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EJA E SEUS DESDOBRAMENTOS
Acadêmicos: Alanda Mecabô Lazarini
Diana Chaves
Elicleia Padilha
Flávia Bonato
Marta Ap da Silva
	
Prof. Liliana Demarchi D’ Agostini
RESUMO
Este artigo tem como principal objetivo explicar a importância da Educação de Jovens e Adultos no Brasil e para a educação, tendo como destaque as metodologias de ensino, planejamento e avaliação utilizadas na EJA. A EJA é uma modalidade de ensino fundamental e médio criada pelo Governo Federal que perpassa todos os níveis de Educação Básica do país, destinada a jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso a educação na escola convencional ou que por algum motivo não puderam concluir o ensino na idade apropriada. Sua criação teve como principal objetivo a democratização do ensino no país. A EJA funciona em módulos com 6 meses de duração que são equivalentes aos anos ainda não cumpridos. As aulas acontecem de segunda à sexta, com carga horária diária de 4 horas, podendo ser a distância também. Por diferenciar-se da educação regular, esta modalidade de ensino requer professores preparados para atuar de forma que não venha apenas suprir a escolaridade do aluno, mas de maneira a garantir a sua permanência na escola, a sua aprendizagem e sua continuação nos estudos, devendo o docente além de ter uma formação inicial, contribuir para o crescimento intelectual, pessoal e social do aluno.
Palavras–chave: EJA. Educação. Jovens. Adultos.
1. INTRODUÇÃO
A Educação de Jovens e Adultos mais conhecida como EJA é uma modalidade de ensino fundamental e médio criada pelo Governo Federal que perpassa todos os níveis de Educação Básica do país, destinada a jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso a educação na escola convencional ou que por algum motivo não puderam concluir o ensino na idade apropriada.
A EJA é ofertada a jovens a partir de 15 anos de idade, pela secretaria de educação, podendo ser presencial ou à distância, permitindo que o aluno retome os estudos e conclua em menos tempo, se qualificando para o mercado de trabalho e possibilitando conseguir melhores oportunidades.
Por diferenciar-se da educação regular, esta modalidade de ensino requer professores preparados para atuar de forma que não venha apenas suprir a escolaridade do aluno, mas de maneira a garantir a sua permanência na escola, a sua aprendizagem e sua continuação nos estudos.
Desta forma, a seguir abordaremos a importância do EJA na educação e no Brasil, suas metodologias de ensino, planejamento e avaliação.
2. A IMPORTÂNCIA DA EJA NO BRASIL
O trabalho infantil, a pobreza e a desigualdade social são os principais motivos que levam à evasão escolar. Para que isso diminua, existe um programa chamado EJA, que é a educação de jovens e adultos, destinada às pessoas que não tiveram a oportunidade de estudarem na idade adequada ou foram tirados da escola, assim permite que eles retomam os estudos onde foram interrompidos.
O projeto EJA é uma ótima maneira de reduzir o nível de analfabetismo e o déficit na nossa educação.
O programa de Educação de Jovens e Adultos hoje, em nosso país, fornece a essas pessoas uma educação onde os horários são específicos para não prejudicar a carga horária de trabalho e uma das preocupações do programa é passar de forma clara e objetiva os ensinamentos base de séries iniciais, como saber ler e escrever.
Ter o acesso à educação é muito importante, pois afinal, dessa forma aumenta as oportunidades de trabalho dessas pessoas, podendo assim ter acesso a melhores colocações no mercado de trabalho e salários mais altos.
O EJA funciona em módulos com 6 meses de duração que são equivalentes aos anos ainda não cumpridos. Assim como na escola regular, as aulas acontecem de segunda à sexta, com carga horária diária de 4 horas. O tempo para concluir o EJA dependerá muito de onde você parou os estudos. Por exemplo, quem não concluiu o ensino médio poderá finalizar os estudos em, mais ou menos, 1 ano e meio, já que cada semestre equivale a um dos 3 anos perdidos.
A meta da EJA vai bem mais além do que os nossos olhos de vidro podem ver. Além da preocupação com o analfabetismo, o programa tenta junto com métodos específicos, preparar o jovem e o adulto para o mercado de trabalho, onde esse cidadão possa usufruir de todos os direitos inerentes a um trabalhador.
Enfrentando muitas modificações desde a sua criação em 1934, a EJA pode se vangloriar por ter alcançado relativamente em pouco tempo, pilares que outras leis ainda lutam para conseguir. Se adequando ao aluno, o programa tende cada vez mais utilizar formas que melhor se torne para o educando assimilar os conteúdos passados. Seja o aluno de uma área urbana ou de uma área rural, a EJA tentará na medida do possível, atingir a sua meta de ensinar e profissionalizar.
Para ser um educando que faz parte do corpo docente do EJA deve-se ter uma formação inicial além de contribuir para o crescimento intelectual do aluno. 
O papel do professor é muito importante na EJA, pois deverá mostrar aos alunos que não tem que sentir vergonha por ter parado de estudar e sim se orgulhar por ter buscado meios para recuperar o tempo perdido.
Paulo Freire (2002) concorda que o papel do educador é mediar a aprendizagem, priorizando, nesse processo, a bagagem de conhecimentos trazidos por seus alunos, ajudando-os a transpor esse conhecimento para além da escrita e da leitura.
É importante que o professor ajude o aluno a perceber o valor e a utilidade dos estudos, trazendo para eles aulas relacionadas ao seu cotidiano.
A alfabetização não se resume a ensinar a ler, ela dá possibilidade para que o aluno se desenvolva como ser humano e assim ficar integrado no mundo.
Com essa possibilidade de estudo as pessoas não só conseguem obter um certificado que lhes permita novas possibilidades, como ingressar em uma faculdade e ter uma nova perspectiva de vida, podendo olhar o mundo com olhares críticos e conseguir definir seu papel de cidadão fazendo sua voz ser ouvida.
Apesar do grande avanço na alfabetização de jovens e adultos, o ensino da EJA precisa se adequar e promover uma interação com o novo, pois os jovens e adultos que procuram a escola não querem apenas aprender a ler e a escrever, eles querem e necessitam é de atualização com o contexto social em que vive e faz parte.
A educação de Jovens e Adultos é um programa que demonstra não só na teoria, mas também na prática que é possível mudar os rumos sociais do nosso país através da educação, alfabetização, proporcionando aos jovens e adultos a alfabetização consciente, sendo esta, a formação para transformação do cidadão em seu exercício social.
2.1 METODOLOGIA DE ENSINO NA EJA - PLANEJAMENTO
O trabalho na educação de jovens e adultos é uma atividade que exige capacitação dos educadores, e um envolvimento muito grande, contudo, pensar em um ensino de qualidade é importante na vida de todos os cidadãos, criando interesse e o entusiasmo pela participação, é pensar numa relação da educação com o trabalho da EJA, é pensar numa sociedade democrática, em alunos comprometidos, capazes de exercer o seu papel de cidadãos no mundo. Daí surge à necessidade de se obter uma boa formação no espaço escolar, pois é esta formação que irá nos ajudar a participar a conviver em sociedade.
Com Paulo Freire (2002) as questões teórico-pedagógico durante muitos anos se utilizavam o método silábico de aprendizagem, ou seja, partia-se da concepção de que se conhecendo as sílabas e juntando-as poderiam ser formadas palavras. Nesse sistema, os alunos recebiam cartilhas com sílabas e, era orientado pelos professores, formando assim palavras e frases soltas, que muitas vezes só decoravam, memorizavam. Por essa concepção, não se desenvolvia o pensamento crítico, o contexto maior, a funcionalidade da escrita.
Com constantes pesquisas as concepções mudaram, a proposta de Paulo Freire passou a levar em consideração as experiências, opiniões e a trajetória de vida do aluno. Esses aspectos são organizados pelo professor, com o objetivo de que essas informações sejam sistematizadas por ele e os conteúdos preparados,as metodologias de acordo com a realidades vivenciada. Educador e educandos devem trilhar caminhos juntos, descobrindo o conhecimento, o novo. Segundo Freire (2002, p. 58) a relação professor-aluno deve ser:
Para ser um ato de conhecimento o processo de alfabetização de adultos demanda, entre educadores e educandos, uma relação de autêntico diálogo. Aquela em que os sujeitos do ato de conhecer (educador-educando; educando-educador) se encontram mediatizados pelo objeto a ser conhecido. Nesta perspectiva, portanto, os alfabetizandos assumem, desde o começo mesmo da ação, o papel de sujeitos criadores. Aprender a ler e escrever já não é, pois, memorizar sílabas, palavras ou frases, mas refletir criticamente sobre o próprio processo de ler e escrever e sobre o profundo significado da linguagem.
Para trabalhar na EJA deve-se valorizar o conhecimento prévio dos alunos, pois muitos deles já dominam conteúdos aprendidos de forma informal antes de entrar em contato com o espaço da sala de aula. Esse conhecimento exige um tratamento particular e deve ser o ponto de partida para o trabalho a ser desenvolvido. Por isso, os alunos devem ter oportunidade de relatar suas histórias de vida, mencionar esse conhecimento informal que possui sobre os assuntos, valorizando esse mundo cotidiano que eles vivem, suas expectativas em relação ao espaço escolar e as aprendizagens.
O educador hoje com mais formação que possa possuir é aquele que ensina o aluno a caminhar, a aprender e a ensinar aos demais o que aprendeu, esta é a concepção de uma nova escola, de um novo aluno, não se trata de ver um aluno passivo, mas sim que age ativamente, com ações práticas.
Em virtude das mudanças econômicas, com o crescimento social, econômico, a alfabetização passou a ser praticamente uma necessidade e a procura por escola, dos adultos e jovens que não conseguiram concluir o ensino na idade certa, começou a aumentar. Mas, mesmo assim, ainda é assustador o número de analfabetos em nosso país, entre eles uma grande parte é de jovens entre 15 e 17 anos, que por vários motivos acabam evadindo-se da escola, sabe-se que muitos desses jovens precisam trabalhar para ajudar suas famílias, outros desistem por morarem longe da escola, e muitas das meninas, por terem engravidado na adolescência, ainda jovens.
O mercado de trabalho, a nossa sociedade exige pessoas instruídas, críticas, cidadãos que tenham concluído sua etapa de estudo, essa exigência fez com que grande parte desses jovens e adultos, voltassem a estudar, e assim essa procura vem crescendo cada vez mais.
Freire (1996, p. 25) também enfatiza que:
 “Não há docência sem discência...”, pois “... quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. É essa interação professor-aluno, aluno-professor que torna a prática pedagógica um desafio maior e muito mais significativo, na qual se estabelece vínculos de amizade e respeito muito importantes no processo ensino-aprendizagem.
Ou seja, para se efetivar uma metodologia de trabalho na EJA o professor precisa ter humildade, se colocar como alguém que ensina e que aprende todos os dias, se isso ocorrer muitos obstáculos serão superados.
Para ensinar é necessário um envolvimento com a prática pedagógica, que deve ir muito além do que ensinar de maneira tradicional, preocupação apenas com as grades curriculares. Porém, acima de tudo, o educador deve ensinar o que os alunos precisam saber enquanto pessoas inseridas em um meio, em um momento histórico, buscando assim, despertar neles a consciência de cidadãos autênticos.
O processo de ensino deve ser visto como uma junção de atividades organizadas pelo educador, buscando desenvolver as capacidades cognitivas e os conhecimentos, levando-se em consideração os conhecimentos prévios do educando, ou seja, os conhecimentos que ele já possui, acumulados das experiências cotidianas e das interações estabelecidas com o meio em que ele está inserido. 
Neste sentido Paulo Freire (1999, p. 29) salienta que:
Nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador igualmente sujeito do processo. Só assim podemos falar realmente de saber ensinado e apreendido na sua razão de ser e, portanto, aprendido pelos educandos.
Devem-se buscar metodologias que se encaixem no ensino para adultos, pensadas a partir do conhecimento teórico e pensando em cada realidade. Estes empecilhos de encontrar o melhor método, a melhor maneira, é uma luta incansável do professor, na busca de mais formação, capacitações para dar conta de responder a estes alunos e a um sistema educacional. 
Existem cada vez mais cursos, oferecendo uma formação para os professores, que são de graduação, pós-graduação até mestrado e doutorado. Mas, em se tratando de metodologias, não existe "o método" pronto, uma instrução única a seguir, estas são adequadas, devemos é conhecer várias maneiras e colocarmos em prática, desenvolver e discutir com a comunidade escolar, buscar avaliar o trabalho realizado e assim chegar na construção do conhecimento.
O processo de trabalho desenvolvido na EJA passa por todos os problemas vivenciados no cenário da educação brasileira. Vê-se que com muita frequência, os nossos governantes criam políticas educacionais para melhorar determinados métodos, para diminuir as diferenças socioeconômicas, buscam ampliar o processo da formação dos professores, mas ainda há muito para se fazer.
 EJA é uma modalidade de ensino que vem contemplar o direito das pessoas retornarem seus estudos a que, por motivos diversos, não tiverem acesso em idade própria. São jovens, adultos e idosos que retornam aos bancos escolares não apenas como um resgate do tempo já perdido, mas como um processo de conquistas pessoais e sociais. 
Na sala de aula é o espaço de convivência entre educando e educadores. Neste pequeno núcleo educacional circulam diferentes: concepções, formas de proceder, experiências em relação à família e ao trabalho. Entretanto, nem tudo são diferenças, há empatias, afinidades, descobertas e cooperação. É na proximidade com o outro que os indivíduos se veem singular e plural, onde é possível o exercício cidadania.
Na estratégia utilizada pelo professor está considerar a diversidade de sujeito, sua história, o período de vida em que se encontram. 
Para levá-los ao conhecimento científico é necessário trazer como foco os saberes que os sujeitos do EJA possuem e não somente ater-se aos conceitos e habilidades integrantes da ´proposta curricular a ser desenvolvida.
Para um trabalho de qualidade destinado ao sujeito do EJA, é apropriado considerar a relevância de uma formação específica para os profissionais que já atuam ou buscam atuar na formação deste segmento. As habilidades e o estilo de aprendizagem demonstram pelos educandos auxiliam o educador a planejar, a fazer inferências, a aproximar se mais do grupo.
2.2 AVALIAÇÃO E APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DA EJA
A educação é o ato de transmitir conhecimentos que levam ao desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano envolvido no processo. Embora pareça ser uma modalidade de ensino recente, a Educação de Jovens e Adultos – EJA é uma etapa educacional que existe desde o período colonial, não obstante, embora sua antiguidade, sempre foi muito difícil conceber um processo educativo capaz de promover uma verdadeira aquisição de conhecimento pelos indivíduos que frequentam essa modalidade. Existem muitos fatores que podem impedir a alfabetização de uma pessoa no decorrer dos anos de sua infância, estando entre os principais à necessidade de trabalhar desde cedo para contribuir com a renda familiar, o que leva o indivíduo a procurar a modalidade do EJA ofertada pelas escolas públicas (NASCIMENTO; BASSANI, PINEL, 2009).
Muitas tentativas e iniciativas políticas foram tomadas com a intenção de melhorar o ensino ofertado no EJA, no entanto, apesar de todas as propostas até hoje já elaboradas torna-se nítido para aqueles que observam o EJA com maior atençãoque ainda existe um longo a caminho a ser percorrido para que esta modalidade possa de fato assegurar uma educação verdadeiramente democrática e de qualidade aos jovens e adultos (LUS, 2010). A realidade do EJA implica que esta modalidade sempre foi empregada com o objetivo de formar mão de obra para suprir o mercado de trabalho, ao passo que as pessoas que a procuram também o fazem em busca de qualificação profissional, uma vez que as exigências para arrumar trabalho crescem exponencialmente tornando quase impossível quebrar esse ciclo (NASCIMENTO; BASSANI, PINEL, 2009).
Desta forma, como em qualquer processo de ensino aprendizagem, a avaliação assume um papel proeminente:
O processo de avaliação, na realidade, é indispensável na prática pedagógica. Se os educadores a utilizam adequadamente tornar-se-á um dos recursos mais importante no processo ensino-aprendizagem por possibilitar ao professor reformular, prosseguir ou até mesmo cancelar seu planejamento e consequentemente transformar sua prática pedagógica (DIAS, 2015, p.100).
Um processo avaliativo coerente e bem executado contribui permite compreender como está o nível de aprendizado dos alunos, e, de certa forma ver como está o grau de eficiência do processo metodológico usado pelo professor, permitindo assim saber o que precisa ser melhorado e/ou alterado para que aconteça uma melhorada na qualidade educacional. A avaliação não pode ser encarada como apenas um processo avaliativo para obter-se notas e classificação escolar, é necessário desenvolver um olhar mais crítico e consciente quanto a tarefa de avaliar.
Avaliar é – cedo ou tarde – criar hierarquias de excelência em função das quais se decidirão a progressão no curso seguido, a seleção no início do Secundário, a orientação para diversos tipos de estudo, a certificação antes da entrada no mercado de trabalho e, frequentemente, a contratação. Avaliar é também privilegiar um modo de estar em aula e no mundo, valorizar formas e normas de excelência, definir um aluno modelo, aplicado e dócil para uns, imaginativo e autônomo para outros (PERRENOUD, 1999, p. 9).
Na EJA, a avaliação deve buscar a inclusão do aluno, a valorização do ser humano, dando ao processo de aprendizagem mais produtividade e tornando as comparações mais aceitáveis do ponto de vista do aluno.
Políticas voltadas para a EJA exigem projetos pedagógicos que realmente entendam a população em questão. Para isso será necessário, além de inúmeras medidas, uma formação adequada dos professores e uma avaliação da aprendizagem que realmente possa permitir uma efetiva inclusão da população atendida. Precisamos ter cuidado com o utilitarismo e o imediatismo da cotidianidade que prevalecem hoje e não perder de vista que todo processo de aprendizagem exige trabalho paciente e demorado de apropriação de conhecimento (NASCIMENTO; BASSANI; PINEL. 2009 p.4).
As avaliações precisam ser diversificadas, utilizando-se múltiplos instrumentos e elaboradas tendo em vista o nível de dificuldade adequadamente ao público que será aplicado.
A avaliação da aprendizagem escolar na EJA, em geral, no contexto brasileiro, tem sido utilizada como elemento de auxílio no processo ensino aprendizagem, porém, ainda apresenta um caráter excludente na medida em que as escolas aplicam métodos tradicionais e classificatórios, o que não auxilia o avanço e o crescimento dos educandos (NASCIMENTO; BASSANI; PINEL. 2009 p.5).
O educando da EJA precisa se sentir acolhido pela escola para que tenha interesse em continuar o curso, pois muitos dos alunos trabalham o dia todo, mas ainda assim tiram um tempo para estudar. Há cada vez mais exemplos de transformação e adaptação dos recursos instrumentais pedagógicos utilizados.
Utilizar diferentes métodos avaliativos contribui para criar motivação e confiança entre os alunos. Dentre os métodos que podem ser utilizadas estão a apresentação de trabalhos, seja individualmente ou em grupo; aulas práticas, provas com consulta, debates e as tradicionais provas sem consulta. O importante é que os recursos adotados colaborem para a conquista dos alunos e na formação de um indivíduo consciente e cidadão participativo em nossa sociedade.
3. MATERIAS E MÉTODOS
A criação da EJA teve como objetivo principal a democratização do ensino no Brasil. A constituição federal aborda a importância da alfabetização dos jovens e adultos que vivem no país, sendo de responsabilidade do Estado, unidade federativa, ofertar uma educação adequada e de qualidade para todos os estudantes matriculados que não concluíram seus estudos em idade correta.
Desta maneira, é necessário que haja uma integração social dessas pessoas, incluindo a EJA como direito de todos, ou seja, igualdade de acesso à educação e de concluir seus estudos em qual período ou idade for.
A educação de jovens e adultos é toda educação destinada àqueles que não tiveram oportunidades educacionais em idade própria ou que tiveram de forma insuficiente, não conseguindo alfabetizar-se e obter os conhecimentos básicos necessários. (PAIVA, 1973, p.16)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9.304, de 1996, no artigo 37, evidencia preocupação em garantir a continuidade e acesso aos estudos por aqueles que não tiveram oportunidade em idade própria. 
Por conseguinte, o papel do professor na educação da EJA se torna de grande importância quando nos referimos no processo de reingresso do aluno às turmas. De maneira geral, os alunos que buscam o EJA são pessoas de classe trabalhadora, vivendo grande parte delas de subemprego ou desempregados, procurando desta forma, a escola como forma de possibilidade para melhores condições de vida.
Compreender o perfil do educando da EJA requer conhecer a sua história, cultura e costumes, entendendo-o como um sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum momento afastou se da escola devido a fatores sociais econômicos políticos e ou culturais. (DCEs, 2005, p 33).
O conhecimento modifica homem, assim a educação de jovens e adultos é capaz de mudar significativamente a vida de uma pessoa, trazendo oportunidades para a mesma conviver em uma sociedade democrática, justa e igualitária, com direitos e também deveres. 
Com isso, o perfil do docente se torna essencial no sucesso da aprendizagem, sendo para muitos alunos, um modelo a seguir.
Não é possível atuar em favor da igualdade, do respeito aos direito à voz, à participação, à reinvenção do mundo, num regime que negue a liberdade de trabalhar, de comer, de falar, de criticar, de ler, de discordar, de ir e vir, a liberdade de ser. (FREIRE, 2002, p.193) 
Vale ressaltar ainda, que as matérias oferecidas no EJA obedecem a Base Nacional Comum Curricular, ou seja, são as mesmas ministradas no ensino convencional.
4. CONCLUSÃO
A referência deste nosso estudo foi a EJA e sua importância para educação e o Brasil como um todo, onde conclui-se que o conhecimento modifica o homem, sendo desta forma a Educação de jovens e adultos cada vez mais importante.
Tendo em vista isso, a EJA é capaz de mudar significativamente a vida de uma pessoa, onde é através da educação que se consegue novas oportunidades de vida e de trabalho. Assim, a EJA traz consigo um caminho para essas pessoas conviverem em uma sociedade democrática, justa e igualitária, com direitos e também deveres.
A Educação de Jovens e Adultos é um programa que demonstra não só na teoria, mas também na prática que é possível mudar os rumos sociais do nosso país, enfatizando que alfabetização não se resume a ensinar a ler e escrever, mas dar possibilidade para que o aluno se desenvolva como ser humano e assim ficar integrado no mundo.
REFERÊNCIAS
DIAS, Aldeci da Silva. Avaliação da aprendizagem na educação de jovens e adultos na Escola Municipal José Duarte de Azevedo: discurso e prática dos professores. Macapá: Estação Científica UNIFAP, jan/jun 2015. Disponível em:<https://periodicos.unifap.br/index.php/estacao/article/viewFile/1356/aldeciv5n1.pdf>. Acesso em 27 de agosto de 2018.
BORDIM, Solano Heberti. Avaliação na EJA: possibilidades de novos instrumentos.Secretaria de Estado da Educação – SEED Superintendência da Educação – SUED Diretora de Políticas e Programas Educacionais Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE Vol.I. 2014. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_uem_mat_artigo_solano_herberti_bordim.pdf>. Acesso em 27 de agosto de 2018.
LUZ, I. S. A avaliação da aprendizagem e a permanência de alunos na EJA. Porto Alegre: Trabalho de Conclusão de Curso em Pedagogia apresentado a Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2010. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/71981/000880597.pdf?sequence=1>. Acesso em 28 de agosto de 2018.
NASCIMENTO, Claudenice Maria Véras; BASSANI, Elizabete; PINEL, Hiran. Avaliação da Aprendizagem na Educação de Jovens e Adultos: Buscando Sentidos. 2009. Disponível em: <http://www.anpae.org.br/congressos_antigos/simposio2009/63b.
AVALIAÇÃO. Disponível em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/pedagogia/avaliacao-e-pratica>>
PASCOALI. Suzy. EJA e o mundo do trabalho. Florianópolis: publicação do IFSC, 2010. Disponível em: <htip:/www.esmpu.gov.br/dicionário/tiki_index.php? Page=equidade%20intergeracional > .
IMPORTÂNCIA DA EJA. Disponível em: <https://consulex.com.br/qual-e-a-importancia-do-projeto-eja-para-o-brasil>
EJA. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/educacao/a-eja-preparo-para-trabalho>.
EJA E SUA IMPORTÂNCIA. Disponível em: <https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-da-educacao-de-jovens-e-adultos/50897>.
EJA. Disponível em: <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4489/1/MD_EDUMTE_2014_2_116.pdf>.
EJA. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1711-6.pdf>. 
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. Disponível em: <https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/educacao-jovens-adultos-reflexoes-perspectivas-desafios.htm>.
EJA. Disponível em: <https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/noticias/tudo-sobre-eja-o-que-e-e-como-funciona>.
EJA. Disponível em: <https://escolaeducacao.com.br/o-que-e-eja-com-funciona/>.

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