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INTERDISCIPLINAR VII

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UNIÃO DAS FACULDADES DOS GRANDES LAGOS - UNILAGO
Curso de Engenharia de Produção
Autores: Ana Carla de Melo Sincaruk 
 Daiane de Souza Sales
 Joice Fernanda Baptista
 João Otávio Neves
Paula Vaz Pereira
 Pablo Lopes Dávalos
 
PROJETO INTERDISCIPLINAR: Criação de uma empresa com elaboração de produto e processo, e desenvolvimento de seu layout
SÃO JOSE DO RIO PRETO
2018
Autores: Ana Carla de Melo Sincaruk 
 Daiane de Souza Sales
 Joice Fernanda Baptista
 João Otávio Neves
Paula Vaz Pereira
 Pablo Lopes Dávalos
 
PROJETO INTERDISCIPLINAR: Criação de uma empresa com elaboração de produto e processo, e desenvolvimento de seu layout.
Projeto Interdisciplinar do Curso de Engenharia de Produção, da União das Faculdades dos Grandes Lagos – UNILAGO apresentado como instrumento parcial de avaliação e desenvolvimento de habilidades acadêmicas relacionadas às disciplinas da matriz curricular do 7º Período.
Professores Orientadores do Projeto: Prof. Bernardo Luis Pessutto, Prof. Ricardo Augusto Prado Reina.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
RESUMO
O Brasil é um país em desenvolvimento, possui uma economia em expansão e pode vir a ocupar as colocações de grandes potências mundiais de mercado industrial, possui uma economia emergente, com um processo de industrialização baseado em sua maioria em empresas de iniciativa privada, forte conjunto de atividade econômica que possui bastante influência direta na configuração da economia nacional. O Brasil possui ainda alto grau de dependência tecnológica, possui sim uma fragilidade econômica e comercial em relação a potências mundiais. Grandes empresas multinacionais fazem parte de sua economia, contudo sua produção é limitada no quesito elaboração de novas tecnologias, o que explica a reprodução de técnicas já existentes. Apesar disso, o País apresenta independência econômica, e conta com alto grau de industrialização, propiciando a diversificação de mercado. A produção no País não é limitada somente ao setor agropecuário e extração de fontes de energia, pois a estrutura industrial existente incentiva um complexo e potente parque industrial capaz de produzir automóveis, aviões, softwares e modernidades. O objetivo deste projeto é apresentar condições favoráveis na cidade de São José do Rio Preto, para intervenção de uma fábrica de velas, enfatizando possibilidades reais de consolidação e otimização do sistema produtivo, roteiro de processo, programação e controle de produção, definição de estoque, controle estatístico de qualidade, definição de layout, custos e simulação de processo produtivo com o uso de softwares e tecnologias atuais.
Palavras-chave: Produção, layout, programação, projeto, processo, produto. 
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO.	1
2. DEFINIÇÃO DE EMPRESA E PRODUTO	3
2.1. A VELA – UMA BREVE HISTORIA	4
2.2. AUTORIZAÇÃO PARA USO DE IMAGEM COM OBJETIVO ACADÊMICO	5
3. PESQUISA DE MERCADO	6
3.1. IDENTIFICAÇÃO DO MOTIVO DE COMPRA DA VELA	7
3.2. MERCADO PROMISSOR	8
3.3. COMPETITIVIDADE DO MERCADO	8
3.4. MATRIZ F.O.F.A – ANÁLISE SWOT	10
3.5. MATRIZ F.O.F.A DA EMPRESA VELAS Q-L-Z	10
3.6. MISSÃO, VISÃO E VALORES DA EMPRESA	12
3.7. PESQUISA DE PREÇOS PRATICADOS PELOS CONCORRENTES	13
4. BIBLIOGRAFIA	15
	
1. 
2. INTRODUÇÃO.
Segundo dados do IBGE no ano de 2015, a importância e peso da indústria brasileira no PIB foi registrada em 12,2%. Naquele mesmo ano, dados do Banco Mundial aferiram as estatísticas para a participação do setor industrial em 11,8%. Os indicadores apontaram que os números se encontravam abaixo da média mundial estabelecida em 16,5% e abaixo também de nações vizinhas como Peru, Argentina e México. No mês de março de 2018 novos dados foram divulgados pelo IBGE demonstram desta vez que a participação do setor industrial no Produto Interno Bruto (PIB) do País decresceu para 11,8%, o menor valor desde a década de 50. Em 1950, a porcentagem aferida era de 15% e na década de 80, as estimativas superaram 20%. (CORRÊA, 2018).
No Brasil, temos presenciado nos últimos anos um crescente debate sobre a produtividade industrial, que vem ganhando cada vez mais espaço no cenário econômico do País. É necessário compreender a forma como se padroniza a evolução produtiva para podermos implementar melhorias e avaliar a competitividade do setor industrial, assim é possível sustentar um cenário econômico viável e conquistar notoriedade, para alcançar espaço no mercado mundial. O Brasil enfrenta um processo de desindustrialização prematuro, prejudicando de maneira efetiva setores de inovação industrial. A prestação de serviços tem ganhado espaço e protagonismo com uma nova mudança de perfil econômico consolidando a perda de espaço de fábricas produtivas.
Países em desenvolvimento como no caso do Brasil, encontram no setor industrial a oportunidade de movimentar recursos de atividades com pouca produção, para assim alavancar a manufatura de bens e serviços mais complexos, alcançando produtividade econômica eficiente. É através do setor industrial que países em pleno desenvolvimento utilizam sua incorporação no mercado, gerando crescimento de empregos e desenvoltura da sua estrutura econômica. (LAPLANE; SARTI, 2015).
Em seus estudos Maia e Menezes (2014), os autores pontuam a existência de um diagnóstico que corrobora com a baixa capacidade de produzir e trazer rendimentos no País e isso fica mais evidente em indústrias de transformação, os resultados desses estudos priorizam uma preocupação latente levantando duas hipóteses a serem estudadas na estrutura produtiva atual: A concentração de produção industrial em atividades de menor produtividade e a queda da media produtiva de setores industriais. De maneira empírica, a produtividade industrial seguiu três caminhos aceitáveis ao longo dos anos, o levantamento de informações e diferenças metodológicas empregadas em setores produtivos para mensurar suas atividades é o primeiro caminho. Na direção seguinte, a relevância principal se expande no sentido de identificar os indicadores de desempenho responsáveis pelo crescimento da produtividade, apontando claramente o pivô deste fato relacionado à abertura econômica, financeira e comercial iniciada nos anos 90. (SCHOR, 2004). Na terceira direção defendida por Rocha (2007), a produtividade, o trabalho e sua metodologia de crescimento está diretamente associada à mudança estrutural das industrias, demonstrando importância para o País devido a influência desse setor no PIB.
Conhecida como a capital da Região dos Grandes Lagos a cidade de São José do Rio Preto possui sua economia baseada em serviços e indústria, está localizada a 454 quilômetros de São Paulo, a cidade possui sua fonte de economia voltada para o setor de prestação de serviços seguido pelo setor industrial, que é composto por micros, pequenas e médias empresas. São José do Rio Preto possui notoriedade nacional devido ao fato de ser considerada um dos polos industriais mais importantes da região, em virtude de seu crescimento e proximidade com cidades vizinhas, foi criada a Microrregião de São José do Rio Preto, que além do município também inclui outras 28 cidades. (ASSEMBLEIA LEGISTALIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2011).
Considerando todos os dados apontados, tendo em vista a área de expansão e objeto de estudo como tema produtividade, levando em conta também a relevância para a desenvoltura econômica através da necessidade de empreender no setor industrial na cidade de São José do Rio Preto e assim corroborar com o crescimento do PIB municipal e nacional, o presente trabalho possui como objetivo estabelecido, a execução de um projeto para criar uma empresa, com apresentação de produtos e processos produtivos, estabelecimento de melhor layout e arranjo industrial, a fim de propiciar o melhor planejamento e solidez da empresa criada. Propomos aqui, a intervenção de uma indústria já existente e estabelecidana cidade desde o ano 1999, com o nome de VELAS Q-L-Z, implementando através das ferramentas de estudo e conhecimento adquiridos, processos de melhoria em seu sistema produtivo, propiciando garantias de eficiência e controle de produção adequados visando a longevidade e permanência da empresa no mercado industrial produtivo.
2. DEFINIÇÃO DE EMPRESA E PRODUTO
A empresa escolhida para apresentarmos a proposta de intervenção e melhoria contida neste projeto foi a indústria e comércio VELAS Q-L-Z, razão social JF COMERCIO E TRANSFORMAÇÃO DE PARAFINA LTDA.
FIGURA 1: Logotipo da empresa VELAS Q-L-Z
Fonte: Os autores, 2018.
2.1. A VELA – UMA BREVE HISTORIA
A história da vela tem começo por volta do ano 50.000 a.C, com uma versão distinta da que conhecemos hoje, mas ainda assim possuindo função de propiciar fonte de luz. Ao invés das velas atuais, que são fabricadas com parafina como matéria prima, naquela época eram utilizadas vasilhas, pratos e utensílios contendo gordura animal e fibras vegetais utilizadas como pavios. A queima da gordura vegetal em estado líquido produzia luminosidade útil aos homens daquela data, conforme documentado em cavernas através de pintura.
Falando em datas, as velas são mencionadas na Bíblia com referências a partir do século 10 a.C. Já na Grécia e Egito o registro da existência de velas em forma de bastão é documentado no ano 3000 a.C. Também existe o registro de um pequeno pedaço de vela do século I d.C. desta vez encontrado na França. Comercialmente na Idade Média, a fabricação de velas era feita utilizando a gordura animal, ou seja, sebo como matéria prima, mas a sua queima não era agradável devido ao odor e fumaça que a queima gerava. A cera de abelhas também foi utilizada como ingrediente de fabricação para as velas, mas a produção não era o suficiente para suprir a demanda.
As velas eram utilizadas comumente em salões igrejas e monastérios, e por muitos anos eram consideradas como objetos de luxo, principalmente na Europa. Devido a sua manufatura artesanal, a produção de velas era comprada apenas por uma classe que poderia pagar o preço estabelecido na época.
No ano de 1292, na França existiam 72 fabricas de velas e o negócio era rentável, a indústria de velas se transformava em algo promissor. Evoluindo e inovando, os fabricantes de velas da Inglaterra produziam as mesmas com cera, o que conquistou amplamente as pessoas que se tornavam adeptas e dispostas a pagar um preço mais alto pelo produto. Em 1462 a fabricação de velas consegue sua regulamentação na Inglaterra.
No início do sécio XVI, com a expansão do produto e maior disponibilidade as velas começaram a ser vendidas por preços acessíveis, distribuídas por peso e em dúzias. Ganharam espaço ao iluminar teatros, e também eram utilizadas de maneira decorativa colocadas atrás de vasilhames com agua colorida para propiciar tons diferentes de luminosidade em todos os tipos de ambientes.
No ano de 1774, o químico Josehp Priestley concluiu através de seus estudos que a chama da vela é mais forte e luminosa com a presença de oxigênio puro. Somente em 1811, o químico francês Michel Eugene Chevreul concluiu que o sebo era uma composição de ácidos gordurosos combinados, sendo assim prosseguiu com suas contribuições cientificas e isolou a glicerina dos ácidos gordurosos compondo um material não-inflamável, a este composto se deu o nome de “estearina”, material mais duro que o sebo, com combustão prolongada e intenso brilho. Em 1825, o pavio das velas ganha melhoria na sua fabricação, passando a ser um pavio enrolado como é conhecido nas velas atuais, propiciando uma queima de vela completa, uniforme e ordenada, fator importante dado à fabricação com pavios de algodão. 
No começo de 1830 com o surgimento da exploração petrolífera, a fabricação de velas ganha como matéria prima principal um subproduto conhecido como parafina, material menos gorduroso e mais resistente que o sebo. No ano de 1921 é estabelecido o padrão internacional de velas, que compara a luminosidade emitida por lâmpadas com o padrão de intensidade de luz emitida pela queima de velas. Com o surgimento e inovação de tecnologias, processos de fabricação com materiais melhores, este padrão não é mais utilizado atualmente. (ABRAFAVE, 2018)
2.2. AUTORIZAÇÃO PARA USO DE IMAGEM COM OBJETIVO ACADÊMICO
Devido ao fato de utilizarmos uma empresa estabelecida em São José do Rio Preto para a realização deste projeto, foi necessário obter a autorização para uso de imagem da mesma, através da concepção do seu representante legal. 
FIGURA 2: Autorização do representante legal da empresa VELAS Q-L-Z
Fonte: Os autores, 2018.
 3. PESQUISA DE MERCADO
Inicialmente é de extrema importância conhecer o perfil do cliente, pois é necessário saber diferenciar a caracterização de indicadores quantitativos (potencial do mercado, participação da empresa no mercado, etc.) e qualitativos (estilo de vida, características comportamentais, hábitos de consumo, dentre outros). Fazer a análise da cadeia de suprimentos e das empresas que fornecem produtos e serviços: sistema de vendas e distribuição, políticas de preços e cobrança, qualidade padronizada do produto que vamos oferecer ao mercado. O objetivo é possibilitar a empresa uma avaliação comparativa de seus possíveis fornecedores e, a partir de certos critérios, defini-los para o processo de compras, ou, se for o caso, terceirizar seus serviços. Por fim deve-se também dimensionar o mercado, analisar qual o segmento que mais dará lucro, detectar novas tendências, avaliar a performance de seus produtos e serviços, identificar a quantidade que o mercado é capaz de absorver e a que preços esses produtos poderão ir ao mercado para serem vendidos. (SEBRAE NACIONAL, 2018).
3.1. IDENTIFICAÇÃO DO MOTIVO DE COMPRA DA VELA
A vela é um produto com alto poder de venda durante todo o ano, pois está presente em muitos eventos. Embora muitas vezes a presença da vela não seja notada, em casos de necessidade de luz, logo percebemos sua falta. Além disso é um produto não perecível, o que atrai muita atenção de consumidores que não adquirem para uso imediato.
As velas estão presentes em comemorações de aniversário, eventos religiosos e festividades de fim de ano. Vale ressaltar que um dos produtos deste ramo que tem maior saída são as velas de 7° dia, sendo o melhor período de vendas no feriado do dia de finados e durante a semana santa. O mercado disponibiliza também as velas decorativas para casas, um dos grandes focos que conquistou espaço nos últimos anos, além de serem utilizadas para decorar eventos, casamentos, batizados, festas, dias os namorados, dia das mães, natal entre outras festividades.
Com as constantes mudanças no mercado a ser explorado, a fabricação de velas se consolida economicamente, os produtos se fazem cada vez mais presentes em eventos pequenos, médios e grandes. Com a diminuição da falta de energia elétrica em residências no decorrer dos anos, é obvio que houve diminuição na compra de velas por consumidores, mas os fabricantes tiveram que se reinventar para não perder posição no mercado, com criatividade conquistaram seus consumidores e vem os conquistando até os dias atuais. (TEIXEIRA, 2018).
3.2. MERCADO PROMISSOR
Com o passar do tempo, a vela se tornou um produto que vem ganhando cada vez mais formas de utilização. Portanto, existe um grande espaço para a inserção de empreendedores neste ramo, pois este é um mercado que apresenta um crescimento continuo. As velas que antes eram vendidas somente em supermercados, agora são vendidas também em shopping centers, lojas de presentes, lojas de decorações, lojas de artigos religiosos, dentre outras. (TEIXEIRA, 2018)
A fábrica de velas Q-L-Z estuda em sua capacidade produtiva o lançamento de novos detalhes capazes de conquistar o cliente, inovações como velas capazes de emitir brilho quando estão em ambientes escuros para facilitar a sua localização na residência fazem a diferença ao concorrer com produtos já existentes e tradicionais. A busca pela variabilidade e criatividade,por parte do empreendedor ao fabricar velas, pode gerar uma excelente fonte de renda. (BOAS IDEIAS, 2018)
Contudo, podemos ver que, apesar da existência de eletricidade, e do grande desenvolvimento humano ao longo da história, as velas ainda possuem um lugar de destaque na sociedade, seja para trazer um ar de nostalgia a diversos ambientes, decorar, enfeitar bolos de aniversário, casamentos ou qualquer outra comemoração, seja para reverenciar crenças, ou religiões.
3.3. COMPETITIVIDADE DO MERCADO
A indústria de velas é um mercado infinito. Por estar relacionado com questões religiosas e decorativas, é um produto que sempre terá consumidor. Sabe-se que o mercado é muito competitivo e por isso é necessário sempre estar atento às mudanças de preferências dos clientes, surgimento de novos mercados, como os concorrentes estão atuando e na rentabilidade da indústria.
Uma estratégia para mensurar isto, é a administração estratégica, que tem como objetivo a compreensão de como as empresas conquistam e mantêm competitividade. Segundo Porter (1996), uma forma estratégica é a organização industrial que fala sobre a inter-relação entre a empresa e o meio ambiente no qual está inserida. Portanto, a competitividade neste caso é resultado do conhecimento da indústria da qual ela participa somada capacidade de identificar quais elementos que são importantes na concorrência. Esses elementos podem ser a rivalidade, ameaça de novas indústrias do mesmo segmento, produtos substitutos e poder de negociação com fornecedores e clientes. Isto determinará a rentabilidade da empresa e consequentemente a formulação de estratégia. E, aquela que tiver maior capacidade de manipular esses elementos obterá retornos econômicos mais elevados.
Já a estratégia da empresa baseada em recursos defende que o que determina a competitividade organizacional são os recursos internos. De acordo com Wernerfelt (1984, 1995), os recursos têm grande importância no posicionamento da empresa no mercado. E são essenciais para o desenvolvimento de novos negócios assim como o desenvolvimento de empreendedorismo corporativo. 
A competitividade no mercado basicamente está relacionada à invenção e inovação. Outros atributos ligados a esta temática são a agilidade, flexibilidade e confiabilidade, que podem ser considerados o tripé para estruturar as estratégias competitivas de uma empresa. É importante avaliarmos o campo produtivo de atuação, para fabricarmos com um diferencial das fábricas já existentes no mercado, buscando sempre atender a uma demanda crescente por velas de diversas formas e cores. Afinal, apesar de se tratar de um mercado aparentemente "escondido", a competitividade é grande, e com isso é de extrema importância que sejam feitas pesquisas constantes de meios de economia nos gastos internos, sem que a qualidade do produto seja prejudicada. (FREITAS, 2015)
Com isso, a empresa VELAS Q-L-Z sempre procura ter como sinônimo de sua marca a qualidade. Sendo assim, ao fabricar velas, serão escolhidas as matérias primas de bons fornecedores, isso porque a qualidade da parafina (produto este derivado do refino do petróleo), pavio, e dos corantes utilizados, trazem durabilidade ao produto. 
Finalmente sabemos que um dos pontos chaves do negócio é a procura por uma cartela diversificada de fornecedores, a fim de conquistar o melhor preço, obtendo-se assim, a fidelização de fornecedores e principalmente, a fidelização dos clientes. 
3.4. MATRIZ F.O.F.A – ANÁLISE SWOT
A matriz F.O.F.A (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) é uma importante ferramenta utilizada para analisar a viabilidade de um negócio, assim obtendo vantagens e soluções eficazes. O nome deriva do inglês, SWOT - Strenghts, Weaknesses, Opportunities, e Threats. A matriz F.O.F.A é sempre feita em quadrantes, em formato de tabela ou gráfico possuindo quatro partes iguais, nos quais são inseridos fatores positivos e negativos para a criação do negócio (SEBRAE, Nacional, 2018):
Ao realizamos uma matriz F.O.F.A para determinada empresa, negócio, fábrica, empreendimento, grande ou pequena organização, devemos considerar que Forças e Fraquezas dependem de fatores internos e controláveis, Oportunidades e Ameaças dependem de fatores externos não controláveis. 
Podemos citar outros pontos relevantes para efetuar uma melhor análise e obter uma fatia maior do mercado, são eles:
· Possuir uma visão interna e externa sincera do empreendimento;
· Identificar os critérios elementares para a gestão da empresa;
· Definir estratégias com o objetivo de resolver riscos levantados;
· Pontuar os lados positivos e competitivos da empresa para investir e aumentar seu crescimento, fazer o mesmo com os pontos de risco;
· Definir poder de decisão a ser tomado.
3.5. MATRIZ F.O.F.A DA EMPRESA VELAS Q-L-Z
	Para criar o nosso quadro de análise, foi necessário refletir com circunspeção os aspectos favoráveis e desfavoráveis do empreendimento, do mercado, dos clientes, efetuando um levantamento com precisão de informações para cada quadrante
QUADRO 1: Matriz F.O.F.A desenvolvida para a empresa VELAS Q-L-Z. 
	AMBIENTE INTERNO E CONTROLÁVEL
	FORÇAS
· Empresa predominante na cidade e região
· Versátil as demandas de clientes
· Grande poder de marketing
· Matéria prima barata
· Fidelidade de clientes
	FRAQUEZAS
· Surgimento de novas tecnologias
· Estratégia de expansão limitada
· Público alvo seleto
	
AMBIENTE EXTERNO E INCONTROLÁVEL
	OPORTUNIDADES
· Tradicionalismo festivo e religiosa
· Devoção religiosa
· Festividades
· Surgimento de setores diferentes para o produto
· Desestabilidade na rede de energia elétrica
· Possibilidade de fabricar vela inovadora
	AMEAÇAS
· Produto pode ser manufaturado de maneira caseira por artesãos
· Empresas inovadoras no mercado
· Legislação e esferas de poder público.
· Greves de caminhoneiros
· Variabilidade de preços
· Devoção religiosa
Fonte: Os autores, 2018.
3.6. MISSÃO, VISÃO E VALORES DA EMPRESA
Após analisarmos o ambiente externo e a organização como um todo, já conhecemos o bastante para entender qual o propósito da empresa, ou seja, conseguimos formar a visão, missão e valores. O desenvolvimento das declarações de missão, visão e valores é de extrema importância para que fique claro para os steakholders o que a empresa espera deles e que eles entendam o que a empresa é, o que pretende realizar e a quem pretende atender. O CEO (chief executive officer) é o responsável por formar a missão, visão e valores da empresa, esse processo se torna mais eficaz quando envolve vários dos steakholders como por exemplo gerentes executivos, funcionários de diversas áreas, fornecedores e clientes. O envolvimento de todos é de extrema importância, para que o propósito seja verdadeiro e que seja vivido por todos envolvidos, trazendo mais harmonia ao ambiente organizacional. (IRELAND; HOSKISSON; HITT, 2015)
Localizada em São José do Rio Preto desde 1999, a fábrica de velas Q-L-Z vem trabalhando para que todas as etapas do processo produtivo colaborem com o sucesso da empresa, que vem de uma constante evolução. Inovação no portfólio, melhorias nos sistemas de produção e aperfeiçoamento dos produtos, fazem parte desse processo. Com a infraestrutura e maquinários de ponta conseguimos um alto nível de produtividade que além de diminuir o lead time do produto, aumentamos a satisfação do cliente, podendo atender altas demandas de períodos sazonais.
Visão
A visão mostra o que a empresa deseja ser e o que ela deseja alcançar. O desenvolvimento da visão destaca a descrição ideal da organização e dá um direcionamento a empresa para onde ela gostaria de estar nos próximos anos. (IRELAND; HOSKISSON; HITT, 2015)
A Velas Q-L-Z tem a visão de: Iluminar os lares do mundo todo através de velas de qualidade.
Missão
A missão é a razão de existir da empresa, ela especifica os negócios no qual a empresa está inserido e os clientes que deseja servir. Assim como a visão, a missão nos esclarece a identidade da empresa, para ser relevante e inspiradora aos stakeholders. Com uma visão e uma missãoclara aos envolvidos, temos como um alicerce para a companhia, no qual se apoiam para tomadas de decisões e implantações de uma ou mais estratégias. (IRELAND; HOSKISSON; HITT, 2015). 
A empresa tem como missão: Iluminar os lares, bem como apoiar a fé e a crença de cada um.
Valores
Os valores são crenças e atitudes que dão forma à empresa, mostrando a sua personalidade, apontando uma ética para o comportamento das pessoas e da empresa como um todo. 
Desta forma sempre olhando para frente, é possível afirmar que o compromisso da empresa é garantir maior segurança e satisfação dos clientes. Sem deixar os seus valores de lado, que são: 
· Respeito ao consumidor e ao meio ambiente
· Honestidade
· Transparência
· Qualidade
· Valorização de pessoas
· Política ganha-ganha. 
3.7. PESQUISA DE PREÇOS PRATICADOS PELOS CONCORRENTES
Entender a concorrência e acompanha-la é uma tarefa comercial muito significativa para a companhia. Saber o que estão fazendo e o que estão dizendo sobre eles, nos ajuda a direcionar estratégias de uma forma mais inteligente. Saber quais formas de atendimento estão usadas, qual a eficácia no processo e principalmente qual o preço praticado por eles, nos ajuda a posicionar nossa marca para nosso público alvo de forma mais correta e assertiva. 
 Algumas das grandes empresas tem equipes e setores especializado em pesquisa da concorrência, outras contratam profissionais para avaliar os concorrentes e o cenário competitivo. Mas com o auxílio da tecnologia, investindo pouco tempo e recursos, empresas de todos os portes conseguem fazer uma coleta de dados dos competidores e trabalhar essas informações ao seu favor. (CHAGAS, 2017).
Essa pesquisa é muito importante para termos competitividade no mercado. Reunindo essas informações, temos uma boa base para tomarmos algumas decisões como por exemplo: ver para onde o mercado está indo, qual medidas devem ser tomadas, qual o posicionamento da marca e do produto no mercado, desenvolver novos produtos, ajustes de preços, promoções, entre outros. Além disso conseguimos aprender melhores práticas e evitar possíveis erros já cometidos por eles.
Com isso estudamos os três principais concorrentes da região e fizemos uma comparação nos principais produtos do portfólio, analisando os preços praticados pelos nossos concorrentes, como mostra na tabela a seguir.
Quadro 2: Pesquisa de preços dos principais concorrentes no mercado.
	PRODUTO
	VELAS Q-L-Z
	VELAS BOM JESUS
	VELAS BELÉM
	VELAS VISÃO
	VELAS N 03
	R$ 1,94
	R$ 2,09
	R$ 2,77
	R$ 2,22
	VELAS N 04
	R$ 2,30
	R$ 3,54
	R$ 3,68
	R$ 3,17
	VELAS N 05
	R$ 3,07
	R$ 4,29
	R$ 3,92
	R$ 4,33
	VELAS N 06
	R$ 3,28
	R$ 4,92
	R$ 4,41
	R$ 4,78
	VELAS 7 DIAS
	R$ 6,69
	R$ 6,80
	R$ 5,82
	R$ 7,36
	VELA REPELENTE
	R$ 3,89
	R$ 4,86
	R$ 2,30
	R$ 4,86
	VELAS 7 DIAS COM IMAGEM
	R$ 6,69
	R$ 6,80
	R$ 5,82
	R$ 7,36
Fonte: Os autores (2018).
4. BIBLIOGRAFIA
ABRAFAVE. Associação sem fins lucrativos. A HISTÓRIA DAS VELAS. Disponível em: <http://www.abrafave.org.br/a-historia-das-velas.html>. Acesso em: 21 ago. 2018.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Poder Legislativo. SÃO JOSÉ DO RIO PRETO TEM ECONOMIA BASEADA EM SERVIÇOS E INDÚSTRIA. 2011. Disponível em: <https://al-sp.jusbrasil.com.br/noticias/2783232/sao-jose-do-rio-preto-tem-economia-baseada-em-servicos-e-industria>. Acesso em: 20 ago. 2018.
BOAS IDEIAS. FABRICAÇÃO DE VELAS: INSUMOS, PROCESSOS DE PRODUÇÃO, LOGÍSTICA, COMÉRCIO, ETC. Disponível em: <http://www.boasideias.com.br/gestao/ferr_gestao/fabricacao_de_velas.htm>. Acesso: 24/08/18.
CHAGAS, Ivan. COMO FAZER PESQUISA DE CONCORRÊNCIA E APRENDER COM SEUS COMPETIDORES. 2017. Disponível em: <https://aldeia.cc/estrategia/como-fazer-pesquisa-de-concorrencia-e-aprender-com-seus-competidores/>. Acesso em: 27 ago. 2018.
CORRÊA, MARCELLO. INDÚSTRIA TEM MENOR PARTICIPAÇÃO NO PIB DESDE OS ANOS 1950: APESAR DO CRESCIMENTO EM 2017, SETOR CONTINUA PERDENDO ESPAÇO NA ECONOMIA. O globo, Rio de Janeiro, 05 mar. 2018. Economia, p. 3. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/industria-tem-menor-participacao-no-pib-desde-os-anos-1950-22455531>. Acesso em: 17 ago. 2018.
FREITAS, Tamara. VELAS DE PARAFINA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O MERCADO. 2015. Disponível em: <https://pt.linkedin.com/pulse/velas-de-parafina-algumas-considera%C3%A7%C3%B5es-sobre-o-mercado-freitas>. Acesso em: 24 ago. 2018.
IRELAND, Duane; HOSKISSON, Robert; HITT, Michael. ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA. 10ª. ed. Estados Unidos: Cengage Learning, 2015. 19-20 p.
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