Paper desenvolvimento da linguagem

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A AFETIVIDADE NO
DESENNVOLVIMENTO DA LINGUAGEM E COGNITIVO DO SER HUMANO
Franqlin Bomfim da Costa
Centro Universitário Leonardo da Vince - UNIASSELVI
curso superior em Pedagogia - PED505
Pedagogia da Educação Infantil
30/04/2020
RESUMO
Este trabalho está embasado na perspectiva Histórico-cultural de Vygotsky e busca discorrer sobre a contribuição desta teoria para compreensão das inter-relações entre a formação do pensamento e sua implicação na área da educação. Menciona ainda as contribuições deste teórico soviético sobre o processo de formação do conceito, a mediação do homem, do desenvolvimento real e potencial e a relação de distância entre eles: (ZDP).
INTRODUÇÃO
Estamos vivendo novos tempos, de grandes transformações n realidade social, que impõem, por sua vez, mais exigências para o processo educacional e em particular a educação infantil.
Os estudos da psicologia sobre o ser humano têm sido de fundamental importância para o processo de ensino e aprendizagem. Materializando uma ação educativa inserida no contexto das relações sociais.
Neste contexto as ideias de Vygotsky têm uma grande inserção na área da educação.
Suas maiores contribuições estão na reflexão sobre o desenvolvimento infantil e sua relação com a aprendizagem, no meio social e no desenvolvimento do pensamento e da linguagem, na formação do conceito, na mediação do conhecimento do indivíduo, nos níveis do desenvolvimento real e potencial e a relação de distância entre eles (ZDP).
2. PENSAMENTO E LINGUAGEM
A função inicial da linguagem é a comunicação, expressão e compreensão, portanto a linguagem é antes de mais nada "social".
Esta função é estreitamente combinada com o pensamento. A comunicação é uma função básica da linguagem, pois permite a interação social e ao mesmo tempo organiza o pensamento.
Para Montessori, cada criança leva dentro de si as potencialidades do homem que virá a ser um dia, podendo desenvolver, assim suas capacidades físicas, emocionais, intelectuais e espirituais ao máximo. (1965, p.25).
Para Vygotsky é necessário um claro entendimento das relações entre pensamento e linguagem para que se entenda o processo d desenvolvimento cognitivo. A linguagem não é apenas uma expressão do conhecimento adquirido pela criança. Existe uma inter-relação entre o pensamento e a linguagem, proporcionando recursos entre si. Desta forma a linguagem tem um papel essencial na formação do pensamento do indivíduo.
Vygotsky menciona ainda que a aquisição da linguagem passa por três fases a linguagem social, que tem função principal, a comunicação. Depois tem a linguagem egocêntrica e a linguagem interior que estão ligadas ao pensamento.
A linguagem egocêntrica constitui uma linguagem para o próprio individuo, não é uma linguagem social que interaja com o meio. Esse "falar sozinho" ajuda a organizar melhor suas ideias e planejar suas ações. É uma forma da criança internalizar e resolver problemas, que nós adultos resolveríamos na linha do pensamento, do raciocínio.
A fala egocêntrica acompanha a atividade da criança começando a ter uma função pessoal, ligada a necessidade do pensamento. É utilizada como apoio ao planejamento de sequências a serem seguidas como auxiliar na solução dos problemas. Marta Kohl (2003, p.52)
É a fala quem origina a função cognitiva, reguladora da conduta infantil, com o tempo a criança deixa de usar a fala egocêntrica e passa a fala interior como instrumento do pensamento.
3. FORMAÇÃO DE CONCEITO
O desenvolvimento intelectual do ser humano vai se desenvolvendo ao longo da vida através de fases diversas que envolvem os processos mentais, um deles é o processo de formação de conceito que se inicia na infância e vai amadurecendo e se configura na puberdade.
A formação de conceito envolve todas as funções mentais superiores e é um processo mediado por signos. 
Segundo Vygotsky a formação do conceito passa por três fases. o "Sincretismo", onde a criança não consegue diferenciar atributos nos objetivos, ela simplesmente agrupa de forma desorganizada.
O "Pensamento por Complexo" onde o agrupamento não é formado por um pensamento lógico abstrato e sim por ligações concretas entre seus componentes, agrupando por cor, tamanho ou classe. 
Os adolescentes não abandonam totalmente as formas de pensamento primitivos (sincretismo e por complexo), seu uso vai diminuindo e começa a formar conceitos.
Os conceitos do cotidiano são os que a criança aprende no dia a dia, no contato com o meio e seus componentes.
Os conceitos científicos são aqueles formados a partir da aprendizagem sistematizada, quando inicia na escola, através da mediação do professor, amigos e material didático. São conceitos que se aprende no meio escolar. 
 
4. A AFETIVIDADE NA MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO
Diretamente ligada à emoção, a festividade consegue determinar o modo com que as pessoas visualizam o mundo e como se se manifestam diante das mais diversas situações. Fatos e acontecimentos passados são determinantes para o cotidiano de cada indivíduo. dessa forma a ausência de afeto influenciará no desenvolvimento de cada um.
A afetividade é estimulada por meio da vivência na qual o educador estabelece um vínculo de afeto com o educando. A criança necessita de estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem O afeto pode ser uma maneira eficaz de se chegar perto do sujeito e a ludicidade, em parceria, um caminho estimulador e aquecedor para se atingir uma totalidade n processo de aprender. Almeida (2011, p.1).
Perceber o sujeito como um ser intelectual e afetivo, que pensa e sete simultaneamente, e reconhecer a afetividade como parte integrante do processo de construção do conhecimento implica um novo olhar sobre a prática pedagógica, não restringindo o processo ensino-aprendizagem apenas à dimensão cognitiva. A percepção, os valores, as ações, interesses, emoções e preferencias são geradas a partir do potencial de cada um.
Na escola a atitude do professor é um fator importante para estimular a criança, observando e percebendo as preferencias e interesses, direciona do sua pratica pedagógica de acordo com as manifestações dos alunos. 
A atenção, o carinho e o incentivo devem ser iguais para todas as crianças, sem preconceitos ou discriminação. A criança deseja e precisa se sentir amada, aceita, acolhida e ouvida, para que possa despertar para a vida da curiosidade e do aprendizado. E é o professor quem prepara e organiza o pequeno universo da busca e do interesse da criança.
Alguém já viu criança feliz ir mal na escola? por que existem crianças que, de uma série para outra, passam a gostar mais ou menos de determinada disciplina, modificando até seu desempenho? Tudo indica que é a troca de professor, e não do conteúdo da disciplina, a responsável pela mudança. Portanto, aprender deve estar ligado ao ato afetivo: deve ser gostoso, prazeroso [...]. (Rossoni, 2001, p.9).
O desenvolvimento infantil é um processo dinâmico em que os níveis de desenvolvimento 
 motor, afetivo e cognitivo não acontecem de forma isolada e sim integrada. A criança desenvolve sua capacidade afetiva, a sensibilidade, a autoestima, o raciocínio, o pensamento e também a linguagem, por meio do seu corpo, do meio em que vive e por meio de iterações com outras crenças, educadores e familiares. É processo contínuo e importante para o desenvolvimento cognitiva da criança.
Portanto o papel do professor no ensino infantil é proporcionar às crianças experiências lúdicas, prazerosas, diversificadas e enriquecedoras para fortalecer a autoestima e desenvolver suas potencialidades.
Se acreditamos numa prática pedagógica transformadora na vida das pessoas, devemos pensar numa mudança de postura, na qual alunos e professores sejam agentes da construção do conhecimento, tornando o respeito mútuo uma ponte de afetividade. E assim os alunos perceberão que são importantes no processo de aprendizagem e que sua opinião é respeitada por todos que integram a sala de aula. Favorecendo o convívio afetivo, que será um grande aliado pra uma educação lúdica e de qualidade.
CONCLUSÃOpara concluir devemos ressaltar a relevância das ideias de Vygotsky para área da aprendizagem e da educação, principalmente quando ele menciona que o desenvolvimento do homem que deve ser olhado de forma prospectiva, para além do momento atual, antecipando o que irá acontecer em sua trajetória.
A afetividade é a única saída para educação. As crianças devem ter oportunidade de desenvolver suas capacidades tendo como ponte um elo afetivo com o educador, onde o mesmo lhes dará condições para que seu emocional floresça. Ao se sentirem acolhidas, as crianças se sentirão livres para arriscar e vencer desafios. Pois a afetividade é a base da vida. Se o ser humano não está bem afetivamente, sua ação como ser social estará comprometida, sem expressão, sem vida.
 
REFERÊNCIAS 
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Aprendizagem e Desenvolvimento um Processo Socio-histórico. São Paulo: Scipione, !997.
MELO, Fabiana Carbonera Malinverni de. Lúdico eMusicalização na Educação Infantil. Indaial: Ed.UNIASSELVI, 2011
STEUCK, Cristina Danna; PIANEZZER, Lúcia Cristina Moratelli. Pedagogia da Educação Infantil. Indaial: UNIASSELVI, 2013.