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Renê Coppe| Pg. 1 Prof. Renê Coppe Pimentel PROVISÕES, ATIVOS E PASSIVOS CONTINGÊNTES (Cap 6 – CPC 25) Renê Coppe| Pg. 2 Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos para terceiros. (CPC) – Legalmente exigíveis (salários, impostos e empréstimos) – Fruto de prática usual de negócio (prestação de serviços de manutenção ou programas de fidelidade) CARACTERIZAÇÃO Renê Coppe| Pg. 3 Extinção de uma obrigação ocorre por: – Entrega de outros ativos – Prestação de serviços – Substituição por outra obrigação – Renúncia do credor CARACTERIZAÇÃO Renê Coppe| Pg. 4 PROVISÃO E OUTROS PASSIVOS • Reconhecimento de passivos: – Obrigação presente: é mais provável existir obrigação do que não existir na data do balanço. Evidências após a data do balanço devem ser consideradas. – Evento passado: não são reconhecidas contabilmente obrigações derivadas de fatos geradores futuros. – Probabilidade de saída de recursos: é mais provável que ocorra desembolso do que não ocorrer. – Estimativa confiável: resultante da capacidade da entidade determinar conjunto de desfechos possíveis. Renê Coppe| Pg. 5 PROVISÃO E OUTROS PASSIVOS • Comparando passivos: – Fornecedores – Empréstimo e financiamento – Salários e encargos a pagar – Impostos a recolher/pagar – Reclamações (contingências) trabalhistas Renê Coppe| Pg. 6 PROVISÃO E OUTROS PASSIVOS • Contingência: – condição ou situação cujo resultado final, favorável ou desfavorável, depende de eventos futuros incertos. – Podem ser situações desfavoráveis com ocorrência: • Provável (Provisão) • Possível (Passivos contingentes evidenciados) • Remota (Passivos contingentes NÂO evidenciados) Renê Coppe| Pg. 7 PROVISÃO E OUTROS PASSIVOS • Provisões – É um passivo de prazo ou de valor incertos. – São os passivos que possuem maior grau de incerteza em relação aos passivos genuínos. – Não são reconhecidas em virtude de ações e condutas futuras, mesmo que tais ações venham causar gastos (provisão x reservas). – Envolvem sempre uma contraparte, mesmo que não seja específica (público em geral). Renê Coppe| Pg. 8 PROVISÃO E OUTROS PASSIVOS • Provisões – Exemplos – Provisão para garantias de produtos, mercadorias e serviços – Provisão para riscos fiscais, trabalhistas e cíveis – Provisão para danos ambientais causados pela entidade – Provisão para penalidades por quebra de contrato (passivos onerosos) – Obrigação por retirada de serviço de ativos de longo prazo (asset retirement obligation) – Provisão para benefícios a empregados (provisões atuariais) Renê Coppe| Pg. 9 ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES • Contingência: – condição ou situação cujo resultado final, favorável ou desfavorável, depende de eventos futuros incertos. – efeito financeiro será determinado por eventos futuros que possam ocorrer ou deixar de ocorrer. – em contabilidade, se restringe às situações existentes na data das demonstrações contábeis. – estimativas quanto ao desfecho e aos efeitos financeiros das contingências são determinadas pelo julgamento da administração da companhia. – devem estar apoiadas em estudos e pareceres técnicos que reflitam uma posição isenta. – devem ser revisadas pelo auditor independente. Renê Coppe| Pg. 10 ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES • Passivos contingentes: – Caracteriza-se por saída de recurso possível, mas não provável. – Não são reconhecidos contabilmente, sendo necessária apenas a divulgação em notas explicativas. – É necessário confirmar se existe obrigação ou não. – Obrigações existentes, porém pode não ser passível de estimativas confiáveis sobre seu valor. Renê Coppe| Pg. 11 ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES • Passivos contingentes: – Pode ocorrer de um passivo contingente representar probabilidade de desembolso remota. – Em casos de probabilidade de desembolso remoto, não é necessário divulgar em notas explicativas. Renê Coppe| Pg. 12 ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES • Passivos contingentes: – Devem ser revisados periodicamente a fim de: • adequar as classificações entre prováveis, possíveis e remotas. • adequar valores Renê Coppe| Pg. 13 RELAÇÃO ENTRE PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES Probabilidade de Ocorrência do Desembolso Tratamento Contábil Obrigação presente certa (Passivo Genuíno) Passivo deve ser reconhecido. Obrigação presente provável (Provisão) - Mensurável por meio de estimativa confiável Uma provisão é reconhecida e divulgada em notas explicativas - Não mensurável por inexistência de estimativa confiável Divulgação em notas explicativas Obrigação presente possível (Passivo contingencial – mais provável que não haja desembolso) Divulgação em notas explicativas Obrigação presente remota (Passivo contingencial – pouco provável que haja desembolso) Não se divulga em notas explicativas. Divulgação pode ser opcional (Voluntária) Renê Coppe| Pg. 14 RELAÇÃO ENTRE PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES Renê Coppe| Pg. 15 ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES • Contingências: Reserva ou Provisão? – Segregação com base na análise do fato gerador contábil – “O fato gerador contábil já ocorreu ou não?” – Não há obrigatoriedade da reserva para contingências – Constituição da reserva deve estar prevista no Estatuto Social ou na deliberação da Assembleia Geral – Pode ser desejável constituição de reserva, mas se trata de uma possibilidade de uso, deverá ser baixada quando da efetiva perda ou revertida caso não ocorra perda esperada. Renê Coppe| Pg. 16 ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES • Ativos contingentes – Possibilidade de entrada de benefícios econômicos de eventos não esperados ou não planejados. – Não são contabilizados (reconhecidos) até que a realização seja praticamente certa. – Devem ser divulgados em notas explicativas quando forem prováveis de realização. Renê Coppe| Pg. 17 RELAÇÃO ENTRE PROVISÕES E PASSIVOS CONTINGENTES Probabilidade de Ocorrência da Entrada de Recursos Tratamento Contábil Certa ou praticamente certa (Ativo Genuíno) Ativo não é contingente. Um ativo deve ser reconhecido. Provável, mas não praticamente certa Nenhum ativo é reconhecido, mas existe divulgação em notas explicativas. Não é provável Nenhum ativo é reconhecido, não se divulgação em notas explicativas Renê Coppe| Pg. 18 USO E MUDANÇAS NA PROVISÃO • Provisões devem ser usadas somente para os desembolsos para os quais foi originalmente reconhecida. • Provisões devem ser reavaliadas a cada data de balanço e ajustadas para refletir a melhor estimativa corrente • Devem ser considerados os aumentos de provisão referente ao valor presente (em contrapartida às despesas financeiras) Renê Coppe| Pg. 19 Provisão para Riscos Fiscais 1.000 (a) Despesa de Riscos Fiscais (a) 1.000 Provisão para Riscos Fiscais: CONTABILIZAÇÃO Resultado do ExercícioPassivo Renê Coppe| Pg. 20 a) Referem-se, principalmente, ao questionamento da aplicação da Lei Complementar 102/2000 no que tange o crédito do ICMS no consumo de energia, telecomunicações e aquisições de ativo imobilizado. b) Referem-se a discussões relacionadas à glosa de ajustes no lucro tributável, decorrentes de correção monetária de balanço, compensações de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social. c) São diversos processos, abrangendo matérias como contribuições previdenciárias, fundo de garantia, aplicaçãode multa de ofício em pagamento espontâneo de débitos, etc d) Provisões para processos de natureza cível, cuja probabilidade de desfecho é considerada de perda provável por nossos assessores jurídicos. PROVISÃO E OUTROS PASSIVOS Renê Coppe| Pg. 21 Em 30 de setembro de 2011, o montante estimado para processos judiciais e procedimentos administrativos representativos de contingências passivas relacionadas a questões tributárias cuja probabilidade de perda foi avaliada como possível, era de R$ 126.225 no consolidado (R$ 111.208 em 31 de dezembro de 2010). Do saldo da provisão para riscos tributários consignado nas demonstrações financeiras de 30 de setembro de 2011, R$ 32.617 no consolidado (R$ 24.001 em 31 de dezembro de 2010) referem-se à estimativa de perda para estes processos. Para os processos classificados como perda possível, a Companhia provisiona valores estimados de custas processuais sobre a contingência. Embora a Administração entenda que a probabilidade de desembolso com estes processos individualmente seja pequena, pode ser provável que no conjunto dos processos desta mesma natureza ocorra a necessidade de desembolso nos montantes registrados. A Companhia discute judicialmente em processo movido pelo Banco Renner, a associação da marca “Renner” na exploração de serviços financeiros, exceto aqueles relacionados ao Cartão de Crédito “Renner”, serviços de suporte a ele relacionados e seguro. O processo encontra-se em disputa judicial e é avaliado como de perda provável por nossos assessores jurídicos, sem contingência financeira determinada nos autos. PROVISÃO E OUTROS PASSIVOS Renê Coppe| Pg. 22 PROVISÃO E OUTROS PASSIVOS Federação dos Pescadores do Rio de Janeiro - FEPERJ A FEPERJ pleiteia, em nome dos seus representados, indenizações diversas em razão do vazamento de óleo na Baía da Guanabara, ocorrido no dia 18 de janeiro de 2000. À época, a Petrobras indenizou extrajudicialmente todos que comprovaram serem pescadores no momento do acidente. Segundo registros do cadastro nacional de pescadores, apenas 3.339 poderiam pleitear indenização. Em 02 de fevereiro de 2007, foi publicada decisão acolhendo, parcialmente, o laudo pericial e que, a pretexto de quantificar a decisão condenatória, fixou os parâmetros para os respectivos cálculos que, por tais critérios, alcançaria a importância de R$ 1,1 bilhão. Em 29 de junho de 2007, foi publicada decisão negando provimento ao recurso da Petrobras e dando provimento ao recurso da FEPERJ. Contra essa decisão foram interpostos Recursos Especiais pela Petrobras, os quais em julgamento realizado no dia 19 de novembro de 2009 foram providos para anular o acórdão da 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça/RJ. Em 02 de junho de 2011 foram interpostos embargos de divergência pela FEPERJ, que se encontram pendentes de julgamento. Com base nos cálculos elaborados pelos assistentes periciais da Companhia, foi mantido o valor de R$ 56, atualizado para 30 de setembro de 2011, por representar o montante que a Companhia entende como limite máximo a ser fixado ao final do processo pelas instâncias superiores. Renê Coppe| Pg. 23 • Exercícios – Disponível no Moodle – Exercícios Adaptados – Livro base (Yamamoto et al) – Cap. 6 – Ex. 01 – Siderúrgica Só Fumaça – Livro base (Yamamoto et al) – Cap. 6 – Ex. 02 – Restaurante Rabichos – Livro base (Yamamoto et al) – Cap. 6 – Ex. 03 – Stand Centro Renê Coppe| Pg. 24 Prof. Renê Coppe Pimentel REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS -IMPAIRMENT- (Cap 7 – CPC 01) Renê Coppe| Pg. 25 VALOR RECUPERÁVEL (REALIZÁVEL) • Tradicionalmente, a maioria dos componentes do balanço patrimonial é mensurada ao custo histórico, que é, o valor de transação na data da aquisição • Em alguns casos é necessário ajustar o valor dos ativos para que represente a melhor estimativa do valor realizável (valor dos benefícios futuros esperados). Renê Coppe| Pg. 26 VALOR RECUPERÁVEL (REALIZÁVEL) • Assim, os ativos não devem estar registrados contabilmente acima do valor esperado de recuperação. Valor Contábil Valor Recuperável • Caso isso ocorra, é necessário reduzir o valor do ativo para seu valor recuperável (impairment) Renê Coppe| Pg. 27 VALOR RECUPERÁVEL (REALIZÁVEL) • Exemplos desses ajustes são: A) Estimativa de perdas nos estoques B) Estimativa de perdas em recebíveis C) Impairment de ativos de longo prazo Renê Coppe| Pg. 28 VALOR RECUPERÁVEL (REALIZÁVEL) • A) Estimativa de perdas nos estoques – Quando o valor contábil do estoque estiver maior que o mercado, o valor contábil deve ser ajustado, valendo a regra “custo ou mercado, dos dois o menor” – Nesses casos, a contabilidade deve reconhecer uma redução no valor contábil dos estoques (write down to net realisable value). – Esse ajuste diminui o valor dos estoques e diminui o resultado do período (logo, reduz o patrimônio líquido) Renê Coppe| Pg. 29 CONTABILIZAÇÃO • A) Estimativa de perdas nos estoques Redução de estoques a valor de realização 300 (b) Perda com estoques (b) 300 CONTA REDUTORA DO ATIVO CONTA DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Renê Coppe| Pg. 30 VALOR RECUPERÁVEL (REALIZÁVEL) • B) Estimativa de perdas em recebíveis – “Estimativas de Perdas em Créditos de Liquidação Duvidosa (EPCLD) ou também chamada de “Perdas com Devedores Duvidosos” (PDD) – Trata-se de uma conta redutora de “contas a receber de clientes”: representa a estimativa de perdas em relação ao risco de não recebimento dos créditos concedidos. – Em termos contábeis, temos uma redução do resultado como “Perdas em vendas a prazo” (despesa) e redução do ativo “Estimativa de perda em recebíveis” (conta redutora do ativo) – As estimativas de perdas são normalmente feitas com base em perdas históricas passadas (da empresa ou do setor) ou pela análise individual de crédito de cada cliente Renê Coppe| Pg. 31 VALOR RECUPERÁVEL (REALIZÁVEL) • B) Estimativa de perdas em recebíveis • Constituição da EPCLD – Como regra geral, é constituída com base na identificação do risco e ajustada ao final de cada exercício. • Natureza da Conta – É uma conta credora, apresentada no balanço no lado do ativo, retificando a conta Clientes. • Objetivo – Adequar as contas a receber ao seu valor líquido de realização. Renê Coppe| Pg. 32 VALOR RECUPERÁVEL (REALIZÁVEL) • B) Exemplo de estimativa de perdas em recebíveis – Uma empresa tem a seguinte estrutura patrimonial: – A empresa vende todos os estoques pelo valor de $ 30.000 sendo $10.000 a vista e $20.000 vendas a prazo – Devido a indicadores de inadimplência em seu setor de atuação, a empresa estima que 5% das vendas a prazo não serão recebidas. Caixa 5.000 Estoques 16.000 Capital social 21.000 Ativo 21.000 Passivo + PL 21.000 Renê Coppe| Pg. 33 VALOR RECUPERÁVEL (REALIZÁVEL) Caixa 5.000 Estoques 16.000 Capital social 21.000 Ativo 21.000 Passivo + PL 21.000 Caixa 15.000 Contas a receber 20.000 Capital Social 21.000 (-) Estimativa de perdas em recebíveis (1.000) Lucro Período 13.000 Estoques - Ativo 34.000 Passivo + PL 34.000 DRE Vendas 30.000 (-) CMV (16.000) Lucro Bruto 14.000 (-) Perdas em vendas a prazo (1.000) Lucro Período 13.000 Renê Coppe| Pg. 34 CONTABILIZAÇÃO • B) Estimativa de perdas em recebíveis EPCLD 300 (a) Despesa com Devedores Duvidosos (a) 300 CONTA REDUTORA DO ATIVO CONTA DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Renê Coppe| Pg. 35 CONTABILIZAÇÃO • B) Quando ocorre de fato o reconhecimento da perda EPCLD 300 Contas a Receber de Clientes 300(b) CONTA REDUTORA DO ATIVO CONTA DO ATIVO (b) 300 XXXXX Renê Coppe| Pg. 36 CONTABILIZAÇÃO PADRÃO – REVERSÃO • Saldo Inicial da EPCLD: $1.000 – a) Cliente “X” foi considerável incobrável: $800 – b) Estimativa de perda para o próximo período: $500 Despesa com Devedores Duvidosos (a) 800 800 (a) 1.000 SI 500 (b2) (b2) 500 200 PECLD Reversão da PECLD (b1) 200 200 (b1) Clientes XXXXXX Renê Coppe| Pg. 37 CONTABILIZAÇÃO ALTERNATIVA - COMPLEMENTO • Saldo Inicial da EPCLD: $1.000 – a) Cliente “X” foi considerável incobrável: $800 – b) Estimativa de perda para o próximo período: $500 Despesa com Devedores Duvidosos 800 (a) 800 (a) 1.000 SI 300 (b) (b) 300 500 200 PECLD Clientes Renê Coppe| Pg. 38 PERDA ADICIONAL COM CLIENTES • Exemplo: A empresa Explorada possuía um saldo de Clientes no valor de $ 70.000 e havia estimado $ 2.000 para cobrir as perdas prováveis com vendas a prazo. • Os clientes “Fui” e “Já Era” que deviam $ 1.000 e $ 750 respectivamente haviam sido considerados incobráveis. Além disso o cliente Perdido que devia $600 também alegou não ter condições de efetuar o pagamento, então: (SI) 70.000 1.000 (C) (X) 350 (C) 1.000 2.000 (SI) 750 (E) (E) 750 600 (X) (X) 250 Clientes Perdas com Clientes PECLD Renê Coppe| Pg. 39 RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS • Quando a recuperação do crédito refere-se a perda com incobrável considerada no mesmo exercício social: – D – Bancos (Ativo) – C – Perdas com Clientes (no Resultado, caso haja saldo) ou EPCLD (Ativo) • Exemplo (Utilizando-se os mesmos dados da “Explorada”): O cliente “Já era” conseguiu pagar $ 200 de sua dívida, então: (SI) 70.000 1.000 (C) SI) 30.000 (C) 1.000 2.000 (SI) 750 (E) (Y) 200 (E) 750 600 (X) 30.200 (X) 250 0 (X) 350 200 (Y) 150 Clientes PECLDBancos Perda c/ Clientes Renê Coppe| Pg. 40 RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS • Quando a recuperação do crédito refere-se a perda com incobrável considerada que já havia sido baixado como perda em exercício social anterior: – D - Bancos (Ativo) – C - Receita de Recuperação de Créditos (Resultado) • Exemplo (Continuação da “Explorada”): O cliente “K-Loteiro” que havia sido considerado incobrável no exercício anterior efetuou o pagamento de $500, então: (SI) 70.000 1.000 (C) (X) 350 200 (Y) (C) 1.000 2.000 (SI) 750 (E) (E) 750 600 (X) (X) 250 (SI) 30.000 0 (Y) 200 (Z) 500 30.200 500 (Z) Clientes Perdas com Clientes PECLD Bancos Recuperação de Crédito Renê Coppe| Pg. 41 VALOR RECUPERÁVEL (REALIZÁVEL) • C) Impairment de ativos de longo prazo – Os ativos imobilizados e intangível têm longa vida útil para a empresa e a avaliação desses bens podem variar ao longo desse período devido a mudanças no valor de mercado, no ambiente tecnológico entre outros. – O valor contábil de um ativo não pode ultrapassar seu valor recuperavel. Logo, periodicamente a empresa deve fazer teste de verificação da recuperação (teste de impairment). – Valor recuperável é o (1) valor de venda ou (2) seu valor em uso, valendo o maior valor entre os dois. • Valor de venda deve incluir todos os custos associados à venda • Valor em uso é o valor presente dos fluxos de caixa estimados – O ajuste reduz o valor do ativo imobilizado e o resultado do período (despesa). – SERÁ DETALHADO NO TÓPICO IMOBILIZADO E INTANGÍVEL Renê Coppe| Pg. 42 ASPECTOS FISCAIS • A legislação fiscal (Lei 9430/96) não admite a figura da EPCLD nem das provisões como dedutível do Imposto de Renda. • No caso da EPCLD, as perdas somente são consideradas dedutíveis quando efetivamente incorridas e conforme condições estabelecidas na lei, tais como: – existência de declaração de insolvência do devedor, emanada pelo Poder Judiciário ; – créditos sem garantias de valor conforme o prazo decorrido desde o vencimento ; – com garantia e com processo judicial em andamento após 2 anos de vencidos. Renê Coppe| Pg. 43 ASPECTOS FISCAIS • Imposto de Renda - Cálculo do IR e LALUR • O Livro de Apuração do Lucro Real corresponde a uma obrigação acessória eminentemente fiscal para as entidades tributadas pelo Lucro Real, cuja principal função é determinar a base de cálculo para a aplicação das alíquotas de IRPJ. • Este livro é formado por duas partes, a saber: – Parte A: destinada aos lançamentos de ajuste do lucro líquido do período (adições, exclusões e compensações); e – Parte B: destinada exclusivamente ao controle dos valores que não constem da escrituração comercial, mas que devam influenciar na determinação do lucro real de períodos futuros. Renê Coppe| Pg. 44 CONTABILIZAÇÃO DO IR • Passo 1: efetuar o cálculo do IR/CS, com base no LAIR/CS e possíveis ajustes (receitas e/ou despesas não aceitas pelo fisco) • Passo 2: contabilizar o IR/CS: D – Desp. IR/CS C – IR/CS a Pagar • Passo 3: quando houver o pagamento: – D – IR/CS a Pagar – C – Caixa / Bancos Renê Coppe| Pg. 45 CONTABILIZAÇÃO DO IR Receita Bruta 10.000 (-) Dedução da Receita Devoluções de Vendas (1.800) Abatimentos sobre Vendas (200) Receita Líquida 8.000 (-) CMV (3.000) Lucro Bruto 5.000 Despesas Operacionais Vendas (1.000) Multas (350) Desp/Rec.Financeiras (1.450) Reversão de EPCLD 500 Outras Receitas 750 LAIR 3.450 Desp. IR (825) Lucro Líquido 2.625 CÁLCULO DO IR LAIR 3.450 (+) Adições Multas 350 (-) Exclusões Rev. EPCLD (500) BASE DE CÁLCULO PARA IR 3.300 IR ( 25%) 825 Renê Coppe| Pg. 46 • Exercícios do livro, cap.7: – Ex 01 – Anônima Ltda – Ex 02 – Só Calotes S/A – Ex 03 – Celulose S/A
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