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01 2020 - analise de caso IV

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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
Pró-Reitoria de Educação Continuada 
Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão 
Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. 
Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 
Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 
 
1 
 
 
 
 
Curso de Especialização em 
Direito Tributário 
 
 
 
Módulo I 
1º semestre de 2020 
 
Análise de Caso IV 
 
Gabriela Duarte Macedo 
RA 00237681 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
Pró-Reitoria de Educação Continuada 
Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão 
Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. 
Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 
Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 
 
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ANÁLISE DE CASOS 
 
Caso 1. 
Por força do que prescreve o art. 195, I, “a”, da Constituição da República, a 
legislação exige que o empregador recolha contribuição sobre a folha de salários e 
demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa 
física que lhe preste serviço. Neste contexto, pergunta-se: 
a) O que é “salário”? E “rendimento do trabalho”? 
 
Para iniciar temos que salário é o valor pago em troca da prestação de serviços que são 
habituais, ou seja, uma contraprestação da prestação de atividade exercida pelo 
trabalhador, sendo contratualmente previsto. Já, rendimento do trabalho, seria a 
remuneração obtida mensalmente na totalidade, como a soma de salário e gorjetas 
recebidas, valores de bonificação. 
 
b) Levando em consideração a resposta dada a questão anterior, especificar 
quais das parcelas abaixo estão ou não sujeitas à incidência deste tributo, 
justificando sua resposta: 
 
(b.1) os serviços extraordinários (horas extras); Incide, pois tem caráter 
remuneratório. 
(b.2) terço constitucional; Não incide, pois tem caráter indenizatório. 
(b.3) férias indenizadas; Não incide, pois tem caráter indenizatório, e previsão legal 
no art. 28, §9º, da Lei 8.212/91. 
(b.4) aviso prévio indenizado; Não incide, pois tem caráter indenizatório. 
(b.5) adicional de insalubridade; Incide, pois tem caráter remuneratório. 
(b.6) adicional de periculosidade; Incide, pois tem caráter remuneratório. 
(b.7) adicional noturno; Incide, pois tem caráter remuneratório. 
(b.8) auxílio-educação; Não incide, pois não tem caráter remunetatório 
(b.9) auxílio-creche; Não incide, devido à previsão da Lei 8.212/91. 
(b.10) auxílio-doença; Não há incidência, pois inexiste contraprestação da parcela. 
(b.11) salário maternidade; Incide, pois existe previsão no art. 28, §2º da Lei 
8.212/91. 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
Pró-Reitoria de Educação Continuada 
Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão 
Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. 
Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 
Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 
 
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(b.12) prêmio assiduidade; Não incide, pois ganhos eventuais e não integrados ao 
salário, não integram a base da contribuição, conforme previsão do art. 28, da Lei 
8.212/91. 
(b.13) vale transporte; Não incide, pois tem natureza indenizatória, conforme 
entendimento do STF. 
(b.14) descanso remunerado. Incide, pois tem natureza remuneratória. 
 
Caso 2: 
STJ - REsp nº 1.221.170/PR 
 
• O STJ reconheceu a ilegalidade das IN’s RFB nº 247/02 e 404/04, decidindo 
haver um conceito mais amplo de “insumos” para fins de aproveitamento de 
créditos de PIS e COFINS, que deve ser aferido considerando a essencialidade 
ou relevância do item, bem ou serviço para o desenvolvimento da atividade 
econômica do contribuinte. 
 
Pergunta-se: 
Empresa industrial produtora de pães e bolos faz jus ao aproveitamento de créditos 
de PIS e COFINS quanto a: (i) despesas com limpeza e dedetização; (ii) material de 
embalagem; (iii) designe gráfico relativo ao material de embalagem; (iv) despesas 
com marketing? Justificar. 
 
Inicialmente, partiremos da analise de amplitude do vocábulo insumo, empregado no 
art. 3º das Leis n. 10.637/02 e n. 10.833/03, nos termos deste dispositivo, a pessoa jurídica 
poderá aproveitar créditos de PIS e COFINS em relação a “bens e serviços, utilizados como 
insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à 
venda”. Então, o que seria insumo para fim de creditamento? 
 
A RFB restringiu a significação do vocábulo “insumo”, por meio das INs que tiveram sua 
ilegalidade reconhecida, no entanto, o entendimento era no sentido de que, no que concerne à 
fabricação ou produção de bens destinados a venda, insumos seriam “as matérias-primas”, os 
produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sobram 
alterações, tais como desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em 
função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, ou seja, exigia a 
incorporação ou transformação do bem. 
 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
Pró-Reitoria de Educação Continuada 
Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão 
Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. 
Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 
Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 
 
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No entanto, conforme demonstrado no caso, não podem ser aplicadas as mesmas 
regras previstas no ICMS e IPI, para o caso do PIS e COFINS, tendo em vista que não a 
incidência não é sobre a circulação de bens ou industrialização e sim sobre as receitas auferidas. 
 
Desta forma, insumo deve ser entendido como todos os custos com a produção e 
comercialização de mercadorias ou prestação de serviços, englobando as matérias-primas, ou 
seja, bens que integram fisicamente o produto; mão de obra, caracterizada por atos de execução 
do processo produtivo, de comercialização ou de prestação de serviços, e por fim, gastos gerais, 
como custos indiretos da produção ou serviço. 
 
Assim temos que, (i) despesas com limpeza e dedetização; seria insumo, pois faz 
parte de manutenção para produção e comercialização das mercadorias (ii) material de 
embalagem; seria insumo, pois a embalagem é necessária para comercialização (iii) designe 
gráfico relativo ao material de embalagem; seria insumo, pois o material utilizado já é 
insumo, sendo que o designe faz parte do mesmo. (iv) despesas com marketing, deve ser 
considerado insumo, pois envolve a promoção da marca com objetivo de aumentar as vendas 
dos produtos, já houve até decisão do CARF nesse sentido. 
 
Disto, temos o resultado de que “insumos”, compreendidos no contexto do regime de 
apuração da contribuição ao PIS e da COFINS, consistem no conjunto de fatores necessários ao 
desempenho de determinada atividade empresarial, seja ela consistente na produção, 
comercialização de bens ou prestação de serviços, sendo autorizada, por expressa determinação 
legal, o abatimento de créditos a eles relativos. 
 
 
Caso 3: 
 
STJ - AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.051.634 – CE 
I - O sistema monofásico constitui técnica de incidência única da tributação, com 
alíquota mais gravosa, desonerando-se as demais fases da cadeia produtiva. Namonofásica, o contribuinte é único e o tributo recolhido, ainda que as operações 
subsequentes não se consumem, não será devolvido. (...) 
III - O fato de os demais elos da cadeia produtiva estarem desobrigados do 
recolhimento, à exceção do produtor ou importador responsável pelo recolhimento do 
tributo a uma alíquota maior, não é óbice para que os contribuintes mantenham os 
créditos de todas as aquisições por eles efetuadas. IV - Agravo Regimental provido. 
(março/2017) 
 
 
Pergunta-se: 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
Pró-Reitoria de Educação Continuada 
Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão 
Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. 
Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 
Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 
 
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Pessoa jurídica que desempenhe atividade cuja receita submete-se ao regime de 
tributação monofásico tem direito ao aproveitamento de créditos de PIS e COFINS? 
Em caso afirmativo, em que hipóteses e quais as limitações envolvidas? Justificar. 
 
Diz-se monofásico o recolhimento, com alíquota majorada, ocorrido uma única vez no 
início da cadeia produtiva ou de serviços. Tal sistemática implica concentração do recolhimento 
do tributo em um único sujeito, de forma que os demais contribuintes da cadeia nada terão que 
recolher a título da COFINS e da contribuição para o PIS/Pasep, promovendo as operações 
seguintes com a aplicação da alíquota 0 (zero) relativamente a essas contribuições. 
 
As atividades submetidas à sistemática de recolhimento monofásico estão elencadas, 
essencialmente, no artigo 2°, parágrafo 1°, das Leis n° 10.637/2002 e n° 10.883/2003. 
 
Por seu turno, o artigo 3°, inciso I, alínea “b”, dessas mesmas leis, após as alterações 
promovidas pela Lei n° 10.865/2004, trouxeram as vedações à manutenção de créditos da 
COFINS e da contribuição para o PIS/Pasep quando se tratar de operações submetidas à 
sistemática monofásica. 
 
No regime monofásico, a carca tributária concentra-se numa única fase, sendo 
suportada por um único contribuinte, não havendo cumulatividade a se evitar. Na técnica não 
cumulativa, a carga tributária é diluída em operações sucessivas (plurifasia), sendo suportada por 
cada elo da cadeia produtiva, havendo direito a abater o crédito da etapa anterior. 
 
Tínhamos apenas as leis 10.637/03 e 10.833/03 que regem o regime do sistema não 
cumulativo das contribuições relativas ao PIS e COFINS, que são responsáveis por definir a 
situação fática da qual existe a possibilidade de creditamento, e definem ainda a exclusão do 
direito ao crédito o valor da aquisição de bens/serviços não sujeitos ao pagamento da 
contribuição, ou revendidos com isenção ou alíquota zero. 
 
Sendo que posteriormente, o legislador previu no art. 17 da Lei 11.033/2004, que existe 
possibilidade de o contribuinte utilizar créditos da contribuição ao PIS e COFINS no caso de 
revenda efetuada no regime monofásico, pois existe a manutenção desses créditos pelo 
vendedor. 
Determinando expressamente que “as vendas efetuadas com suspensão, isenção, 
alíquota 0 (zero) ou não incidência da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem 
a manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações” sem impor qualquer 
restrição. 
 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 
Pró-Reitoria de Educação Continuada 
Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão 
Reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9632 em 22 de agosto de 1946. 
Recredenciada pela Portaria do MEC nº 622 de 17 de maio de 2012, DOU de 18/05/2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus Consolação – Unidade COGEAE - Rua da Consolação, 881 - São Paulo/SP – CEP 01301-000 
Fone: (11) 3124-9600 – http://www.pucsp.br/cogeae 
 
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No entanto, considerando a vigência da lei posterior, tem-se que as leis foram 
revogadas no que tange ao creditamento, e foi permitido nos casos de revenda de produtos 
sujeitos a alíquota zero, isto é, enquadrados no sistema monofásico de tributação. 
 
Ocorre que, inclusive no caso analisado, existe divergência de entendimento sobre o 
assunto, sendo que o entendimento do judiciário é de que deveria ser aplicada a argumentação 
do art. 17, da lei 11.033/04, apenas para empresas inseridas no regime denominado REPORTO, 
no entanto entendo que se analisarmos mais fundo podemos ver o quanto é frágil a 
argumentação utilizadas. Desta forma, entendo que, desde a entrada em vigor da Medida 
Provisória n. 206/2004, posteriormente convertida em Lei, as venda efetuadas com alíquota zero 
da COFINS e da Contribuição para o PIS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos 
créditos vinculados a essas operações.

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