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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (ISCED) Lichinga Curso de licenciatura em contabilidade e auditoria A evasão e fraude fiscal em Moçambique Trabalho de pesquisa Bibliográfica Raúl Rafael Cossa Lichinga Abril de 2020 Raúl Rafael Cossa A evasão e fraude fiscal em Moçambique Trabalho de pesquisa bibliográfica Teste 2 º Ano, turma B Curso de Licenciatura em contabilidade e auditoria; Trabalho de Pesquisa Bibliográfica à ser entregue no Departamento de Economia e Gestão; destinado para fins avaliativos na disciplina de Auditoria Fiscal Tributaria. Tutor: Esmeraldo Inácio Lichinga Abril de 2020 P á g i n a | ii Lista de Siglas e abreviaturas IVA Imposto Sobre Valor Acrescentado IRPS Imposto Sobre Rendimentos De Pessoas Singulares IRPC Imposto Sobre Rendimentos De Pessoas Colectivas AT Autoridade Tributaria de Moçambique DAF Direcção da Área Fiscal P á g i n a | iii Glossário A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) é um serviço da administração direta do Estado dotado de autonomia administrativa que tem por missão administrar os impostos, direitos aduaneiros e demais tributos que lhe sejam atribuídos, bem como exercer o controlo da fronteira e do território aduaneiro nacional, para fins fiscais, económicos e de proteção da sociedade, de acordo com as políticas definidas pelo Governo. Nesse sentido, para cumprimento da sua missão, a AT prossegue um vasto conjunto de atribuições, de onde se destacam: Assegurar a liquidação e cobrança dos impostos e demais tributos ou receitas do Estado; Exercer a ação de inspeção tributária e aduaneira, prevenindo, investigando e combatendo a fraude e evasão fiscais e aduaneiras e os tráficos ilícitos; Exercer a ação de justiça tributária e assegurar a representação da Fazenda Pública junto dos órgãos judiciais; Palavras - chave: Evasão, entidade económica, fiscalidade, Impostos. P á g i n a | iv Agradecimentos Para conseguir terminar este trabalho dentro do praso, houve necessidade de perder a atenção de algumas pessoas alvo nesta época pandémica, que indispensavelmente não devia deixar de tomar atenção nelas. Com isso, tenho a agradecer a minha pequena família, esposa e filhas; pelo carinho e paciência que tiveram quando eu nada podia fazer por conta deste trabalho; e a todos os indexadores de conteúdos científicos, no intuito de ajudar quem precisa, a titulo de exemplo aos que se podem ver na referencia bibliográfica deste Trabalho. Por cima de todos agradecimentos endereço primordialmente ao Pai de todos os fiens incansáveis de glorificar o Santo nome dele; o maravilhoso conselheiro dos cansados, o que sempre vê o que fazemos por ele, sem distinção religiosa; o DEUS poderoso Omnipotente e celestial. Aleluiiiaaa P á g i n a | v Objectivos Objectivos gerais Diminuir o índice de evasão e fraude fiscal em Mocambique Objectivos específicos Dar a conhecer aos utentes fiscalizados as vantagens e desvantagens de regularização dos assuntos fiscais, Aumentar a prevalência do contributo fiscal ao cofre do estado Redução da evasão fiscal P á g i n a | vi Índice Lista de Siglas e abreviaturas ...................................................................................... ii Glossário ....................................................................................................................... iii Agradecimentos ............................................................................................................ iv Objectivos ...................................................................................................................... v Objectivos gerais ........................................................................................................ v Objectivos específicos ................................................................................................ v 1. Introdução ........................................................................................................... 7 2. Revisão Bibliográfica .......................................................................................... 8 2.1 Conceitos Chaves .............................................................................................. 8 2.1.1 Evasão ......................................................................................................... 8 2.1.2 Fiscalidade .................................................................................................. 8 2.1.3 Tributação ................................................................................................... 8 2.1.4 Evasão fiscal ............................................................................................... 9 2.1.5 Impostos ...................................................................................................... 9 3. Sistema fiscal Moçambicano ............................................................................ 10 3.1 Benefícios fiscais ............................................................................................ 10 3.2 Forma de cobranças ........................................................................................ 11 3.2.1 Máquinas fiscais ........................................................................................ 11 4. Principais Itens Tributáveis e Processos de Importação e Exportação em . 13 Moçambique ................................................................................................................ 13 4.1 Irps .................................................................................................................. 13 4.1.1 Taxas irps .................................................................................................. 13 4.2 Irpc .................................................................................................................. 14 4.3 Importador/Exportador ................................................................................... 15 5. Fraudes como Maiores Desafios Fiscais ......................................................... 16 5.1 Tipos de Evasão Fiscal ................................................................................... 17 P á g i n a | vii 5.1.1 Evasão Fiscal Omissiva Imprópria ........................................................... 17 5.1.2 Evasão Fiscal Omissiva por Inacção ......................................................... 17 5.1.3 Evasão Fiscal Comissiva ........................................................................... 18 5.1.4 Evasão Fiscal Comissiva Ilícita quando .................................................... 18 5.1.5 Evasão Fiscal Comissiva Ilícita ................................................................ 18 6. Metodologia de pesquisa .................................................................................. 19 7. Conclusão e recomendações ............................................................................. 20 7.1 Conclusão ........................................................................................................ 20 7.2 Recomendações .............................................................................................. 20 7.2.1 Para as empresas ....................................................................................... 20 7.2.2 Para a AT .................................................................................................. 20 8. Bibliografia........................................................................................................ 21 P á g i n a | 7 1. Introdução Portanto, é de salientar que os impostos desempenham um papel importante no crescimento de qualquer economia do mundo, os governos com as suas políticas fiscais fazem a colecta dos impostos que representam grande parte do Orçamento do Estado. Este Orçamento é usado para responder as necessidades colectivas dos indivíduos ou, da sociedade, dai que, com os recursos arrecadados via tributação, os governos conseguem financiar – se e promover gratuitamente bens públicos a população em troca do recebimento dos impostos. P á g i n a | 8 2. Revisão Bibliográfica A Simplificação e apoio ao cumprimento continuado, os contribuintes económicos reagiram e reagem positivamente a um todo desenvolvimento da AT pela introdução de novas tecnologias das comunicações, num sistema de cobranças fiscais tributárias. A título de exemplo da AT Portugal, AT Moçambique, presta ainda um serviço de atendimento presencial por marcação e dispõe igualmente dos serviços do Centro de Atendimento Telefónico e da ferramenta e-Balcão, através dos quais proporciona ao contribuinte esclarecimento mais célere das suas dúvidas. No entanto, falar da evasão fiscal, seria assunto meramente relacionado a análise de factores como: Processo de importação Processo de exportação Impostos realmente considerados. Portanto, para lucidar o tema deste trabalho, teremos inicialmente de tomar em conta a alguns conceitos importantes. 2.1 Conceitos Chaves 2.1.1 Evasão Etimologicamente, a origem da palavra evasão vem do latim evasio.onis, que em português é entendida como a ação de abandonar algo; desistência, abandono, escapar, deslocar de um para outro lugar, saída, em fim. (Pensador, s.d.) Exemplo: Evasão escolar, evasão prisional, entre outros. 2.1.2 Fiscalidade Na tentativa de se dar o conceito da fiscalidade, muitas obras acabam apontando os objectivos da fiscalidade, e actividades que um agente fiscal realiza e o seu campo de actuação. Portanto a fiscalidade não mas alem do que a cobrança de impostos nas empresas, ou aos agentes económicos; a fiscalidade deve ser conceituada como sendo a ciência política de cobrança de impostos a favor do estado de direito. 2.1.3 Tributação Verifica-se, assim, que a Auditoria Tributária constitui a componente externa da Auditoria Fiscal levada a cabo por uma entidade pública ou governamental, que poderá ser a Autoridade Tributária, a Inspecção-Geral de Finanças (IGF) ou Tribunal Administrativo. P á g i n a | 9 Contudo, podemos afirmar que tanto a Auditoria Fiscal como a Auditoria Tributária pertencem à Auditoria Financeira, pois, ambas lidam com a informação financeira da empresa. Portanto tributação e o processo de pagamento e fiscalização dos bens que entram e saem no estado de direito. Assim que a fiscalidade e verificada a devida autenticidade dentro ou fora do estado, por sua vez vem o fiscal tributário para verificar se a fiscalidade daquele bem esta devidamente regularizado por lei. 2.1.4 Evasão fiscal Com a fusão destes conceitos podemos resumidamente concluir que a Evasão fiscal é a saída, ou desistência de regularização fiscal. Que se verificam, não apenas nas entidades económicas, mas também nas pessoas singulares juridicamente comprovadas ou não. 2.1.5 Impostos O Imposto é o foco da pesquisa da baliza da pesquisa, e a sua classificação, por ser a chave de todos os conceitos e teorias levantadas ao longo da parte textual, ora vejamos. (Neves, 2017) Cita vários autores, Pereira (s/d) explica, define imposto como sendo a prestação coactiva, patrimonial, definitiva e unilateral, estabelecida por lei, sem caracter de sanção e a favor do Estado. Com definição similar Ibraimo (2002), afirma que o Imposto é uma prestação coativa, pecuniária, definitiva e unilateral, estabelecida por lei, sem caracter de sanção, a favor do Estado para a realização de fins públicos. No entanto, para Waty (2002), o imposto é uma prestação coactiva, patrimonial, positiva, não sinalagmática, sem caracter de sanção, estabelecida por lei, a favor de uma entidade pública ou com funções pública para a satisfação das necessidades públicas e redistribuição de riquezas, independentemente de qualquer vínculo anterior. P á g i n a | 10 3. Sistema fiscal Moçambicano O Sistema fiscal em Moçambique é suportado por uma grandiosa estrutura física e on- line, para permitir maior controle do mercado, e a contribuição activa dos impostos. No meio desta realidade, há registo de registo de vasta evasão e fraude fiscal cometida pelas entidades económicas na praça do comércio. Ora vejamos os impostos coletados pelas entidades fiscalizadoras em Moçambique. IRPC – Imposto sobre o rendimento de pessoas colectivas IRPS – Imposto sobre o rendimento de pessoas singulares ISPC – Imposto simplificado sobre pequenos contribuintes IVA- Imposto sobre o valor acrescentado SS – Segurança social Outros impostos, entre outros. (Cego, s.d.) As entidades fiscalizadoras e cobradora dos impostos e a AT; por meio dos sectores de Alfádegas, nas fiscais externos, e agentes da AT fiscalizadores internos. Os fiscalizadores externos podemos aqui entender que e a entidade que tem como ponto de actividades, nas zonas fronteiriças, portos e postos aeroportuários, entretanto, ou seja, e um setor composto de pessoal fiscalizador de mercadorias que entram ou saem do pais, mediante uma deslocação dessas mercadorias documentadas sob ponto de vistas fiscais. Subentendem-se de agentes internos, aos agentes fiscalizadores dentro da cidade para verificar a autenticidade fiscal cumprida pelas entidades económicas. 3.1 Benefícios fiscais Segundo o atrigo 2 da lei n 4/2009 de 12 de janeiro, Consideram se benefícios fiscais, as medidas que indiquem insecao ou redução do montante a pagar dos impostos em vigor co o fim de favorecer as entidades de reconhecido interesse publico bem como incentivar o desenvolvimento económico do país, tais como: 1. As deduções de materias coletáveis, 2. As deduções a coleta, 3. Amortizações e reintegrações aceleradas, 4. O crédito fiscal por investimento, P á g i n a | 11 5. A inseção, 6. A redução de taxa dos impostos e diferimento do pagamento destes. 3.2 Forma de cobranças Desde sempre a AT fez suas cobranças por meio de uma plataforma física, que até aos dias de hoje, registou um desenvolvimento na matéria de coleta fiscal, reforçada por plataforma On-line. Nos dias de hoje, a AT cobra os impostos com a implantação de uma nova plataforma electrónica equipada de campos para executar diversas operações tributárias, desde 2019, com o objectivo de reduzir massivamente as fraudes fiscais. Assim as cobranças físicas tenham decorrido sem haver desvios financeiros por parte dos agentes e colaboradores. Essas plataformas estão distribuídas em todos postos de cobrança garantindo também a autenticidade dos agentes económicos. Segundo (Tributaria, 2014), considera-se Máquina Fiscal a Registadora Fiscal, a Impressora Fiscal e o Controlador Fiscal, ou ainda os dispositivos equiparados à máquina fiscal, que podem ser usados graças a evolução tecnológica para registar as vendas e emitir talões fiscais na forma prescrita pela administração tributária, com capacidade de armazenamento de informação por um período não inferior a cinco anos, permitir a sua integração plena e fluida com o sistema de gestão das máquinas fiscais, independentemente da actualização tecnológica do hardware e software da máquina fiscal. 3.2.1 Máquinas fiscais A criação da Autoridade Tributária de Moçambique pela Leinº1/2006, de 22 de Março, visava a modernização e fortalecimento dos órgãos da administração tributária para assegurar a eficiência, eficácia e equidade na aplicação das políticas tributária e aduaneira, garantindo maior comodidade para os contribuíntes no cumprimento das obrigações fiscais incluindo maior capacidade de detecção do incumprimento e da evasão fiscal. Assim sendo, o Projecto da Máquinas Fiscais constitui uma actividade prioritária para o aumento da arrecadação de receitas do Estado que visa consolidar os processos de modernização tecnológica para a gestão tributária ao lado do Portal do Contribuinte, sistema e-Tributação. As actividades económicas dos sujeitos passivos e reforço da capacidade de gestão de processos de arrecadação de receitas bem como P á g i n a | 12 para cruzamento de informação para detecção da fraude e evasão fiscais. O Regulamento das Máquinas Fiscais foi aprovado pelo Decreto nº 92/2014, de 31 de Dezembro, estabelece a obrigatoriedade do uso de máquinas fiscais, na transmissão de bens e serviços efectuadas pelos sujeitos passivos, como os procedimentos de sua distribuição e comercialização, revogando o Decreto nº 28/2000, Segundo (Tributaria, 2014), considera-se Máquina Fiscal a Registadora Fiscal, a Impressora Fiscal e o Controlador Fiscal, ou ainda os dispositivos equiparados à máquina fiscal, que podem ser usados graças a evolução tecnológica para registar as vendas e emitir talões fiscais na forma prescrita pela administração tributária, com capacidade de armazenamento de informação por um período não inferior a cinco anos, permitir a sua integração plena e fluida com o sistema de gestão das máquinas fiscais, independentemente da actualização tecnológica do hardware e software da máquina fiscal. 3.2.1.1 Finalidade das máquinas fiscais A finalidade das Máquinas Fiscais é de garantir a eficiência e eficácia na cobrança de receitas fiscais, simplificar os processos de declaração do IVA, redução dos custos de declaração do IVA bem como aumentar os níveis de cobrança de receitas. A informação captada nas máquinas fiscais permite o cruzamento da informação entre os diferentes sujeitos da cadeia de fornecimento o que possibilita análises profundas para a inteligência financeira e fiscal. P á g i n a | 13 4. Principais Itens Tributáveis e Processos de Importação e Exportação em Moçambique 4.1 Irps 1º Objecto do IRPS - Ficam sujeitos à tributação os rendimentos, quer em dinheiro, quer em espécie, seja qual for o local onde se obtenham, a moeda e a forma por que sejam auferidos. Os rendimentos em referência podem ser agrupados pelas categorias seguintes: Primeira Categoria: rendimentos do trabalho dependente; Segunda Categoria: rendimentos empresariais e profissionais; Terceira Categoria: rendimentos de capitais e das mais-valias; Quarta Categoria: rendimentos prediais; Quinta Categoria: outros rendimentos. 2º Sujeito passivo - Ficam sujeita a IRPS as pessoas singulares que residam em território moçambicano e as que, nele não residindo, aqui obtenham rendimentos. Existindo agregado familiar, o imposto é devido individualmente, por cada pessoa que o constitui e pelos rendimentos de que a mesma é titular. O IRPS devido pelas pessoas residentes em território moçambicano, incide sobre a totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora desse território. Tratando-se de não residentes, o IRPS incide unicamente sobre os rendimentos obtidos em território moçambicano. Os rendimentos que pertençam em comum a várias pessoas são imputados a estas na proporção das respectivas quotas, que se presumem iguais quando indeterminadas. 3º Taxas de impostos - As taxas de imposto que incidem sobre os rendimentos são dadas através de uma tabela oficial aprovada pela Autoridade Tributária de Moçambique e actualizada numa base anual 4º Período de pagamento - O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares é pago no ano seguinte àquele a que respeitam os rendimentos, sem prejuízo do disposto nos artigos seguintes. Os prazos e termos de pagamento do imposto são objecto de regulamentação. 4.1.1 Taxas irps Índice Rendimentos colectáveis anuais em Meticais (A) Taxas (B) Parcela a abater em Meticais (C) Até 42,000 10% - De 42,001 - 168,000 15% 2.100 De 168,001 - 504,000 20% 10.500 P á g i n a | 14 De 504,000 - 1,512,000 25% 35.700 Além de 1,512,000 32% 141.540 As percentagens indicadas na coluna B representam taxas marginais, sendo cada uma delas válida dentro dos limites do correspondente escalão de rendimento. As importâncias da coluna C destinam-se a permitir o cálculo prático do imposto, cuja colecta é obtida aplicando à totalidade do rendimento colectável a taxa máxima que lhe corresponda, segundo a coluna B, deduzindo-se depois a parcela indicada na coluna C 4.2 Irpc 1º Objecto do IRPC - (1) O lucro das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, das cooperativas e das empresas públicas e das demais pessoas colectivas; (2) o rendimento global, correspondente à soma algébrica dos rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRPS, das entidades referidas nas alíneas a) e b) do nº 1 do artigo 2 que não exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola; (3) o lucro imputável a estabelecimento estável situado em território moçambicano de entidades, como sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção efectiva em território moçambicano e cujos rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos a IRPS; (4) os rendimentos das diversas categorias, considerados para efeitos de IRPS, auferidos por entidades mencionadas na alínea anterior que não possuam estabelecimento estável em território moçambicano ou que, possuindo-o, não lhe sejam imputáveis. 2º Sujeito passivo - As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, as empresas públicas e as demais pessoas colectivas de direito público ou privado com sede ou direcção efectiva em território moçambicano; entidades desprovidas de personalidade jurídica, com sede ou direcção efectiva em território moçambicano, cujos rendimentos não sejam tributáveis em Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS); entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção efectiva em território moçambicano, e cujos rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos a IRPS 3º Determinação do valor a pagar - Pela dedução ao lucro tributável determinado dos prejuízos fiscais, apurados nos termos das disposições deste Código, relativamente às pessoas colectivas e entidades P á g i n a | 15 4º Taxas de impostos - A taxa do IRPC é de 32%, excepto nos casos previstos nos números seguintes. As actividades agrícola e pecuária beneficiam até 31 de Dezembro de 2015, de uma taxa reduzida de 10%. 5º Período de pagamento - O IRPC, salvo o disposto no nº 3 do artigo seguinte, é devido por cada exercício económico, que coincide com o ano civil, sem prejuízo das excepções fixadas por lei. 4.3 Importador/Exportador a) Âmbito de actuação Exportador: entidade que vende ou coloca produtos no estrangeiro a partir do território nacional; importador: entidade que adquire produtos no estrangeiro para transaccioná-los em território nacional b) Legislação Decreto 49/2004 de 17 de Novembro - Regulamento do Licenciamento da Actividade Comercial c) Requisitos de licenciamento (i) Nome, idade, nacionalidade, naturalidade, domicílio, número do documento de identificação, local e data de emissão, tratando-se de pessoa singular; (ii) Denominação, escritura pública do pacto social ou Boletim da República (BR) da sua publicação, endereço da sede social, identificação do representante, tratando-se de uma sociedade comercial; d) Documentos ajuntar (i) requerimento do pedido de licenciamento de actividade comercial; (ii) peça desenhada das instalações destinadas ao exercício da actividade comercial; (iii) escritura pública do pacto social ou Boletim da República que a publicou acompanhada do respectivo registo comercial, quando se trate de sociedade comercial; (iV) contrato de arrendamento ou título de propriedade do imóvel destinado ao exercício da actividade comercial; (v) prova de registo fiscal, emitida pelo Ministério do Plano e Finanças. P á g i n a | 16 e) Validade da licença Importador: um ano a contar da data da emissão do respectivo cartão; exportador: (i) pelo mesmo período da validade da autorização de exercício da actividade da empresa; (ii) por um período de 5 anos para as empresas com licenças de actividade ou alvarás sem prazo determinado de validade e para as empresas da indústria extractiva ou outra com títulos de exploração com validade superior a quatro anos f) Documentos/formulários relevantes Formulário para o registo do importador; Formulário para o registo do exportador Ficha do importador; Ficha do exportador; Cartão do importador; Cartão do exportador 5. Fraudes como Maiores Desafios Fiscais O combate à fraude e evasão fiscais, revela-se em várias vertentes. Tipicamente o imposto é declarado por parte do contribuinte, liquidado pelo contribuinte ou pelos serviços liquidadores, e pago pelo contribuinte. Acontece que, para que haja fraude e evasão fiscais, é preciso que não haja declaração e/ou que não haja pagamento. Portanto, se se pretende analisar a evolução do combate à fraude e evasão fiscais, dever-se-á estudar a evolução de todos os indicadores que influam nos processos atrás de em Moçambique a tributação procura incidir sobre o rendimento real, tanto relativamente aos singulares como às pessoas coletivas. Esta pretensão, associada ao facto de a tributação ser suportada em meios declarativos, ou seja, assente no pressuposto de que os sujeitos passivos procuram também eles a verdade e estão dispostos a ser tributados de acordo com os rendimentos reais, leva por vezes os sujeitos passivos a omitirem ou simplesmente não declararem os seus rendimentos ou a sua atividade económica. Naturalmente tem de haver sistemas, por parte da AT, que realizem o controlo e combate destas situações, tendo em vista a promoção da equidade fiscal. De acordo com Franco (2010), evasão fiscal é um conceito amplo que, no essencial, corresponde à ideia de que há alguém que deveria pagar um imposto mas não o pago, sem que resulte da transferência para outro sujeito económico do sacrifício fiscal. E ainda continua o autor afirmando que a fraude fiscal com maior rigor, é um conjunto de práticas tendentes a reduzir irregularmente o montante do imposto a pagar (por contabilização viciada, declaração http://www.at.gov.mz/por/Media/Files/Requisitos-por-interveniente/Ficha-de-Exportador http://www.at.gov.mz/por/Media/Files/Requisitos-por-interveniente/Ficha-de-Exportador P á g i n a | 17 errónea, ocultação parcial da matéria colectável ou de factos tributários), havendo por vezes tendência para considerar fraudulento, em sentido amplo, até o comportamento de potenciais contribuintes que pratiquem a evasão ilegal. Para Ribeiro (1997), Evasão ao imposto consiste precisamente em ocultar o fisco na totalidade ou parte da matéria colectável, isto é, não a declara ou declara menos do que a que possui. Enquanto Leitão (1999), define evasão fiscal como sendo toda e qualquer Acção ou omissão que possa eliminar ou suprimir, reduzir ou retardar o cumprimento de uma obrigação tributaria. Contudo os autores acima são consensuais no conceito da evasão fiscal, deste modo se pode afirmar que a evasão fiscal constitui prática ilegal que é usado para evitar o pagamento do imposto, como e o caso do nosso estudo que busca a entender as razões económicos a cometerem essa infração. Ora, ao longo da pesquisa se notou que e muito comum os vendedores ou comerciantes infringirem regras de tributação, na medida que omitem as declarações periódicas e ainda é mas comum quando não emitem as facturas no acto das vendas de mercadorias. 5.1 Tipos de Evasão Fiscal (Neves, 2017, pp. 21-21) Cita Leitão (1999), apresenta os tipos de evasão fiscal, baseados nos ensinamentos de Dória, que demonstra as várias modalidades de evasão fiscal como podemos descrever a seguir. 5.1.1 Evasão Fiscal Omissiva Imprópria Aquela que pode ser praticada com a intensão ou não de assumir o risco de o produzir, e consiste num comportamento em que o contribuinte ou vendedor renuncia materializar ou desenvolver a capacidade económica que esteja sujeita a imposto. Para este estudo, o consumidor final que tem conhecimento ou não da importância da exigência da factura nas suas compras acaba consentindo com a sonegação no momento em que em diversas ocasiões em suas transações não exige a emissão de factura, tendo as vendas ficado sem nenhum registo de saída. 5.1.2 Evasão Fiscal Omissiva por Inacção Esta pode ser dividida em intencional e não intencional. Evasão Fiscal Omissiva por Inacção Intencional acontece quando o contribuinte intencionalmente deixar de pagar o imposto devido e uma vez verificada a P á g i n a | 18 incidência da norma fiscal, destaca se o intuito de sonegação fiscal, falta ou atraso recolhimento da liquidação do imposto. Relacionar ao nosso estudo pensa-se que o agente passivo em alguns momentos comente esse acto, quando simplesmente não vai a DAF declarar as suas vendas ou quando simplesmente não faz o registo das mesmas fugindo ao fisco e tem sido crime perante a lei fiscal. Evasão Fiscal Omissiva por Inacção não Intencional – consiste no facto do contribuinte de forma inintencional deixar de pagar o imposto por ignorância do dever fiscal. Essa situação se verifica quando o agente passivo ou o vendedor não tem informações claras sobre o processo de fracturação de imposto e acaba se envolvendo no processo. 5.1.3 Evasão Fiscal Comissiva Os contribuintes por meios ilícitos, tendem a eliminar ou retardar o pagamento do imposto devido havendo sempre intenção de dolo. Esta forma de evasão divide se em ilícita e licita. 5.1.4 Evasão Fiscal Comissiva Ilícita quando Existe um conclui nas decisões de cometer o dolo e quando se atingem os fins económicos almejados para a obtenção da poupança fiscal. 5.1.5 Evasão Fiscal Comissiva Ilícita Esta é caracterizada na accao individual do contribuinte, tendendo a por sempre processo lícitos de modo a afastar a incidência do factor gerador. Em suma nesses dois actos o que preocupa o contribuinte é a intensão, a acção a finalidade e o resultado. P á g i n a | 19 6. Metodologia de pesquisa Questionário, on-line por motor de busca web, leitura de alguns manuais físicos. Seguindo a seguinte metodologia. Pesquisa qualitativa, básica, descritiva não experimental bibliográfica. P á g i n a | 20 7. Conclusão e recomendações 7.1 Conclusão O combate à fraude e evasão fiscal, não apenas se centra na evasão e fraudes fiscais, mas também na evasão e fraude tributária. De uma forma mais efetiva, as situações de incumprimento fiscal, o combate tem vindo a revelar-se cada vez mais uma prioridade absoluta, uma vez que, a quebra de receita originada por estes comportamentos, não só condiciona o nível de qualidade dos serviços públicos e das prestações sociais, como conduz a níveis elevados de carga fiscal sobre os contribuintes cumpridores. Nesse sentido, o presente trabalho, pode-se considerar de trabalho para continuidade de estudos aprofundados. 7.2 Recomendações 7.2.1 Para as empresas As entidades económicas empresariais a aderirem a conformidade fiscalsem que necessariamente abandonem o mercado ou práticas voltadas a evasão e fraudes fiscais e tributarias. Não se deixem levar com a fuga ao fisco, porque esse acto e punível nos termos da lei em vigor em Moçambique. 7.2.2 Para a AT Diminuir a percentagem das taxas para incentivar a abertura de novas entidades, cativando o aumento das receitas fiscais. AT, a aumentarem recursos humanos, para cobrir efetivamente a fiscalização das empresas a nível nacional, provincial e distrital. P á g i n a | 21 8. Bibliografia Cego, S. d. (s.d.). Obtido em 02 de 04 de 2020, de http://www.cegoc.co.mz Neves, D. M. (2017). O Papel do Consumidor Final na Redução da Evasão Fiscal. Lichinga. Obtido de repositorio.ucm.ac.mz Pensador. (s.d.). Obtido em 02 de 04 de 2020, de /www.dicio.com.br Tributaria, A. (2014). Obtido de http://www.at.gov.mz
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