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Teorias da Personalidade l 
Definição de PERSONALIDADE: Refere-se ao modo constante e peculiar de pensar, sentir, 
perceber e agir de cada indivíduo, incluindo as habilidades, atitudes, desejos, emoções, crenças, 
comportamentos, tendo por influência também os aspectos físicos de cada um. 
 
Veja abaixo o lugar da Personalidade de acordo com a História da Psicologia: 
 Para a Psicologia Experimental, criada por Wundt (criou o primeiro laboratório na Alemanha), os 
estudos estavam voltados para processos mentais que podiam ser afetados por algum estímulo externo que pudesse 
ser manipulado e controlado pelo experimentador. A personalidade, conceito complexo e multidimensional, não 
era compatível com os métodos da psicologia americana. 
 Já o Behaviorismo de John Watson opõe-se ao foco do trabalho de Wundt na experiência consciente. 
O Behaviorista acreditava que só o comportamento evidente – e não a consciência – poderia ser objeto de estudo 
legítimo da psicologia. A personalidade seria, então, um acúmulo de respostas aprendidas ou sistemas de hábitos, 
uma definição apresentada posteriormente por B.F. Skinner. A personalidade foi reduzida ao que pode ser visto 
e observado objetivamente. 
 Foi então que Sigmund Freud constrói a Psicanálise com base em sua experiência clínica, de forma 
independente dos trabalhos de Wundt e Watson. A psicanálise se diferencia de qualquer abordagem da psicologia, 
em seu método, sua prática e sua maneira de fazer teoria. A personalidade, na psicanálise, envolve diferentes 
instâncias psíquicas e a interação/conflito entre tais instâncias. 
 
Estudo científico formal da personalidade 
 O marco inicial do estudo da personalidade foi em 1930, onde foi realizado um estudo formal sobre o conceito 
de personalidade, principalmente com o trabalho de Gordon Allport. As universidades começaram a fazer 
pesquisa na área. Os psicólogos acreditavam que era possível desenvolver um estudo científico da personalidade. De 
1930 até hoje, além das abordagens psicanalítica e behaviorista, surgiram diversas teorias sobre a personalidade. 
 
SIGMUND FREUD: VIDA E OBRA 
 Sigmund Freud nasceu em 06 de maio de 1856, no Império Austríaco. Em 1860 quando tinha apenas 4 
anos mudou-se para Viena com sua família, onde ele viveu até 1 ano antes de sua morte, (quando se refugiou em 
Londres). Freud Morre em 1939, aos 83 anos, em Londres, em decorrência de um câncer de palato. 
 
A PRÉ-HISTÓRIA DA PSICANÁLISE 
 Freud estudou Medicina na Universidade de Viena. Durante seus estudos, em 1885, conseguiu uma bolsa 
para ir a Paris fazer o curso de Jean-Martin Charcot (maior especialista em histeria da época). Charcot defendeu 
que a histeria não era uma simulação, mas uma doença funcional com sintomatologia bem definida. 
Charcot também defendeu que a histeria era uma doença tanto feminina quanto masculina, ao 
contrário do que sugeria o próprio termo, derivado da palavra grega hystéra (= útero). Para retirar a histeria do campo 
da psiquiatria e trazê-la para a neurologia, o trabalho de Charcot passa a ser o de produzir um conjunto de sintomas 
bem definidos e regulares. 
• Teoria de Charcot: Teoria do trauma psíquico. 
• Método de Charcot: Afastamento familiar, banhos, massagens e sugestão hipnótica. 
 
Ao retornar a Viena, Freud encontra-se com Joseph Breuer, médico que vinha empreendendo o 
tratamento da histeria por meio da hipnose, mas buscava remover a causa e não apenas eliminar o sintoma. 
• Método de Breuer: Tinha como alvo a eliminação dos sintomas patogênicos. Sob hipnose, o paciente era 
levado a retroceder ao estado psíquico em que o sintoma surgia pela primeira vez e emergiam lembranças que 
até então estavam excluídos de sua consciência. Ao comunicar ao médico esses processos psíquicos, o sintoma era 
superado (catártico ou ab-reação). 
• Teoria de Breuer: Teoria do trauma psíquico. 
 
Freud e Breuer escrevem juntos as publicações Comunicação Preliminar (1893) e Estudos sobre a histeria 
(1895). Em decorrência da tese freudiana sobre a importância da sexualidade na etiologia das neuroses e a negação 
de sua existência por parte de Breuer, ocorre o rompimento entre os dois. 
 
Método de associação livre/psicanalítico (S. Freud): Sem exercer nenhum outro tipo de influência, o 
paciente é convidado a se deitar de costas em um sofá e a comunicar livremente tudo o que lhe vier à mente, sem se 
preocupar com o sentido ou coerência das associações, nem excluir os pensamentos que pareçam ser embaraçosos ou 
penosos. 
 
FREUD: TRAUMA E DEFESA PSÍQUICA 
O abandono da sugestão hipnótica por Freud: “Se abandonei tão cedo a técnica da sugestão e, 
com ela, a hipnose, foi porque não tinha a esperança de tornar a sugestão tão forte e sólida quanto seria necessário 
para obter a cura permanente. Em todos os casos graves, vi a sugestão introduzida voltar a desmoronar, e então 
reaparecia a doença ou um substituto dela. Além disso, censuro essa técnica por ocultar de nós o entendimento do 
jogo de forças psíquico; ela não nos permite, por exemplo, identificar a resistência com que os doentes se aferram a 
sua doença, chegando em função disso a lutar contra sua própria recuperação; e é somente a resistência que nos 
possibilita compreender seu comportamento na vida.” 
Freud só teve acesso ao fenômeno da defesa psíquica (cujo sinal era a resistência), quando abandonou 
a técnica da hipnose. Em 1894, publica o texto “As neuropsicoses de defesa”, no qual inicia-se a transição do 
método catártico para o método psicanalítico (associação livre). Defesa: “mecanismo pelo qual o ego se 
protege de uma representação desagradável e ameaçadora”. O ego é, ao mesmo tempo, agente de censura e aquilo 
que deve ser protegido/defendido. 
Resistência: Sinal da defesa psíquica que, nas neuroses, é equivalente ao mecanismo de recalque. É ali 
onde o paciente resiste, isto é, esquece, omite, se aborrece ou sente incômodo ao comunicar, que o analista não pode 
recuar. O método psicanalítico desloca o saber do médico para o paciente, apostando no saber inconsciente. 
Histeria: Aponta para uma divisão da consciência, acompanhada da formação de dois grupos psíquicos 
separados. 
 “Esses pacientes que analisei, portanto, gozaram de boa saúde mental até o momento em que houve uma 
ocorrência de incompatibilidade em sua vida representativa – isto é, até que seu ego se confrontou com uma 
experiência, uma representação ou um sentimento que suscitaram um afeto tão aflitivo que o sujeito decidiu 
esquecê-lo, pois não confiava em sua capacidade de resolver a contradição entre a representação incompatível e 
seu ego por meio da atividade de pensamento.” 
“Nas mulheres, esse tipo de representações incompatíveis assoma principalmente no campo da experiência 
e das sensações sexuais, e as pacientes conseguem recordar com toda a precisão desejável seus esforços defensivos, 
sua intenção de “expulsar aquilo para longe”, de não pensar no assunto, de suprimi-lo. 
Por exemplo: 
• O caso de uma moça que se culpava porque, enquanto cuidava do pai doente, pensara num rapaz que lhe causara 
uma leve impressão erótica; 
• o caso de uma governanta que se apaixonara pelo patrão e resolvera expulsar essa inclinação de sua mente por 
parecer-lhe incompatível com seu orgulho... 
Destinos da energia pulsional no mecanismo de recalque: 
 • Conversão (histeria) 
• Deslocamento (neurose obsessiva) 
• Transformação (angústia) 
 
A Primeira Tópica Freudiana 
No primeiro modelo do aparelho psíquico construído por Freud, ou a primeira tópica freudiana, o psiquismo 
era dividido entre as instâncias Inconsciente (Ics), Pré-consciente (Pcs) e Consciente (Cs). “O aparelho psíquico é 
formado por sistemas cujas posições relativas se mantêm constantes de modo a permitirem um fluxo orientado num 
determinado sentido. O que importa não são, pois, os lugares ocupados por esses sistemas, mas a posição relativa que 
cada um mantém com os demais.” 
 Esse aparelho psíquico é orientadoem dois sentidos: progressivo e regressivo: 
• Pcpt (Sistema Perceptivo): Extremidade sensória. É por onde “entram” os estímulos internos e externos. 
Permanentemente aberto. Não armazena estímulos. 
• M (Sistema Motor): Acesso à descarga motora das excitações. 
• Mnem (Sistema Mnêmico): Responsável pelo armazenamento de traços de memória, as modificações 
permanentes do sistema. 
• Ics (Sistema Inconsciente): O conteúdo do Sistema Ics só pode ter acesso à consciência ligando-se a 
conteúdo do Sistema Pcs/Cs, e para isso, precisa ser modificado e distorcido. É onde se localiza o material 
recalcado. 
• Pcs/Cs (Sistema Pré-consciente/Consciente): É o sistema onde se localizam as representações que 
são compatíveis com a integridade do ego e que, portanto, podem ser descarregadas. 
 
❖ Vigília: Sentido progressivo 
❖ Sonhos: Sentido regressivo 
O esquema que equivale a este modelo é conhecido também por “esquema do pente” e 
representado da seguinte forma: 
 
 
Funcionamento Psíquico: Freud constrói e explica o funcionamento psíquico a partir de três pontos de vista: 
• Econômico 
• Tópico 
• Dinâmico 
 Um mesmo fenômeno pode ser explicado por diferentes pontos de vista metapsicológico. Veremos como o 
aparelho psíquico freudiano é explicado pelas três abordagens. 
 
O Aparelho Psíquico: O aparelho psíquico começa a ser construído por Freud no “Projeto para uma psicologia 
científica” (1895). Sua proposta era elaborar uma teoria do funcionamento do psiquismo segundo a abordagem 
quantitativa/econômica. Desde o Projeto, o aparelho psíquico não tem realidade ontológica, trata-se de um modelo 
explicativo do funcionamento psíquico. 
O aparelho psíquico do Projeto funciona segundo dois princípios: 
• Princípio da inércia (tendência à descarga / evita o desprazer); 
• Princípio da constância (evita a livre descarga). 
 
Posteriormente, Freud abandonará os princípios da inércia e da constância e irá substituí-los pelos princípios do prazer 
e princípio da realidade. 
 
A Experiência De Satisfação: 
 
 
Processo Primário E Processo Secundário: São os dois modos de funcionamento do aparelho 
psíquico. Correspondem aos modos de circulação da energia psíquica: 
 
 
A Interpretação Dos Sonhos: Entre o Projeto para uma psicologia científica (1895) e A interpretação 
dos sonhos (1900), a explicação neurológica cede lugar à decifração de sentido. No lugar da energia e dos neurônios 
do Projeto, Na Interpretação dos sonhos Freud fala em desejo e investimento em ideias. Não há referencial anatômico 
para os “lugares” psíquicos de 1900 (são lugares metafóricos). “A interpretação dos sonhos é a via real que leva ao 
conhecimento das atividades inconscientes da mente.” (FREUD, 1900). 
A Interpretação Dos Sonhos (1900): Os sonhos não são absurdos, são dotados de sentido e podem 
ser interpretados. 
• Os sonhos são realizações de desejos; 
• O sentido dos sonhos não é imediatamente acessível ao sonhador, pois ele é uma forma disfarçada de realização 
de desejo; 
• Há uma censura que incide sobre o sonho e sua lembrança – a deformação onírica – que protege o sujeito do 
caráter ameaçador de seus desejos; 
• A interpretação busca chegar ao conteúdo inconsciente do sonho, por meio do relato do sonhador; 
• O conteúdo manifesto é sempre menor que o conteúdo latente. O contrário nunca acontece; 
• Censura dos sonhos: omissão ou distorção.

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