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Anatomia e histologia do fígado, pâncreas e vias biliares

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Pro���m� 2 – In�e�m���ári�
1. Descrever a anatomia e histologia do fígado, pâncreas e vias biliares
Pâncreas
É uma glândula retroperitoneal que encontra-se
posteriormente à curvatura maior do estômago.
Medida:
- Comprimento ≅ 12 a 15 cm;
- Espessura ≅ 2,5 cm
Anatomia do pâncreas
Os sucos pancreáticos são secretados pelas células
exócrinas em pequenos ductos que por fim se unem para
formar dois ductos maiores, o ducto pancreático e o
ducto acessório. Estes, por sua vez, levam as secreções
até o intestino delgado. Na maior parte das pessoas, o
ducto pancreático se une ao ducto colédoco que vem do
fígado e vesícula biliar e entra no duodeno como um ducto
comum dilatado chamado ampola hepatopancreática ou
ampola de Vater. A ampola se abre em uma elevação da
túnica mucosa duodenal conhecida como papila maior do
duodeno. A passagem do suco pancreático e biliar por
meio da ampola hepatopancreática para o duodeno do
intestino delgado é regulada por massa de músculo liso
que circunda a ampola conhecida como músculo
esfíncter da ampola hepatopancreática ou esfíncter de
Oddi. O outro grande ducto do pâncreas, o ducto
pancreático acessório (ducto de Santorini), sai do pâncreas
e esvazia-se no duodeno aproximadamente 2,5 cm acima
da ampola hepatopancreática.
Histologia do pâncreas
O pâncreas é composto por pequenos aglomerados de
células epiteliais glandulares.
- Ácinos (porção exócrina): secretam uma
mistura de líquidos e enzimas digestórias
chamadas suco pancreático;
- Ilhotas pancreáticas ou Ilhotas de Langerhans
(porção endócrina): secretam os hormônios
glucagon, insulina, somatostatina e polipeptídeo
pancreático.
o Células alfa ou A: secretam glucagon.
o Células beta ou B: secretam insulina.
o Células delta ou D: secretam somatostatina
o Células F: secretam polipeptídio pancreático.
Composição e função do suco pancreático
Consiste principalmente em água, alguns sais, bicarbonato
de sódio e várias enzimas.
- Bicarbonato de sódio: dá ao suco pancreático
um pH ligeiramente alcalino (7,1 a 8,2) que
tampona o suco gástrico ácido no quimo,
interrompe a ação da pepsina do estômago e cria
o pH apropriado para a ação das enzimas
digestórias no intestino delgado.
- Enzimas no suco pancreático:
o Digestão do amido: amilase pancreática;
o Digestão de proteínas em peptídeos: chamadas
tripsina, quimotripsina, carboxipeptidase e elastase. São
produzidas em uma forma inativa. Como são inativas, as
enzimas não digerem as células do próprio pâncreas.
o Digestão de triglicerídios: lipase pancreática;
o Digestão de ácidos nucleicos: ribonuclease e
desoxirribonuclease, que digerem ácido ribonucleico
(RNA) e ácido desoxirribonucleico (DNA) em nucleotídeos.
Fígado e vesícula biliar
Anatomia do fígado e da vesícula biliar
● Fígado
O fígado é dividido em lobos:
- Lobos principais separados pelo ligamento
falciforme, uma prega do mesentério: Lobo
hepático direito grande e Lobo hepático
esquerdo menor.
- Lobo quadrado inferior
- Lobo caudado posterior
Na margem livre do ligamento falciforme está o ligamento
redondo, um remanescente da veia umbilical do feto; este
cordão fibroso se estende do fígado ao umbigo. Os
ligamentos coronários direito e esquerdo são extensões
estreitas do peritônio parietal que suspendem o fígado do
diafragma.
UN��� – 5º Sem���r� – 2021.1 Mód. XI� Gru�� �� Sal��ção #pa�
Pro���m� 2 – In�e�m���ári�
Histologia do fígado e da vesícula biliar
● Fígado
- Hepatócitos: principais células funcionais do
fígado e realizam uma grande variedade de
funções metabólicas, secretoras e endócrinas.
Formam arranjos tridimensionais complexos
chamados lâminas hepáticas.
Sulcos nas membranas celulares entre hepatócitos
vizinhos: fornecem espaços para os canalículos para os
quais os hepatócitos secretam bile.
Bile: um líquido amarelo, marrom ou verde-oliva secretado
pelos hepatócitos, atua tanto como um produto de
excreção quanto como uma secreção digestória.
- Canalículos de bile: são pequenos ductos entre
os hepatócitos que coletam a bile produzida
pelos hepatócitos. Dos canalículos de bile, a bile
passa para os ductos biliares e, em seguida, para
os ductos biliares. Os ductos biliares se unem e,
por fim, formam os ductos hepáticos esquerdo e
direito, que são maiores e se unem e saem do
fígado como o ducto hepático comum. O ducto
hepático comum junta-se ao ducto cístico da
vesícula biliar para formar o ducto colédoco. Por
ele, a bile entra no duodeno do intestino delgado
para participar da digestão.
- Sinusóides hepáticos: são capilares sanguíneos
altamente permeáveis entre fileiras de
hepatócitos que recebem sangue oxigenado de
ramos da artéria hepática e sangue venoso rico
em nutrientes de ramos da veia porta do fígado.
Recordese de que a veia porta do fígado traz o
sangue venoso dos órgãos gastrintestinais e baço
para o fígado. Os sinusoides hepáticos convergem
e entregam o sangue a uma veia central. A partir
das veias centrais, o sangue flui para as veias
hepáticas, que drenam para a veia cava inferior.
Em contraste com o sangue, que flui em direção à
veia central, a bile flui na direção oposta. Nos
sinusoides hepáticos também estão presentes
fagócitos fixos chamados células estreladas do
fígado, que destroem eritrócitos e leucócitos
envelhecidos, bactérias e outros materiais
estranhos do sangue venoso que drena do canal
alimentar. Juntos, o ducto biliar, um ramo da
artéria hepática e um ramo da veia hepática são
chamados de tríade portal.
Os hepatócitos, o sistema de ductos biliares e os sinusóides
hepáticos podem ser organizados em unidades anatômicas
e funcionais de três maneiras diferentes:
- Lóbulo hepático: unidade funcional do fígado.
Cada lóbulo hepático tem o formato de um
hexágono (estrutura de seis lados). No seu centro
está a veia central, e irradiando para fora dele
estão fileiras de hepatócitos e sinusóides
hepáticos. Localizada nos três cantos do
hexágono está uma tríade portal.
- Lóbulo portal: função exócrina do fígado, isto é,
a secreção biliar. Por conseguinte, o ducto biliar
de uma tríade portal é considerado o centro do
lóbulo portal. Tem uma forma triangular e é
definido por três linhas retas imaginárias que
ligam três veias centrais que estão mais próximas
à tríade portal.
- Ácino hepático: cada ácino hepático é uma
massa ligeiramente oval que inclui partes de dois
lóbulos hepáticos vizinhos.
o Eixo curto do ácino hepático: definido por ramos da
tríade portal – ramos da artéria hepática, veia e ductos
biliares – que correm ao longo da margem dos lóbulos
hepáticos.
o Eixo longo do ácino: definido por duas linhas curvas
imaginárias, que ligam duas veias centrais mais próximas
ao eixo curto.
o Os hepatócitos do ácino hepático estão dispostos em três
zonas ao redor do eixo curto, sem fronteiras nítidas entre
eles:
- Células na zona 1: são as mais próximas aos
ramos da tríade portal e as primeiras a receber
oxigênio, nutrientes e toxinas que chegam
pelo sangue que entra. Estas células são as
primeiras a captar a glicose e armazená-la como
glicogênio após uma refeição e clivam o
glicogênio em glicose durante o jejum. Também
são as primeiras a mostrar alterações
morfológicas após a obstrução do canal biliar ou
exposição a substâncias tóxicas. As células da
zona 1 são as últimas a morrer se a circulação for
prejudicada e as primeiras a se regenerar.
- Células da zona 3: são as mais distantes dos
ramos da tríade portal e são as últimas a
mostrar os efeitos da obstrução biliar ou
exposição a toxinas, as primeiras a mostrar os
efeitos da circulação prejudicada, e as últimas
a se regenerar. As células da zona 3 são também
as primeiras a mostrar evidências de acúmulo de
gordura.
- Células da zona 2: têm características estruturais
e funcionais intermediárias entre as células das
zonas 1 e 3.
UN��� – 5º Sem���r� – 2021.1 Mód. XI�� Gru�� �� Sal��ção #pa�
Pro���m� 2 – In�e�m���ári�
Suprimento sanguíneo para o fígado
O fígado recebesangue proveniente de duas fontes:
× Artéria hepática: obtém sangue oxigenado
× Veia porta do fígado: recebe sangue venoso contendo
nutrientes recém-absorvidos, fármacos e, possivelmente,
microrganismos e toxinas do canal alimentar.
Ramos tanto da artéria hepática quanto da veia porta do
fígado levam o sangue para os vasos sinusoides hepáticos,
onde o oxigênio, a maior parte dos nutrientes e
determinadas substâncias tóxicas são absorvidas pelos
hepatócitos. Os produtos dos hepatócitos e os nutrientes
necessários por outras células são secretados de volta para
o sangue, que então drena para a veia central e, por fim,
para uma veia hepática. Como o sangue do canal alimentar
passa pelo fígado como parte da circulação porta hepática,
o fígado é frequentemente o local para metástases de
câncer que se originam no canal alimentar.
Funções do fígado e da vesícula biliar
Hepatócitos: secretam diariamente de 800 a 1.000 mℓ de
bile, um líquido amarelo, marrom ou verde-oliva. Ele tem
um pH entre 7,6 e 8,6 e é constituído principalmente por
água, sais biliares, colesterol, um fosfolipídio chamado
lecitina, pigmentos biliares e vários íons.
× Principal pigmento biliar: bilirrubina. A fagocitose dos
eritrócitos envelhecidos libera ferro, globina e bilirrubina
(derivada do heme). O ferro e a globina são reciclados; a
bilirrubina é secretada na bile e, por fim, é decomposta no
intestino. Um de seus produtos de degradação – a
estercobilina– dá às fezes a sua coloração marrom normal.
× Bile: é parcialmente um produto de excreção e
parcialmente uma secreção digestória.
- Sais biliares: que são sais de sódio e sais de
potássio dos ácidos biliares (principalmente
ácidos quenodesoxicólico e cólico),
desempenham um papel na emulsificação, a
fragmentação de grandes glóbulos lipídicos em
uma suspensão de pequenos glóbulos lipídicos.
Os pequenos glóbulos lipídicos apresentam uma
área de superfície muito grande que possibilita
que a lipase pancreática realize mais
rapidamente a digestão dos triglicerídios. Os sais
biliares também ajudam na absorção de lipídios
após a sua digestão.
- Embora os hepatócitos liberem bile
continuamente, aumentam sua produção e
secreção quando o sangue do sistema porta
contém mais ácidos biliares; assim, conforme a
digestão e a absorção prosseguem no intestino
delgado, a liberação de bile aumenta. Entre as
refeições, depois que a maior parte da absorção
ocorreu, a bile flui para dentro da vesícula biliar
para armazenamento, porque o músculo do
esfíncter da ampola hepatopancreática fecha a
entrada para o duodeno.
Além de secretar bile, que é necessária para a absorção das
gorduras dietéticas, o fígado desempenha outras funções
vitais:
× Metabolismo de carboidratos: quando a glicose no
sangue está baixa, o fígado cliva o glicogênio em glicose e
libera glicose para a corrente sanguínea. Também pode
converter determinados aminoácidos e o ácido láctico em
glicose, e pode converter outros açúcares, como a frutose e
a galactose, em glicose. Quando a glicemia está elevada,
como ocorre logo depois de uma refeição, o fígado
converte a glicose em glicogênio e triglicerídios para
armazenamento.
× Metabolismo de lipídios: os hepatócitos armazenam
alguns triglicerídios; clivam ácidos graxos para gerar ATP;
sintetizam lipoproteínas, que transportam ácidos graxos,
triglicerídios e colesterol de e para as células do corpo;
sintetizam colesterol; e utilizam o colesterol para produzir
sais biliares.
× Metabolismo de proteínas: os hepatócitos desaminam
(removem o grupo amino, NH2) dos aminoácidos, de modo
que eles possam ser utilizados para a produção de ATP ou
ser convertidos em carboidratos ou gorduras. A amônia
(NH3) resultante é então convertida em ureia, que é muito
menos tóxica e é excretada na urina. Os hepatócitos
também sintetizam a maior parte das proteínas
plasmáticas, como a alfaglobulina e betaglobulina, a
albumina, a protrombina e o fibrinogênio.
× Processamento de fármacos e hormônios: o fígado
desintoxica substâncias, como o álcool etílico, e excreta
medicamentos como a penicilina, a eritromicina e as
sulfonamidas na bile. Também pode alterar quimicamente
ou excretar hormônios tireóideos e esteroides, como
estrogênio e aldosterona.
× Excreção de bilirrubina: a bilirrubina, derivada do
grupo heme de eritrócitos envelhecidos, é absorvida pelo
fígado a partir do sangue e secretada na bile. A maior parte
da bilirrubina da bile é metabolizada no intestino delgado
por bactérias e eliminada nas fezes
× Síntese de sais biliares: sais biliares são utilizados no
intestino delgado durante a emulsificação e absorção de
lipídios
× Armazenamento: além do glicogênio, o fígado é o
principal local de armazenamento de determinadas
vitaminas (A, B12 , D, E e K) e minerais (ferro e cobre), que
são liberadas do fígado quando necessárias em outras
partes do corpo
× Fagocitose: as células estreladas do fígado fagocitam
eritrócitos envelhecidos, leucócitos e algumas bactérias
× Ativação da vitamina D: A pele, o fígado e os rins
participam na síntese da forma ativa da vitamina .
UN��� – 5º Sem���r� – 2021.1 Mód. XI�� Gru�� �� Sal��ção #pa�

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