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Faculdade Conhecimento e Ciência Bacharelado em Educação Física Educação Física Adaptada Resenha: Atividade Física Adaptada: Cáp. 7 – Paralisia cerebral (encefalopatia crônica da infância) Belém/Pa 2020 A encefalopatia crônica não progressiva, popularmente conhecida como Paralisia Cerebral (PC), é um distúrbio causado por lesão ou mal funcionamento do cérebro, que ocorre antes dos 3 anos de idade. As palavras “paralisia cerebral” são utilizadas para descrever uma condição clínica que afeta o controle dos músculos. A PC é causada por uma lesão no cérebro ocorrida antes, durante ou logo após o nascimento. Em muitos casos, ninguém sabe o que causou a lesão de cérebro ou o que poderia ter sido feito para evitá-la. Às vezes, ocorrem lesões no cérebro de um bebê enquanto ele ainda está no ventre materno. A PC é caracterizada por uma desordem do sistema nervoso central (SNC), que causa alterações na motricidade que acometem o movimento, postura, equilíbrio, coordenação, tônus muscular. A lesão na região cerebral que rege a motricidade leva a uma síndrome limitadora na área motora, secundária às lesões e anormalidades que aparecem nos estágios iniciais do desenvolvimento. Embora a lesão no cérebro seja estática, o padrão clínico de apresentação dos distúrbios pode mudar com o tempo por causa do crescimento e da plasticidade do desenvolvimento e maturação do sistema nervoso central (SNC). A PC foi relatada em 1843 por William John Little, que descreveu 47 crianças portadoras de rigidez espástica (alteração no tônus muscular), dando seu nome à doença mais tarde descrita como síndrome de Little. Freud, por sua vez, ao estudar a síndrome de Little, introduziu a sigla PC, termo que foi popularizado por William Phelps, com o objetivo de diferenciar a PC da paralisia infantil (PI – poliomielite). Martin Bax definiu PC como “uma desordem do movimento e da postura devido a um defeito ou lesão no cérebro imaturo”. Não existe uma categoria em que cada grupo se encontra por ter as mesmas características, os acometimentos sempre vão ser diferentes. Algumas pessoas apresentam perturbações leves, quase imperceptíveis, que as tornam desajeitadas para andar, falar ou usar as mãos. Outras são gravemente afetadas, apresentando incapacidade motora severa, impossibilidade de andar e falar, e são dependentes nas atividades da vida diária (AVD). De acordo com a localização de lesões em áreas do cérebro, é possível que as manifestações sejam diferentes. Cada distúrbio é classificado de acordo com alguns fatores que são citados no diagnóstico. Sendo elas, classificação fisiológica ou quanto ao tônus muscular (ex: rigidez, atetose, ataxia, etc.), classificação topográfica (ex: monoplegia, hemiplegia, paraplegia, etc.) e classificação neuroanatômica (ex: piramidal, extrapiramidal e cerebelar), tendo os graus leve, moderado e grave. Os sufixos “plegia” e “paresia” geralmente indicam o nível de funcionalidade. “Plegia” é a não funcionalidade nos movimentos, e “paresia”, a possibilidade de realizar movimentos funcionais. A classificação por grau de acometimento motor é geralmente usada em combinação com a classificação fisiológica e neuroanatômica: por exemplo, hemiparesia espástica grave. A pessoa com PC tem inteligência dentro da média populacional, ou até acima desse parâmetro, mas também pode apresentar atraso intelectual, não só por causa das lesões cerebrais, mas também pela falta de experiência resultante das suas deficiências. Podem aparecer formas mistas, com diferentes sintomas, o que torna difícil a avaliação. Além da perturbação motora, pode existir déficit sensorial, deficiência de visão e de audição, dificuldades perceptivas, deficiência na fala e epilepsia, o que torna o quadro mais complexo. Em cada mil bebês nascidos, dois podem ser afetados pela PC. 86% dos casos são provenientes de fatores pré e perinatais, e 14% são causados por fatores pós-natais. A incidência diminui à medida que melhora o conhecimento e o desenvolvimento dos serviços de saúde. Em geral, não há relação com uma eventual deficiência dos pais ou doença hereditária. Não existem medicamentos nem operações que possam curar a PC. No entanto, há possibilidade de melhora. O cérebro da criança desenvolve-se de acordo com o seu potencial e, por outro lado, com o estímulo que recebe. A criança cognitivamente preservada colabora melhor nos exercícios e desenvolve mais facilmente várias funções. A aptidão física e o desempenho podem ser limitados pelos espasmos musculares, movimentos atetoides, rigidez, falta de coordenação (ataxia), tremores e pelas alterações do tônus muscular. O desempenho no trabalho submáximo é seriamente afetado. As medidas de potência aeróbia de pico e máximas são de 10 a 30% abaixo dos padrões normais. Os portadores dessa paralisia apresentam também aumento da porcentagem de água corporal e redução da massa dos corpos celulares. 1) Qual a denominação correta ou mais aceitável para esta condição? Cientificamente falando, a denominação mais correta seria Encefalopatia crônica não progressiva/evolutiva. Que por definição é uma desordem do movimento e da postura devido a um defeito ou lesão no cérebro imaturo. Contudo, sempre se procura uma denominação social, para que seja de fácil entendimento para pessoas leigas. A ECNP é conhecida popularmente como Paralisia Cerebral (PC). 2) A ECNP tem cura? Não. A encefalopatia crônica não progressiva não nos dá a possibilidade de reversão, porém, em muitos casos, há a possibilidade da diminuição dos acometimentos e potencialização das habilidades percebidas.
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