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Gametogênese e Puberdade

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Laís Kemelly Lima de Araújo 
gametogênese 
Introdução 
A gametogênese é o processo de maturação dos 
gametas sexuais, que são células sexuais especializadas. 
Esse processo prepara as células sexuais para a 
fecundação. O objetivo do processo é produzir células 
haploides (espermatozoides e ovócitos). 
Acontecem duas meioses, sendo a primeira reducional 
e a segunda equacional. 
 
Meiose 1 
Inicialmente, ocorre a interfase, que é o processo de 
replicação do DNA. Após ele, cada cromossomo possui 
uma cromátide única, ou seja, filamentos paralelos de 
DNA. 
Na prófase 1, os cromossomos homólogos se 
misturam, realizando o crossing-over e possibilitando 
a variabilidade genética. 
Em seguida, na metáfase I, as porções homólogas se 
emparelham a partir do braço semelhante do 
cromossomo. 
Na anáfase I, os cromossomos migram em direção aos 
polos das células, em estado de maior condensação. 
Por fim, ocorre a citocinese na telófase I, culminando 
na separação de cromossomos, divisão do citoplasma 
e separação de duas células-filhas haploides (23c). 
 
Meiose 2 
Na meiose 2, as cromátides irmãs são separadas 
(imagina que o cromossomo é um X e as linhas 
diagonais deixam de se cruzar entre si), originando 4 
células-filhas haploides (com 23 cromossomos). 
 
Laís Kemelly Lima de Araújo 
espermatogênese 
É a diferenciação dos gametas masculinos, com o objetivo de transformar 
espermatogônias em espermatozoides maduros. É um processo que leva 
cerca de 2 meses e inicia-se na puberdade masculina. 
As espermatogônias permanecem quiescentes (“adormecidas”) nos 
túbulos seminíferos até que começam a aumentar de número na 
puberdade. 
Cadeia de eventos 
1. Espermatogônias -> espermatócitos primários 
Essa diferenciação ocorre nos túbulos seminíferos 
2. Espermastócitos primários -> espermatócitos secundários 
Há uma divisão reducional que os torna haploides (meiose 1) 
3. Espermastócitos secundários -> espermátides 
Essa diferenciação reduz o tamanho da célula na metade 
4. Espermátides -> espermatozoides maduros 
Essa diferenciação é chamada de espermiogênese 
Túbulos seminíferos -> epidídimo -> ducto deferente -> uretra 
Os túbulos seminíferos são revestidos pelas células de Sertoli que promovem a nutrição do espermatozoide. 
Estrutura 
O espermatozoide maduro é composto por 3 estruturas: cabeça, colo e cauda. 
A cabeça forma a maior parte do espermatozoide e é onde 
se encontra o núcleo haploide. Os dois terços anteriores são 
envolvidos por um acrossoma, uma organela contendo várias 
enzimas necessárias para penetrar na corona radiata do 
corpo pelúcido no ovário. 
Sua cauda é segmentada em 3 partes e tem a função de 
motilidade. A parte intermediária possui mitocôndrias que 
fornecem o ATP necessário para a atividade realizada. 
Laís Kemelly Lima de Araújo 
ovogênese 
Introdução 
É a sequência de eventos que transforma as 
ovogônias em ovócitos maduros. Diferentemente dos 
homens, a gametogênese feminina inicia-se na vida 
fetal, tem uma “pausa” e é retomada na puberdade, 
continuando até a menopausa. 
Assim, a maturação é dividida em duas partes. 
 
Maturação pré-natal 
As ovogônias só estão presentes antes do 
nascimento. Elas se proliferam por divisão mitótica e 
dão origem aos ovócitos primários. 
Esses ovócitos primários são circundados pelo folículo 
primordial, que é uma camada única de células epiteliais 
foliculares e achatadas. Ele permanece dessa forma 
até a puberdade. 
Envolvendo o ovócito primário, existe também uma 
camada glicoproteica acelular e amorfa, que é a zona 
pelúcida. 
A meiose 1 dos ovócitos primários ocorre antes do 
nascimento, mas o processo é interrompido na 
prófase, que só se completa na adolescência. (ou seja, 
pelo que eu entendi, os gametas ainda não são 
haploides, por isso não estão preparados para 
fecundação). 
 
DICTIÓTENO -> ovócito em prófase suspensa 
As células foliculares que envolvem o ovócito primário 
têm um papel importante na pausa do ciclo celular, 
pois secretam uma substância conhecida como inibidor 
da maturação do ovócito. 
Maturação pós-natal 
Até a puberdade, os ovócitos primários permanecem 
em repouso nos folículos ovarianos. 
Na puberdade, os folículos maturam e o ovócito 
primário aumenta de tamanho, completando a meiose 
1 antes da ovulação. O produto da meiose 1 são duas 
células, sendo que uma é o ovócito secundário e a 
outra é o primeiro corpo polar. 
Corpos polares são células que surgem por conta da 
maior parte do citoplasma ser direcionado para o 
ovócito secundário. São células pequenas, não 
funcionais e que logo se degradam. 
Na ovulação, o núcleo do ovócito secundário inicia a 
meiose 2, estacionando na fase de metáfase. 
A meiose 2 só tem prosseguimento quando ocorre a 
fecundação. Nesse caso, o espermatozoide penetra 
um ovócito secundário, finalizando a meiose 2. A célula 
contendo a maior parte do citoplasma é o ovócito 
fecundado, e a com menor parte é o segundo corpo 
polar, que também é degradado. Quando ele é 
degradado, a maturação do óvulo é finalizada. 
ovogônias -> ovócito 1 -> ovócito 2 -> ovócito 
fecundado 
 
 
 
 
 
Laís Kemelly Lima de Araújo 
Estrutura 
O ovócito é uma célula grande, em comparação com o 
espermatozoide, 
além de imóvel. 
É circundado pela 
zona pelúcida, uma 
camada de células 
foliculares e pela 
corona radiat hnjn a. 
Seu citoplasma possui grânulos de vitelo, que 
fornecem nutrição para o zigoto em divisão celular na 
primeira semana de desenvolvimento. 
Laís Kemelly Lima de Araújo 
puberdade masculina 
Conceito 
A puberdade é o período durante o qual surgem os 
caracteres sexuais secundários e a capacidade de 
reprodução sexual é alcançada. 
Existem alterações físicas, que são consequência da 
maturação do hipotálamo, da estimulação dos órgaos 
sexuais e da secreção de esteroides sexuais. 
As alterações hormonais são caracterizadas pelo 
ajuste da alça de feedback negativo de esteroides 
gonadais, alterações nos ritmos circadiano e 
ultradiano, das gonadotrofinas. 
Obs: na mulher também existe a alça de feedback 
positiva de estrogênio. 
Alterações físicas 
As alterações ocorrem em um período de tempo 
definido e em sequência ordenada. Para 
acompanhamento do amadurecimento puberal 
masculino, são levados em consideração o tamanho 
dos órgaos genitais e o desenvolvimento dos pelos 
pubianos. 
Estágio 1 de Tanner: pré-puberal 
 
Estágio 2 de Tanner: primeiros sinais de aumento 
testicular (sinal da puberdade), o tamanho e 
circunferência do pênis tem um sutil aumento, pelos 
pubianos crescem ao redor da base do pênis. 
 
 
 
Estágio 3 de Tanner: o escroto desenvolve-se ainda 
mais, os pelos pubianos projetam-se acima do pênis. 
 
Estágio 4 de Tanner: crescimento adicional dos órgaos 
genitais, a próstata se desenvolve e é palpavel em 
exame retal, desenvolvimento da glande. 
 
Estágio 5 de Tanner: tamanho dos órgaos genitais 
dentro da faixa adulta, os pelos pubianos espalham-se 
para a face medial das coxas e podem se estender 
para a barriga e ânus 
 
O estirão de crescimento dos meninos tem velocidade 
máxima durante o estágio 3, aproximadamente 2 anos 
mais tarde do que as meninas. 
Em média, eles crescem 28cm durante o estirão de 
crescimento, que é controlado pelo hormônio de 
crescimento (GH), o fator de crescimento semelhante 
à insulina (IGF-1) e os esteroides gonadais. Durante o 
crescimento, os ossos longos do corpo crescem e as 
epífises se fecham. 
Os homens têm 1,5x a massa corporal magra e 1,5x 
a massa óssea maior do que as mulheres. A 
testosterona é o potente esteroide anabólico 
responsável por essas mudanças. 
As partes membranáceas e cartilaginosas das pregas 
vocais alongam-se muito, contribuindo para que a voz 
seja mais grave. 
Laís Kemelly Lima de Araújo 
Alterações hormonais 
Por volta da décima semana de gestação, o hormônio 
liberador de gonadotrofina (GnRH) já está presente no 
hipotálamo e o LH e FSH, na hipófise. (sendo o FSH 
maior em mulheres).No nascimento, as concentrações de gonadotrofinas 
e esteroides sexuais são altas, mas esses níveis 
reduzem durante as primeiras semanas de vida e 
permanecem assim durante toda a pré-puberdade. 
A unidade hipotalâmica-hiposifaria se mantém inibida 
durante o período pré-pubere, visto que os níveis de 
esteroides gonadais são extremamente baixos. 
As alterações hormonais precedem as físicas. No íncio 
da puberdade, há um aumento da sensibilidade do LH 
ao GnRH (o hormônio hipofisário é mais sensível ao 
estímulo hipotalâmico). 
Nos meninos, os aumentos noturnos dos níveis de 
gonadotrofinas (FSH e LH) são acompanhados de 
aumento simultâneo nos níveis de testosterona. 
O aumento da secreção suprarrenal de androgênios é 
importante na estimulação da adrenarca (pelos 
pubianos e axilares) em ambos os sexos. É a produção 
pela adrenal que dá o start para os aumentos 
posteriores. 
Os principais androgênios suprarrenais 
(desidropeiandosterona e seu sulfato) são o DHEA e 
DHEAS e já são circulantes aos 2 anos de idade. Seus 
níveis se aceleram entre 7 e 8 anos e cessam aos 
13-15. O aumento dos seus níveis acontece 2 anos 
antes do aumento da secreção de gonadotrofinas e 
de esteroides sexuais gonadais, precedendo o 
funcionamento da unidade hipotalâmica-hipofisária-
gonadal. 
 
A maior parte da testosterona circulante é produto 
da secreção direta pelas células de Leydig no testículo. 
A testosterona induz o biotipo masculino e a mudança 
na voz. Já a di-hidrotestosterona propicia o aumento 
do pênis e da próstata, crescimento de barba. Os 
níveis plasmáticos desse esteroide aumentam 
progressivamente durante a puberdade, tendo seu 
pico no estágio 2 de Tanner. 
A secreção do hormônio de crescimento é pulsátil e a 
maioria desses pulsos ocorre durante o sono. Os 
esteroides sexuais são responsáveis por aumentar a 
amplitude desse pulso (?) 
O hormônio do crescimento (GH) estimula a produção 
de IGF-1, que diminui os níveis de glicose circulantes no 
organismo e permite o desenvolvimento dos músculos. 
Ambos são potentes anabólicos. Nos estágios finais da 
puberdade, a secreção de GH começa a cair e retorna 
aos níveis basais pré-puberes. 
 
Laís Kemelly Lima de Araújo 
puberdade feminina 
Alterações corporais 
As alterações físicas femininas seguem a seguinte 
ordem: 
aceleração do crescimento -> brotamento das mamas 
-> surgimento dos pelos pubianos -> velocidade máxima 
de crescimento -> menarca. 
O desenvolvimento puberal feminino costuma levar 
4,5 anos. 
Alterações físicas 
Existem duas avaliações distintas: o desenvolvimento 
das mamas e dos pelos pubianos. 
Para as mamas, existem 5 estágios, que vão de M1 a 
M5. 
Estágio 1: mama pré-pubere, ausência de tecido 
mamário palpável. 
 
Estágio 2: brotamento das mamas, com elevação 
visível e palpável do tecido mamário. 
 
Estágio 3: continuação do crescimento e da elevação 
de toda a mama
 
Estágio 4: projeção da aréola e da papila acima do 
contorno geral da mama em uma elevação secundária. 
 
Estágio 5: a mama tem contorno e forma adulta, a 
papila é mais pigmentada. Pode não ser alcançado até 
a gravidez
 
Também existe a divisão de estágios para o 
aparecimento dos pelos pubianos. 
Estágio 1: pré-pubere, não há pelos pubianos 
estimulados sexualmente
 
Estágio 2: surgimento dos primeiros pelos pubianos 
grossos, longos e crespos ao longo dos lábios maiores. 
 
Estágio 3: os pelos se estendem até o monte de vênus
 
Estágio 4: a distribuição ainda não chegou na face 
interna das coxas, mas já tem espessura e textura 
similar à uma mulher adulta. 
 
Laís Kemelly Lima de Araújo 
Estágio 5: disseminação dos pelos na face interna da 
coxa. 
 
Alterações hormonais 
 
Inicialmente, ocorre a aceleração do crescimento, 
mediana pelo GH, secretado pela hipófise anterior. 
Na puberdade, há aumento da sensibilidade do LH ao 
GnRH, bem como aumentos de FSH e LH relacionados 
ao sono. Os aumentos noturnos nos níveis circulantes 
de gonadotrofinas (FSH e LH) são seguidos por um 
aumento da secreção de estradiol no dia seguinte. 
Esse atraso ocorre devido ao tempo necessário para 
a conversão dos androgênios em estrogênios. Os 
níveis basais de FSH e LH aumentam durante toda a 
puberdade. 
Assim como em meninos, o aumento da secreção de 
androgênios pela glândula suprarrenal estimula o início 
da puberdade. O aumento é progressivo e inicia aos 2 
anos, acelera-se entre 7 e 8 e continua até 14 – 15. 
Essa aceleração precede em 2 anos o aumento da 
secreção de gonadotrofinas e esteroides sexuais 
gonadais a partir da unidade hipotalâmica-hipofisária-
gonadal. 
Em relação aos hormônios, o estradiol apresenta um 
aumento contínuo em seus níveis. É secretado pelos 
ovários, inicialmente só tem aumento noturno (aquela 
conversão durante o sono), mas posteriormente 
passa a ter aumento dia e noite. 
O estrona também é secretado pelos ovários no início 
da puberdade e também origina-se da conversão 
extraglandular do estradiol e androstenediona. Seus 
níveis tem um aumento progressivo, mas estabilizam-
se no meio da puberdade, enquanto os níveis de 
estradiol sofrem aumento contínuo. 
A secreção de gonadotrofinas (FSH e LH) é 
concomitante à secreção de hormônio do crescimento 
(GH). O GH é mediado pelo estrogênio e as meninas 
apresentam maiores níveis basais de GH antes da 
primeira menarca. Ele atinge seu nível máximo e depois 
vai decrescendo. 
 
Laís Kemelly Lima de Araújo 
ciclo menstrual 
Introdução 
As mulheres produzem gametas em ciclos mensais, 
que são comumente chamados de ciclos menstruais. 
Têm uma duração média de 28 dias, com variação 
normal de 24-35 dias. 
Pode ser descrito de acordo com as mudanças que 
ocorrem nos folículos ovarianos, sendo denominado de 
ciclo ovariano, ou pelas mudanças que acontecem no 
revestimento endometrial do útero, sendo então o 
ciclo uterino. 
Ciclo ovariano: fase folicular, ovulação, fase lútea. 
Ciclo uterino: menstruação, fase proliferativa, fase 
secretora. 
Os hormônios que controlam o ciclo mesntrual são: 
• GnRH do hipotálamo 
• FSH e LH da adenohipófise 
• Estrogênio, progesterona, inibina, AMH do 
ovário 
 
 
Fase folicular inicial 
 
Antes do início de cada ciclo, a secreção de 
gonadotrofinas pela adenohipófise aumenta, ou seja, 
temos altos níveis de FSH e LH na circulação. 
O FSH vai induzir o crescimento folicular e atuar nas 
células da granulosa, que vão produzir hormônios 
esteroides (androgênios) e AMH. O AMH diminui a 
sensibilidade do folículo ao FSH, o que impede o 
recrutamento de vários folículos simultaneamente 
para desenvolvimento. 
A maturação do folículo têm continuidade, finalizando 
a meiose I e desenvolvendo o ovócito secundário. 
O LH na célula da teca vai permitir a conversão de 
colesterol em androgênio. Esse androgênio se acumula 
e migra para as células granulosas, que são sensíveis 
ao FSH. 
Nas células granulosas, o androgênio será convertido 
em estrogênio, sob mediação da enzima aromatase. O 
aumento gradual de estrogênio da circulação têm os 
seguintes efeitos: 
• Retroalimentação negativa nos hormônios 
gonadotróficos secretados pela 
adenohipófise (FSH e LH). 
• Retroalimentação positiva para o estrogênio, 
permitindo a continuidade da produção pelas 
células da granulosa. 
A fase folicular inicial coincide com o fim da 
menstruação no útero. O estrogênio atua no útero e 
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faz com que o endométrio cresça/prolifere. Há um 
aumento do número de céulas e aumento do 
suprimento sanguíneo para o endométrio, além da 
liberação de um muco claro e aquoso. 
Fase folicular tardia 
 
A secreção de estrogênio ovariano atinge seu ponto 
máximo. As células da granulosa passam a ter um 
aumento na sensibilidade ao LH, permitindo a 
conversão de colesterol em progesterona. Ou seja, na 
fase folicular tardia as célulsa da granulosa secretam 
3 hormônios: inibina, progesterona, estrogênio. 
Na fase folicular inicial, o estrogênio exercia um efeito 
de retroalimentação negativasobre a secreção de 
GnRH. 
Agora, na fase final, ele retroalimenta positivamente 
o hormônio liberador de gonadotrofina, o que gera o 
pico pré-ovulatório de GnRH. (por isso que nos gráficos 
têm aquele pico de LH e FSH durante a ovulação). 
O pico de LH faz com que o folículo retome a meiose 
I (resumo de ovogênese), tornando-o um ovócito 
secundário. O antro é formado pelo acúmulo de fluido 
folicular e o ovócito está, finalmente, maduro. 
O pico de estrogênio induz a preparação do útero para 
uma possível gestação. As glândulas cervicais agora 
produzem um muco fino e eslástico (“clara de ovo”), 
propenso para a entrada dos espermatozoides. 
 
 
 
Ovulação 
 
O pico de LH faz com que o estigma surja na 
superfície do ovócito. O estigma sofre tumefação e 
rompe, a pressão intrafolicular aumenta e o músculo 
liso da teca externa é contraído. Esses fatores 
induzem o rompimento do estigma com consequente 
liberação do ovócito, que está circundado pela corona 
radiata e zona pelúcida. 
Fase lútea inicial 
Após a saída do ovócito, as células foliculares da teca 
e da granulosa se misturam e preenchem a cavidade. 
Elas se transformam em células lúteas do corpo lúteo. 
A luteinização envolve mudanças bioquímicas e 
morfológicas. As células lúteas recem formadas 
acumulam gotículas de lipídeos e grânulos de glicogênio 
em seu citoplasma, além de começar a secretar 
hormônios. (progesterona, estrogênio e inibina) 
A síntese de estrogênio tem uma queda e depois uma 
elevação, mas não chega ao pico ovulatório. 
A combinação de estrogênio e progesterona geram 
retroalimentação negativa sobre o hipotálamo e a 
adeno-hipófise, mantendo a secreção de 
gonadotrofinas baixa. 
A progresterona induz o endométrio a continuar sua 
preparação para a gestação. O endométrio se torna 
uma estrutura secretora, suas glândulas enrolam-se 
e crescem vasos sanguíneos adicionais na camada de 
tecido conjuntivo. As células endometriais depositam 
lipídeos e glicogênio no seu citoplasma, que fornecerão 
a nutrição para o embrião enquanto a placenta se 
desenvolve. 
Laís Kemelly Lima de Araújo 
Ela também faz com que o muco fique mais espesso, criando um tampão que bloqueia a abertura do colo uterino, 
impedindo a entrada de bactérias e espermatozoides no útero. 
 
Fase lútea tardia e menstruação 
O corpo lúteo dura 12 dias. Caso a fecundação não ocorra, ele sofre apoptose espontânea. Conforme as células 
lúteas degeenram, os níveis de progesterona e estrogênio reduzem também. Como a progesterona e estrogênio 
tem efeito retronegativo nos hormônios gonadotróficos, sua queda permite o aumento de FSH e LH. 
Na ausência de progesterona, as funções secretoras do endométrio cessam. O corpo lúteo degenera e sua produção 
hormonal diminui, levando a constrição dos vasos sanguíneos da camada superficial do endométrio. As células 
superficiais morrem. 
Ou seja, a paralisação do corpo lúteo precede a menstruação. Cerca de 2 dias depois, o endométrio começa a 
descamar e a menstruação inicia. 
 
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desejo sexual 
 
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