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INSTITUTO ENSINAR BRASIL CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TEÓFILO OTONI A MOROSIDADE QUANTO A SOLICITAÇÃO DA OUTORGA PARA USO DE RECURSOS HÍDRICOS FRENTE ÀS NECESSIDADES DA COMUNIDADE RURAL DO VALE DO MUCURI. TEÓFILO OTONI 2019 INSTITUTO ENSINAR BRASIL CENTRO UNIVERSITÁRIO DE TEÓFILO OTONI AMANDA BARBOSA OPPE CAINÃ MENDES RAMOS KAMILLA COLEN CANTÃO MORGANA HIRLE OLIVEIRA RENAN DA SILVA SANTOS TAYNÁ VIEIRA DIAS A MOROSIDADE QUANTO A SOLICITAÇÃO DA OUTORGA PARA USO DE RECURSOS HÍDRICOS FRENTE ÀS NECESSIDADES DA COMUNIDADE RURAL DO VALE DO MUCURI. Trabalho apresentado ao Curso de Direito das Faculdades Unificadas de Teófilo Otoni, como requisito para obtenção de nota no Projeto Integrador VII, orientado pelo Prof. Marco Antônio Poubel Ministério Filho. TEÓFILO OTONI 2019 1 REFERÊNCIAL TEÓRICO A água é recurso imprescindível para a existência de vida na Terra, da água doce disponível no mundo, o Brasil detém cerca de quinze por cento desta fatia concentrada principalmente na Bacia Amazônica e outras cinco: Tocantins, São Francisco, Paraná, Paraguai e Uruguai (FIORILLO, 2009, p. 129). Vimos que aqui, podemos ter uma das explicações sobre o motivo de tanta burocracia para que os produtores rurais consigam a outorga para a utilização dos recursos hídricos. A emissão da outorga para corpo de água de domínio do Estado é um ato do IGAM. A análise técnica dos processos de outorga é realizada pela Divisão de Regulação e Usos. Sendo a outorga um exercício do Poder de Polícia Administrativa, torna-se indelegável, mesmo para as demais entidades integrantes do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Somente o IGAM é capaz de permitir a outorga para tais recursos e isso acarreta uma fila enorme de pedidos. Esse processo de outorgas em minas está associado aos demais processos autorizativos e licenciamentos ao sistema estadual de meio ambiente, procedimento definido pela resolução SEMAD nº. 390/2005. O pedido de outorga deve passar, no mínimo, por três avaliações: técnica, do empreendimento e jurídica. A avaliação técnica consiste na verificação da disponibilidade hídrica do manancial, isto é, se a vazão que está sendo solicitada pode ser atendida pelo manancial, tanto em termos quantitativos quanto qualitativos. As informações mínimas necessárias para realização da avaliação técnica do pleito de outorga estão apresentadas a seguir: Identificação e caracterização do uso (irrigação, saneamento, lazer, geração de energia, etc.); Localização do pleito (bacia, coordenadas, manancial, município, UF); Demanda sazonal do pleito para captação de água e/ou lançamento de efluentes; Características físico-químicas e biológicas dos efluentes (obtidas em articulação com o órgão de Controle Ambiental); Dados hidro meteorológicos e estudos hidrológicos; Demandas existentes em toda a bacia hidrográfica (a montante e a jusante do aproveitamento); Reservatórios existentes. A avaliação jurídica analisa a documentação enviada e a adequação do pedido às leis de recursos hídricos. Para essa análise é necessária à identificação do usuário (cópia do CNPJ ou CPF) e dados relativos ao empreendimento como cópia do documento de posse da terra, entre outros. Há situações em que é necessária a realização de vistorias técnicas ao local do pleito para verificação das informações prestadas e, principalmente, para avaliação da demanda potencial da região. Essas três fases para o deferimento da outorga mostra o quanto é complicado e burocrático conseguir o mesmo, isso explica muito o porquê das pessoas não esperarem a definição e utilizarem os recursos hídricos sem a permissão. A administração Pública, por sua vez, deve participar de todo o processo da outorga e fiscalizar caso venha a ser concedida, pois como se trata de um bem comum, o qual esta sendo pedido de maneira individual, e cabe ao poder publico verificar se tal esta sendo utilizado de maneira em que não afete toda uma sociedade, o que torna o processo de autorização um pouco mais complicado, pois a partir do momento em que se concede tal pedido, acaba gerando o direito subjetivo para quem pleiteou a outorga, tornando assim mais difícil de ser revogado, porém não impossível. A demora da outorga neste caso, esta vinculada a dificuldade de ser comprovada a necessidade individual, sem que afete a comunidade em geral, e como já mencionado, é necessário avaliações técnicas e de empreendimento para que daí o jurídico possa dar seu parecer final. Sendo esta dificuldade aumenta cada vez mais devido a falta de celeridade processual e profissionais capacitados e disponíveis, para suprir a demanda de tais pedidos de outorga. 2 METODOLOGIA 2.1 MÉTODO A morosidade da outorga é um grande problema na sociedade, pois muitas pessoas que pedem por esse processo necessitam de uma autorização imediata para consumo próprio. Além disso, a outorga assegura ao desfrutador o direito de utilizar dos recursos hídricos, porém, sendo autorizada isso não quer dizer que este agora tenha a propriedade da água, mas sim, o direito de usá-la. No entanto, em algumas situações como na escassez de água essa outorga pode ser suspensa parcialmente ou totalmente. 2.2 PESQUISA Esse processo deve ser solicitado antes mesmo de qualquer ação que venha modificar o regime, a quantidade ou a qualidade local da água, sendo o sujeito obrigado a pagar multas. Esse trabalho trata-se de uma abordagem qualitativa, por se tratar de um ambiente natural que é a água e como é o funcionamento da outorga em relação à demora das demandas para utilizar dos recursos para muitas vezes sobreviver. 2.3 CRITÉRIOS DA COLETA DE DADOS Os métodos que serão analisados ao longo do trabalho serão o direito administrativo, por se tratar de outorga e sua morosidade ao longe de todo o processo. Direito ambiental, por ter o assunto específico que é a água e o lugar onde ela será o tipo de exploração naquele devido ambiente, e o direito social, por se tratar das pessoas que vivem naquele lugar e como necessitam desse recurso e de como é demorado o processo. 2.4 CRITÉRIO DE ANALISE DE DADOS O processo é bastante rigoroso, por levar até 5 (cinco) anos para a outorga ser autorizada e na maioria das vezes o usuário acaba não esperando esse tempo todo por ser algo de muita necessidade acabam fazendo antes do processo finalizar e acabam por ser multados. 3 CRONOGRAMA ATIVIDADE MARÇO ABRIL MAIO JUNHO 1) Revisão Bibliográfica 2) Delimitação do objeto de estudo 3) Análise científica da pesquisa 4) Discussão teórica em função da determinação dos objetivos 5) Levantamento das situações hipotéticas 6) Pesquisa de campo 7) Análise, interpretação e conclusão do estudo desenvolvido 8) Divulgação dos resultados 4 REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO _______. FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de direito ambiental brasileiro. 6. ed. São Paulo, Saraiva, 2005. _______. Resolução SEMAD nº 390, de 11 de agosto de 2005. Disponível em: <http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=5102> _______. Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM. _______. BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm> _______. Plano Nacional de Recursos Hídricos. _______. Secretaria de Recursos Hídricos/MMA. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/recursoshídricos> _______. BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm> _______. O Consultor Municipal, O Portal da administração tributária municipal. _______. Modalidades de Processo Administrativo. Disponível em: <http://consultormunicipal.adv.br/artigo/boletim-informativo/modalidades-de- processo-administrativo/> _______. Agência Nacional de Águas - ANA. Disponível em: <http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/perguntas-frequentes> http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=5102 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=161&idConteudo=9513 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm http://consultormunicipal.adv.br/artigo/boletim-informativo/modalidades-de-processo-administrativo/ http://consultormunicipal.adv.br/artigo/boletim-informativo/modalidades-de-processo-administrativo/ http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/perguntas-frequentes
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