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Proteção do complexo dentina polpa

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WILLY KEFHA – 3ºP
PROTEÇÃO DO COMPLEXO DENTINA POLPA
RESUMO VÍDEO 1 
Proteção do Complexo Dentinopulpar – Tipos de Dentina 
A dentina é um tecido mineralizado produzido pelos odontoblastos.
 A Dentina primária a dentina é produzida durante a odontogenese até a erupção do dente na cavidade bucal e completa formação do ápice radicular.
A Dentina secundária é produzida após a erupção dentária acontece passivamente durante a vida de uma pessoa, numa taxa mais lenta que na dentina primária. Essa produção contínua de dentina é acompanhada de uma movimentação centrípeta – para dentro – dos odontoblastos, justificando a redução volumétrica da polpa ao avançar da idade.
As dentinas primárias e secundárias são praticamente indistinguíveis do ponto de vista morfológico e funcional, os túbulos dentinários e prolongamentos odontoblásticos estão presentes em ambas as dentinas e uma sutil zona hipercromatica separa a dentina primária da secundária em análises histológicas. Essas duas dentinas também são chamadas de dentina fisiológica, por causa do seu mesmo arranjo morfológico estrutural.
A Dentina terciária está relacionada com a resposta do organismo frente as agressões, por exemplo: lesões de cárie, traumas aplicados a estrutura dentária através das funções mastigatórias, traumas devidos a procedimentos odontológicos e traumas relacionados com materiais restauradores.
A produção da dentina terciária não apresente padrão tubular uniforme, sendo resultado de estímulos lesivos externos que provocam danos nos prolongamentos dos odontoblastos ou até mesmo em morte dessas células.
Em situações de agressão de baixa intensidade, existe a formação de dentina reacional, onde os odontoblastos primários irão depositar e mineralizar uma matriz dentinária que pode apresentar uma característica tubular, essa deposição de dentina intratubular é chamada de esclerose dentinária, sendo um mecanismo de defesa que diminui a luz tubular ou até mesmo destruição do túbulo. O trajeto dos túbulos dentinários da dentina primária e secundária podem interrompidos, servindo para que o agende agressor chegue à polpa e a afete. Esse processo afeta a permeabilidade dentinária e reduz a permeabilidade tecidual. 
Em situações de agressão de alta intensidade, pode ocorrer a morte dos odontoblastos. Quando isso ocorre, células ectomesenquimais indiferenciadas da polpa são recrutadas e se diferenciam em células odontoblastóides, que são semelhantes aos odontoblastos e desempenham a função inicial de deposição de uma matriz dentinária amorfa e atubular. 
Esse tipo de dentina é chamado de reparadora e após a interrupção do estímulo nocivo, essa nova camada de células odontoblastóides continua a deposição de uma matriz dentinária mais organizada, com formações tubulares.
RESUMO VÍDEO 2
Proteção do Complexo Dentinopulpar - Profundidade Cavitária 
É necessário ter um bom conhecimento sobre as características morfológicas dentinárias para escolha da conduta terapêutica mais apropriadas.
Podemos dividir a dentina em terços:
- O terço externo, próximo a junção ameloadentinária, região mais distante das células formadoras da dentina - os odontoblastos – a mais tempo mineralizada e formada, observamos uma maior quantidade de tecido mineralizado com mais dentina intertubular, peritubular e túbulos de diâmetro pequeno, em virtude de maior mineralização encontrada nessa região do tecido.
- O terço médio apresenta uma menor quantidade de dentina intertubular e peritubular em comparação ao terço externo.
- O terço interno possui uma menor quantidade de dentina intertubular e peritubular, acompanhada de um maior diâmetro dos túbulos dentinários, regiões onde estão mais concentrados em virtude da distribuição radial que os túbulos apresentam no sentido polpa-junção amelodentinária.
Os túbulos dentinários são repletos de fluido tissular, à medida que a profundidade cavitária aumenta, existe uma maior permeabilidade e umidade tecidual existente. Esses aspectos são relevantes para escolha dos materiais protetores durante os procedimentos restauradores. Existem algumas recomendações acerca das técnicas de proteção pulpar, relacionando com a profundidade das cavidades e naturezas dos materiais restauradores a serem utilizados.
Temos, que em cavidades superficiais, ou de profundidade rasa ou média, deve aplicar somente o sistema adesivo previamente a resina composta. Se utilizar o amalgama, deve ser aplicado o verniz cavitário ou o sistema adesivo.
Em cavidades profundas, deve ser aplicado cimento de ionômero de vidro, como material forrador na região mais profunda, em seguida sistema adesivo previamente a resina composta. Em amálgama, a sequência é semelhante, podendo alterar o sistema adesivo por verniz cavitário.
Em cavidades muito profundas, na eminência de exposição pulpar, devem ser aplicado cimento de hidróxido de cálcio na região mais profunda, seguido de cimento de ionômero de vidro para forramento e a seguir sistema adesivo previamente a resina composta. Caso de amálgama, aplicar verniz cavitário ao invés do sistema adesivo.
Se houver exposição acidental da polpa, aplicar diretamente sob a área exposta, aplica-se hidróxido de cálcio PA ou pasta de hidróxido de cálcio, seguido dos materiais citados anteriormente. 
Deve-se existir uma cautela ao determinar um tipo de cavidade, pois a definição de uma cavidade pode variar de acordo com o profissional, por isso é importante lembrar que existem dentes com coroas longas e com coroas curtas, dessa forma, a profundidade é relativa de acordo com o tamanho da coroa. É importante lembrar sobre o menor volume das câmaras pulpares encontradas em idosos em função da deposição contínua da dentina secundária ou também em dentes que tenham sofrido algum tipo de agressão e tenham formado uma dentina terciária.
Em casos de dentina terciária, seja reacional ou reparadora, é utilizado somente o cimento de ionômero de vidro forrador na parede de fundo independentemente da profundidade cavitária.

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