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MAITE MAMERI- TURMA 66 1 1 FÍGADO, PÂNCREAS E VESÍCULA BILIAR FÍGADO, PÂNCREAS E VESÍCULA BILIAR AULA 7- HISTOLOGIA I- DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO: • O pâncreas é formado a partor de dois brotos pancreáticos: um ventral e um dorsal. • Com o giro do estômago, o broto ventral e broto dorsal se aproximam e se fundem. • O broto ventral é bífido e origina o processo uncinado e parte da cabeça do pâncreas. • O fígado é formado a partir do broto hepático, assim como o da vesícula biliar, a partir do endoderma. II- FÍGADO: A. VASCULARIZAÇÃO E TRANSPORTE: • Tudo que é absorvido no intestino passa, primeiramente, pelo fígado, por meio das veias mesentéricas superior e inferior. • A veia mesentérica superior se funde com a veia lienal ou esplênica e forma a veia porta, que penetra no fígado. • Dessa maneira, cerca de 70% do sangue que penetra no fígado, chega pela veia porta. Os demais 30% de sangue, pelas artérias hepáticas direita e esquerda. • É necessário que o fígado tenha a veia porta e as artéria hepática pois, ainda que a veia leve sangue venoso, é ela que transporta os nutrientes e metabólitos para os hepatócitos metabolizarem e já a artéria, transporta o seu oxigênio. • O sangue venoso e o arterial se misturam dentro dos sinusóides hepáticos. B. CARACTERÍSTICAS: • O fígado possui 4 lobos: - Direito - Esquerdo - Quadrado - Caudado. • O fígado ainda possui uma região não coberta pelo peritônio, a chamada área nua do fígado, incluindo uma região da vesícula biliar. • Ele possui a capacidade de regeneração, ou seja, por esse motivo é possível retirar um lobo inteiro do fígado para transplante hepático, por exemplo. Maitê Mameri EMESCAM 66-B Prof.: Novaes BASES ESTRUTURAIS II 05/10/2018 CORRELAÇÃO CLÍNICA- CIRROSE HEPÁTICA A cirrose, em termos gerais, subversão da arquitetura hepática. Portanto, se tem mais tecido conjuntivo que hepatócitos, uma vez que estes passam a ser destruídos e, no seu lugar, ser preenchido por TC rico em colágeno. Dessa maneira, diminuindo os hepatócitos, também se diminui a capacidade do fígado e o indivíduo pode vir a óbito por insuficiência hepática. Existem crianças que nascem com cirrose congênita, sendo necessário transplante. Da mesma forma, existem indivíduos que desenvolvem cirrose provocado por álcool ou por Schistosoma mansoni, por exemplo. MAITE MAMERI- TURMA 66 2 2 FÍGADO, PÂNCREAS E VESÍCULA BILIAR • O parênquima hepático (parte funcional) corresponde a 75% do peso do fígado e é composto pelos hepatócitos. • O estroma (sustentação) corresponde ao TC rico em fibras reticulares de colágeno tipo III. • Os capilares do fígado são os sinusóides hepáticos e possuem 5 características: - Luz ampla - Endotélio descontínuo - Lâmina basal descontínua - Macrófagos na parede - Trajeto tortuoso. • Os sinusóides drenam para a veia central do lóbulo: o sangue entra no fígado pela veia porta e artéria hepática, misturam seu conteúdo nos sinusóides, chegam na veia central (sangue pobre em oxigênio e já metabolizado) e essas, por sua vez, confluem para formar a veia sublobular. As sublobulares então confluem para formar as veias hepáticas, que drenam para a veia cava inferior. C. FUNÇÕES DO FÍGADO: • Excreção de bilirrubina conjugada • Formação e secreção da bile (sais biliares) • Síntese de proteínas (albumina, fibrinogênio, etc) • Armazenamento de glicose - glicogênio • Síntese e armazenamento de lipídeos • Liberação de imunoglobulinas (IgA secretora, IgG...) • Metabolização de drogas (detoxificação) • Defesa (macrófagos, pit cells) D. HEPATÓCITOS: • Apresentam núcleo arredondado e é circundado por capilares sinusóides. • Apresentam manchas no citoplasma em razão dos grânulos-beta, isto é, um acumulo de glicogênio. MAITE MAMERI- TURMA 66 3 3 FÍGADO, PÂNCREAS E VESÍCULA BILIAR • 1 hepatócito pode ter cerca de 1200 mitocôndrias, uma vez que possui um metabolismo muito ativo. Sendo assim, algumas manchas no citoplasma também são devido às mitocôndrias. • Possuem disposição radial em relação à veia. • A face do hepatócito voltada para o sinusóide é cheia de microvilos para captar substancias e, ao mesmo tempo, joga no sangue a albumina- POLO VASCULAR • A outra face do hepatócito é voltada para um canalículo biliar, ou seja, um canalículo por onde a bile é mandada- POLO BILIAR E. LÓBULO HEPÁTICO: • Além da veia centrolobular, veias sublobulares e veias hepáticas, os lóbulos apresentam os espaços-porta em sua periferia. • Os lóbulos hepáticos clássicos são hexagonais. Dessa forma, apresentam 3 pontos de chegada dos vasos, em cada lóbulo, que são pontos de passagem de sangue antes de chegar aos sinusóides, esses espaços são os espaços- porta. • No espaço porta há: 1 ramo da veia porta, 1 ramo da artéria hepática, 1 ducto biliar e 1 vaso linfático, todos sustentados por tecido conjuntivo. • O espaço de moll é o espaço que fica entre o tecido conjuntivo do espaço porta e a placa limitante (uma fileira de hepatócitos). Obs.: o fígado produz bile, secreção que possui fluxo contrário ao fluxo sanguíneo. O sangue caminha do espaço porta para a veia central e a bile caminha na direção do espaço porta. CORRELAÇÃO CLÍNICA- ANASARCA O fígado produz albumina, proteína essencial ao organismo. Indivíduos com problemas hepáticos podem apresentar hipoalbuminemia e desenvolver edema abdominal ou ascite. Quando o edema é generalizado, chama-se de anasarca. MAITE MAMERI- TURMA 66 4 4 FÍGADO, PÂNCREAS E VESÍCULA BILIAR F. LÓBULO PORTAL: • O lóbulo portal é composto por linhas imaginárias que unem 3 veias centrolobulares e, ao centro, o espaço porta. G. ÁCINO HEPÁTICO: • É formado pela união 2 lóbulos hepáticos, é delimitado por 2 veias centrolobulares, 2 espaços-porta e possui o ramo terminal da artéria hepática ao centro. H. ESPAÇO DE DISSE OU PERISSINUSOIDAL: • Espaço entre a parede do sinusóide (endotélio) e a membrana do sinusóide. • Em lâmina, o espaço de disse é maior que no indivíduo vivo devido à preparação. MAITE MAMERI- TURMA 66 5 5 FÍGADO, PÂNCREAS E VESÍCULA BILIAR • Estruturas encontradas no espaço de Disse: - Microvilos dos hepatócitos - Plasma intersticial (filtrado do plasma sanguíneo) - Células de Ito ou célula estrelada: armazenadoras de lipídios e vit. A (lipossolúvel). - Colágeno tipo III (fibras reticulares) - Colágenos tipo I e IV - Células NK (pit cells - Células com indentação): para defesa. - Células endoteliais do capilar - Células de Küpffer: macrófago do fígado. I- BILE: • A bile é um produto da degradação da bilirrubina. • Ela está composta de sais biliares e possui a função de emulsificar os lipídeos. • Os sais biliares sao produzidos quando, após o colesterol ser captado ou produzido pelos hepatócitos, é metabolizado e transformado em ácido cólico. • Ou seja, o ácido cólico é o produto de degradação do colesterol. • Em seguinte, o ácido pólipo reage com os aminoácidos glicina ou taurina e forma ácido glicocólico ou taurocólico. • Esses dois ácidos, por sua vez, reagem com uma base forte que contem sódio e forma glicocolato de sódio ou taurocolato de sódio, que compõem os sais biliares. • Esses sais são jogados no canalículo biliar e vão parar no duodeno. • A bile circula, após os canalículos, pelos colangíolos hepáticos, canais de Hering, ductos biliares do espaço porta, ductos hepáticos direito e esquerdo para sair do fígado. Ao sair do fígado, passa pelo ducto hepático comum, ducto cístico, é armazenado na vesícula e depois é lançado no colédoco, desembocando na papila duodenal maior. J- REGENERAÇÃO HEPÁTICA: • É estimulada pelasmoléculas: - TGF-alta (fator transformador de crescimento- estimula crescer) - TGF-beta (cessa o crescimento) - Fator de Crescimento epidérmico: faz cessar o processo de regeneração - Interleucina-6 - Fator de crescimento dos hepatócitos II- VESICULA BILIAR: • Camadas: - Mucosa - Muscular - Adventícia ou serosa CORRELAÇÃO CLÍNICA- ICTERÍCIA OBSTRUTIVA Quando um indivíduo desenvolve calculo biliar com obstrução de colédoco, a bile começa a não passar e se acumula no fígado, podendo extravasar para a corrente sanguínea. Com isso, há também um extravasamento de bile para os tecidos e causando icterícia. É obstrutiva pois sua causa foi uma obstrução. MAITE MAMERI- TURMA 66 6 6 FÍGADO, PÂNCREAS E VESÍCULA BILIAR • Realiza o armazenamento e concentração da bile. • O epitélio da vesícula capta sódio da bile, leva ao seu tecido conjuntivo e depois ao sangue. • Quando o sal passa, leva com ele a agua, concentrando assim a bile. • Se concentrar demais, forma o calculo renal e sendo necessário realizar a colecistectomia. III- PÂNCREAS: A. CARACTERÍSTICAS: • Órgão glandular exócrino e endócrino, dividido em processo uncinado, cabeça, corpo e cauda com aproximadamente 25 cm de comprimento e 5 cm de largura. • É revestido e divido em lóbulos por tecido conjuntivo. • Possui uma cabeça, cauda e processo uncinado. • A porção exócrina (glândula acinosa composta serosa) participa da digestão de carboidratos, lipídeos e proteínas, além da regulação do pH do quimo. Secreta agua, bicarbonate, tripsinogênio, quimotripsinogênio, lipase, DNase, RNase, fator inibidor de tripsina, colesterol-esterase, procarboxipolipeptidase • A porção endócrina libera hormônios relacionados ao metabolismo de carbohidratos. B. SISTEMAS DE DUCTOS: • Intercalar (células centroacinosas): epitélio de revestimento cúbico simples com receptores para secretina e acetilcolina • Intralobular : epitélio prismático simples • Interlobular: epitélio prismático simples e células caliciformes • Pancreático: epitélio prismático simples e células caliciformes C. CONTROLE DA SECREÇÃO: • HORMONAL: - Secretina: secreção de bicarbonato - Colecistoquinina: secreção de enzimas digestivas • Nervoso - Sistema nervoso autônomo parassimpático - ação da acetilcolina D. ILHOTAS DE LANGERHANS: • As ilhotas de Langerhans são agregados de células endócrinas, fomando cordões de células epiteliais envolvendo capilares fenestrados • Possui as células: - Célula A (alfa) – Glucagon - Célula B (beta) – Insulina e Amilina - Célula D (delta) – Somatostatina - Célula D1 – VIP - Célula F (PP) – Polipeptídeo pancreático - Célula G – Gastrina - Célula E (epsilon) – Grelina
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