Buscar

Evasao e Fraude Fiscal em Moz-

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (ISCED) 
Lichinga 
Curso de licenciatura em contabilidade e auditoria 
 
 
 
 
 
 
 
A evasão e fraude fiscal em Moçambique 
Trabalho de pesquisa Bibliográfica 
 
 
 
 
 
Raúl Rafael Cossa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lichinga 
Abril de 2020
Raúl Rafael Cossa 
 
 
 
 
 
 
 
A evasão e fraude fiscal em Moçambique 
Trabalho de pesquisa bibliográfica 
Teste 2 
 
º Ano, turma B Curso de Licenciatura em 
contabilidade e auditoria; Trabalho de Pesquisa 
Bibliográfica à ser entregue no Departamento de 
Economia e Gestão; destinado para fins 
avaliativos na disciplina de Auditoria Fiscal 
Tributaria. 
Tutor: Esmeraldo Inácio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lichinga 
Abril de 2020
P á g i n a | ii 
 
Lista de Siglas e abreviaturas 
IVA Imposto Sobre Valor Acrescentado 
IRPS Imposto Sobre Rendimentos De Pessoas Singulares 
IRPC Imposto Sobre Rendimentos De Pessoas Colectivas 
AT Autoridade Tributaria de Moçambique 
DAF Direcção da Área Fiscal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | iii 
 
Glossário 
A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) é um serviço da administração direta do 
Estado dotado de autonomia administrativa que tem por missão administrar os impostos, 
direitos aduaneiros e demais tributos que lhe sejam atribuídos, bem como exercer o controlo da 
fronteira e do território aduaneiro nacional, para fins fiscais, económicos e de proteção da 
sociedade, de acordo com as políticas definidas pelo Governo. Nesse sentido, para cumprimento 
da sua missão, a AT prossegue um vasto conjunto de atribuições, de onde se destacam: 
 Assegurar a liquidação e cobrança dos impostos e demais tributos ou receitas do 
Estado; 
 Exercer a ação de inspeção tributária e aduaneira, prevenindo, investigando e 
combatendo a fraude e evasão fiscais e aduaneiras e os tráficos ilícitos; 
 Exercer a ação de justiça tributária e assegurar a representação da Fazenda 
Pública junto dos órgãos judiciais; 
Palavras - chave: Evasão, entidade económica, fiscalidade, Impostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | iv 
 
Agradecimentos 
Para conseguir terminar este trabalho dentro do praso, houve necessidade de perder a 
atenção de algumas pessoas alvo nesta época pandémica, que indispensavelmente não devia 
deixar de tomar atenção nelas. 
Com isso, tenho a agradecer a minha pequena família, esposa e filhas; pelo carinho e 
paciência que tiveram quando eu nada podia fazer por conta deste trabalho; e a todos os 
indexadores de conteúdos científicos, no intuito de ajudar quem precisa, a titulo de exemplo 
aos que se podem ver na referencia bibliográfica deste Trabalho. 
Por cima de todos agradecimentos endereço primordialmente ao Pai de todos os fiens 
incansáveis de glorificar o Santo nome dele; o maravilhoso conselheiro dos cansados, o que 
sempre vê o que fazemos por ele, sem distinção religiosa; o DEUS poderoso Omnipotente e 
celestial. Aleluiiiaaa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | v 
 
Objectivos 
Objectivos gerais 
 Diminuir o índice de evasão e fraude fiscal em Mocambique 
Objectivos específicos 
 Dar a conhecer aos utentes fiscalizados as vantagens e desvantagens de 
regularização dos assuntos fiscais, 
 Aumentar a prevalência do contributo fiscal ao cofre do estado 
 Redução da evasão fiscal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | vi 
 
Índice 
 
Lista de Siglas e abreviaturas ...................................................................................... ii 
Glossário ....................................................................................................................... iii 
Agradecimentos ............................................................................................................ iv 
Objectivos ...................................................................................................................... v 
Objectivos gerais ........................................................................................................ v 
Objectivos específicos ................................................................................................ v 
1. Introdução ........................................................................................................... 7 
2. Revisão Bibliográfica .......................................................................................... 8 
2.1 Conceitos Chaves .............................................................................................. 8 
2.1.1 Evasão ......................................................................................................... 8 
2.1.2 Fiscalidade .................................................................................................. 8 
2.1.3 Tributação ................................................................................................... 8 
2.1.4 Evasão fiscal ............................................................................................... 9 
2.1.5 Impostos ...................................................................................................... 9 
3. Sistema fiscal Moçambicano ............................................................................ 10 
3.1 Benefícios fiscais ............................................................................................ 10 
3.2 Forma de cobranças ........................................................................................ 11 
3.2.1 Máquinas fiscais ........................................................................................ 11 
4. Principais Itens Tributáveis e Processos de Importação e Exportação em . 13 
Moçambique ................................................................................................................ 13 
4.1 Irps .................................................................................................................. 13 
4.1.1 Taxas irps .................................................................................................. 13 
4.2 Irpc .................................................................................................................. 14 
4.3 Importador/Exportador ................................................................................... 15 
5. Fraudes como Maiores Desafios Fiscais ......................................................... 16 
5.1 Tipos de Evasão Fiscal ................................................................................... 17 
P á g i n a | vii 
 
5.1.1 Evasão Fiscal Omissiva Imprópria ........................................................... 17 
5.1.2 Evasão Fiscal Omissiva por Inacção ......................................................... 17 
5.1.3 Evasão Fiscal Comissiva ........................................................................... 18 
5.1.4 Evasão Fiscal Comissiva Ilícita quando .................................................... 18 
5.1.5 Evasão Fiscal Comissiva Ilícita ................................................................ 18 
6. Metodologia de pesquisa .................................................................................. 19 
7. Conclusão e recomendações ............................................................................. 20 
7.1 Conclusão ........................................................................................................ 20 
7.2 Recomendações .............................................................................................. 20 
7.2.1 Para as empresas ....................................................................................... 20 
7.2.2 Para a AT .................................................................................................. 20 
8. Bibliografia........................................................................................................ 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 7 
 
1. Introdução 
Portanto, é de salientar que os impostos desempenham um papel importante no 
crescimento de qualquer economia do mundo, os governos com as suas políticas fiscais fazem 
a colecta dos impostos que representam grande parte do Orçamento do Estado. Este Orçamento 
é usado para responder as necessidades colectivas dos indivíduos ou, da sociedade, dai que, 
com os recursos arrecadados via tributação, os governos conseguem financiar – se e promover 
gratuitamente bens públicos a população em troca do recebimento dos impostos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 8 
 
2. Revisão Bibliográfica 
A Simplificação e apoio ao cumprimento continuado, os contribuintes económicos 
reagiram e reagem positivamente a um todo desenvolvimento da AT pela introdução de novas 
tecnologias das comunicações, num sistema de cobranças fiscais tributárias. A título de 
exemplo da AT Portugal, AT Moçambique, presta ainda um serviço de atendimento presencial 
por marcação e dispõe igualmente dos serviços do Centro de Atendimento Telefónico e da 
ferramenta e-Balcão, através dos quais proporciona ao contribuinte esclarecimento mais célere 
das suas dúvidas. No entanto, falar da evasão fiscal, seria assunto meramente relacionado a 
análise de factores como: 
 Processo de importação 
 Processo de exportação 
 Impostos realmente considerados. 
Portanto, para lucidar o tema deste trabalho, teremos inicialmente de tomar em conta a 
alguns conceitos importantes. 
2.1 Conceitos Chaves 
2.1.1 Evasão 
Etimologicamente, a origem da palavra evasão vem do latim evasio.onis, que em 
português é entendida como a ação de abandonar algo; desistência, abandono, escapar, deslocar 
de um para outro lugar, saída, em fim. (Pensador, s.d.) 
Exemplo: Evasão escolar, evasão prisional, entre outros. 
2.1.2 Fiscalidade 
Na tentativa de se dar o conceito da fiscalidade, muitas obras acabam apontando os 
objectivos da fiscalidade, e actividades que um agente fiscal realiza e o seu campo de actuação. 
Portanto a fiscalidade não mas alem do que a cobrança de impostos nas empresas, ou 
aos agentes económicos; a fiscalidade deve ser conceituada como sendo a ciência política de 
cobrança de impostos a favor do estado de direito. 
2.1.3 Tributação 
Verifica-se, assim, que a Auditoria Tributária constitui a componente externa da 
Auditoria Fiscal levada a cabo por uma entidade pública ou governamental, que poderá ser a 
Autoridade Tributária, a Inspecção-Geral de Finanças (IGF) ou Tribunal Administrativo. 
P á g i n a | 9 
 
Contudo, podemos afirmar que tanto a Auditoria Fiscal como a Auditoria Tributária 
pertencem à Auditoria Financeira, pois, ambas lidam com a informação financeira da empresa. 
Portanto tributação e o processo de pagamento e fiscalização dos bens que entram e 
saem no estado de direito. Assim que a fiscalidade e verificada a devida autenticidade dentro 
ou fora do estado, por sua vez vem o fiscal tributário para verificar se a fiscalidade daquele bem 
esta devidamente regularizado por lei. 
2.1.4 Evasão fiscal 
Com a fusão destes conceitos podemos resumidamente concluir que a Evasão fiscal é a 
saída, ou desistência de regularização fiscal. Que se verificam, não apenas nas entidades 
económicas, mas também nas pessoas singulares juridicamente comprovadas ou não. 
2.1.5 Impostos 
O Imposto é o foco da pesquisa da baliza da pesquisa, e a sua classificação, por ser a 
chave de todos os conceitos e teorias levantadas ao longo da parte textual, ora vejamos. 
(Neves, 2017) Cita vários autores, Pereira (s/d) explica, define imposto como sendo a 
prestação coactiva, patrimonial, definitiva e unilateral, estabelecida por lei, sem caracter 
de sanção e a favor do Estado. Com definição similar Ibraimo (2002), afirma que o 
Imposto é uma prestação coativa, pecuniária, definitiva e unilateral, estabelecida por lei, 
sem caracter de sanção, a favor do Estado para a realização de fins públicos. 
No entanto, para Waty (2002), o imposto é uma prestação coactiva, patrimonial, 
positiva, não sinalagmática, sem caracter de sanção, estabelecida por lei, a favor de uma 
entidade pública ou com funções pública para a satisfação das necessidades públicas e 
redistribuição de riquezas, independentemente de qualquer vínculo anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 10 
 
3. Sistema fiscal Moçambicano 
O Sistema fiscal em Moçambique é suportado por uma grandiosa estrutura física e on-
line, para permitir maior controle do mercado, e a contribuição activa dos impostos. 
No meio desta realidade, há registo de registo de vasta evasão e fraude fiscal cometida 
pelas entidades económicas na praça do comércio. 
Ora vejamos os impostos coletados pelas entidades fiscalizadoras em Moçambique. 
 IRPC – Imposto sobre o rendimento de pessoas 
colectivas 
 IRPS – Imposto sobre o rendimento de pessoas 
singulares 
 ISPC – Imposto simplificado sobre pequenos 
contribuintes 
 IVA- Imposto sobre o valor acrescentado 
 SS – Segurança social 
 Outros impostos, entre outros. (Cego, s.d.) 
As entidades fiscalizadoras e cobradora dos impostos e a AT; por meio dos sectores de 
Alfádegas, nas fiscais externos, e agentes da AT fiscalizadores internos. 
Os fiscalizadores externos podemos aqui entender que e a entidade que tem como ponto 
de actividades, nas zonas fronteiriças, portos e postos aeroportuários, entretanto, ou seja, e um 
setor composto de pessoal fiscalizador de mercadorias que entram ou saem do pais, mediante 
uma deslocação dessas mercadorias documentadas sob ponto de vistas fiscais. Subentendem-se 
de agentes internos, aos agentes fiscalizadores dentro da cidade para verificar a autenticidade 
fiscal cumprida pelas entidades económicas. 
3.1 Benefícios fiscais 
Segundo o atrigo 2 da lei n 4/2009 de 12 de janeiro, Consideram se benefícios fiscais, 
as medidas que indiquem insecao ou redução do montante a pagar dos impostos em vigor co o 
fim de favorecer as entidades de reconhecido interesse publico bem como incentivar o 
desenvolvimento económico do país, tais como: 
1. As deduções de materias coletáveis, 
2. As deduções a coleta, 
3. Amortizações e reintegrações aceleradas, 
4. O crédito fiscal por investimento, 
P á g i n a | 11 
 
5. A inseção, 
6. A redução de taxa dos impostos e diferimento do pagamento destes. 
 
3.2 Forma de cobranças 
 
Desde sempre a AT fez suas cobranças por meio de uma plataforma física, que até aos 
dias de hoje, registou um desenvolvimento na matéria de coleta fiscal, reforçada por plataforma 
On-line. Nos dias de hoje, a AT cobra os impostos com a implantação de uma nova plataforma 
electrónica equipada de campos para executar diversas operações tributárias, desde 2019, com 
o objectivo de reduzir massivamente as fraudes fiscais. Assim as cobranças físicas tenham 
decorrido sem haver desvios financeiros por parte dos agentes e colaboradores. Essas 
plataformas estão distribuídas em todos postos de cobrança garantindo também a autenticidade 
dos agentes económicos. 
Segundo (Tributaria, 2014), considera-se Máquina Fiscal a 
Registadora Fiscal, a Impressora Fiscal e o Controlador Fiscal, 
ou ainda os dispositivos equiparados à máquina fiscal, que 
podem ser usados graças a evolução tecnológica para registar 
as vendas e emitir talões fiscais na forma prescrita pela 
administração tributária, com capacidade de armazenamento 
de informação por um período não inferior a cinco anos, 
permitir a sua integração plena e fluida com o sistema de gestão 
das máquinas fiscais, independentemente da actualização 
tecnológica do hardware e software da máquina fiscal. 
3.2.1 Máquinas fiscais 
A criação da Autoridade Tributária de Moçambique pela Leinº1/2006, de 22 de Março, 
visava a modernização e fortalecimento dos órgãos da administração tributária para assegurar 
a eficiência, eficácia e equidade na aplicação das políticas tributária e aduaneira, garantindo 
maior comodidade para os contribuíntes no cumprimento das obrigações fiscais incluindo maior 
capacidade de detecção do incumprimento e da evasão fiscal. Assim sendo, o Projecto da 
Máquinas Fiscais constitui uma actividade prioritária para o aumento da arrecadação de receitas 
do Estado que visa consolidar os processos de modernização tecnológica para a gestão tributária 
ao lado do Portal do Contribuinte, sistema e-Tributação. As actividades económicas dos sujeitos 
passivos e reforço da capacidade de gestão de processos de arrecadação de receitas bem como 
P á g i n a | 12 
 
para cruzamento de informação para detecção da fraude e evasão fiscais. O Regulamento das 
Máquinas Fiscais foi aprovado pelo Decreto nº 92/2014, de 31 de Dezembro, estabelece a 
obrigatoriedade do uso de máquinas fiscais, na transmissão de bens e serviços efectuadas pelos 
sujeitos passivos, como os procedimentos de sua distribuição e comercialização, revogando o 
Decreto nº 28/2000, 
Segundo (Tributaria, 2014), considera-se Máquina Fiscal a Registadora Fiscal, a 
Impressora Fiscal e o Controlador Fiscal, ou ainda os dispositivos equiparados à máquina fiscal, 
que podem ser usados graças a evolução tecnológica para registar as vendas e emitir talões 
fiscais na forma prescrita pela administração tributária, com capacidade de armazenamento de 
informação por um período não inferior a cinco anos, permitir a sua integração plena e fluida 
com o sistema de gestão das máquinas fiscais, independentemente da actualização tecnológica 
do hardware e software da máquina fiscal. 
3.2.1.1 Finalidade das máquinas fiscais 
A finalidade das Máquinas Fiscais é de garantir a eficiência e eficácia na cobrança de 
receitas fiscais, simplificar os processos de declaração do IVA, redução dos custos de 
declaração do IVA bem como aumentar os níveis de cobrança de receitas. A informação captada 
nas máquinas fiscais permite o cruzamento da informação entre os diferentes sujeitos da cadeia 
de fornecimento o que possibilita análises profundas para a inteligência financeira e fiscal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 13 
 
4. Principais Itens Tributáveis e Processos de Importação e Exportação em 
 Moçambique 
4.1 Irps 
1º Objecto do IRPS - Ficam sujeitos à tributação os rendimentos, quer em 
dinheiro, quer em espécie, seja qual for o local onde se obtenham, a moeda e a forma por que 
sejam auferidos. Os rendimentos em referência podem ser agrupados pelas categorias seguintes: 
Primeira Categoria: rendimentos do trabalho dependente; Segunda Categoria: rendimentos 
empresariais e profissionais; Terceira Categoria: rendimentos de capitais e das mais-valias; 
Quarta Categoria: rendimentos prediais; Quinta Categoria: outros rendimentos. 
2º Sujeito passivo - Ficam sujeita a IRPS as pessoas singulares que residam em 
território moçambicano e as que, nele não residindo, aqui obtenham rendimentos. Existindo 
agregado familiar, o imposto é devido individualmente, por cada pessoa que o constitui e pelos 
rendimentos de que a mesma é titular. O IRPS devido pelas pessoas residentes em território 
moçambicano, incide sobre a totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora desse 
território. Tratando-se de não residentes, o IRPS incide unicamente sobre os rendimentos 
obtidos em território moçambicano. Os rendimentos que pertençam em comum a várias pessoas 
são imputados a estas na proporção das respectivas quotas, que se presumem iguais quando 
indeterminadas. 
3º Taxas de impostos - As taxas de imposto que incidem sobre os rendimentos são 
dadas através de uma tabela oficial aprovada pela Autoridade Tributária de Moçambique e 
actualizada numa base anual 
4º Período de pagamento - O Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 
é pago no ano seguinte àquele a que respeitam os rendimentos, sem prejuízo do disposto nos 
artigos seguintes. Os prazos e termos de pagamento do imposto são objecto de regulamentação. 
4.1.1 Taxas irps 
Índice 
Rendimentos colectáveis 
anuais em Meticais (A) 
Taxas (B) Parcela a abater em 
Meticais (C) 
Até 42,000 10% - 
De 42,001 - 168,000 15% 2.100 
De 168,001 - 504,000 20% 10.500 
P á g i n a | 14 
 
De 504,000 - 1,512,000 25% 35.700 
Além de 1,512,000 32% 141.540 
 
As percentagens indicadas na coluna B representam taxas marginais, sendo cada uma 
delas válida dentro dos limites do correspondente escalão de rendimento. As importâncias da 
coluna C destinam-se a permitir o cálculo prático do imposto, cuja colecta é obtida aplicando 
à totalidade do rendimento colectável a taxa máxima que lhe corresponda, segundo a coluna 
B, deduzindo-se depois a parcela indicada na coluna C 
 
4.2 Irpc 
 1º Objecto do IRPC - (1) O lucro das sociedades comerciais ou civis sob forma 
comercial, das cooperativas e das empresas públicas e das demais pessoas colectivas; (2) o 
rendimento global, correspondente à soma algébrica dos rendimentos das diversas categorias 
consideradas para efeitos de IRPS, das entidades referidas nas alíneas a) e b) do nº 1 do artigo 
2 que não exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou 
agrícola; (3) o lucro imputável a estabelecimento estável situado em território moçambicano de 
entidades, como sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção efectiva em 
território moçambicano e cujos rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos a IRPS; (4) os 
rendimentos das diversas categorias, considerados para efeitos de IRPS, auferidos por entidades 
mencionadas na alínea anterior que não possuam estabelecimento estável em território 
moçambicano ou que, possuindo-o, não lhe sejam imputáveis. 
2º Sujeito passivo - As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as 
cooperativas, as empresas públicas e as demais pessoas colectivas de direito público ou privado 
com sede ou direcção efectiva em território moçambicano; entidades desprovidas de 
personalidade jurídica, com sede ou direcção efectiva em território moçambicano, cujos 
rendimentos não sejam tributáveis em Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 
(IRPS); entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direcção 
efectiva em território moçambicano, e cujos rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos a 
IRPS 
3º Determinação do valor a pagar - Pela dedução ao lucro tributável determinado dos 
prejuízos fiscais, apurados nos termos das disposições deste Código, relativamente às pessoas 
colectivas e entidades 
P á g i n a | 15 
 
4º Taxas de impostos - A taxa do IRPC é de 32%, excepto nos casos previstos nos 
números seguintes. As actividades agrícola e pecuária beneficiam até 31 de Dezembro de 2015, 
de uma taxa reduzida de 10%. 
5º Período de pagamento - O IRPC, salvo o disposto no nº 3 do artigo seguinte, é devido 
por cada exercício económico, que coincide com o ano civil, sem prejuízo das excepções 
fixadas por lei. 
4.3 Importador/Exportador 
a) Âmbito de 
actuação 
Exportador: entidade que vende ou coloca produtos no 
estrangeiro a partir do território nacional; importador: 
entidade que adquire produtos no estrangeiro para 
transaccioná-los em território nacional 
b) Legislação Decreto 49/2004 de 17 de Novembro - Regulamento 
do Licenciamento da Actividade Comercial 
c) Requisitos de 
licenciamento 
(i) Nome, idade, nacionalidade, naturalidade, 
domicílio, número do documento de identificação, local e 
data de emissão, tratando-se de pessoa singular; (ii) 
Denominação, escritura pública do pacto social ou Boletim da 
República (BR) da sua publicação, endereço da sede social, 
identificação do representante, tratando-se de uma sociedade 
comercial; 
d) Documentos ajuntar 
(i) requerimento do pedido de licenciamento de 
actividade comercial; (ii) peça desenhada das instalações 
destinadas ao exercício da actividade comercial; (iii) escritura 
pública do pacto social ou Boletim da República que a 
publicou acompanhada do respectivo registo comercial, 
quando se trate de sociedade comercial; (iV) contrato de 
arrendamento ou título de propriedade do imóvel destinado ao 
exercício da actividade comercial; (v) prova de registo fiscal, 
emitida pelo Ministério do Plano e Finanças. 
P á g i n a | 16 
 
e) Validade da 
licença 
Importador: um ano a contar da data da emissão do 
respectivo cartão; exportador: (i) pelo mesmo período da 
validade da autorização de exercício da actividade da 
empresa; (ii) por um período de 5 anos para as empresas com 
licenças de actividade ou alvarás sem prazo determinado de 
validade e para as empresas da indústria extractiva ou outra 
com títulos de exploração com validade superior a quatro anos 
f) 
Documentos/formulários 
relevantes 
Formulário para o registo do importador; Formulário 
para o registo do exportador Ficha do importador; Ficha do 
exportador; Cartão do importador; Cartão do exportador 
 
 
5. Fraudes como Maiores Desafios Fiscais 
O combate à fraude e evasão fiscais, revela-se em várias vertentes. Tipicamente o 
imposto é declarado por parte do contribuinte, liquidado pelo contribuinte ou pelos serviços 
liquidadores, e pago pelo contribuinte. Acontece que, para que haja fraude e evasão fiscais, é 
preciso que não haja declaração e/ou que não haja pagamento. Portanto, se se pretende analisar 
a evolução do combate à fraude e evasão fiscais, dever-se-á estudar a evolução de todos os 
indicadores que influam nos processos atrás de em Moçambique a tributação procura incidir 
sobre o rendimento real, tanto relativamente aos singulares como às pessoas coletivas. Esta 
pretensão, associada ao facto de a tributação ser suportada em meios declarativos, ou seja, 
assente no pressuposto de que os sujeitos passivos procuram também eles a verdade e estão 
dispostos a ser tributados de acordo com os rendimentos reais, leva por vezes os sujeitos 
passivos a omitirem ou simplesmente não declararem os seus rendimentos ou a sua atividade 
económica. Naturalmente tem de haver sistemas, por parte da AT, que realizem o controlo e 
combate destas situações, tendo em vista a promoção da equidade fiscal. 
De acordo com Franco (2010), evasão fiscal é um conceito amplo que, no essencial, 
corresponde à ideia de que há alguém que deveria pagar um imposto mas não o pago, sem que 
resulte da transferência para outro sujeito económico do sacrifício fiscal. E ainda continua o 
autor afirmando que a fraude fiscal com maior rigor, é um conjunto de práticas tendentes a 
reduzir irregularmente o montante do imposto a pagar (por contabilização viciada, declaração 
http://www.at.gov.mz/por/Media/Files/Requisitos-por-interveniente/Ficha-de-Exportador
http://www.at.gov.mz/por/Media/Files/Requisitos-por-interveniente/Ficha-de-Exportador
P á g i n a | 17 
 
errónea, ocultação parcial da matéria colectável ou de factos tributários), havendo por vezes 
tendência para considerar fraudulento, em sentido amplo, até o comportamento de potenciais 
contribuintes que pratiquem a evasão ilegal. 
Para Ribeiro (1997), Evasão ao imposto consiste precisamente em ocultar o fisco na 
totalidade ou parte da matéria colectável, isto é, não a declara ou declara menos do que a que 
possui. Enquanto Leitão (1999), define evasão fiscal como sendo toda e qualquer Acção ou 
omissão que possa eliminar ou suprimir, reduzir ou retardar o cumprimento de uma obrigação 
tributaria. 
Contudo os autores acima são consensuais no conceito da evasão fiscal, deste modo se 
pode afirmar que a evasão fiscal constitui prática ilegal que é usado para evitar o pagamento do 
imposto, como e o caso do nosso estudo que busca a entender as razões económicos a 
cometerem essa infração. Ora, ao longo da pesquisa se notou que e muito comum os vendedores 
ou comerciantes infringirem regras de tributação, na medida que omitem as declarações 
periódicas e ainda é mas comum quando não emitem as facturas no acto das vendas de 
mercadorias. 
5.1 Tipos de Evasão Fiscal 
(Neves, 2017, pp. 21-21) Cita Leitão (1999), apresenta os tipos 
de evasão fiscal, baseados nos ensinamentos de Dória, que 
demonstra as várias modalidades de evasão fiscal como 
podemos descrever a seguir. 
5.1.1 Evasão Fiscal Omissiva Imprópria 
Aquela que pode ser praticada com a intensão ou não de assumir o risco de o produzir, 
e consiste num comportamento em que o contribuinte ou vendedor renuncia materializar ou 
desenvolver a capacidade económica que esteja sujeita a imposto. Para este estudo, o 
consumidor final que tem conhecimento ou não da importância da exigência da factura nas suas 
compras acaba consentindo com a sonegação no momento em que em diversas ocasiões em 
suas transações não exige a emissão de factura, tendo as vendas ficado sem nenhum registo de 
saída. 
5.1.2 Evasão Fiscal Omissiva por Inacção 
Esta pode ser dividida em intencional e não intencional. 
 Evasão Fiscal Omissiva por Inacção Intencional acontece quando o contribuinte 
intencionalmente deixar de pagar o imposto devido e uma vez verificada a 
P á g i n a | 18 
 
incidência da norma fiscal, destaca se o intuito de sonegação fiscal, falta ou 
atraso recolhimento da liquidação do imposto. Relacionar ao nosso estudo 
pensa-se que o agente passivo em alguns momentos comente esse acto, quando 
simplesmente não vai a DAF declarar as suas vendas ou quando simplesmente 
não faz o registo das mesmas fugindo ao fisco e tem sido crime perante a lei 
fiscal. 
 Evasão Fiscal Omissiva por Inacção não Intencional – consiste no facto do 
contribuinte de forma inintencional deixar de pagar o imposto por ignorância do 
dever fiscal. Essa situação se verifica quando o agente passivo ou o vendedor 
não tem informações claras sobre o processo de fracturação de imposto e acaba 
se envolvendo no processo. 
 
5.1.3 Evasão Fiscal Comissiva 
Os contribuintes por meios ilícitos, tendem a eliminar ou retardar o pagamento do 
imposto devido havendo sempre intenção de dolo. Esta forma de evasão divide se em ilícita e 
licita. 
5.1.4 Evasão Fiscal Comissiva Ilícita quando 
Existe um conclui nas decisões de cometer o dolo e quando se atingem os fins 
económicos almejados para a obtenção da poupança fiscal. 
5.1.5 Evasão Fiscal Comissiva Ilícita 
Esta é caracterizada na accao individual do contribuinte, tendendo a por sempre 
processo lícitos de modo a afastar a incidência do factor gerador. Em suma nesses dois actos o 
que preocupa o contribuinte é a intensão, a acção a finalidade e o resultado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 19 
 
6. Metodologia de pesquisa 
Questionário, on-line por motor de busca web, leitura de alguns manuais físicos. 
Seguindo a seguinte metodologia. 
Pesquisa qualitativa, básica, descritiva não experimental bibliográfica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 20 
 
7. Conclusão e recomendações 
7.1 Conclusão 
O combate à fraude e evasão fiscal, não apenas se centra na evasão e fraudes fiscais, 
mas também na evasão e fraude tributária. 
De uma forma mais efetiva, as situações de incumprimento fiscal, o combate tem vindo 
a revelar-se cada vez mais uma prioridade absoluta, uma vez que, a quebra de receita originada 
por estes comportamentos, não só condiciona o nível de qualidade dos serviços públicos e das 
prestações sociais, como conduz a níveis elevados de carga fiscal sobre os contribuintes 
cumpridores. Nesse sentido, o presente trabalho, pode-se considerar de trabalho para 
continuidade de estudos aprofundados. 
7.2 Recomendações 
7.2.1 Para as empresas 
 As entidades económicas empresariais a aderirem a conformidade fiscalsem que 
necessariamente abandonem o mercado ou práticas voltadas a evasão e fraudes 
fiscais e tributarias. 
 Não se deixem levar com a fuga ao fisco, porque esse acto e punível nos termos 
da lei em vigor em Moçambique. 
7.2.2 Para a AT 
 Diminuir a percentagem das taxas para incentivar a abertura de novas entidades, 
cativando o aumento das receitas fiscais. 
 AT, a aumentarem recursos humanos, para cobrir efetivamente a fiscalização 
das empresas a nível nacional, provincial e distrital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P á g i n a | 21 
 
8. Bibliografia 
Cego, S. d. (s.d.). Obtido em 02 de 04 de 2020, de http://www.cegoc.co.mz 
Neves, D. M. (2017). O Papel do Consumidor Final na Redução da Evasão Fiscal. Lichinga. 
Obtido de repositorio.ucm.ac.mz 
Pensador. (s.d.). Obtido em 02 de 04 de 2020, de /www.dicio.com.br 
Tributaria, A. (2014). Obtido de http://www.at.gov.mz

Outros materiais