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BIOÉTICA
PROFESSOR: ANDRE PHILLIPE PEREIRA
ANDRESSA RADZIMINSKI,DANIELE FAVA
NATHÁLIA BORA BACK,NATHALIA WEISS
ORTOTANÁSIA, EUTANÁSIA, DISTANÁSIA E 
EUTANÁSIA SOCIAL
INTRODUÇÃO
A Medicina atravessou profundas modificações ao longo do Século XX. 
Os avanços na prática médica, sobretudo nas ÁREAS CIRÚRGICA, TERAPÊUTICA, DE ANESTESIA E DE REANIMAÇÃO e no campo da TECNOLOGIA, têm originado melhorias significativas na saúde.
INTRODUÇÃO
Se, de um lado, esses avanços têm proporcionado uma melhoria na qualidade de vida das pessoas, principalmente nas sociedades desenvolvidas conduzindo-as a uma progressiva diminuição da mortalidade
De outro, essa sobrevida maior decorre do prolongamento desnecessário e de tratamentos injustificáveis, com a obstinação terapêutica a qualquer custo
EUTANÁSIA
EUTANÁSIA
DISTANÁSIA
DISTANÁSIA
CONCEITO
	
 	A palavra "distanásia" tem origem grega, dis significa "afastamento" e thanatos quer dizer "morte". 
	Também conhecida como tratamento fútil e obstinação terapêutica.
 	Trata-se da atitude médica que, visa salvar a vida do paciente terminal, submetendo-o a grande sofrimento. Nesta conduta não se prolonga a vida propriamente dita, mas o processo de morrer. 
(XAVIER MS; MIZIARA CSMG; MIZIARA ID, 2014).
DISTANÁSIA
HISTÓRICO
	O prolongamento da vida humana tem se tornado possível por um prazo cada vez maior devido ao grande avanço tecnológico e científico aplicado à saúde, capaz de produzir equipamentos e medicamentos que mantêm uma vida artificial por um longo período. 	
		 	
(HORTA, 1999 apud ROMANO; WATANABE; TROPPMAIR, 2006).
DISTANÁSIA
	Até que ponto se deve prolongar o processo do morrer quando não há mais esperança de reverter o quadro? Manter a pessoa “Morta viva” interessa a quem? 
(KOVÁCS; MJ, 2003).
DISTANÁSIA
RELAÇÃO PACIENTE – PROFISSIONAIS DA SAÚDE 
Cabe ao médico de hoje utilizar a tecnologia, tratamentos e conhecimento disponíveis quando forem capazes de beneficiar seu paciente, mas cabe também a ele reconhecer quando tais ferramentas não mudarão o desfecho e poderão trazer, inclusive, mais sofrimento.
A suspensão de tratamentos fúteis não promove a morte e sim evita que o morrer seja alongado à custa de enorme sofrimento.
(CARVALHO; 1993).
DISTANÁSIA
ASPECTO PESSOAL
O indivíduo doente, aos poucos passa a depender completamente do processo tecnológico que o mantém, e a prorrogação constante da morte se torna o único elo com a vida.
(CARVALHO; et all.,2013).
DISTANÁSIA
ASPECTO FAMILIAR
Por um lado o prolongamento da vida do ente querido, enquanto por outro o sofrimento perante a possibilidade constante e repetitiva da perda.
(CARVALHO; et all.,2013).
DISTANÁSIA
ASPECTO SOCIAL
A disponibilidade de tais recursos para a manutenção de doentes sem reais possibilidades de recuperação da qualidade de vida, submetendo-os a um processo doloroso de morrer, exige uma atitude reflexiva por parte da sociedade e da medicina, na busca de uma solução adequada e apoiada na ética. 
(BATISTA, R. S. SCHRAMM, F. R. 2006, p. 195).
DISTANÁSIA
ASPECTO RELIGIOSO
	No catolicismo, o arcebispo Dom Raymundo Damasceno Assis, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), refere que “A morte não é uma doença para a qual devamos achar cura. É necessário que o homem reconheça e aceite a própria realidade e os próprios limites.
	A Igreja Batista defende o direito de o indivíduo tomar suas próprias decisões em relação às medidas ou tratamentos que prolongam a vida, esclarecida a maneira pela qual o paciente quer ser tratado, no fim de sua existência. 
	As Testemunhas de Jeová também entendem que, quando a morte se mostra inevitável, não se deve exigir a utilização de meios extraordinários para manter o processo de morrer por mais tempo. 
(XAVIER MS; MIZIARA CSMG; MIZIARA ID, 2014).
DISTANÁSIA
ASPECTO RELIGIOSO
	 As demais religiões, Luteranas, Episcopal e Ortodoxas Orientais, não divergem dessa forma de pensar. Se mostrando contra a distanásia e a favor de uma morte natural que não viole a santidade da vida humana. 
	A maioria das religiões, embora entenda a vida como sagrada e como dom divino, entende a morte como real e natural.
(XAVIER MS; MIZIARA CSMG; MIZIARA ID, 2014).
DISTANÁSIA
O DESAFIO DE CUIDAR - EXEMPLO
- Papa João Paulo II, foi proposto a ele que voltasse para a UTI do hospital, percebendo que sua vida chegava ao momento final, recusou a distanásia e simplesmente pediu: “Deixem-me partir, para o Senhor”. 
	
	Se o papa voltasse ao hospital e ficasse em uma UTI, sua vida certamente poderia ser prolongada por vários dias, mas em que isso o beneficiaria?
(PESSINI, 2013).
DISTANÁSIA
O DESAFIO DE CUIDAR - EXEMPLO
	Entre o não abreviar e o não prolongar a vida está o cuidar com arte e humanidade, garantindo a morte em paz e sem sofrimento, proporcionada pela prática dos cuidados paliativos. É um desafio grande aprender a cuidar do paciente fora das possibilidades terapêuticas, terminal, sem exigir retorno. 
	Assim como os humanos são cuidados ao nascer, devem também ser cuidados no final da vida.
(PESSINI, 2013).
ORTOTANÁSIA
ORTOTANÁSIA
“Ressalta-se que a boa morte ou morte digna tem sido associada ao conceito de ortotanásia” 
Etimologicamente, ortotanásia significa morte correta 
 ORTO -> CERTO – THANATOS -> MORTE
ORTOTANÁSIA
Traduz a morte desejável, na qual não ocorre o prolongamento da vida artificialmente, através de procedimentos que acarretam aumento do sofrimento, o que altera o processo natural do morrer. 
ORTOTANÁSIA
O individuo em estágio terminal é direcionado pelos profissionais envolvidos em seu cuidado para uma morte sem sofrimento, que DISPENSA a utilização de métodos desproporcionais de prolongamento da vida, tais COMO VENTILAÇÃO ARTIFICIAL OU OUTROS PROCEDIMENTOS INVASIVOS. 
Para evitar mais dores e sofrimentos para o paciente terminal, que já não tem mais chances de cura, desde que essa seja sua vontade ou de seu representante legal. 
ORTOTANÁSIA
A finalidade primordial é não promover o adiamento da morte, sem, entretanto, provocá-la. É evitar a utilização de procedimentos que corrompam a dignidade humana na finitude da vida. 
ORTOTANÁSIA
Aplicabilidade é permitida em diversos países, e no Brasil, implicitamente, é tutelada através de princípios jurídicos, consubstanciados em princípios éticos e morais. 
Entretanto, em virtude da insegurança jurídica propiciada pela ausência de legislação específica, conduz à permanência da prática DISTANÁSICA. 
ORTOTANÁSIA
	Nos países que, explicitamente, tutelam o direito à ortotanásia, ela é praticada com extrema SEGURANÇA JURÍDICA, obedecendo a etapas de protocolos elaborados minuciosamente, com vistas a garantir:
O elemento volitivo do paciente;
 O afastamento da responsabilidade de qualquer natureza para o profissional médico e a instituição de saúde que participem do processo. 
ORTOTANÁSIA – Caso Clínico
ORTOTANÁSIA
RELIGIÃO:
Assembleia de Deus: A única igreja que manifestou-se contra a resolução: “Todos os recursos para a manutenção da vida devem ser tentados até o fim”, alegou o pastor Lelis Washington. “Há sempre chance de cura do paciente no plano divino.”
Igreja Católica, Luterana e Espíritas são a favor de uma morte humanizada.
EUTANÁSIA SOCIAL
EUTANÁSIA SOCIAL
A eutanásia social pode ser compreendida a partir do termo  Mistanásia que possui etimologia grega.
				
 MIS -> INFELIZ – THANATOS -> MORTE 
				
 Significa Morte Infeliz 
(PAOLO; RIBAS; PEREIRA, 2006, p. 274-275)
EUTANÁSIA SOCIAL
Morte Miserável ou seja morte sofrida e precoce, sendo provocada de forma lenta. 
Principal causa
A desigualdade social e econômica, e na sua maioria ocorre pelo descaso do poder público em relação à classe pobre da sociedade. 
EUTANÁSIA SOCIAL
Explicam Paolo et al (2006), que a distinção entre eutanásia e mistanásia está no resultado, sendo que uma provoca uma morte suavee sem dor e a outra uma morte dolorosa e miserável, respectivamente.
É justamente este resultado que torna a eutanásia tão atraente para tantas pessoas e a mistanásia invisível para outras. A perplexidade nasce quando nos defrontamos com a realidade onde uma mesma sociedade oferece a mais alta tecnologia para o “bem morrer” e nega o indispensável para o “bem viver” 
(PAOLO; RIBAS; PEREIRA, 2006, p. 274-275)
EUTANÁSIA SOCIAL
Impende frisar que, mistanásia ou eutanásia social é aquela que ocorre em relação a doentes e deficientes que não chegam a ser pacientes. Reveste-se de omissão de socorro estrutural que atinge doentes durante a vida, privados de atendimento digno, pronto e adequado. 
(TJMG, decisão desembargadora DUARTE, 2012)
EUTANÁSIA SOCIAL
Hipóteses de ocorrência da Mistanásia 
Refere-se aos cidadãos que sequer chegam a se tornar “pacientes”, ocorrência mais comum entre os países emergentes ou pouco desenvolvidos. Neste caso, os doentes não conseguem ingressar no sistema de saúde vigente no país devido a fatores geográficos, políticos e sociais, como é o caso dos moradores de rua, que são tidos como “invisíveis”, e ficam à margem da sociedade, caracterizando assim, uma omissão de socorro por parte do Estado.
(CABETTE, 2009)
EUTANÁSIA SOCIAL
EUTANÁSIA SOCIAL
Encontram-se os cidadãos que conseguem procurar uma unidade de pública de tratamento, porém, devido ao grande número de pacientes e à falta de estrutura adequada, acabam por não serem atendidos e muitos desistem do tratamento, persistindo na doença ou pior, acabam morrendo nos corredores de fila de espera do Sistema Único de Saúde do país. 
(CABETTE, 2009)
EUTANÁSIA SOCIAL
EUTANÁSIA SOCIAL
EUTANÁSIA SOCIAL
Figuram os cidadãos, que embora tenham sido atendidos, acabam vindo a óbito em consequência de erro médico (imprudência ou negligência)
(CABETTE, 2009)
EUTANÁSIA SOCIAL
EUTANÁSIA SOCIAL
EUTANÁSIA SOCIAL
()
EUTANÁSIA SOCIAL
()
Impede frisar que o estudo da mistanásia se torna importante pelo fato da sociedade querer uma “morte digna” e menos sofrida. É neste sentido que a bioética latino-americana começou a se preocupar com outro tipo de eutanásia: a eutanásia social. Esta eutanásia social, denominada mistanásia (PAOLO; RIBAS; PEREIRA, 2006).
REFERÊNCIAS
ANTONIO, PAULO; FORTES, CARVALHO. Aprevenção DA DISTANÁSIA NAS LEGISLAÇÕES BRASILEIRA E FRANCESA. Rev Assoc Med Bras, v. 53, n. 3, p. 189-207, 2007.
BORGES RCB. Eutanásia, ortotanásia e distanásia: breves considerações a partir do biodireito brasileiro. Jus Navigandi 2005; 10(871):1-10. 
BOMTEMPO TV. A ortotanásia e o direito de morrer com dignidade: uma análise constitucional. Rev Int Direito Cid 2011; (9):169-182. 
DINIZ MH. O estado atual do biodireito. 6a Edição. São Paulo: Saraiva; 2009. 
FERREIRA, A. P. J.; SOUZA, L. J.; LIMA, A. A. F. O profissional de saúde frente à distanásia: uma revisão integrativa. Rev Bioethikos, v. 5, n. 4, p. 462-9, 2011.
MARTA GN, HANNA SA, SILVA JLS. Cuidados paliativos e ortotanásia. Diagn. trat 2010; 15(2):58-60. 
REFERÊNCIAS
MACHADO KDG, PASSINI L, HOSSNE WS. A formação em cuidados paliativos da equipe que atua em unidade de terapia intensiva: um olhar da bioética. Centro Universitário São Camilo 2007; 1(1):34-42. 
MELO AGC, Caponero R. Cuidados paliativos: abor- dagem contínua e integral. In: SANTOS FS, organiza- dor. Cuidados paliativos: discutindo a vida, a morte e o morrer. São Paulo: Atheneu; 2009. 
LIMA PMS. Aspectos éticos e legais da aplicabilida- de da ortotanásia. Jus Societas 2008; 2(1):1-20. 
PESSINI, Leo. Distanásia: até quando investir sem agredir?. Revista Bioética, v. 4, n. 1, 2009.
PESSINI, Leo. Distanásia: até quando prolongar a vida?. Edições Loyola, 2001.
XAVIER, Marcelo S.; MIZIARA, Carmen Silvia Molleis Galego; MIZIARA, Ivan Dieb. Terminalidade da vida: questões éticas e religiosas sobre a ortotanásia. Saúde, Ética & Justiça, v. 19, n. 1, p. 26-34, 2014.

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