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Mateus Dedê Graduado em Marketing Especialista em Planejamento e Gestão MBA em Evento Mestrado em Gestão de Negócios Turísticos Fone: (85) 98741.6310 E-mail: mateus.dede@grupopromove.com.br Nome Ocupação Curso e Semestre Nossos encontros 17 Fev Aula 01 24 Fev Feriado Carnaval 02 Mar Aula 02 09 Mar Aula 03 16 Mar Aula 04 23 Mar Aula 05 30 Mar Aula 06 6 Abr Aula 07 13 Abr Aula 08 20 Abr Revisão de Av. 1 27 Abr Av. 1 4 Mai Correção Av.1 11 Mai Aula 09 18 Mai Aula 10 25 Mai Aula 11 01 Jun Revisão Av.2 08 Jun Av. 2 15 Jun Correção Av.2 22 Jun Av.3 29 Jun Correção Av.3 Faltas serão computadas, porém, qualquer aluno que tiver nota igual ou superior a 8,0 na Av.1 Terá suas Faltas até esta data Abonadas; As atividades e leituras são parte importante de nosso aprendizado, faça os estudos de caso e exercícios, eles valem muito mais que pontos; Será passado apenas 1 trabalho para complementação de notas e se aplicará exclusivamente a nota da Av.2. • Psicologia • Organizações Psicologia nas Organizações • Relações • Pessoalidade e Interpessoalidade Relações Interpessoais Myers (2006), Davidoff (2006), Vergara (2007), Milkovich & Boudreau (2006), Regato (2008) e Bergamini (2010) são consensuais em apontá-la como a ciência do comportamento A ciência que viabiliza aprendizados acerca: • Do autoconhecimento; • Do ajustamento social; • Da identificação das diferenças individuais; • Da aquisição de habilidades sociais; • Da administração de conflitos; • Da gestão de pessoas; • Etc. ...é a Psicologia. Os realities shows tornam seus expectadores “psicólogos de plantão” distanciados, porém, dos conceitos da psicologia. Precisamos, então, diferenciar a ciência psicológica do senso comum. O senso comum discute fenômenos observados, tomando-se como foco explicações populares e, portanto, não produzidas por pesquisas científicas. A Psicologia explica questões relativas à conduta de todos os animais (inclusive a de animais inferiores, para fins de estudo) baseada em preceitos produzidos a partir de pesquisa. •Sensibilidade, sentimento ou a ativação de determinada função sensorial. Processo psicológico de ligação do organismo com o meio; Influxo nervoso; Sensação •É a função cerebral que atribui significado aos estímulos sensoriais, a partir do histórico de vivências passadas ou compartilhadas; Percepção •Ordenar os pensamentos e ações; Faculdade em virtude do qual o ser humano é capaz de identificar conceitos e de questioná-los; Razão Momento I A Influência Filosófica Surgimento das sociedades; Mitologia (grega); Surgimento da Filosofia no século VI a.c; SÓCRATES (469/399 a.c) PLATÃO (387 A.C) ARISTÓTELES (335 a.c) Da “Anima” ou Da Alma escrito por Aristóteles pode ser considerado o primeiro tratado em Psicologia. Momento II A Psicologia Científica Em meados do século XIX, o pensamento Europeu é mesclado por um novo espírito: O Positivismo; Surgimento do Estruturalismo; Tanto para Wudnt como para os seguidores do estruturalismo, as operações mentais resultam da organização de sensações elementares que se relacionam o a estrutura do sistema nervoso; Wilhelm Wundt, considerado o fundador da Psicologia Científica funda seu laboratório em Leipzing na Alemanha; Objeto de estudo da Psicologia (primeira definição): “a experiência consciente”; A principal crítica ao modelo estruturalista refere-se a seu método de análise dos processos conscientes através da decomposição de suas partes; PENSE: A EXPERIÊNCIA OCORRE APENAS EM TOTALIDADES UNIFICADAS Willian James (1842-1910) – Funcionalismo; O Objetivo do Funcionalismo (que suceder o estruturalismo) era o estudo de funcionamento dos processos mentais. Para James a consciência é subjetiva, está em constante evolução, e tem como principal função a adaptação dos indivíduos a seus ambientes; Momento III A Psicanálise Final do Século XVIII, Freud; Doentes mentais eram tratados por magnetizadores que aplicavam os princípios da física ao corpo, explicando as perturbações psicológicas com base em distúrbios na circulação dos fluidos corporais; Surgimento do Hipnotismo: baseado na relação entre as causas físicas e psicológicas; Freud desenvolve o método da COERÇÃO ASSOCIATIVA, levando os pacientes a recordar situações traumáticas passadas; Psicanálise é a disciplina fundada pro FREUD onde podem se distinguir 3 níveis; Freud contrária a forma de pensar da época, desenvolvendo o conceito de INSCONSCIENTE e a ideia de que o ser humano é por ele governado; 1) Um método de investigação que consiste em evidenciar o significado inconsciente das palavras, das ações e das produções imaginárias do indivíduo; 2) Um método Psicoterapêutico baseado nesta investigação e especificado pela interpretação controlada da resistência, da transferência e do desejo; 3) Um conjunto de teorias psicológicas e psicopatológicas em que são sistematizados os dados introduzidos pelo método psicanalítico de investigação e de tratamento; Momento IV O Behaviorismo e a Psicologia da Forma (Gestalt) John B. Watson, 1912, inicia sua ideias sobre o estudo do comportamento através da observação e de métodos objetivos; Isso surgiu com o objetivo de tornar o estudo mais simples e aproximas e Psicologia de Ciências como a Física e a Biologia; Behaviorismo: teoria e método de investigação psicológica que procura examinar do modo mais objetivo o comportamento humano e dos animais, com ênfase nos fatos objetivos (estímulos e reações), sem fazer recurso à introspecção; Enquanto o Behaviorismo crescia na América o Gestalt dava seus primeiros passos na Alemanha; A Gestalt conhecida como Psicologia da “forma” surge em Berlim com o fundamento de que a realidade é percebida como um todo, e procura compreender a percepção, o pensamento e a resolução de problemas; é uma doutrina que defende que, para se compreender as partes, é preciso, antes, compreender o todo. A+B não é simplesmente (A+B), mas sim um novo elemento, o “C”; Momento V A psicologia Cognitivista Após a segunda Guerra Mundial o surgimento da tecnologia tornou o homem e a sua interação com o meio mais aguçada, desenvolvendo claramente o conceito de cognição; O Cognitivismo se baseia na premissa de que o comportamento humano pode ser melhor entendido através do agrupamento de planos; Neste contexto planos são programas para a ação, sob o qual o organismo executa de modo a atingir os seus objetivos; Os principais nomes deste V momento são Speraman (1923) e o suíço Jean Piaget que iniciou os estudos sob o desenvolvimento cognitivo das crianças; O Cognitivismo estendeu-se a diversos campos de estudo como a linguagem , a memória, o raciocínio, a criatividade, o modelo da modularidade da mente, a percepção, a dissonância cognitiva e as bases para inteligência artificial. O que os conceitos da Psicologia podem trazer de contribuição para o gestor organizacional? Você é administrador de uma empresa e foi convocado para participar de uma palestra ministrada por um psicólogo que falará sobre o comportamento humano no trabalho. Quais as situações em que será possível identificar a contribuição deste tipo de tema, dentro do mundo do trabalho? Avalie os casos reais de ética e Moral Ainda sobre o comportamento organizacional A relevância da coordenação de pessoas em proveito da realização dos objetivos organizacionais tem sido fortemente enfatizada (ETZIONE, 1973). Tal assertiva é complementada pelo posicionamento segundo o qual “o problema das organizações modernas é a maneira de reunir agrupamentos humanos que sejam tão racionais quanto possível e, ao mesmo tempo, produzir um mínimo de conseqüências secundárias indesejáveis e um máximo de satisfação (...)” (ETZIONE,1973, p.9). Assim, pode-se verificar que a coordenação de grupos humanos consiste em uma das necessidades fundamentais para as organizações e o atendimento das mesmas requer a habilidade de saber lidar com interesses pessoais e organizacionais, que podem ser concordantes, mas por vezes conflitantes ou até mesmo antagônicos Existem três definições de organização que merecem destaque (CARAVANTES E KLOECKNER, 2005). • Na primeira definição, a organização é definida como um sistema de atividades pessoais ou de forças que estão intencionalmente coordenadas. • A segunda definição refere-se à organização como um grupo de pessoas que trabalham de forma coordenada sob a orientação de um líder e que visam à consecução de um objetivo. • A terceira definição se baseia na concepção da organização como uma integração impessoal de um grande número de especialistas que operam para atingir algum objetivo de forma altamente racionalizada e com base em uma estrutura de autoridades. Para muitos psicólogos, como Hans Eysenck (1916-1997), a personalidade também seria profundamente influenciada por fatores genéticos. Assim, um ponto central da perspectiva biológica é que ela defende que a herança genética ou biológica impõe importantes tendências ou limites para a nossa personalidade. Uma forma de explorar essa questão é comparar as personalidades de gêmeos idênticos. Os resultados desses estudos são, muitas vezes, surpreendentes e indicam que os gêmeos apresentam não apenas semelhanças físicas, mas também semelhanças psicológicas, em termos de personalidade. 01 PERSCPECTIVA BIOLOGICA OU GENÉTICA 02 A perspectiva psicanalítica ou psicodinâmica da personalidade foi profundamente influenciada pelas ideias do médico neurologista austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939). Grande parte do trabalho de Freud, que foi o criador da Psicanálise, focalizou os transtornos mentais humanos e o sofrimento psíquico. Entre outros aspectos, Freud chamou a atenção para importância da influência do que ele chamou de “inconsciente” e dos impulsos sexuais e agressivos sobre o comportamento humano. As perspectivas psicanalíticas da personalidade foram então desenvolvidas, em grande medida, a partir da observação de transtornos psicológicos. Freud, por exemplo, desenvolveu sua teoria a partir da observação de pacientes psiquiátricos acometidos dos mais diversos tipos de transtornos mentais. Na concepção psicanalítica, o inconsciente pode ser entendido como um complexo de elementos como memórias e processos mentais que seriam praticamente inacessíveis à nossa consciência. Nosso inconsciente seria habitado por elementos como paixões, impulsos, instintos, medos e conflitos.Freud enfatizou ainda a influência do inconsciente sobre a personalidade. A forma como as pessoas se comportam seria determinada em última instância pelo inconsciente. Três ideias fundamentais da concepção psicanalítica da conduta humana poderiam ser apresentados assim: 1. A conduta humana seria, em última instância, governada por fatores inconscientes. Como não teríamos acesso ao nosso inconsciente, não seríamos completamente senhores de nossas ações. 2. Nossas experiências durante a infância irão moldar nossa personalidade na vida adulta. Mais especificamente, a forma como passamos pelas diversas fases do desenvolvimento psicossexual seria fundamental para a constituição da personalidade. 3. A forma como aprendemos a lidar com nossos impulsos sexuais e agressivos tem grande influência na constituição de nosso estilo de personalidade. Estrutura da Personalidade na Perspectiva Psicanalítica ID. O Id representaria o núcleo mais primitivo e instintivo da nossa personalidade. Os instintos humanos mais primitivos e básicos do ser humano estariam no Id. Exemplo: os nossos instintos sexuais. O id seria regido pelo princípio do prazer. Ele deseja e espera gratificação imediata das suas necessidades. Quando nascemos o Id já estaria presente em nós. Entre os impulsos biológicos contidos no Id poderíamos citar: beber, comer, dormir, defecar e fazer sexo. EGO. Atender às demandas do Id exige competência e preparação. Ao longo de nosso desenvolvimento, vai se desenvolvendo um componente, chamado de ego, responsável por tomar as decisões para que as demandas do id sejam atendidas. Freqüentemente, não temos condições de atender imediatamente as demandas do id, por razões práticas. O Ego é o responsável por adiar as necessidades do Id e elaborar planos de ação para que elas possam ser saciadas de forma satisfatória. Assim, ele funcionaria de acordo com o princípio da realidade. O Ego seria a nossa consciência, nosso pensamento, e vai se formando a partir dos primeiros contatos com o mundo. SUPEREGO. Cada grupo social determina o que é certo e o que é errado, o que pode e não pode ser feito. O Superego se constitui com a internalização dessas regras sociais, do entendimento dos julgamentos morais. O superego é constituído de conceitos relacionados, por exemplo, à moralidade. Ele nos faz ter sentimentos como culpa e arrependimento quando não agimos de acordo com o que acreditarmos ser correto. Na perspectiva de Freud, o desenvolvimento da personalidade envolveria a aprendizagem do controle ou regulação dos impulsos sexuais e agressivos. Assim, as primeiras experiências de infância com os pais e outros cuidadores desempenhariam um papel central na formação da personalidade. De acordo com a perspectiva psicanalítica, se esse aprendizado é feito de forma inadequada poderá trazer problemas para o desenvolvimento da personalidade, como ansiedade e hostilidade (Westen, 1998). Finalmente, vale observar que, nessa perspectiva, experiências como abuso, negligência e mal tratos na infância podem produzir repercussões psicológicos graves que muitas vezes só irão se manifestar na vida adulta. Um abuso sexual na infância, por exemplo, pode vir à tona muito anos depois como um transtorno de ansiedade, uma depressão ou um estilo de vida totalmente autodestrutivo (Westen, 1998). 03 PERSPECTIVA BEHAVIORISTA OU COMPORTAMENTALISTA Segundo a perspectiva behaviorista, a Psicologia deveria estudar os comportamentos que podem ser observados. Pode-se também dizer que essa perspectiva ressaltou a importância da influência dos estímulos ambientais sobre o comportamento. Ao desenvolverem estudos sobre aprendizagem e condicionamento, os behavioristas desenvolveram sua visão do que seria a personalidade. Duas contribuições fundamentais dos behaviorista ao estudo da personalidade serão examinadas aqui: os trabalhos do fisiologista russo Ivan P. Pavlov (1849 - 1936) sobre os reflexos condicionados e do psicólogo norte-americano Burrhus Frederic Skinner (1904 - 1990) sobre o condicionamento operante. 03.1 IVAN PETROVICH PAVLOV E O CONDICIONAMENTO RESPONDENTE No final do século XIX e início do século XX, Ivan P. Pavlov realizou uma série de estudos sobre a fisiologia do sistema digestivo e fez uma das grandes descobertas da ciência moderna: o reflexo condicionado. Para se ter uma ideia do que essa descoberta representou, Pavlov recebeu o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 1904, por seu trabalho. Pavlov é muito conhecido por suas descobertas sobre os reflexos condicionados, mas o fato é que ele também fez contribuições importantes para o estudo da personalidade. 03.1 - CONCLUINDO IVAN PETROVICH PAVLOV E O CONDICIONAMENTO RESPONDENTE Vale ressaltar que trabalhos recentes no campo da Psicologia das organizações têm explorado o conceito de “comportamento de liderança destrutivo”. O comportamento é denominado destrutivo porque, entre outros aspectos, acaba sabotando os objetivos da organização, sendo ainda prejudicial à motivação, ao bem-estar e à satisfação no trabalho dos colaboradores. Uma das características mais marcantes do comportamento de liderança destrutivo é a sua imprevisibilidade. Líderescom esse perfil costumam ser imprevisíveis, guiados pelas emoções e fracos na tomada de decisão (EINARSEN, AASLAND, SKOGSTAD, 2007). 03.2 B. F. SKINNER E O CONDICIONAMENTO OPERANTE Na avaliação de B. F. Skinner, o conceito de personalidade, enquanto uma instância dentro da mente, não teria a menor relevância e sentido científico. Como um behaviorista, Skinner acreditava que a ciência devia estudar apenas aquilo que é observável. Como, segundo ele, não podemos observar diretamente a personalidade, ela não poderia ser objeto de investigação científica. Skinner ofereceu então alternativas a esse conceito. Entre outros aspectos, ele desenvolveu o conceito de “condicionamento operante”. O condicionamento operante seria um procedimento através do qual uma determinada resposta do organismo é modelada através de reforço diferencial. Falaremos mais sobre isso a seguir. 03.2 O conceito de reforço em Skinner é baseado numa ideia muito simples: cada comportamento do organismo numa determinada situação gera conseqüências e estas conseqüências afetam a probabilidade desse comportamento ser repetido novamente. Se a consequência do comportamento for positiva ou reforçadora, a probabilidade do comportamento ser repetido tenderá a aumentar, se for negativa ou punitiva, possivelmente a freqüência do comportamento tenderá a diminuir. Na avaliação de Skinner, através de um cuidadoso trabalho de condicionamento, seria possível modelar todas as condutas humanas. A estratégia seria então oferecer contingências ambientais que fossem capazes de reforçar comportamentos que valorizamos e desejamos. Nessa linha de pensamento, podemos dizer que o desenvolvimento da personalidade estaria ligado ao desenvolvimento de um acervo de respostas a partir de um processo de aprendizagem contínuo, através do condicionamento operante. 04 PERSPECTIVAS DOS TRAÇOS DE PERSONALIDADE Estudos sobre a estrutura da personalidade são muito antigos e, de uma maneira geral, procuraram identificar e classificar características mais ou menos estáveis que pudessem ser utilizadas para descrever o comportamento das pessoas. Essas características têm sido denominadas de traços ou traços de personalidade. Com o desenvolvimento da Psicologia moderna, os sistemas de classificação de traços de personalidade foram evoluindo. Pode-se dizer que, na atualidade, a perspectiva dos traços de personalidade se baseia em desenvolvimentos teóricos, em novos métodos de observação do comportamento humano e, em modernas técnicas de análise estatística de dados. 04.1 EXTROVERSÃO E INTROVERSÃO EM CARL JUNG Carl Gustav Jung (1875 - 1961) foi um psiquiatra e psicoterapeuta suíço, graças e ele, podemos citar os conceitos de introversão e extroversão como elementos de uma teoria da personalidade. Na avaliação de Jung, algumas pessoas são mais orientadas para fora, para o mundo externo, sendo mais faladoras, expansivas e sociáveis; enquanto outras pessoas são mais orientadas para o mundo interno dos sentimentos e sensações, sendo normalmente mais tímidas, quietas e reservadas. O traço de extroversão-introversão tornou-se uma dimensão central em várias teorias e medidas de personalidade. A moderna concepção da extroversão e introversão é de que se trata de traço único, que pode variar dentro de um contínuo que vai de totalmente extrovertido até totalmente introvertido. Dessa forma, as pessoas podem ser classificadas, de acordo com suas características, em algum ponto desse traço entre totalmente extrovertidas e totalmente introvertidas. 04.2 RAYMOND CATTELL, PERSONALIDADE E A ESTATÍSTICA MODERNA Pesquisadores como Gordon Allport (1897 - 1967) desenvolveram estudos sobre a personalidade. Parte desses estudos focalizou a linguagem natural. Buscou-se identificar adjetivos ou descritores que eram normalmente utilizados pelas pessoas para descrever traços ou características de personalidade. De fato, Allport chegou a identificar mais de 4000 palavras que seriam descritores de personalidade. O trabalho de Allport teve importante influência nos trabalhos de Cattel. 04.3 TRAÇOS IDENTIFICADOS POR RAYMOND CATTELL Cattel analisou, classificou e agrupou, de diferentes formas, esses adjetivos ou descritores de personalidade. Em seguida, ele criou questionários com frases que captavam o sentido desses adjetivos. A Tabela a seguir apresenta os fatores identificados por Cattel. 04.4 O MODELO DOS CINCO GRANDES FATORES (BIG FIVE MODEL) Os estudos sobre traços de personalidade continuam avançando, inclusive no Brasil. Como vimos na seção anterior, Raymond Cattell desenvolveu um modelo de estrutura de personalidade que incluía dezesseis traços básicos fundamentais. Entretanto, outros modelos de personalidade têm sido criados dentro da abordagem dos traços. De fato, pode-se dizer que um dos modelos de personalidade mais estudados na atualidade é o dos Cinco Grandes Fatores (DIGMAN, 1990). O modelo dos cinco grandes fatores defende a existência de cinco traços básicos de personalidade (HUTZ ET AL, 1998; THOMPSON, 2008). A Tabela A seguir apresenta um resumo dos cinco grande fatores considerados nessa teoria. 05 PERSPECTIVAS HUMANISTA DE PERSONALIDADE Diferente da Perspectiva Psicanalítica, a Perspectiva Humanista defende a ideia de que, em condições normais, nossa personalidade de fato busca a saúde e a felicidade. Ao invés de estudar pessoas acometidas de transtornos psicológicos, os humanistas tenderam a analisar a personalidade de pessoas saudáveis e felizes. Vamos explorar aqui a contribuição de dois importantes psicólogos humanistas Abraham Maslow (1908 – 1970) e Carl Rogers (1902 – 1987). 05.1 ABRAHAM MASLOW E A BUSCA DA AUTORREALIZAÇÃO De acordo com Abraham Maslow nós somos motivados por uma hierarquia de necessidades (ver tabela abaixo). A hierarquia de necessidades apresenta cinco níveis e funcionaria basicamente da seguinte maneira. 05.2 CARL ROGERS E A PERSPECTIVA CENTRADA NA PESSOA Carl Rogers concordava com as ideias de Abraham Maslow. Para ele, as pessoas seriam basicamente boas e, em condições adequadas, tenderiam a buscar a realização de todas as suas potencialidades. Quais seriam as condições adequadas para um crescimento saudável? Karl Rogers ressalta três elementos essenciais para a promoção do crescimento individual: CONCLUÍDO PERSONALIDADE E CULTURA A ideia básica é que a cultura onde uma pessoa nasce, a forma como ela é criada, condições sociais que ela enfrenta, todos esses elementos têm influência importante sobre a personalidade. De fato, sabemos que, embora a personalidade tenha uma base genética, a cultura também tem influência significativa sobra a personalidade. A forma como pessoas de uma mesma cultura interagem com o mundo tende a apresentar mais semelhanças do que diferenças. Por exemplo, em culturas onde a competição e a busca do sucesso individual são mais valorizados culturalmente, as pessoas tendem a agir de forma mais competitiva, cooperando menos com outros membros de seu grupo. Em culturas onde a cooperação é mais valorizada acontece o contrário, as pessoas tendem a cooperar mais. Um estudo relativamente recente ofereceu um excelente exemplo do quanto a cultura pode influenciar na personalidade. Os pesquisadores verificaram que chineses expostos a cultura canadense tenderam a ficar mais abertos e alegres (Triandis, Suh, 2002). PENSAMENTO INTUITIVO E PENSAMENTO ANALÍTICO Estudos recentes no campo da Psicologia têm revelado que as pessoas utilizam basicamente dois estilos para processar informações e resolver problemas: o intuitivo e o analítico. Pensamento Intuitivo. O pensamento intuitivo pode ser caracterizado da seguinte forma: ele tende a ser rápido, automático, inconsciente (nem nos dados conta que estamos pensando), holístico (tende a ser global), implícito, exige relativamente pouca capacidade computacional, está intimamente associado aos nossos sentimentos e emoções.Pensamento Analítico. Já o pensamento analítico pode ser caracterizado da seguinte forma: ele tende a ser mais lento, consciente, exige esforço deliberado, é explícito, é verbal, é lógico e é pouco afetado pelas emoções. PENSAMENTO INTUITIVO E PENSAMENTO ANALÍTICO O pensamento analítico é excelente, desde que você tenha tempo para processar informações e todas as informações que você precisa para tomar uma decisão lógica. Pergunta: essa é uma condição comum no mundo real? Normalmente você tem muito tempo e toda a informação que precisa? Estudos recentes têm revelado que executivos utilizam com freqüência a intuição para tomar decisões complexas, especialmente quando o pensamento analítico e lógico parece ser inadequado. Um estudo realizado na década de 1990 com nada menos que 1300 altos dirigentes de organizações em nove países revelou que, para os executivos, a intuição é uma habilidade considerada fundamental em áreas como: estratégia corporativa e planejamento, gestão de pessoas e marketing (PARIKH ET AL. 1994) Estudos recentes têm revelado que existem relações entre personalidade e estilos de pensamento. Há evidência, por exemplo, que pessoas com níveis mais elevados do traço de personalidade Realização tendem a utilizar mais o pensamento analítico (WITTEMAN ET AL. 2009). Existem dois tipos de fatores que influenciam o comportamento das pessoas: Fatores internos (intrínseco): decorrentes de suas características de personalidade, como capacidade de aprendizagem, MOTIVAÇÃO, percepção do ambiente externo e interno, atitudes, emoções, valores etc. Fatores externos (extrínseco): decorrentes do ambiente que as envolve, das características organizacionais, como sistemas de recompensas e punições, fatores sociais, políticos, coesão grupal existente etc. A Origem etimológica: motivação é derivada do latim motivus, que significa mover. "Tudo aquilo que pode fazer mover, tudo aquilo que causa ou determina alguma coisa ou até mesmo o fim ou razão de uma ação". Ação dirigida a objetivos, sendo auto-regulada, biológica ou cognitivamente, persistente no tempo e ativada por um conjunto de necessidades, emoções, valores, metas e expectativas (Salanova, Hontangas e Peiró, 1996, p.16 citado por ZANELLI, ANDRADE, BASTOS, 2004). O que é motivação? - Relações estabelecidas entre chefes e colegas, com o sistema de recompensas e remuneração e com o trabalho realizado. A relação que os funcionários estabelecem com seus chefes influenciam sua conduta no trabalho, assim como determinadas recompensas (elogios, folgas, gratificações) e remunerações (variável, acréscimos). - Envolvimento- nível de identificação e de afinidade com o trabalho realizado. Isto quer dizer, colocar a pessoa certa no lugar certo. Identificar as habilidades e competências do funcionário e integrá-lo ao espaço onde o mesmo poderá exercitar essas qualidades; e - Comprometimento Organizacional - afetos dirigidos à organização, ao trabalho ou à carreira. Fazer além do que é cobrado, pelo simples sentimento de pertencer a organização. Embora os padrões de comportamento (necessidades, valores sociais, capacidade para atingir objetivos) variem, o processo pelo qual eles ocorrem é, basicamente, o mesmo para todas as pessoas. O comportamento é causado por estímulos internos e externos. O comportamento é motivado, ou seja, há uma finalidade em todo comportamento humano. Não é, portanto, causal. O comportamento é orientado para objetivos. Existe sempre um impulso, desejo, necessidade, expressões que servem para designar os motivos do comportamento. A motivação depende: Ativação: estado inicial de estimulação em que se encontra a pessoa. Localizada extrínseca ou intrinsecamente à pessoa. Direção: objeto ou alvo de ação, que pode ser intencional ou não intencional. Intensidade: está atrelada à variabilidade da força da ação e que pode diferir ao se admitir que a força depende de um estado anterior de carência (necessidade ou afeto) ou de um estado posterior a ser alcançado (alvo). Persistência da Ação: tenta compreender o fenômeno da motivação pela articulação entre a ativação, a direção e a intensidade da ação, atribuindo sua manutenção a fatores pessoais (necessidades, desejos, trações de personalidade ou impulsos, por exemplo) ou ambientais (tipo de tarefa, equipe de trabalho, por exemplo). Necessidade: Satisfeita: comportamentos se tornam mais eficazes. Necessidade deixa de ser motivadora do comportamento. Frustrada: tensão encontra uma barreira ou um obstáculo para sua liberação. Represada no organismo, procura um meio indireto de saída: via psicológica (agressividade, apatia, descontentamento) ou via fisiológica (insônia, repercussões cardíacas ou digestivas). Compensada ou transferida: a satisfação de uma outra necessidade reduz ou aplaca a intensidade de uma necessidade que não pode ser satisfeita. “É o que acontece quando o motivo de uma promoção para um cargo superior é contornado por um bom aumento de salário ou por uma nova sala de trabalho”. “A satisfação de certas necessidades é temporal e passageira, ou seja, a motivação humana é cíclica: o comportamento é um processo contínuo de resolução de problemas e satisfação de necessidades, à medida que vão surgindo”. Modelo 1 Grupo 1: teorias de conteúdo- motivação humana a partir das necessidades (ou carências), afirmando que a conduta é orientada para a satisfação; Grupo 2: teorias de processo- motivação humana como um processo de tomada de decisão em que estão em jogo as percepções, os objetivos, as expectativas e as metas pessoais. Modelo 2: Reforço X Cognição (Thierry, 1994) Reforço: (Behaviorista) - o indivíduo dirige sua atenção para o que acontece depois da ação ou da conduta (fator externo), o que faz aumentar as chances dela vir a se repetir;; Cognição: dirigem a atenção para o que acontece no sistema cognitivo da pessoa (fator interno)-percepções, interpretações e nas informações armazenadas, tratadas e recuperadas, conforme a necessidade da pessoa de tomar decisões. Modelo 3: (Kanfer, 1992) – Unidimensional Continuo entre proximidade e distanciamento da ação- a teoria da motivação aumenta sua importância na proporção em que oferece perspectivas concretas de intervenção para reorientação da ação individual. Necessidades fisiológicas: sede, fome, cansaço, reprodução da espécie. Estão relacionadas com a sobrevivência do indivíduo. Necessidades de segurança: proteção contra alguma ameaça. Também estão relacionadas com a sobrevivência do indivíduo. Surgem quando as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas. Necessidades sociais: estão “relacionadas com a vida associativa do indivíduo junto a outras pessoas. São as necessidades de associação, participação, aceitação por parte dos colegas, troca de amizade, afeto e amor. Surgem no comportamento quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) se encontram relativamente satisfeitas”. Necessidades de estima: estão relacionadas com a auto-avaliação e a auto-estima do indivíduo. “Envolvem a auto-apreciação, autoconfiança, necessidade de aprovação social, reconhecimento social, status, prestígio, reputação e consideração”. Enquanto a satisfação dessas necessidades conduz a sentimentos como autoconfiança, força e poder, a sua frustração leva a sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo. Necessidade de auto-realização: “Levam a pessoa a tentar realizar seu próprio potencial e se desenvolver continuamente como criatura humana ao longo da vida. Enquanto as quatro necessidades anteriores podem ser satisfeitas por recompensas externas (extrínsecas) à pessoa e que têm uma realidade concreta (como comida, dinheiro, amizades, elogios de outras pessoas), as necessidades deauto-realização somente podem ser satisfeitas por recompensas que são dadas intrinsecamente pelas pessoas a si próprias (como o sentimento de realização) e que não são observáveis nem controláveis por outros”. Somente necessidades não satisfeitas é que influenciam o comportamento. Nascimento: prevalência das necessidades fisiológicas A partir de uma certa idade, aparecem as necessidades de segurança. Estas e as necessidades fisiológicas constituem as necessidades primárias do indivíduo, voltadas para a conservação pessoal. “À medida que o indivíduo passa a controlar suas necessidades fisiológicas e de segurança, surgem lenta e gradativamente as necessidades mais elevadas: sociais, de estima e de auto-realização”. As necessidades mais elevadas predominam em relação às necessidades mais baixas. “As necessidades mais baixas requerem um ciclo motivacional rápido, enquanto as necessidades mais elevadas requerem um ciclo motivacional extremamente longo. A privação de uma necessidade mais baixa faz com que as energias do indivíduo se desviem para a luta por sua satisfação”. Herzberg alicerça sua teoria no ambiente externo e no trabalho do indivíduo (ao contrário de Maslow, que fundamenta sua teoria nas necessidades humanas). A motivação para trabalhar depende de dois fatores: a) fatores higiênicos: referem-se às condições que rodeiam a pessoa enquanto trabalha (condições físicas e ambientais, salário, benefícios, políticas da empresa). Trata-se do contexto do cargo. b) fatores motivacionais: “referem-se ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si”. Satisfação no cargo: conteúdo do cargo – fatores motivadores Insatisfação no cargo: ambiente de trabalho – fatores higiênicos Proposta de Herzberg para introduzir maior motivação no trabalho: enriquecimento de tarefas, o que consiste em ampliar os objetivos, responsabilidade e o desafio das tarefas do cargo. Restringe-se à motivação para produzir, rejeita noções preconcebidas e reconhece as diferenças individuais. “Existem três fatores que determinam em cada indivíduo a motivação para produzir: 1) Os objetivos individuais, ou seja, a força do desejo de atingir objetivos. 2) A relação que o indivíduo percebe entre produtividade e alcance de seus objetivos individuais. 3) Capacidade de o indivíduo influenciar seu próprio nível de produtividade, à medida que acredita poder influenciá-lo”. Teoria desenvolvida por Lawler. O autor encontrou fortes indícios de que o dinheiro pode motivar o desempenho e outros tipos de comportamento. “Apesar do resultado óbvio, verificou que o dinheiro tem apresentado pouca potência motivacional em virtude de sua incorreta aplicação pela maior parte das organizações”. O dinheiro é um meio a partir do qual as pessoas podem satisfazer necessidades múltiplas Se as pessoas estabelecerem uma relação consistente entre salário e desempenho, certamente este aumentará. Motivação para trabalhar “O dinheiro pode ser poderoso motivador se as pessoas acreditam haver ligação direta ou indireta entre desempenho e conseqüente aumento de remuneração. Se essa percepção for alcançada e confirmada, as pessoas certamente terão melhor desempenho tendo em vista o resultado financeiro desejado”. Conceito de motivação – nível individual Conceito de clima organizacional – nível da organização O que é clima organizacional? “O clima organizacional refere-se ao ambiente interno existente entre os membros da organização e está intimamente relacionado com o grau de motivação de seus participantes”. Favorável: quando proporciona satisfação das necessidades pessoais dos participantes e elevação da moral. Desfavorável: quando proporciona a frustração das necessidades pessoais. “Na verdade, o clima organizacional influencia o estado motivacional das pessoas e é por ele influenciado”. O modo como os dirigentes organizacionais entendem sobre a motivação no trabalho, influencia no bom ou mau desempenho do funcionário. O incentivo para o desenvolvimento e o crescimento profissional, a qualidade e a freqüência de feedback que os gerentes fornecem aos funcionários a respeito de desempenhos individuais e no grupo devem ser considerados como elementos substanciais que agregam qualidade em termos de disposições recíprocas nas relações de trabalho (Coda, 1977 citado por ZANELLI, ANDRADE, BASTOS, 2004). O dirigente sempre que possível, levando-se em conta as características técnicas e psicológicas do grupo de trabalho, deve criar espaços para a participação dos trabalhadores nas decisões que, de um modo direto ou indireto, afetam as suas vidas profissional e social é de fundamental importância para a motivação no trabalho. A possibilidade de convergência entre valores pessoais e organizacionais também parece mediar a motivação dos trabalhadores nas organizações, visto que contribui para a formação de percepções favoráveis da dinâmica organizacional, com repercussões substanciais no desempenho e no envolvimento com o trabalho. Existem pelo menos 3 aspectos centrais que expressam os valores organizacionais: a) como a organização trata o empregado; b) como a organização estrutura os seus processos de trabalho; c) como a organização se relaciona com o ambiente externo.
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