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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIRETO DA 1

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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIRETO DA 1° VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS/SP
5 LINHAS
PROCESSO N° XXX
5 LINHAS
JULIANA FLORES, já qualificado, por seu advogado, com endereço profissional na XXX, onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO, pelo procedimento comum, movida por SUZANA MARQUES, vem a esse juízo, oferecer
CONTESTAÇÃO
para expor e requerer o que se segue:
I- PRELIMINARES
a) ILEGITIMIDADE PASSIVA
Cabe evidenciar que há ilegitimidade passiva, pois a referida ré não é a beneficiária da doação e não obteve qualquer proveito da mesma, sendo o imóvel em questão doado por própria vontade ao Orfanato Semente do Amanhã, parte passiva como donatário no negócio jurídico.
Devido ao fato solicito a extinção do processo sem resolução do mérito.
b) OCORRÊNCIA DE COISA JULGADA
	Ocorre que em 10 de Abril de 2015 foi proposta ação perante a 2° VARA CÍVEL DE CAMPINAS, sendo julgado IMPROCEDENTE O PEDIDO, não cabendo qualquer recurso a autora.
	Conforme prevê artigo 505 do CPC, em seu caput, nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide. 
II- SÍNTESE DOS FATOS
a)A VERDADE DOS FATOS
A parte ré alega que não houve coação para a doação, sendo realizado pela autora de livre vontade já que pertenciam a mesma religião. Que sugere as pessoas a doação pela importância do ato de caridade que jamais agiu com ameaça.
Após 1 mês realizada a doação, a autora pediu demissão aceitando trabalho em empresa concorrente devido a proposta de melhor salario. E que desde 2013 não é mais diretora do orfanato em questão.
III- DO MÉRITO
a) PREJUDICIAL DE MÉRITO
Observa-se no caso que a autora vem somente agora depois de 5 anos pleitear a anulação do negocio jurídico, que ela diz ter sido celebrado por Coação, sem apresentar provas contundentes e como único argumento utilizado que temia uma possível demissão, mas vemos que a ausência de evidências no exposto que configure Coação.
Conforme a inteligência do artigo 178, inciso I, são de 4 anos o prazo de decadência para a propositura da anulação do negocio jurídico em casos de coação.
Ressalta-se que a ação proposta em sua inicial não atende o prazo para sua propositura, pois ocorreu o prazo decadencial.
b) DA AUSENCIA DE COAÇÃO
Brilhantemente podemos recorrer ao nosso ordenamento jurídico o esclarecimento do artigo 153 CC, que diz não ser coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial .
O simples fato da Ré incentivar doações por ser de uma determinada religião e acreditar na importância do ato, não configura uma coação já que a mesma convive e incentiva outras pessoas do trabalho e as mesma nunca doaram.
Repisa-se que a autora não apresentou provas substanciais, como uma coação por meio documental ou testemunhal, a prova apresentada é somente seu depoimento, por isso afirmo não ter ocorrido nenhum tipo de coação. 
IV- DOS PEDIDOS
Diante de todo exposto, o Réu requer a esse juízo:
a) O acolhimento da preliminar Da Coisa Julgada com a extinção do processo sem julgamento do mérito conforme art. 485, inciso V do CPC ;
b) O acolhimento da preliminar de ilegitimidade passiva com a extinção do processo sem a resolução do mérito conforme art. 485 inciso VI do CPC;
c) O reconhecimento da Decadência com a extinção do processo com julgamento do mérito;
d)Requer a improcedência do pedido autoral;
e)A condenação do autor ao ônus da sucumbência.
V- DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu.
Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2018.
Tatiene Ramos Costa
Matricula 201603332448

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