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Instituto Superior de Transportes e Comunicações Disciplina: Hidráulica I Engº A. Rocha LECT – 3º Ano HIDROCINEMÁTICA E HIDRODINÂMICA 1 Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações Tópicos a abordar Trajectórias de partículas e Linhas de corrente Classificação de tipos de escoamento Caudal e velocidade média Equação da continuidade Regime de Escoamentos (Laminares, Transição e Turbulentos) Teorema de Bernoulli (Líquidos Perfeitos e Reais) Linha Piezométrica e Linha de Energia Tubo Piezómetrico ou Tubo de Prandtl e Tubo de Pitot Aplicação do Teorema de Bernoulli a um Tubo de Fluxo 2 Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações Objectivo: Identificar as variáveis envolvidas no estudo do movimento dos fluidos, classificar o movimento dos fluidos e perceber a dedução da equação da continuidade e a sua aplicação ao estudo do escoamento dos fluidos . Perceber a dedução do Teorema de Bernoulli e a sua aplicação ao estudo do escoamento dos fluidos. 3 Engº A. Rocha 4 Hidrocinemática é o capítulo da Hidráulica que estuda o movimento dos fluídos, ou seja A hidrocinemática estuda o movimento dos fluidos sem considerar as causas que o originam. Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações Trajectórias de Partículas e Linha de Corrente A Trajectória de Partículas é definida como o lugar geométrico dos pontos ocupados pela partícula ao longo do tempo. Trajectórias das Linhas de Corrente 5 A linha de corrente num determinado instante será a linha que goza da propriedade de, em qualquer dos seus pontos, a tangente respectiva coincidir com o vector velocidade no mesmo ponto e nesse instante. Linhas de Corrente Representação de uma linha de corrente Engº A. Rocha 6 As linhas de corrente podem receber também a designação de linhas de fluxo ou linhas de escoamento ou seja Caminho ou trajectória deixada por uma partícula de fluido em movimento. Instituto Superior de Transportes e Comunicações Nota: Duas linhas de corrente não podem se interceptar (o ponto teria duas velocidades) Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações 7 Tubo de Fluxo ou de Corrente É o tubo constituído por todas as linhas de corrente que passam por uma pequena curva fechada. A propriedade principal do tubo de fluxo é que as suas paredes não são atravessadas pelo fluido, já que a velocidade de todas as partículas de fluido localizadas na parede só têm componente tangencial. Engº A. Rocha 8 Tipos de Escoamento Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 9 •O ESCOAMENTO PERMANENTE (ou estacionário) ocorre quando os valores dos parâmetros que o caracterizam (e.g. velocidade, caudal, pressão) em cada ponto não variam com o tempo. Instituto Superior de Transportes e Comunicações I. Nos trechos regulares do rio o movimento pode ser considerado permanente e uniforme. Engº A. Rocha 10 II. Nos trechos em que o rio se estreita ou forma correnteza o movimento se torna permanente acelerado (permanente porque a vazão é constante). Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 11 •O ESCOAMENTO VARIÁVEL (ou transitório) ocorre quando os valores das grandezas que caracterizam o escoamento (e.g. velocidade, caudal, pressão), em cada ponto, variam com o decorrer do tempo. Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 12 Caudal e Velocidade média • Caudal do escoamento (Q) O caudal (Q) é o volume (V em m³) do fluído que atravessa uma dada secção por unidade de tempo (t em s); , com o Q em (m³ /s ) O caudal recebe também a designação de débito ou vazão e pode obter‐se também multiplicando a velocidade média do escoamento (U em m/s) pela área da secção (S em m²) perpendicular à direcção do escoamento; logo Instituto Superior de Transportes e Comunicações t V Q UxSQ Conduta Cheia: S = Área do Circulo Conduta Parcialmente Cheia: S = Área da secção molhada Canal Aberto: S = Área da secção molhada S Q U Engº A. Rocha 13 Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 14 Velocidade Instituto Superior de Transportes e Comunicações Velocidade de um fluído é a velocidade de suas partículas ao passar por certo ponto. Ela geralmente é expressa em metros por segundos (m/s) ou metros por minuto (m/min). A velocidade é uma consideração importante ao dimensionar a tubulação que conduz o fluído. Engº A. Rocha 15 Equação da Continuidade ou Conservação da Matéria • O Princípio de conservação da massa estabelece que: a variação da massa fluída contida num volume de controle, fixo e arbitrário, durante um dado intervalo de tempo é igual à soma das massas fluídas que nele entram e subtraídas das que dele saem nesse intervalo. Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 16 Por não haver criação nem destruição da matéria no interior do volume de controle (V): Instituto Superior de Transportes e Comunicações Para escoamento permanente: Taxa de acumulação da massa no V = 0 Logo, Q = Constante Engº A. Rocha 17 Matematicamente tem‐se Instituto Superior de Transportes e Comunicações teconsSUSUSUQ nn tan... 112211 Visto que a velocidade média do escoamento (U) aumenta com a diminuição de área da secção de escoamento (S) e vice‐versa pode‐se concluir que no escoamento permanente: • A velocidade aumenta nas regiões onde as linhas de corrente se aproximam no sentido do escoamento: • A velocidade diminui nas regiões onde as linhas de corrente se afastam (e.g. escoamento entre planos divergentes) – ver Figura ao lado. Evolução das Linhas de Corrente com a variação da secção. Engº A. Rocha 18 Instituto Superior de Transportes e Comunicações Equação da continuidade: • O caudal ou vazão que circula por uma tubagem sem derivações é o mesmo em toda a sua extensão. • Assim numa tubagem em que existam estreitamentos, a velocidade de circulação do líquido é maior nos pontos de menor secção. • Assim, à metade da secção (superfície e não diâmetro) corresponde o dobro da velocidade. LEIS FUNDAMENTAIS DA HIDRODINÂMICA teconsSUSUSUQ nn tan... 112211 Engº A. Rocha 19 O caso de uma bifurcação escoamento permanente incompressível e uniforme em cada seção Instituto Superior de Transportes e Comunicações Equação da Continuidade ou Conservação da Matéria Q1,S1 Q2, S2 Q3,S3 n1 n2 n3 U1 U3 U2 Engº A. Rocha 20 332211 USUS US0 Instituto Superior de Transportes e Comunicações Q1,U1,S1 321 QQQ Engº A. Rocha 21 1. Calcular a velocidade média no escoamento de 100 l/s numa conduta de 200 mm de diâmetro. (Sol.: 3,18 m/s) Instituto Superior de Transportes e Comunicações Problemas de Aplicação 2. Para determinar o caudal numa dada secção transversal de um rio selecionam-se algumas verticais na secção, e a partir da medição pontual da velocidade obtém-se a velocidade média em cada vertical. Conhecidas, para um dado caudal, as velocidades médias nas verticais de medição e as áreas parcelares da secção delimitadas por linhas a meia distância entre verticais, calcular esse caudal e a velocidade média. (Sol.: 67,5 m³/s). Engº A. Rocha 22 3. Por uma conduta cilíndrica, de diâmetro igual a 200 mm, escoa-se um líquido, em regime permanente, com a velocidade média de 0,5 m/s. A conduta tem um estreitamento, de diâmetro igual a 100 mm. Qual é a velocidade no estreitamento e o caudal que se escoa? (Sol.: 2 m/s, 0,01571 m3/s). Instituto Superior de Transportes e Comunicações 4. A Tubugem 1, bifurca-se em duas outras que transportam 4 e 5 m3/s, respectivamente. Qual a velocidade nas tubagem 1, 2 e 3? Engº A. Rocha 23 Instituto Superior de Transportes e Comunicações HIDRODINÂMICA 4/23/2020 Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações Objectivo Perceber a dedução do Teorema de Bernoulli e a sua aplicação ao estudo doescoamento dos fluidos. Aplicações A Equação de Bernoulli é utilizada para, entre outras aplicações em hidráulica, quantificar velocidades de escoamentos estacionários de descarga de reservatórios, estimar a velocidade de um escoamento através de restrição à sua passagem e medir velocidades de escoamentos e os correspondentes caudais. A aplicação da Equação de Bernoulli está portanto presente quer nas operações de previsão feitas pelo Engenheiro, quer nas Correspondentes operações de verificação e experimentação em geral. Aspectos estes que constituem as duas faces do mundo em que um Engenheiro se movimenta. Engº A. Rocha 25 Distinguem-se dois modos (ou Regime) de escoamento de fluídos: o Escoamento Laminar e o Escoamento Turbulento. Na passagem de regime laminar para regime turbulento define-se o regime de transição. O Regime laminar caracteriza-se por um deslocamento regular de todas as partículas, mantendo estas uma posição relativa bem definida entre si. O Regime turbulento caracteriza-se por um deslocamento desordenado das partículas, em que as suas trajectórias se cruzam e em que a velocidade das partícula varia de modo muito irregular. Instituto Superior de Transportes e Comunicações ESCOAMENTOS LAMINARES E TURBULENTOS ou REGIMES LAMINARES E TURBULENTOS Engº A. Rocha 26 A Experiência de Reynolds permite visualizar os diferentes tipos de regime de escoamento . 1. Consiste na injeção de um corante líquido na posição central de um escoamento de água interno a um tubo circular de vidro transparente . 2. O comportamento do filete do corante ao longo do escoamento no tubo define três características distintas. Instituto Superior de Transportes e Comunicações V e lo c id a d e Tempo Velocidade média Engº A. Rocha 27 Instituto Superior de Transportes e Comunicações Regime laminar e turbulento ν hh UD μ ρUD Re Dimensão hidráulica característica Engº A. Rocha 28 Experiência de Reynolds 1. Regime Laminar: O corante não se mistura com o fluido, permanecendo na forma de um filete no centro do tubo; O escoamento processa-se sem provocar mistura transversal entre escoamento e o filete, observável de forma macroscópica ; Como “não há mistura”, o escoamento aparenta ocorrer como se lâminas de fluido deslizassem umas sobre as outras; Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 29 Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 30 2. Regime de transição: O filete apresenta alguma mistura com o fluido, deixando de ser retilíneo sofrendo ondulações; Essa situação ocorre para uma pequena gama de velocidades e liga o regime laminar a outra forma mais caótica de escoamento; Foi considerado um estágio intermediário entre o regime laminar e o turbulento; Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 31 3. Regime Turbulento: O filete apresenta uma mistura transversal intensa, com dissipação rápida; São perceptíveis movimentos aleatórios no interior da massa fluida que provocam o deslocamento de moléculas entre as diferentes camadas do fluido (perceptíveis macroscopicamente); Há mistura intensa e movimentação desordenada ; Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 32 Instituto Superior de Transportes e Comunicações Experiência de Reynolds Engº A. Rocha 33 ESCOAMENTOS LAMINARES E TURBULENTOS ou REGIMES LAMINARES E TURBULENTOS Instituto Superior de Transportes e Comunicações Existe um parâmetro designado por número de Reynolds (Re), em homenagem ao cientista que o desenvolveu (1883), que permite distinguir facilmente os escoamentos em: 1. Regime Laminar (linhas de corrente seguem trajectória rectilínea) Re ≤ 2000 corresponde a regime laminar 2. Regime de Transição 2000 < Re < 4000 - de Transição 3. Regime Turbulento (linhas de corrente seguem trajectória irregular e dispersam‐se) Re ≥ 4000 corresponde a regime turbulento Engº A. Rocha 34 O número de Reynolds é expresso pela equação: Instituto Superior de Transportes e Comunicações DU Re onde: U é a velocidade média do escoamento (m/s), D é o diâmetro da conduta em (m) e ν é a viscosidade cinemática do fluído (m²/s). Engº A. Rocha 35 Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 36 A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. O número de Reynolds constitui a base do comportamento de sistemas reais, pelo uso de modelos reduzidos. Instituto Superior de Transportes e Comunicações Importância do número de Reynolds Engº A. Rocha 37 REGIME DE ESCOAMENTO - Regime Laminar: a trajetória da partícula é bem definida - Regime Turbulento: as partículas se deslocam desordenadamente - Regime de Transição: instável Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 38 Exemplo: 1. Uma conduta de 25 mm de diâmetro transporta óleo. O caudal transportado é de 0,2 l/s e ν = 5*10E‐5 m²/s. Classifique o regime de escoamento. Resposta: O regime é laminar porque Re = 203 (i.e. < 2000) 2. Repita o mesmo exercício considerando que o fluido transportado é água a 20º C. Compare o resultado com o do óleo e justifique a diferença. 3. Determine o regime de escoamento sabendo que o tudo tem um diâmetro de 75 mm e transporta água à 20º com uma vazão de 20 m3/h. Instituto Superior de Transportes e Comunicações Engº A. Rocha 39 diagrama de Moody Instituto Superior de Transportes e Comunicações 4/23/2020 Engº A. Rocha O princípio de Bernoulli, também denominado equação de Bernoulli ou Trinômio de Bernoulli, ou ainda Teorema de Bernoulli descreve o comportamento de um fluído movendo-se ao longo de uma linha de corrente e traduz para os fluidos o princípio da conservação da energia. Instituto Superior de Transportes e Comunicações TEOREMA DE BERNOULLI g Up ZH 2 2 Eq. de BERNOULLI H carga (energia hidráulica) total por unidade de peso 4/23/2020 Engº A. Rocha O TEOREMA DE BERNOULLI foi exposto por Daniel Bernoulli em sua obra Hidrodinâmica (1738) e expressa que num fluído ideal (sem viscosidade nem atrito) em regime de circulação por uma conduta fechada, a energia que possui o fluído permanece constante ao longo de seu percurso. A energia de um fluído em qualquer momento consta de três componentes: 1.Potencial gravitacional: é a energia devida à altitude que um fluído possui (m). 2. Cinética: é a energia devida à velocidade que possui o fluido (m). 3. Energia de fluxo: é a energia que um fluído contém devido à pressão que possui (m). Instituto Superior de Transportes e Comunicações tecons g Up z tan 2 2 http://pt.wikipedia.org/wiki/1738 http://pt.wikipedia.org/wiki/Viscosidade http://pt.wikipedia.org/wiki/Atrito 4/23/2020 Engº A. Rocha onde: • U= velocidade do fluído na secção considerada • g = aceleração gravitacional • z = altura na direcção da gravidade desde uma cota de referência • p = pressão ao longo da linha de corrente Instituto Superior de Transportes e Comunicações tecons g Up z tan 2 2 4/23/2020 Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações TEOREMA DE BERNOULLI O Teorema de Bernoulli representa o Princípio da Conservação da Energia e relaciona as diferentes formas de energia mecânica ao longo de um escoamento: a energia de posição (z), a energia de pressão ( ), e a energia cinética ( ). O Teorema permite calcular o caudal de um escoamento ou a variação de pressão ao longo do escoamento. p g U 2 2 4/23/2020 Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações Para aplicar a equação deve-se realizar as seguintes suposições: • Viscosidade (atrito interno) = 0, ou seja, considera-se que a linha de corrente sobre a qual se aplica, se encontra em uma zona “não viscosa” do fluido. • Caudal constante • Fluxo incompressível, onde ρ é constante. •A equação se aplicaao longo de uma linha de corrente ou em um fluxo irrotacional. 4/23/2020 Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações TEOREMA DE BERNOULLI, LÍQUIDO PERFEITO Para líquidos perfeitos, aplica-se a Equação Fundamental da Dinâmica a um dado volume de fluído, para determinar a variação da energia mecânica total ao longo de uma linha de corrente ou tubo de fluxo. - No caso particular do escoamento permanente de um líquido perfeito, a linha de corrente coincide com a trajectória e como a carga total se mantém constante, a linha de energia é uma recta horizontal, figura ao lado. Figura: Escoamento permanente de um fluido perfeito, ao longo de uma linha de corrente. Representação da linha de corrente, linha piezométrica e linha de energia. 4/23/2020 Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações -Dessa forma, ao longo de qualquer linha de corrente, o somatótio dos valores referidos é constante, em líquidos perfeitos, ou seja, a ”a soma das energias (específicas) de posição (z), com a energia (específica) de pressão (p/γ) com a energia (específica) cinética (U²/2g)” é constante no escoamento de líquidos perfeitos. 21 HH g Up z g Up z 22 2 22 2 2 11 1 4/23/2020 Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações Linha Piezométrica e Linha de Energia -Definem-se como linha piezométrica a representação da cota piezométrica e como linha de energia a representação da energia mecânica total por unidade de peso do fluído. cota piezométrica; energia mecânica total -Identificando o plano horizontal de referência, a linha de corrente é obtida através da representação das cotas topográficas (z) das diferentes posições, ao longo da linha de corrente, a partir do plano horizontal de referência. A linha piezométrica obtém-se somando a altura piezométrica (p/γ) à cota topográfica (z) e a linha de energia pela soma da altura cinética à linha piezométrica (U²/2g). p z g Up z 2 2 4/23/2020 Engº A. Rocha Exemplo: Na tubagem representada na figura escoa-se de A (D = 0,3 m) para B (D = 0,6 m) um caudal de água de 350 l/s, sendo a altura piezométrica em A de 7 m. Considerando nulas as perdas de carga entre A e B, calcule a altura piezométrica em B. Instituto Superior de Transportes e Comunicações Desenhe a linha de energia e a linha piezométrica supondo que a variação da pressão entre A e B é linear. 4/23/2020 Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações EQUAÇÃO DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS REAIS Para Escoamento de um líquido real, viscoso, (com perda de energia no seu deslocamento), a equação de Bernoulli para o escoamento real escreve-se: Perda de carga por unidade de peso ou perda de carga entre as secções 1 e 2. 2,1 2 22 2 2 11 1 22 H g Up z g Up z 4/23/2020 Engº A. Rocha PERDAS DE CARGA 4/23/2020 Engº A. Rocha 4/23/2020 Engº A. Rocha A representação da linha de energia, no caso de líquidos reais deixa de ser uma recta horizontal e passa a ser uma recta descendente, se a perda de carga unitária é constante ou uma curva se a perda de carga unitária variar ao longo da linha de corrente. Instituto Superior de Transportes e Comunicações 4/23/2020 Engº A. Rocha Perda de carga linear, distribuída, contínua ou normal A perda de carga costuma ser dividida em: Perda de carga singular, concentrada ou localizada Instituto Superior de Transportes e Comunicações LJH g U KH 2 2 4/23/2020 Engº A. Rocha 4/23/2020 Engº A. Rocha 4/23/2020 Engº A. Rocha Instituto Superior de Transportes e Comunicações Exemplo: 1. Numa conduta horizontal em que se escoa o caudal de água de 0,1 m3/s, existe um estreitamento brusco, como se indica na figura. A montante e jusante do estreitamento estão montados piezómetros em que se lêem alturas respectivamente de 5,65 m e 5,00 m em relação ao eixo da conduta. Calcular a perda de carga entre A (D = 0,3 m) e B (D = 0,2 m). Admita uniforme a distribuição de velocidades nas secções transversais dos escoamentos. R: 0,23 m 4/23/2020 Engº A. Rocha 2. Numa tubagem horizontal que apresenta um brusco alargamento, circula água com as velocidades UA = 7 m/s e UB = 3 m/s. Determinar a diferença de pressão entre os pontos A e B, admitindo que existe de A para B uma perda de carga de 0,25 m. R: 1,79 m. Instituto Superior de Transportes e Comunicações
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