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ESÔFAGO BIANCA GABRIELLA – 40 SEMETRE- CURSO DE MEDICINA (AULA AMALIA + AULA MARINA + LIVRO: BERNE + LIVRO: PORTO) AULA 3 - 05.03.2020 ANATOMIA RELAÇÕES ANATÔMICAS DO ESÔFAGO: Cervical: Traqueia e tireoide Coluna, músculos do pescoço Carótida comum, tireoide, nervo recorrente, ducto torácico Torácica: Superior: traqueia e coluna Posterior: atrás e à direita da aorta >> à frente e à esquerda Traqueia, brônquio, pericárdio, coluna, musculatura, vasculatura - O esôfago não desce retinho, tem uma leve curvatura para esquerda no pescoço e depois cruza na aorta/ onde atravessa o diafragma Constrições fisiológicas: - O esôfago fica fechado e quando a gente engole e ele abre para deixar o alimento passar 3 pontos: Esfíncter esofagiano superior – músculo cricofaríngeo – é anatômico, consigo dissecar Constrição bronco-aórtica (aorta + bronquio fonte esquerdo) Esfíncter esofagiano inferior – não tem marca anatômica, é um ponto de hipertonia fisiológica – localizado no local onde o esôfago atravessa o diafragma (ajuda a apertar: somam forças e impedem o refluxo) O conhecimento dessas constrições é importante ao introduzir instrumentos no estômago através do esôfago e ao examinar radiografias de pacientes com disfagia - Há ligamentos que fazem a fixação do esôfago - Fáscia inferior do diafragma: reveste o diafragma e quando chega na borda se extende para cima e para baixo: ligamento freno-esofágico – ajuda a fixar o esôfago no diafragma. Esse ligamento permite o movimento independente do diafragma e do esôfago durante a respiração e a deglutição - Linha Z: marca a transição do epitélio do esôfago para o epitélio de estômago. uma linha irregular em que há mudança abrupta da mucosa esofágica para a mucosa gástrica, como a junção IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO ESÔFAGO: - O esôfago desce junto com a aorta – toda irrigação do esôfago vem da aorta, direta ou indiretamente. CERVICAL: Artéria subclávia – Tronco tireocervical – Artéria tireoideia inferior – Ramos esofágicos TORÁCICO: Aorta – Ramos esofágicos e ramos brônquicos da aorta torácica ABDOMINAL: Aorta abdominal – Artéria frênica inferior (ramo parietal) – Tronco celíaco (ramo visceral) – Artéria gástrica esquerda IRRIGAÇÃO VENOSA DO ESÔFAGO: CERVICAL: Ramos esofágicos – Veia tireoideia inferior – Veia subclávia – Veia braquiocefálica – Veia cava TORÁCICA: Direita: tem uma veia comprida que recebe ramos esofágicos e ramos intercostais – VEIA AZIGOS – Veia cava Esquerda: veias mais curtas: hemi-azigo e hemi-azigo acessória – Veia cava ABDOMINAL: - Veia frênica inferior – Veia cava OBSERVAÇÃO: tudo que cai na cava é chamado de circulação sistêmica, mas existe uma outra circulação, a que vem da barriga. A grande maioria dessas veias que surgem de vísceras: NÃO CAEM DIRETO NA CAVA, CAEM NA VEIA PORTA (vai para o fígado) É importante que esse sangue não ganhe essa circulação sistêmica, é importante que passe primeiro no fígado para ser filtrado, metabolizado, limpado para depois ir para a veia cava e para circulação sistêmica - Veia gástrica esquerda: NÃO DRENA PARA A CAVA, DRENA PARA A PORTA As veias nascem de um plexo venoso submucoso e os componentes desse plexo se comunicam entre si. - Um ponto de anastomose porto-sistêmica: um ponto onde a circulação sistêmica se comunica com a circulação porta - Se houver um “engarrafamento” na circulação porta – a pressão de sangue vai aumentando e “vai de marcha ré” – vai para a gástrica inferior – vai para o plexo submucoso – ocorre varizes no estomago e o paciente pode morrer Encefalopatia hepática: perda da função cerebral quando um fígado danificado não remove as toxinas do sangue. INERVAÇÃO DO ESÔFAGO: - Cervical: nervo laríngeo recorrente: pode ser lesado na cirurgia – problema na fonação, mímica facial - Tronco simpático de um lado e do outro - Abdominal: plexo celíaco Nervo vago e seus ramos, tronco simpático e plexo celíaco FISIOLOGIA Sua função é levar o alimento da boca para o estômago e impedir seu retorno. O tempo do transito, normalmente, é de 5 a 9 segundos. Não possui um sistema de marca-passo, tudo vai funcionar de acordo com a propulsão do alimento. A onda peristáltica primária se inicia pela deglutição, com a contração dos músculos faríngeos e continua pelo esôfago empurrando o bolo alimentar. Se insuficiente para promover o completo esvaziamento do esôfago, uma nova onda peristáltica, a secundária, tem início em qualquer ponto do esôfago, impelindo o remanescente de seu conteúdo em direção ao estômago. A onda peristáltica secundária forma-se por estímulo de mecanorreceptores existentes na parede do esôfago médio e inferior. O sistema imunológico próprio (GALT) é especializado e faz interface com antígenos luminais dos alimentos, proteínas do hospedeiro, bactérias patogênicas e comensais e parasitas, e deve decidir quais antígenos tolerar e quais necessitam de ativação imunológica. ANAMNESE DO ESÔFAGO O exame físico do esôfago é difícil, pois não é um órgão visível nem palpável. Então, 80 % dos diagnósticos pela anamnese. SINTOMAS GERAIS: 1. Disfagia: dificuldade de deglutir. 2. Odinofagia: dor ao deglutir de intensidade e causa variável, acaba causando uma disfagia, halitose e/ou sialose associadas. 3. Globus: sensação de nó ou bolo na garganta, é mais comum em mulheres e em doenças psicossomáticas que do TGI. Não tem relação com o alimento (não é pós nem pré prandial). 4. Pirose: sintoma mais comum, é a sensação de queimação retroesternal causada pela volta do conteúdo estomacal após a refeição que quase sempre é manifestação da DRGE. Os fatores predisponentes são alimentação rica em fritura, achocolatado e bebida gaseificada, comer muito, posição de decúbito, obesidade e gravidez (funcional, por aumento da progesterona, e mecanicamente, por aumento da pressão abdominal). 5. Dispepsia: desconforto epigástrico; asia. 6. Náusea: sensação desagradável da necessidade iminente de vomitar. 7. Vômito: expulsão oral forçada de conteúdo gástrico como resultado da contração retrógrada do duodeno e antro com compressão da musculatura toracoabdominal. 8. Regurgitação: sensação de retorno do alimento não precedido de náusea, sem contração retrógrada do duodeno e antro com compressão da musculatura toracoabdominal. Temos regurgitação o tempo todo, o chamado refluxo fisiológico, mas quando passa de um determinado limite, se configura como doença do refluxo por regurgitação patológica e há o risco de broncoaspiração. 9. Dor retroesternal: pode simular IAM, mas aproximadamente 50% delas são secundarias à DRGE e pode ocorrer também na acalasia idiopática. 10. Eructação: liberação voluntária ou involuntária de gases do esôfago e estômago; arroto. 11. Hematêmese: vômito de sangue vivo não precedido de náusea. 12. Sialose: hipersalivação. DISFAGIA: sensação subjetiva de dificuldade ou anormalidade e na deglutição (NÃO É DOR) Pode ser classificada em: ♦ Orofaríngea ou de transferência: o paciente refere engasgo, sialose e tosse. As causas podem ser: A. Mecânicas/estruturais: processos inflamatórios em boca e faringe, compressões extrínsecas, divertículo de Zenker (paciente relata halitose e melhora da disfagia quando pressiona o pescoço) e anel esofagiano superior. B. Miopáticas: distrofia, dermatomiosite/polimiosite e miastenia gravis. C. Neurológicas: AVE, Parkinson, ELA e esclerose múltipla. ♦ Esofagiana ou de transporte/condução: o paciente refere sensação de entalo, como se o alimento não descesse. As causas podem ser: A. Obstrutiva: neoplasias, estenose, compressão e anel esofagiano inferior (de Schatzki). B. Motilidade: acalasia, espasmo difuso (pode simular IAM), ELA, Parkinson, LES, esclerodermia, distrofia e DM avançada. Observação: considera-se obrigatória a endoscopia em todo paciente com disfagia esofagiana.Pode ainda ser só de sólidos (estrutural) ou de sólidos e líquidos (distúrbios de motilidade). O tempo de evolução pode falar mais a favor de uma situação que outra, por exemplo: Início abrupto: corpo estranho. Início agudo: neoplasia (atenção para perda ponderal- SINAL DE ALARME). Início insidioso: megaesôfago. Evolução intermitente: DRGE, espasmo esofagiano e outros distúrbios de motilidade. Evolução progressiva: neoplasia, megaesôfago. - São sinais de alarme sangramento (varizes esofagianas, esofagite erosiva, neoplasia) e perda ponderal. Buscamos sinais indiretos da patologia em questão. São exemplos: Estado nutricional: pele seca ou fina, perda de cabelo, edema, anasarca, pelagra (carência de vitamina B3), escorbuto (carência de vitamina C); Perda de peso involuntária: é a perda não intencional de mais de 5% do peso dentro de 12 meses; para paciente emagrecido, pensar em câncer, mas perguntar se tá comendo e como tá sendo essa alimentação. Mucosas descoradas: anemia, sangramento discreto. Telangiectasias: pensar em esclerodermia. Hipertrofia bilateral das parótidas: hipersalivação. Rouquidão: refluxo danifica as cordas vocais e neoplasia pode comprimir nervos. Crepitos finos: broncoaspiração de conteúdo gástrico. Radiografia de tórax em PA/perfil: simples, rápido e barato, vê bem megaesôfago e massas tumorais. Imagem em miolo de pão: resto alimentar preso no esôfago. Esofagograma: radiografia contrastada com bário. IMAGEM EM BICO DE PÁSSSARO OU VELA: ESTREITAMENTO DO ESFÍNCTER ESOFAGIANO INFERIOR SINAL DE MAÇA MORDIDA: COMPRESSÃO POR MASSA (PROVAVEL TUMOR) Endoscopia digestiva alta: pode ser diagnóstica (para neoplasia, fazer bipsia) ou terapêutica, mas avalia somente a mucosa. Pode fazer inferências sobre o calibre esofágico, mas não é o método adequado para diagnóstico. Manometria esofágica: estuda a pressão intraesofágica, a peristalse e o relaxamento de esfíncteres. Avalia distúrbios de motilidade e faz avaliação pré-operatória de refluxo pHmetria de 24 horas: faz o diagnóstico e graduação de DRGE. pH inferior a 4 indica DRGE. TRATAMENTO: Medidas comportamentais + farmacoterapia: - O melhor para tratar a DRGE, é agir na produção do acido. - Formação do ácido clorídrico – bomba de prótons – responde a 3 estímulos: Neurológico Endócrino Histamina Bloqueadores dos receptores H2 de histamina (o estímulo neuro e endo continuam acontecendo – diminui a produção do ácido, mas não de uma forma eficaz) Inibidor da bomba de prótons – independente do estímulo Omeprazol, pantoprazol e exomeprazol: a diferença é o tempo, conforto e o preço Procineticos – estimulam peristalse, esvaziamento gástrico – quanto menos tempo o alimento passa no estomago tem menos chance de fazer o refluxo – usado para o refluxo alcalino Cirurgia: - Fundoplicatura: cirurgia complicada – pega o fundo do estômago, estica, roda ao redor do esôfago e vira uma válvula faz quando há uma impossibilidade de tratamento clínico (reação colateral muito grave ao IBP ou paciente não responde ao tratamento clínico) Paciente jovem (<40 anos) que não desejam terapia farmacológica por tempo limitado PATOLOGIAS DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO Refluxo gastroesofágico é o deslocamento, sem esforço, do conteúdo gástrico do estômago para o esôfago. Ocorre em todas as pessoas várias vezes ao dia e, desde que não haja sintomas ou sinais de lesão mucosa, pode ser considerado um processo fisiológico. Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE): Condição na qual o refluxo do conteúdo gástrico causa sintomas que afetam o bem-estar do paciente e/ou complicações” Sintomas ou lesão de mucosa Alta prevalência Evolução crônica: não tem cura, pode passar grandes períodos assintomáticos, mas é possível que volte depois (recorrência frequente). Alto impacto na qualidade de vida: dói Alta adesão ao tratamento - Tanto os sintomas quanto as lesões teciduais resultam do contato da mucosa com o conteúdo gástrico refluxado - Decorrentes de falhas na defesa do esôfago: Barreira anti-refluxo: Esfíncter esofágico inferior e Esfíncter externo (diafragma) - O EEI mantém-se fechado em repouso e relaxa com a deglutição e com a distensão gástrica. 1. O relaxamento não relacionado com a deglutição é chamado relaxamento transitório do EEI 2. Quando esses dois não estão mais no mesmo ponto – não conseguem deixar fechado Pressão instra-gástrica, secreção gástrica fumar prejudica a proteção de prostaglandina Mecanismos de depuração do ácido do esôfago - A depuração (ou "clareamento ") do material refluxado presente na luz do esôfago decorre de uma combinação de mecanismos: A. mecânicos: retirando a maior quantidade do volume refluído, através do peristaltismo e da gravidade B. químicos: neutralização do conteúdo residual pela saliva ou pela mucosa Resistência do epitélio - Defesa pré-epitelial (composta por muco, bicarbonato e água no lúmen do esôfago, formando uma barreira fisicoquímica, que é pouco desenvolvida no esôfago, quando comparada à mucosa gástrica e duodenal); - Defesa epitelial (junções intercelulares firmes, características do epitélio estratificado pavimentoso, o que dificulta a retrodifusão de íons, e substâncias tamponadoras intersticiais, como proteínas, fosfato e bicarbonato); - Defesa pós-epitelial (suprimento sanguíneo, responsável tanto pelo aporte de oxigênio e nutrientes quanto pela remoção de metabólitos). EXISTEM CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA O DGRE POIS ELE É BASICAMENTE CLÍNICO: 1. PIROSE EM 2-3 VEZES POR SEMANA 2. REGURGITAÇÃO 2-3 VEZES POR SEMANA SINTOMAS ATÍPICOS: pigarro, odinofagia, rouquidão, dor de garganta, tosse crônica, erosão dentária, laringite, asma e alteração no sono. São, pois, esofágico e extraesofágicos. O ganho de peso é fator agravante na DRGE. FATORES DE RISCO PRA DGRE: A. GRAVIDEZ B. OBSIDADE C. IDADE D. HERNIA HIATAL E. COMPONENTE GENETICO F. GASTRITE PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES: Úlcera (5%): agravo constante na mucosa abre uma ferida, que pode sangrar. Estenose (8-20%): sequela cicatricial, que vai fechando o lúmen. Se apresenta nas formas erosiva (com lesão no esôfago) e não erosiva (sem lesão – 70% dos casos). CLASSIFICAÇÃO DE LOS ANGELES PARA ESOFASITE EROSIVA A: erosão linear menor que 5 mm. B: erosão linear maior que 5 mm. C: erosão circunferencial de até 75% do comprimento. D: erosão circunferencial superior a 75% do comprimento. SINDROME DE MALLORY- WEISS Quando o paciente vomita tanto que faz lacerações na mucosa do esôfago e sangra, mas não é hematêmese. Sempre pesquisar sintomas associados. Se houver tosse, provavelmente está entalando perto da traqueia, na parte superior, e há resto de alimento irritando-a. Paciente refere vomitar com sangue – de forma aguda. ESTENOSES BENIGNAS DO ESÔFAGO São complicações decorrentes de diversas causas, que podem ser congênitas ou adquiridas, mas possuem tratamento semelhante, na maioria dos casos, necessitando de dilatação endoscópica. TIPOS: Péptica: corresponde a 60%-70% dos casos e ocorre quando o refluxo do conteúdo ácido estomacal atinge e lesa o esôfago, ocorre um processo de cicatrização e fibrose, até a formação de um anel mais estreito. Os sintomas principais são disfagia para sólidos com ou sem regurgitação e pirose. Ingestão acidental ou proposital de substâncias corrosivas: por exemplo, soda cáustica. Observação: o epitélio acima do Anel de Schatzki é pavimentoso e abaixo é colunar. Uso prolongado de sonda nasogástrica ou nasoenteral, anéis, radioterapia e trauma são outros exemplos. - O exame diagnóstico de escolha é o esofagograma com bário. MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO Doença neurogênica decorrente de lesão dos plexos nervosos miontéricos. Leva a umdistúrbio do peristaltismos esofagiano e da função do esfíncter esofagiano inferior. É semelhante em sintomas e evolução com a acalasia idiopática, a diferença é a sorologia para Chagas. O sintoma predominante é uma disfagia progressiva, mas podem haver outros sintomas, como dor torácica, regurgitação, sialose e desconforto retroesternal ao se alimentar. Pode apresentar hipertrofia de parótidas devido a salivação excessiva e perda de peso progressiva com desnutrição grave em casos avançados. Sinais de sintomas: Dificuldade para engolir e os doentes muitas vezes precisam tomar água para aumentar a coluna líquida, aumentar o peso e vencer essa resistência da válvula. Isso é progressivo, os pacientes não conseguem se alimentar ou ficam com medo de comer e acabam perdendo peso. Muitas vezes pode ter pneumonia aspirativa associada. Diagnóstico: Em geral, EDA ACALÁSIA É o distúrbio de motilidade esofágica prototípico marcado por um EEI hipertônico com relaxamento incompleto ao deglutir, acompanhado de aperistalse do corpo esofagiano. Acomete pacientes em qualquer idade e reflete uma plexopatia mientérica autoimune no EEI e por uma neuropatia generalizada do corpo esofágico. Os principais sintomas são: disfagia de líquidos e sólidos, regurgitação e dor torácica. Diagnóstico: baseia-se na manometria esofágica e na radiografia com bário. A aparência radiográfica clássica é a dilatação esofágica, estase do contraste e aparência de “bico de pássaro”. ESCLERODERMIA A esclerodermia é uma doença autoimune caracterizada por inflamação da pele e lesões fibrosas. O esôfago costuma estar afetado em quase todos os pacientes esclerodérmicos, com aperistalse dos dois terços inferiores. A perda de sua motilidade pode acarretar engasgos frequentes e o refluxo do ácido gástrico para o esôfago pode causar pirose. Então a pessoa não consegue comer, se sente entalado e a mão tem telangiectasias. CÂNCER DE ESÔFAGO Há 2 subtipos principais: Carcinoma de células escamosas / câncer epidermoide: 95% dos casos, geralmente acomete esôfago proximal e terço médio (corpo). Adenocarcinoma: 5% dos casos, acometendo mais o segmento distal/cardia (é o que associamos à esôfago de Barrett). - Mais frequente no sexo masculino e aumenta a incidência com a idade. - Os principais fatores de risco são associada a hábitos de vida, como alcoolismo e tabagismo, além de lesões prévias no esôfago (megaesôfago, esofagite cáustica, esofagite péptica, esôfago de Barrett). - Sintoma mais frequente: 1. disfagia para sólidos, mas há outros sintomas, como anorexia, dor, regurgitação e microaspiração. -O diagnóstico é feito por endoscopia digestiva alta + biópsia ESÔFAGO DE BARRET É uma condição patológica adquirida, caracterizada pela substituição do epitélio estratificado pavimentoso do esôfago por epitélio colunar especializado do tipo intestinal metaplasia. Ocorre em pacientes com DRGE de longa data e representa uma resposta adaptativa da mucosa à agressão pelo ácido. Os fatores de risco para desenvolvimento do EB são sexo masculino, tabagismo, idade avançada e os mesmos que favorecem o refluxo gastroesofágico. Mas 45% dos pacientes com EB não têm DRGE. A importância biológica do EB é que a metaplasia pode predispor o risco para câncer. - Endoscopicamente, é caracterizado pela presença de mucosa glandular no esôfago tubular acima da junção esofagogástrica. Não é reversível, tem que controlar para não piorar. HERNIA HIATAL Envolve a herniação de elementos da cavidade abdominal pelo hiato diafragmático. Tipo I: a junção gastroesofágica (JGE) é deslocada, normalmente assintomática e é o tipo mais comum. Pode haver pirose e regurgitação. Tipo II: também chamada de paraesofágica verdadeira, a JGE está em sua posição habitual, mas o fundo e partes da curvatura gástricos entram no mediastino. Apresenta sintomas pós-prandiais, como dor epigástrica, dor torácica, satisfação subesterna, falta de ar, náusea e vômito. Tipo III: também chamada de hérnia paresofágica mista, a JGE e partes do estômago invadem o mediastino. Apresenta sintomas pós-prandiais, como dor epigástrica, dor torácica, satisfação subesterna, falta de ar, náusea e vômito.
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