Buscar

Vacinas: Bases Imunológicas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Vacinas 
Bases Imunológicas 
Para desenvolver vacinas, deve-se conhecer: 
• Mecanismos imunológicos envolvidos 
em resposta às infecções 
• Mecanismo de patogênese das 
infecções 
A primeira interação do patógeno x 
hospedeiro se dá na superfície das mucosas, 
que são as barreiras mecânicas. O patógeno 
se liga a receptores nas células epiteliais e 
iniciam o processo de ativação celular (faz 
com que a célula “trabalhe” para ele). 
Quando essas células são ativadas, a formação 
de fatores de atração de células imunes 
também é induzida. Resposta celular: 
• Neutrófilos, macrófagos, NK 
• Recruta linfócitos 
• Resposta inflamatória local 
As células dendríticas são as mais importantes 
APCs para a indução de resposta imune. Sua 
localização nas mucosas induziu a criação de 
vacinas que são aplicadas diretamente na pele 
e mucosas, facilitando o contato do antígeno 
com essas células. 
A resposta imune humoral também é 
essencial no combate às infecções virais. Os 
anticorpos devem ser formados para atuar 
especificamente sobre determinado antígeno. 
• IgA: proteção das mucosas 
• IgM: fase aguda 
• IgG: exposições repetidas 
A associação dessas duas linhas de defesa 
impede que o vírus penetre nas células ou 
conduza a destruição de células já infectadas. 
As células de memória também são formadas, 
e quando são estimuladas por determinado 
antígeno, formam globulinas especificas para 
tal de forma mais rápida. 
Objetivo das Imunizações 
• Prevenir o desenvolvimento do quadro 
clínico do individuo 
• Controlar ou eliminar determinara 
virose 
Vacinas Atenuadas 
Contém partículas capazes de se multiplicar 
nos vacinados. Geralmente são cultivadas em 
animais, sendo o ovo embrionado de galinha o 
método utilizado para a influenza. 
As técnicas de cultura de tecidos permitem o 
cultivo em condições controladas de diversos 
vírus. 
Forte resposta dos TCD8+ 
Vantagens: 
• envolve todos os componentes do 
sistema imune, que vão combater a 
partícula viral íntegra. 
• a resposta imune é completa e 
mantém-se por longos períodos. 
• menor custo de produção 
Desvantagens 
• Possibilidade de efeitos adversos: pode 
acontecer uma reversão genética da 
amostra, levando à multiplicação da 
amostra no hospedeiro, 
• Armazenamento: deve ser refrigerada 
ou liofilizada para impedir deterioração. 
Como o vírus é atenuado? 
O vírus pode ser submetido a condições 
celulares e de temperatura diversas. Essa 
troca constante gera mutantes virais menos 
virulentos. (aleatório) 
Técnicas: 
• Deleção 
Retirada de genes específicos, eliminando uma 
ou mais proteínas do vírus atenuando-o. As 
deleções são de difícil restauração pelo vírus, 
sendo considerado então um método seguro. 
• Inserção 
Fragmentos genômicos (IFN-gama, TGF, IL’s) 
são adicionados nas partículas virais, com o 
objetivo de reduzir sua virulência. A replicação 
viral fica limitada para apenas produzir 
anticorpos no hospedeiro. Entretanto, as 
amostras podem se comportar diferente do 
esperado: maior risco de efeitos adversos. 
• Quimeras virais 
Partículas não existentes na natureza, obtidas 
a partir da inserção de fragmentos de um 
vírus em outro que tenha menor capacidade 
de replicação. 
• Vacinas de DNA viral 
Insere diretamente no indivíduo: fragmentos 
de células contendo DNA do vírus + fatores 
que promovem multiplicação viral. Os 
fragmentos se multiplicam e formam as 
proteínas imunizantes. Como a inserção é 
direta, o antígeno está em sua forma “mais 
pura”. A resposta imunológica a esse 
processo, entretanto, costuma ser baixa. 
 
Vacinas Inativadas 
Os vírus são inativados por métodos químicos, 
como formol ou detergentes. 
Hepatite B -> vacina inicialmente produzida a 
partir da coleta do plasma de indivíduos 
infectados. As partículas do vírus eram 
separadas e submetidas à inativação por 
formol. Entretanto, esse método deixou de 
ser utilizado devido à possibilidade da 
associação com o HIV. 
Nova técnica -> expressão do antígeno do 
vírus em leveduras. 
Vantagem: segurança, é impossível que 
ocorram efeitos adversos por replicação viral. 
Desvantagem: induzem imunidade menos 
duradoura, sendo necessárias várias doses. 
Para o desenvolvimento, inicialmente é 
necessário que os antígenos que serão 
produzidos sejam previamente identificados 
para controle laboratorial. Devem ser induzidos 
para: gerar quantidades elevadas e obter 
purificação tecnologicamente viável. 
Métodos para cultivo: 
• Células de mamíferos 
Requer a eliminação de fatores oncogênicos 
para evitar sua permanência na vacina e 
introdução no indivíduo. As proteínas virais 
formadas são muito próximas às que ocorrem 
no humano: alta identidade imunológica. 
• Células vegetais 
Pode acontecer por introdução do fragmento 
viral no genoma da planta ou pela infecção da 
planta com um vírus vegetal geneticamente 
modificado para gerar as proteínas virais 
desejadas. As proteínas geradas também são 
similares 
Vacinas e Imunossenescência 
Bases Imunológicas 
A redução da resposta imune está relacionada 
com a involução do timo. Seu tecido linfoide é 
progressivamente substituído por tecido 
adiposo, levando a: 
• afetando a produção de células T e 
• impedindo uma resposta imune eficaz 
ao antígeno vacinal 
• - células T maduras; + células imaturas 
• - células T virgens; + células T de 
memória 
*células T virgens remanescentes são 
defeituosas: produzem menor nível de 
citocinas, atividade proliferativa reduzida e 
baixo potencial de diferenciação em células T 
efetoras 
A diferenciação é essencial para ativar os 
mecanismos efetores e secretar as citocinas 
pró-inflamatórias que atuarão em combate ao 
invasor. 
Menor eficácia da vacinação 
• Baixa resposta imune aos antígenos 
vacinais ( - T virgens) 
• Reduzida geração de memória 
imunológica ( - T efetoras) 
• Alta produção de autoanticorpos -> 
alterações qualitativas na imunidade 
humoral. Causada pela perda na 
capacidade de discriminar antígenos 
estranhos. 
• Perda de anticorpos da classe IgG 
Adjuvantes 
Funções: 
• Aumentar a eficiência da resposta 
imune à vacinações 
• Estimular a indução de memória 
imunológica duradoura relacionada às 
células T e B 
• Secreção de anticorpos pelos 
plasmócitos 
Adjuvantes Imunoestimulatórios 
• Atuam através dos receptores tool like 
ou de citocinas, estimulam o 
desenvolvimento das células 
dendríticas, que secretam citocinas 
para aumentar a expressão de 
moléculas do MHC e de moléculas co-
estimulatórias. 
Antígenos associados a partículas 
• Permitem a apresentação de 
antígenos mesmo na ausência de 
moléculas co-estimulatorias (deficientes 
no idoso), levando a uma forte 
resposta de células B e do tipo TH2 
(anti-inflamatória)

Outros materiais