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Questionário de Direito Civil II- Direito das Obrigações

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Questionário de Direito Civil II – Direito das Obrigações
1. Conceitue Direito das Obrigações, apontando, em seguida, seus elementos constitutivos e as fontes obrigacionais, explicando cada item dos elementos e das fontes.
R: Direito das Obrigações é o conjunto de normas jurídicas que regulamentam as Obrigações. Já a obrigação é quando existe um vínculo criado entre duas pessoas (as parte), com a finalidade de cumprir um objeto. São elementos fundamentais das obrigações: I. As partes, sendo um sujeito ativo (credor) e um sujeito passivo (devedor); II. Vínculo jurídico e III. Objeto: dar, fazer e não fazer. E por fim as fontes obrigacionais que dão origem as obrigações, que é composta pela: I- Lei, quando a partir dela é gerada a obrigação, como por exemplo o Art.1694 do CC que diz respeito a obrigação de prestar alimentos entre pais e filhos; II- Contrato (N.J) é considerado o maior das fonte obrigacional, consiste no negócio jurídico bilateral ou plurilateral que cria, modifica ou extingue relações jurídicas; III- Ato unilateral da vontade, é o ato humano lícito em que uma declaração de vontade gera uma obrigação; IV- Ato ilícito são aqueles que causam lesões a outrem ensejando o dever de indenizar e V- Titulo de crédito compreende documento autônomo de natureza obrigacional privada, tendo maior importância para o direito empresarial. 
2. O que é Obrigação de Dar? Quais as suas modalidades? Explique e exemplifique.
R: É uma obrigação positiva, que consiste na prestação, na entrega de uma coisa que pode ser certa ou incerta, vai exige ação do devedor. É dividida em obrigação de dar coisa certa, sendo definida pela quantidade, qualidade e gênero, em que o devedor obriga-se a entregar ou restituir coisa determinada e individualizada ao credor, abrangendo os acessórios. O credor por sua vez não é obrigado a receber outra coisa no lugar. Exemplo: José vendeu para João o seu veículo Hyundai, placa HYU2020, de cor preta. No dia de pegar o carro, José aparece com um carro da Honda. Nesse caso, como o produto era uma coisa certa, João não tem nenhuma obrigação de aceita o veículo. 
E obrigação de dar coisa incerta, que de acordo com o art.243 do CC, deve ser indicado, ao menos, pelo seu gênero e quantidade. Nessa obrigação, em regra, o devedor é quem deve fazer a escolha da coisa que será entregue ao credor, sendo que não poderá dar coisa pior nem a prestar a melhor. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. Exemplo: Renata vendeu para César um carro. Nesse caso fica definido o gênero (carro) e a quantidade (1), mas não foi especificada a qualidade. Não ficou especificado nesse caso a marca, cor, placa ou ano.
3. O que é Obrigação de Fazer? Explique e exemplifique.
R: Compreende a obrigação de prestar um serviço humano, são os atos a serem realizados pelo devedor que se vincula a determinado comportamento. Consiste em praticar um ato ou realizar uma tarefa em benefício do credor. O objeto da prestação nesse caso é a prestação de um serviço. A obrigação de fazer é dividida em fungível, quando o serviço pode ser realizado por um terceiro, nesse caso o devedor pode ser facilmente substituível, sem prejuízo para o credor, como por exemplo, um pedreiro ou um mecânico. E infungível quando apenas o devedor indicado no titulo da obrigação pode realizar o serviço, nesse caso é uma obrigação personalíssima, como por exemplo, a contratação de uma obra de um pintor famoso, em que somente ele (o pintor) poderá presta o serviço por conta das suas qualidades pessoais. Na obrigação de fazer o devedor deve primeiro prestar o serviço para depois entregar a coisa, como por exemplo, o fotografo tem a obrigação de fotografar um aniversário, ele primeira primeiramente terá que prestar o serviço de tirar as fotos para depois entregar as fotografias. 
4. O que Débito? O que é Responsabilidade? Existe débito sem responsabilidade? E o inverso, responsabilidade sem débito? Explique e exemplifique.
R: O débito consiste no dever de realizar certa atividade que o devedor da relação obrigacional tem perante o credor. A responsabilidade surge com o debito, quando não ocorre o pagamento voluntário, sendo derivada do inadimplemento de dever jurídico, ela permite que ao devedor sejam impostas sanções patrimoniais em caso do não cumprimento da prestação que lhe cabe. Sim, existe débito sem responsabilidade, quando a divindade prescreve, nesse caso o débito existe, porem a responsabilidade não. Sim, existe responsabilidade sem débito, é o caso do fiador, que assume a responsabilidade sem o débito ser seu, ele se obrigou solidariamente.
5. O que é perecimento e deterioração no Direito Obrigacional?
R: Perecimento é a perda total do bem, a coisa não existe mais ou não tem mais condições de uso, e deterioração é a perda parcial do bem, a coisa foi apenas danificada.
6. Explique nas obrigações de DAR as formas de responsabilidade nos casos de perda ou perecimento e deterioração do objeto da obrigação.
R: De acordo com o art.234 do CC, com relação a perda da coisa, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, o devedor não tem responsabilidade, extinguindo a obrigação para ambas as partes; caso a perda tenha sido culpa do devedor, ele vai responder pelo equivalente e mais perdas e danos. Já com relação à deterioração da coisa, com base no art.235 e art.236, sem culpa do devedor, poderá o credor resolver a obrigação, não aceitando o objeto danificado, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.
7. O que é a Obrigação de NÃO FAZER? Explique e exemplifique.
R: É conhecida também como obrigação negativa, o devedor assume o compromisso de se abster de um fato. Possui duas espécies, a de abstenção (não fazer), como por exemplo, a obrigação do medico de não fornecer o prontuário do paciente para terceiro, obrigação do empregado de não revelar os segredos da empresa, e a de tolerar (permitir), como por exemplo, o dono do imóvel deve permitir a passagem de fiação elétrica pública pelo seu terreno.

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