presto) - O volume contido nos pulmões, corresponde CRF, equivale a uma pressão chamada de Peep fisiológica; - Peep fisiológica = 3-5 cmH2O Efeitos fisiológicos da aplicação de CPAP Aumento dos valores da PaO2 e manutenção de seu nível ótimo; Melhora da relação V/Q; Diminuição da FR e a PA; Diminuição do trabalho muscular respiratório. Efeitos da aplicação da PEEP: Aumento da pressão alveolar e reabertura de unidades alveolares colapsadas; Aumento da CRF; Redistribuição da água intravascular. Efeitos Pulmonares e Hemodinâmicos da VMNI Efeitos Pulmonares: Recrutamento; Aumento das trocas gasosas e da complascência pulmonar Diminuição do Wob respiratório Efeitos Hemodinâmicos: Redução da pressão transmural do VE, com diminuição do RV, redução da Pré-carga e da Pós-carga, melhorando o desempenho cardíaco, diminuindo a carga imposta à musculatura respiratória; Montagem da VNI Independente do método de VNI escolhido, devemos usar uma interface de acordo com o paciente. ESCOLHA DA INTERFACE A máscara deve ser: Macia (silicone) - Conforto e prevenção de lesões Facilmente ajustável - Minimizar vazamentos Transparente - Visualização de secreções Considerar : Dispositivos anti-asfixia Risco de re-inalação (circuitos únicos, maior espaço morto) Necessidade de umidificação Interferência de vazamentos na ciclagem do modo ventilatório MÁSCARAS As máscaras nasais e oronasais são as interfaces entre paciente e ventilador mais utilizadas para a aplicação da VNI no ambiente hospitalar.(MEHTA, 2001). Em pacientes com IRCrônica, a máscara oronasal diminuiu o CO2 mais efetivamente do que a máscara nasal, porém a máscara nasal foi tida como mais confortável (NAVALESI, 2000). A máscara oronasal,também conhecida como facial, é a interface mais utilizada para pacientes com IRA, permitindo maior VC quando comparada com a máscara nasal e, conseqüentemente, correção mais rápida das trocas gasosas (Navalesi et al., 2000). Reduzem o risco de broncoaspiração, menos claustrofobia e aerofagia, e possibilitam a falar, tossir e expectorar; Entretanto, dependem mais da colaboração do paciente e possuem menor adaptação a pacientes sem próteses dentárias (Schettino et al., 2003). Mais recentemente, tem-se difundido o uso da máscara facial total e de novas interfaces como o “Hemet”, ou capacete. É necessária a utilização de uma válvula exalatória, caso não esteja presente no circuíto, deve se acoplar ao tubo T MÁSCARA FACIAL MONITORIZAÇÃO VNI O tratamento clínico/fisioterápicoestá otimizado? Existem complicações? Pneumotórax? Pneumonia?Aspiração? PaCO2 está elevado? Oferta excessiva de O2 - Ajuste FiO2 Escape aéreo - Ver máscara, considere mentoneira Problemas no circuito - Ver conexões e escapes Problemas com reinalação - Ver válvula expiratória, aumente EPAP Assincronia - Ajuste FR e/ou I/E, sensibilidade inspiratória e expiratória, considere EPAP em DPOC A ventilação está inadequada - Veja expansão, aumente a pressão (IPAP), volume, tempo ins. ou FR, considere outro modo ventilatório PaCO2 está melhor, porém PaO2 permanece baixo: Aumente FiO2 ou EPAP UMIDIFICAÇÃO A umidificação ainda é controversa, entretanto o ressecamento da via aérea superior pode ocasionar um desconforto e diminuir a tolerância ao seu uso. O umidificador ativo ou filtro pode sim repercutir na mecânica respiratória; O uso do filtro além de ser menos eficaz na presença de vazamento está associado ao aumento do espaço morto, aumento da resistência e pode causar retenção de CO2 Por outro lado a umidificação ativa deve ser aquecida, perdendo eficácia aos picos de fluxos elevados, além de poder levar a condensação de água no sistema; TROCADORES DE CALOR??? Nariz artificial: Higroscópico, espuma ou papel baixa condutividade quando exala, retém calor – bactericida Hidrofóbico,repelente a água Contra- indicações: Pacientes com secreções espessas ou sanguinolentas Pacientes com volume corrente esperado inferior a 70% do volume corrente liberado Pacientes com T inferior a 32º C Principais Indicações da VMNI, segundo Guia de VM para Fisioterapeutas Hcor(Tallo F.S et al, 2012 Indicação Exarcebação da DPOC Recomendação: Tratamento de primeira escolha. Uso diminui necessidade de intubação e reduz mortalidade hospitalar; Indicação Exarcebação da Asma Em conjunto com tratamento medicamentoso convencional; Indicação Edema Agudo de Pulmão Recomendação:CPAP em conjunto com a terapia medicamentosa convencional, aplicação precoce. Seu uso é seguro e diminui a necessidade de intubação; Binível, pacientes com hipercapnia associada a hipoxemia parecem ser os que mais se beneficiam do uso da VNI com PEEP acrescida da PS(PEEP+OS) com uso de pressão expiratória de 10 cmH2O ; Indicação Insuficiência respiratória hipoxêmica Recomendação: Pode ser benéfica porém seu uso deve ser cauteloso; Indicação Insuficiência respiratória hipoxêmica em condições específicas como: imunossupressão, pneumonia, pós- ressecção pulmonar, lesão pulmonar aguda ou síndrome do desconforto respiratório agudo; Parece ser útil para diminuir a mortalidade em subgrupos específicos de pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica. Cuidados especiais: pelo alto risco de falência na VMNI e pela consequente necessidade de intubação, pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica devem receber VMNI onde existam facilidades para vigilância, monitoração, intubação traqueal e VMI. Indicação Pacientes terminais: Recomendação: Pode ser usada quando a causa da insuficiência respiratória for potencialmente reversível, particularmente naqueles pacientes DPOC agudizada ou com edema pulmonar de origem cardíaca; Indicação Insuficiência respiratória pós- extubação: Recomendação: A VMNI não deve ser utilizada como método de tratamento na insuficiência respiratória pós-extubação, pois ela pode retardar a reintubação; Agudização da DPOC Asma Doenças neuromusculares Alterações da caixa torácica (cifoescoliose) Pós-extubação IRA SDRA Dificuldade ou dispnéia respiratória Atelectasias Politraumatismos torácicos Lesão pulmonar aguda Desmame * Distúrbios do sono, pctes para transplante pulmonar. Estratégia Inicial Escolha do ventilador; Escolha da interface; Ajuste da pressão (<25 cmH2O de Ppico); PEEP que possibilite SaO2 > 92% (no mínimo 5 cmH2O); FiO2 <60%. Fixar a máscara confortavelmente; Evitar vazamentos; Ajustar alarmes (pressão, PEEP, apnéia); Reavaliação constante na 1ª hora; Utilizar o maior tempo possível nas 1as 24 horas. BTS guideline. Non-invasive ventilation in acute respiratory failure. Thorax 2002 Monitorização SaO2 deve ser monitorizada continuamente por ao menos 24 h. Suplementação de O2 deve ser administrada para SaO2 entre 90 – 95% ; Pacientes que demonstram benefício com a VNI devem ser ventilados pelo maior tempo possível durante as primeiras 24 h ou até melhorarem ; Todos os pacientes submetidos a VNI por IResp Hipercápnica devem realizar gasometria arterial em ar ambiente e espirometria antes da alta ; Estratégia de Retirada Deve ser considerada quando o paciente está em uso intermitente da VNI; Reavaliar o tempo livre, sem VNI. Considerar a necessidade de intubação nas seguintes situações: Diminuição progressiva do nível de consciência, com perda dos reflexos protetores das vias aéreas, como tossir e expectorar; Incapacidade de colaborar com tratamento clássico; Sinais objetivos de fadiga e exaustão muscular que podem evoluir para PCR; Acidose respiratória grave, com pH< 7,25 e PaCo2 muito elevada, causando arritmias cardíacas, instabilidade hemodinâmica e edema cerebral; Protocolo de Utilização da Ventilação Não-Invasiva. Fonte: Modificado de Mehta S, Hill N. Noninvasive ventilation. Am J Respir Crit Care Méd 2001; 163: 540-577. 1. Monitorar apropriadamente: oximetria, função respiratória, sinais vitais; 2. Sentar o paciente com angulação maior que 30º em relação ao plano horizontal; 3. Selecionar a interface e a fixação; 4. Selecionar o ventilador; 5. Colocar a fixação e a interface; evitar tensão excessiva da fixação; encorajar o paciente a tolerar a máscara; 6. Conectar a interface no circuito do ventilador; 7. Começar com baixas pressões ou volumes em modo espontâneo com FR satisfatória; 8. Aumentar gradualmente a pressão inspiratória ou volume conforme a tolerância do paciente para obter alívio da dispnéia; 9. Instituir oxigênio suplementar, se necessário, para obter saturação periférica de oxigênio maior que 90%; 10. Conferir se não há vazamentos; reajustar a fixação, se necessário 11. Adicionar umidificação; 12. Encorajar o paciente e freqüentemente checar e fazer os ajustes necessários; 13. Monitorar os gases sanguíneos (com a 2 horas e se necessário). Absolutas (sempre evitar) - Necessidade de intubação de emergência - Parada cardíaca ou respiratória DIRETRIZES BRASILEIRAS DE Ventilação Mecânica – 2013 Relativas (analisar caso a caso risco x benefício) - Incapacidade de cooperar, proteger as vias aéreas, ou secreções abundantes - Rebaixamento de nível de consciência (exceto acidose hipercápnica em DPOC) - Falências orgânicas não respiratórias (encefalopatia, arritmias malignas ou hemorragia digestivas graves com instabilidade hemodinâmica) - Cirurgia facial ou neurológica - Trauma ou deformidade facial - Alto risco de aspiração - Obstrução de vias aéreas superiores Anastomose de esôfago recente (evitar pressurização acima de 20 cmH2O) Sugestão uso vni em rebaixamento do nível de cosnciência quando for hipercapnia por DPOC DIRETRIZES BRASILEIRAS DE Ventilação Mecânica – 2013 Contra –indicações de forma geral: Necessidade de FiO2 alta - hipoxemia refratária: de 60% ou acima Rebaixamento do nível de consciência;sonolência e recusa do paciente Instabilidade hemodinâmica com necessidade de medicamento vasopressor, choque (pressão arterial sistólica < 90 mmHg), arritmias complexas Angina Instável/IAM Paciente não cooperativo, tosse ineficaz ou incapacidade de deglutição Distensão abdominal, náuseas ou vômitos PO do trato digestivo alto Obesidade Mórbida II Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica III J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 92-S 105 Enfisema pulmonar?? Hipertensão arterial Cardiopatias graves Derrame pleural não drenado Hemorragia pulmonar Fraturas faciais e/ou trauma de laringe Trauma de face Pneumotórax não tratado Ansiedade Má adaptação da máscara Necessidade desedação Pacientes considerados em risco de falha de extubação que poderão se beneficiar do uso de VNI imediato após extubação (uso profilático) • Hipercapnia • Insuficiência cardíaca congestiva • Tosse ineficaz ou secreção retida em vias aéreas • Mais do que um fracasso no teste de respiração espontânea • Mais do que uma comorbidade • Obstrução das vias aéreas superiores • Idade > 65 anos • Tempo de ventilação mecânica > 72 horas • Paciente portador de doenças neuromusculares • Pacientes obesos DIRETRIZES BRASILEIRAS DE Ventilação Mecânica – 2013 Repercussão sobre o débito cardíaco (DC); Barotrauma (pneumomediastino, pneumotórax e pneumoperitônio); Diminuição do retorno venoso (aplicações a longo prazo); Distensão abdominal; Aumento da dispnéia; Náusea e vômito. Manter a cabeceira elevada (30 a 50º); Administrar PEEP gradativamente; Adaptar bem a máscara para não haver escape aéreo; Cuidado com aplicação pós alimentação. Complicações da VNI Necrose facial; Distensão abdominal (aerofagia); Aspiração de conteúdo gástrico; Ressecamento nasal, oral e de conjuntivas; Barotrauma (menos comum). Falência da VNI Necessidade de FIO2 maior 60%; Queda pH e/ou aumento PaCO2; Aumento da frequência respiratória ou persistência acima de 35; Diminuição do nível de consciência ou agitação; Instabilidade hemodinâmica; Arritmias graves; Isquemia miocárdica; Distensão abdominal severa; Intolerância à máscara. AJUSTES Incremente lentamente os parâmetros para o ajuste definitivo PEEP PEEP mínimo de 5 cm H2O Incrementos de 2 a 3 cm H2O, até SaO2 >90%, com FiO2 menor ou igual a 60% (até 10 -15 cm H2O) Em DPOC: buscar 85% do auto-PEEP (ou empiricamente 5-8 cm H2O) VNI na exacerbação da Asma • Sugestão: A VNI pode ser utilizada em conjunto com terapia medicamentosa para melhorar à obstrução ao fluxo aéreo e diminuir esforço respiratório em pacientes em crise asmática moderada e acentuada. VNI na exacerbação aguda do DPOC • Recomendação: Deve-se usar VNI no tratamento da DPOC agudizada para diminuir a necessidade de intubação , diminuição do tempo de internação no hospital e diminuição da mortalidade . VNI Edema AGUDO DE PULMÃO cardiogênico • Recomendação: Deve-se usar VNI BIPAP com EPAP 5-10 e IPAP até 15 cm H2O) e ou CPAP de 5 a 10 cmH20, visando diminuir a necessidade de intubação endotraqueal e redução da mortalidade hospitalar. VNI Na SARA • Sugestão: Pode-se utilizar a VNI na SARA, especialmente nos casos de SARA Leve, com os cuidados de se observar as metas de sucesso de 0,5 a 2 horas. No caso de não sucesso evitar retardar a intubação. • Recomendação: Na SARA Grave evitar utilizar VNI, devido à alta taxa de falência respiratória e necessidade de IOT, especialmente em pacientes com PaO2/FIO2 < 140 Pós-extubação • Recomendação: A VNI deve ser utilizada visando encurtar a duração da ventilação invasiva • Recomendação: Usar VNI imediatamente após a extubação nos pacientes de risco para evitar Insuficiência Respiratória Aguda (IRpA) e reintubação (ação profilática). VNI em Pós-Operatório Recomendação: IRA pós operatórios imediatos de cirurgia abdominal e torácica eletivos. VNI E BRONCOSCOPIA: Durante e após, visando diminuir o risco de complicações associadas ao procedimento, associadas aos paciente com hipoxemia grave refratária, IR pós operatória ou DPOC grave. Desmame da VMNI: Deve ser realizado de maneira cautelosa. Iniciar pela redução de PSV e após intercalando períodos curtos de VNI e oxigenoterapia. Caso insucesso, deixar em repouso por 24 horas. Os pacientes requerem um tempo com a VMNI desconectada; Se o tempo for bem tolerado: a VMNI não será restaurada; Se o tempo não for bem tolerado, ou seja, o paciente apresenta sinais de desconforto: retorne a VMNI; Interrupções na VMNI podem acarretar descompensação e necessidade de intubação de emergência. REANIMADOR DE MULLER RPPI(CARACTERÍSTICA PNEUMÁTICA) VÁLVULA REGULADORA (MANÔMETRO DE PRESSÃO) DISPOSITIVO MANUAL MICRONEBULIZADOR E INJETOR Pressão positiva intermitente - PPI Caracteriza-se por ciclos ou períodos de aplicação de ventilação com intervalos de tempo variados. Auxilia na redução do trabalho respiratório, na reexpansão pulmonar e na prevenção do acúmulo de secreção, porém apresenta-se de forma limitada para o suporte ventilatório Pressão positiva intermitente - PPI Existem 3 formas de aplicar pressão positiva intermitente: Padrões com ambú e a utilização do Reanimador de Muller(RM) ou Bird Mark 7 Através do botão válvula, acionado pelo fisioterapeuta, o fluxo de oxigênio proveniente da rede abastece simultaneamente o micronebulizador e o injetor e é enviada para o paciente(Muller, 2006, p.51) O O2 é injetado na fase inspiratória com um fluxo laminar, produzindo aumentos da pressão intratorácica, que se mantém elevado por alguns segundos, adequando a relação V/Q.(pressão máxima de 30 cm H2O Utilização: máscara facial;; TOT; cânulas de traqueostomia, promovendo reexpansão pulmonar VANTAGENS Pequena repercussão hemodinâmica; Evita atrofia e incoordenação respiratória; Não existe possibilidade de barotraumas; Melhora significativa dos volumes e capacidades; Melhora eficiência da tosse; ATENÇÃO!! ** Pacientes que não apresentam melhora na PRIMEIRA HORA de uso RARAMENTE vão beneficiar-se da VNI RECURSOS PARA A REMOÇÃO DE SECREÇÃO BRÔNQUICA E PARA A REABERTURA DE ESTRUTURAS COLAPSADAS E MANUTENÇÃO DO RECRUTAMENTO DURANTE A VENTILAÇÃO MECÂNICA. FISIOTERAPIA EM UTI – Trabalho Multidisciplinar “O tempo médio de permanência de um paciente em UTIs, diminuiu um dia nos últimos quatro anos. O doente passou a ficar 6,1 dias internado contra 7,1 dias...” Forte evidencia que: Fisioterapia é tratamento de primeira escolha para atelectasia aguda. Posição Prona melhora oxigenação na IRA e SARA. Decúbito Lateral, pulmão afetado na posição não-dependente melhora a oxigenação em pacientes com doença pulmonar unilateral. Sedação antes da Fisioterapia reduz os efeitos hemodinâmicos e resposta metabólica. Recursos para a remoção de secreção brônquica Assistência Respiratória Principios Gerais 1- Assegurar as vias aéreas desobstruídas 2- Eliminar as secreções brônquicas 3- Oxigenar o paciente 4- Ventilar adequadamente os pulmões 5- Fisioterapia respiratória MEDIDAS GERAIS 1- Umidificação 2- Correção dos desequilíbrios ácido-base 3- Prevenção de atelectasia 4- Prevenção de infecções respiratórias FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA Estímulo da tosse Percussão direta e indireta Vibração torácica Mudança de decúbito Drenagem postural Aspiração Pressão expiratória Outros... Recursos para a remoção de secreção brônquica Procedimentos de fisioterapia utilizados durante a ventilação mecânica: Aspiração Retirada passiva das secreções, com técnica asséptica, por um cateter conectado a um sistema de vácuo, introduzido na via aérea artificial. Percussão e vibração Procedimento manual aplicado sobre o tórax, que busca transmitir uma onda de energia através da parede torácica e favorecer o deslocamento de secreções. Vibrocompressão Técnica de facilitação da respiração, na qual um rápido alongamento do tórax ao final da expiração, após vibração ou tremor, pode facilitar uma contração mais forte dos músculos intercostais e o relaxamento de seus antagonistas. Tosse Inspiração profunda com fechamento da glote e da contração dos músculos da pararede torácica e abdominal, aumentando a pressão subglótica. Abertura abrupta da glote provoca fluxos expiratórios altos, cuja velocidade pode exceder 120m/s, levando a expelir as secreções. Tipos de tosse: voluntária – Huffing, fragmentada expiração Manobra de expiração forçada - em tosse ineficaz. Consiste em uma expiração forçada com a glote aberta, pedindo que o paciente diga a palavra huff, tentando alongar o H, isso pode estimular a tosse espontânea. Tosse assistida: Pressão manual Reflexa: tic traqueal ou induzida pelo ambú oupelo cuff, indizida pelo digital no esterno, instilação traqueal... Drenagem postural Posicionamento do corpo do paciente, de modo que o segmento pulmonar a ser drenado seja favorecido pela ação da gravidade. Compressão do tórax Compressão vigorosa do tórax, no início da expiração espontânea ou da fase expiratória da ventilação mecânica, a fim de obter um aumento do fluxo expiratório. Posicionamento Corporal Adequação da posição do corpo no leito como um tratamento específico, com o objetivo de otimizar a relação ventilação/perfusão, aumentar o volume pulmonar, reduzir o trabalho ventilatório e cardíaco e de aumentar o clearance mucociliar. Alguns dos Padrões ventilatórios pós VNI: Inspiração em tempos – Consiste em inspiração nasal suave e curta, interrompida por curtos períodos de apnéia pós-inspiratória, programada para 2, 3,4 até 6 tempos repetitivos, e em seguida, expirar suavemente por via oral. Soluços inspiratórios- subdividir a inspiração nasal de forma curta e sucessiva até completar a máxima capacidade inspiratória, sendo a última inspiração efetuada por via oral. Inspiração sustentada- inspiração nasal suave e uniforme até atingir a capacidade inspiratória máxima, seguindo-se por um período de apnéia, variando entre 3 a 10 segundos. A expiração oral é lenta, continua e sem esforço. Expansão/reexpansão pulmonar Uso de procedimentos que aumentem a pressão e/ou volume alveolar, promovendo expansão de unidades alveolares colabadas Hiperinsuflação manual Desconexão do paciente do ventilador, seguida de insuflação pulmonar com um ressuscitador manual, aplicando-se volume de ar maior do que o volume corrente utilizado. Freqüentemente, realiza-se inspiração lenta e profunda, seguida de pausa inspiratória e uma rápida liberação, a fim de obter um aumento do fluxo expiratório. Terapia com PEEP Uso da técnica de pressão positiva ao final da expiração ou pressão positiva contínua nas vias aéreas para promover expansão de unidades alveolares colabadas. Aspiração traqueal Freqüência Recomendação: A aspiração somente deverá ser realizada quando necessária, isto é, quando houver sinais sugestivos da presença de secreção nas vias aéreas (por exemplo, secreção visível no tubo, som sugestivo na ausculta pulmonar, padrão denteado na curva fluxo-volume observado na tela do ventilador, etc.). COLETA SECREÇÃO BRÔNQUICA PARA CULTURA Acórdão no 477 de 20 maio de 2016, dispõe sobre, a Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva: A coleta isolada de secreções para obtenção de cultura de secreção traqueal não é atribuição do fisioterapeuta. Aspiração durante a fisioterapia difere pela retirada da secreção após a realização da fisioterapia de caráter de higiene brônquica duarante a fisioterapia respiratória. Treino específico dos músculos respiratórios Uso da sensibilidade do ventilador como forma de treinamento Treino de força dos músculos respiratórios por meio do uso de dispositivos de incremento de carga para facilitar o desmame A manobra de Hiperinsuflação Manual (HM), também conhecida como bag squeezing, foi descrita em 1968 por Clement e Hubsch. Consiste em uma série de excursões respiratórias amplas, profundas, com uma pausa inspiratória de 3 segundos, seguida de rápida expiração para simular a tosse. É uma técnica que auxilia na prevenção do colapso pulmonar e retenção de secreções, como no tratamento de atelectasias e infecções broncopulmonares em pctes em VMI. Aplica-se as hiperinsuflações pulmonares pela compressão do ambú, média de 6 compressões lentas e consecutivas, seguidas de um pausa inspiratória e rápida liberação(exalação), o outro profissional, em seguida, realiza vibro-compressões manuais no tórax do paciente. Tipos de Treinamento Muscular PROTOCOLO MOBILIZAÇÃO PRECOCE PROTOCOLO MOBILIZAÇÃO PRECOCE A PRANCHA “Posição ereta aumenta volumes e melhora troca gasosas, estimula atividade autonômica, e pode reduzir a compressão cardíaca.” “... a inclinação e outras posições que se aproximam a posição ereta, aumentam o esforço gravitacional e o deslocamento dos líquidos pulmonares” R. Gosselink; J. Bott; M. Johnson; E. Dean; S. Nava; M. Norrenberg; B. Schönhofer; K. Stiller; H. van de Leur; J. L. Vincent Intensive Care Med – 2.008 Impacto do Ortostatismo na Mecânica Ventilatória e nas Variáveis Hemodinâmica INALAÇÃO Tanto as inaloterapias com PPI como as realizadas com nebulizadores simples, a oxigênio ou compressores de ar, seguem as mesmas técnicas. Pode-se associar a medicação que influenciam na depuração mucociliar pela estimulação da atividade ciliar, broncodilatação ou alteração da viscosidade do muco. Drogas como broncodilatadores, mucolíticos , podem ser ingeridos ou inalados. A vantagem da inalação destes agentes é que menores doses podem ser usadas para obtenção de efeitos máximos. Quando os pacientes estão em melhores condições, adotamos a posição sentada, ao lado do leito ou em local pré-destinado, sempre individualmente. Finalidade: 1- Aumentar o aproveitamento da inaloterapia; 2- Melhorar o desempenho da cinesioterapia ou da fisioterapia respiratória PROTOCOLO DE EXPANSÃO PULMONAR E DESOBSTRUÇÃO BRÔNQUICA PARA OS PACIENTES ADULTOS SUBMETIDOS À VMI E VMNI. 1) Avaliar a necessidade de expansão pulmonar e desobstrução brônquica (através de radiografias, ausculta pulmonar e exame físico); 2) Avaliar riscos e contra-indicações do procedimento (instabilidade hemodinâmica, doença pulmonar bolhosa, hipertensão intracraniana, pneumotórax não drenado...); 3) Posicionar o paciente com o pulmão afetado em região não dependente ou em DD com cabeceira elevada (acometimento bilateral); 4) Analisar parâmetros do ventilador, de mecânica respiratória e de oxigenação, para posterior comparação de melhora; 5) Aspiração traqueal pré-expansão 6) Trocar filtro – Extremamente necessário na VNI; 7) ALTERAR PARÂMETROS DO VENTILADOR PARA A EXPANSÃO a. Em modo VCV - controlado: aumentar o volume corrente (VC), estipulando uma pressão inspiratória máxima (Ppico) de 40cmH20 (Pins + PEEP). Associar redução do PEAK FLOW, para aumentar o Tins (2 segundos) se necessário. Nos casos de contra-indicação ao aumento da Pmax priorizar a redução do PEAK FLOW para aumentar Tins; b. Em modo PCV - controlado: aumentar pressão inspiratória (Pins), estipulando uma Pressão máxima de 40cmH20 (PCV + PEEP), o Tins também pode ser aumentado (máximo de 2 segundos). No caso de pacientes com contra-indicação ao aumento pressórico priorizar o aumento do Tins sobre a PMAX; c. Em modo PSV- aumentar pressão de suporte (PS) estipulando uma Pmáxima de 40cmH20 (PS + PEEP), pode-se diminuir o percentual do fluxo para ciclagem para aumentar o Tins; 8)Monitorar parâmetros hemodinâmicos (Pressão arterial, PAM, Freqüência cardíaca) e de oxigenação arterial (Saturação de pulso de oxigênio); 9) Retornar aos parâmetros prévios e comparar se houve melhora nestes; 10) Proceder nova conduta, se necessário, após a estabilização dos parâmentros ventilatórios, hemodinâmicos e conforto do paciente MÁSCARA DE EPAP Pressão expiratória positiva na via aérea (EPAP) aplica uma pressão positiva somente durante a expiração. Pressão subatmosférica é gerada é gerada na inspiração e pressão positiva durante a expiração. Durante a terapia com EPAP o paciente exala contra um resistor de mola, gerando pressão entre 5 - 20 cmH2O A EPAP está indicada: Para reduzir o aprisionamento de ar (por exemplo pacientes com asma ou DPOC), mobilizar secreções (fibrose cística), prevenir ou reverter atelectasias (pós-operatório de cirurgia torácica) ou ainda otimizar a eficácia da administração de broncodilatadores em usuários da aerosolterapia medicamentosa, ideal para pessoas não colaborativas e que tenham dificuldade de eliminar secreções. O Incentivador RespiratórioRespiron O Incentivador Respiratório Respiron é indicado para pessoas sedentárias, obesos, pré e pós-operatórios de cirurgias (especialmente bariátricas, abdominais e torácicas), tratamento de atelectasias e portadores de doenças pulmonares como DPOC e asma; Shaker ou Flutter Objetivos – facilitar a expectoração – descolar e deslocar as secreções brônquicas – relaxamento do espasmo das vias aéreas (dilatação) CONCLUSÃO A VMNI possui papel importante no manejo dos pacientes com IRpA e com necessidade de assistência ventilatória. A equipe multiprofissional deve estar treinada no manejo do paciente em uso da VMNI. A VNI tem sido progressivamente utilizados na IRespA de forma a evitar a intubação traqueal e suas complicações. A reavaliação do paciente deve ser realizada sempre que possível por toda equipe, e os parâmetros adequados com base nas necessidades do paciente. Referências MEDURI, G.U. et al. Noninvasive positive pressure ventilation via face mask: firstline intervention in patients with acute hypercapnic and hypoxemic respiratory failure. Chest, v. 109, p. 179–193, 1996. MEHTA S, HILL NS. Noninvasive ventilation: state of the art. Am J Respir Crit Care Med 2001;163:540–77. FERRER, M., et al. Noninvasive ventilation in severe hypoxemic respiratory failure: a randomized clinical trial. Am J Respir Crit Care Med, 2003. 168(12): p. 1438-44. International Consensus Conferences in Intensive Care Medicine: noninvasive positive pressure ventilation in acute Respiratory failure. Am J Respir Crit Care Med. 2001;163(1):283-91. II CONSENSO BRASILEIRO DE VENTILAÇÃO MECÂNICA . J Pneumol 2000;26:S60-S63. III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica. J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 92-S 105 CARVALHO,M. Fisioterapia Respiratória. São Paulo:Manole. 1999 MACEDO, R.M. Ventilação mecânica não-invasiva.Curitiba:Juruá, 2008 REGENGA, Marisa de M. Fisioterapia em Cardiologia: da unidade de terapia intensiva à reabilitação. São Paulo: Roca, 2000. OLIVEIRA, Sérgio A, AULER JR, José Otávio Costa. Pós-operatório de Ciruurgia Torácica e Cardiovascular.Porto Alegre RS: Artmed Editora S.A, 2004. HOLANDA, M e col. Ventilação não invasiva com pressão positiva em pacientes com insuficiência respiratória aguda: fatores associados à falha ou ao sucesso. J. Pneumologia v.27 n.6 São Paulo nov./dez. 2001. III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 106-S 110 J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 92-S 105 J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 51-S 53 J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 54-S 70 J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 119-S 127 J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 128-S 136 J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 142-S 150 J Bras Pneumol. 2007;33(Supl 2):S 111-S 118 DIRETRIZES BRASILEIRAS DE Ventilação Mecânica – 2013 SAMDRI, P E COL. Manual Prático de ventilação Mecânica em Pronto-socorro e UTI,Atheneu, 2014. ....”O exercicio fortalece e a inatividade desgasta”. (Hipocrates) Obrigada!! Celular 44- 991036007 Email: mfamendes@hotmail.com Marcela Arnoni Mendes
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