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ELISÃO E EVASÃO

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
1.1) Conceito e Objeto
O Planejamento Tributário é uma parte do planejamento empresarial que evidencia os tributos e suas implicações no funcionamento das organizações, visando alcançar a economia de impostos, sem incorrer em infrações tributárias.
Pode também ser denominado de ELISÃO FISCAL.
Seu objeto de estudo é o Sistema Tributário Nacional (conjunto de tributos, princípios e normas que regem o poder do Estado de cobrar tributos).
A Elisão Fiscal ocorre quando as pessoas obtêm economia de tributos, atuando estritamente dentro da legalidade, ao passo que a economia obtida com a utilização de meios ilícitos denomina-se EVASÃO FISCAL.
1.2) O Planejamento Tributário e a Evasão Fiscal 
	
	O Planejamento Tributário como disciplina busca indicar os procedimentos que podem ser adotados pelos gestores empresariais, estritamente dentro da legalidade de forma a se conseguir melhor resultado financeiro, enquanto que a Evasão Fiscal implica na utilização de métodos e/ou procedimentos ilícitos, e em conseqüência expõem a organização às sanções estatais.
Dentre os principais procedimentos ilícitos temos:
· Sonegação Fiscal: Lei nº 4.729/65 - toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, o conhecimento pela autoridade fazendária sobre: 1) a ocorrência do fato gerador do tributo; 2) as condições pessoais do contribuinte.Exemplo:
Não declarar rendas efetivamente auferidas.
· Fraude: toda ação ou omissão dolosa tendente a impedir ou retardar, total ou parcialmente, a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária ou a exclusão ou modificação de suas características essenciais com a finalidade de excluir ou reduzir o tributo devido, evitar ou postergar o seu pagamento.Exemplo: calçamento de documento fiscal, de forma que na primeira via estampe o valor rela da transação, enquanto que na via da contabilidade contenha um valor menor.
Simulação: emitir documentos ou contratos, não correspondentes a fatos reais.
Diferentemente da fraude, na simulação o ato ou negócio jurídico é deliberadamente dissimulado, a fim de representar externamente outra realidade que enseje algum resultado econômico favorável. Há a ocorrência do fato imponível, mas este é encoberto para aparentar outro fato não previsto na norma.
Exemplo comum é a doação dissimulada em compra e venda
Para fixar: 
O Planejamento Tributário tem como fator de análise o tributo e visa identificar e projetar os atos e fatos tributáveis e seus efeitos, comparando-se os resultados prováveis, para os diversos procedimentos passíveis de serem adotados, de tal forma a possibilitar a escolha da alternativa menos onerosa, sem extrapolar o campo da licitude. 
O planejamento tributário é, na verdade, uma atividade empresarial estritamente preventiva.
O caráter preventivo do planejamento tributário decorre do fato de não se poder escolher alternativas senão antes de se concretizar a situação. Após a concretização dos fatos, via de regra, somente se apresentam duas alternativas para o sujeito passivo da relação jurídico-tributária: pagar ou não pagar o tributo decorrente da previsão legal descrita como fato gerador. A alternativa de não pagar se caracterizará como prática ilícita, sujeitando-se a empresa à ação punitiva do Estado, caso este venha a tomar conhecimento de tal prática.
A natureza ou essência do Planejamento Tributário consiste em organizar os empreendimentos econômico-mercantis da empresa, mediante o emprego de estruturas e formas jurídicas capazes de bloquear a concretização da hipótese de incidência fiscal ou, então, de fazer com que sua materialidade ocorra na medida ou no tempo que lhe sejam mais propícios.
Trata-se, assim, de um comportamento técnico-funcional, adotado no universo dos negócios, que visa a excluir, reduzir ou adiar os respectivos encargos tributários (grifou-se). 
(...) o Planejamento Tributário (é, pois,) uma técnica gerencial que visa projetar as operações industriais, os negócios mercantis e as prestações de serviços, visando conhecer as obrigações e os encargos fiscais inseridos em cada uma das respectivas alternativas legais pertinentes para, mediante meios e instrumentos legítimos, adotar aquela que possibilite a anulação, redução ou adiamento do ônus fiscal. 
O instituto que respalda este comportamento gerencial no universo da tributação tem sido denominado mediante várias expressões. Assim, alguns estudiosos adotam a expressão evasão fiscal legítima; outros, adeptos de uma maior sofisticação tecnológica, preferem a expressão elisão fiscal; e terceiros fazem alusão a um direito à economia de impostos (Borges, Gerência de Impostos --p.64-65). 
Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, podemos elencar alguns exemplos de crimes de sonegação ou fraude fiscal: Venda sem nota-fiscal; venda com “meia nota-fiscal”; venda com calçamento de nota-fiscal; duplicidade de numeração de nota-fiscal; compra de formulários de notas-fiscais; passivo fictício ou saldo negativo de caixa; acréscimo patrimonial a descoberto (do sócio); deixar de recolher tributos descontados de terceiros; distribuição disfarçada de lucros; doações irregulares.
EXERCÍCIO 03-03-2020
Q.1 - Disserte sobre Elisão e Evasão Fiscal, citando exemplos.
Elisão fiscal é uma prática contábil que permite adequar uma empresa ao formato mais vantajoso de pagamento de impostos, sem que para isso cometa qualquer ilegalidade. A sua forma clássica atende também pelo nome de planejamento tributário, momento no qual é definido o regime adotado para o recolhimento dos tributos.
Além disso, há cidades que oferecem isenção no pagamento de IPTU, por exemplo. Há diversos outros exemplos de elisão fiscal. Uma empresa em sociedade pode evitar o pagamento de IRRF e INSS pagando os sócios com divisão dos lucros, ao invés de pró-labore, por exemplo.
A evasão é também conhecida como “Sonegação Fiscal”. Essa sonegação costuma ocorrer depois do fato gerador da obrigação tributária, como, por exemplo, não declarar venda ou não emitir nota fiscal.
Q.2 - O Código Tributário Nacional apresenta uma definição de tributo que, apesar de algumas imprecisões, é considerada adequada pelos teóricos do direito, por denotar de forma didática seus principais elementos de caracterização. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa. Com base no CTN art. 113 as obrigações tributárias são divida em duas modalidades tributária principal e acessória, conceitue estas obrigações.
A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. 
A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as Prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

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