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Processo Penal 2 Teoria Geral das Provas 1. Conceito: O meio ou elemento pelo qual se procura mostrar que os fatos, expostos no processo, ocorreram conforme descrito e para o convencimento do magistrado. Conceitua-se de duas formas: · Objetivo: Prova para demonstrar a existência de um fato. · Subjetivo: A certeza, o que o magistrado extrai dos autos para o seu convencimento. 2. Objeto da Prova: São os fatos, a verdade ou a falsidade sobre tais acontecimentos que interessam a solução do processo. O que deve ser objeto de prova? · Imputação constante da peça acusatória: Demonstrar a veracidade da prova. Obs: Na dúvida, absolve-se o réu. · Costumes · Fatos incontroversos: Ainda que o acusado confesse, a acusação deverá comprovar a narração na inicial acusatória. Fatos que não devem ser provados: · Fatos notórios · Fatos axiomáticos ou intuitivos · Fatos inúteis ou irrelevantes 3. Presunções Legais – São afirmações feitas pela própria legislação de que um fato é existente ou verdadeiro. · Presunções Absolutas: não admitem provas em contrário. Ex: inimputável. · Presunções Relativas: admitem prova em contrário. Ex: imputável, mas com laudo de sanidade mental. 4. Provas X Elementos de informação · Provas: São elementos de convicção produzidos, em regra, durante o processo, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa. · Elementos de informação: São produzidos na fase investigatória, sem o crivo do contraditório e da ampla defesa. 5. Provas Cautelares, não repetíveis e antecipadas · Cautelares: Onde há um risco de desaparecimento do objeto de prova em razão do tempo, às quais o contraditório será diferido. · Não repetíveis: Há risco de não ser novamente coletada ou produzida, em virtude do desaparecimento, destruição ou perecimento. · Antecipadas: Sob contraditória e ampla defesa, a prova é antecipada, pois no momento propício para ser usada, já deverá ter desaparecido. 6. Classificação da prova Quanto ao objeto ou fato · Direta: Aquelas que por si só demonstram o fato. · Indireta: Aquelas que permitem deduzir a partir de raciocínio lógico e irrefutável. Quanto ao valor · Prova plena: Permitem juízo de certeza quanto ao fato investigado. · Prova não plena: São circunstanciais que podem levar à convicção do fato. Quanto ao sujeito · Provas reais: Não resultam da pessoa, mas de algo externo que comprove a existência do fato. · Provas pessoais: Decorrem da pessoa. 7. Indícios É usada em 2 sentidos: · Prova indireta (art 239): Tendo relação com o fato, autoriza, por indução, concluir a existência de outras circunstâncias. OBS: O magistrado pode condenar com base única e exclusivamente em indícios, desde que sejam plurais e tenham relação. · Prova semiplena (art 312 e 413): Elemento de prova mais tênue. 8. Suspeita Estado anímico e que não é idôneo para fundamentar a convicção do magistrado. É intuição. 9. Destinatários da prova O órgão jurisdicional, já que é quem vai processar e julgar o delito. 10. Sujeitos da prova São as pessoas ou as coisas de onde deriva a prova. 11. Forma da prova · Documental: papel escrito que traz declaração de um fato. · Material: verificação existencial de determinado fato. · Testemunhal: Manifestação oral. 12. Fonte de prova X Meio de prova X Obtenção de prova · Fonte de prova: Pessoas ou coisas das quais se consegue a prova. E independe da existência do processo, sendo inseridas através dos meios de prova. · Meios de prova: Instrumentos que introduz as fontes de prova ao processo. Desenvolve-se perante o juiz. · Obtenção de prova: Procedimentos regulados por lei para conseguir provas materiais e podem não ser realizadas pelo magistrado. 13. Prova nominada X inominada · Nominada: Prevista em lei. · Inominada: Não tem previsão, e é admitida, desde que lícita e moralmente legítima. 14. Prova típica X atípica · Típica: Aquela que tem procedimento previsto em lei. · Atípica: Aquela em que estiver no ordenamento jurídico, mas sem procedimento probatório previsto em lei. 15. Prova anômala X irritual São provas ilegítimas que ficam sujeitas a declaração de nulidade. · Anômala: Aquela em que se utiliza outro procedimento para produzir uma prova da qual se queria inicialmente produzir. Ex: testemunho documental, não perante o juiz. · Irritual: Previsão em lei, mas sem observância do modelo. 16. Prova emprestada Aquela produzida num processo e se pretende usar em outro processo. O “transporte” dessa prova deverá ser realizado de forma documental. Quanto ao valor Terá o mesmo valor da prova originalmente produzida. Como a prova emprestada é admitida no Processo Penal? Apenas é admitida se a pessoa que está sendo acusada tiver participado do processo onde ela foi inicialmente produzida, observando os princípios do contraditória e ampla defesa. Pode a parte se valer de prova emprestada que seja retirada de elementos de informação do Inquérito Policial? Não, já que o Inquérito Policial não observa os princípios do contraditória e ampla defesa..
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