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2020415_20521_Aula de 16.04.20 - Unidade II - Entes de Cooperação - Entidades Paraestatais (1)

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AULA
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: Direito Administrativo I
PERÍODO: 6º 
PROFESSOR: RACHEL TAVORA DE CASTRO QUEIROZ
AULA REFERÊNCIA - DIA: 16/04/2020
TEMA DA AULA: Unidade II –Entidades de Cooperação - Entidades Paraestatais. 
	Orientações
Em caso de dúvidas, contatos via Whatsapp: (31) 988132003
Ou email: racheltqueiroz@yahoo.com.br 
	Leia a aula e depois assista a vídeo aula pelo Youtube.
Link para o Youtube: https://youtu.be/44xi9X84e-8 
INTRODUÇÃO
Olá!
Continuaremos o estudo da nossa disciplina. Estamos trabalhando nessa segunda unidade a Organização do Estado. Nesta aula serão apresentados os Entes de Cooperação, que são entidades que não compõem a Administração pública, sendo entidades privadas que auxiliam o Estado e prestam atividades de interesse público. Bons estudos!
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
Identificar o que são Entes de Cooperação.
Compreender a diferença entre os termos entidades paraestatais e terceiro setor.
Entender o que são as paraestatais.
Reconhecer as características das entidades do sistema “S”.
ENTES DE COOPERAÇÃO
Entes de cooperação são pessoas jurídicas de direito privado que colaboram com o Estado exercendo atividades não lucrativas e de interesse social.
Podemos conceituá-los como pessoas jurídicas de direito privado, não integrantes da Administração Pública, que desenvolvem atividades de interesse público sem intuito lucrativo, recebendo do Estado alguma forma de incentivo.
Têm como objetivo a formação de instituições que contribuam com os interesses sociais através da realização de atividades, obras ou serviços. 
A doutrina apresenta os entes de cooperação com as seguintes denominações: entidades paraestatais e entidades do terceiro setor.
Inicialmente, vamos analisar o que são entidades paraestatais: 
# Entidades Paraestatais 
Esse termo possui uma conceituação bastante confusa já que os doutrinadores entram, em diversas matérias, em contradição uns com os outros. 
O nome paraestatais significa literalmente entidades que atuam ao lado do Estado (do grego para = lado). A ideia central do conceito remete a pessoas privadas colaboradoras da Administração Pública. 
São pessoas jurídicas privadas, que, sem integrarem a estrutura da Administração publica, colaboram com o Estado no desempenho de atividades não lucrativas, às quais o poder Público dispensa especial proteção. 
Não existe, entretanto, um conceito legislativo de entidades paraestatais, circunstância que desperta uma impressionante controvérsia doutrinária a respeito de quais pessoas fazem parte da categoria das paraestatais.
E a divergência entre os doutrinadores está em estabelecer quais seriam as entidades privadas que poderiam ser classificadas como paraestatais. 
Devemos adotar a lição da Profª. Maria Sylvia Di Pietro e do Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello. Eles consideram “entidades paraestatais” exclusivamente pessoas privadas, sem fins lucrativos, que exercem atividades de interesse público, mas não exclusivas de Estado, recebendo fomento do Poder Público, e que não integram a Administração Pública em sentido formal.
Esses autores, cuja doutrina vamos seguir nesse ponto, não enquadram nenhuma entidade integrante da Administração Pública como “paraestatal”.
TEM PREDOMINADO EM CONCURSOS PÚBLICOS O ENTENDIMENTO QUE O CONCEITO DE PARAESTATAIS INCLUI SOMENTE OS SERVIÇOS SOCIAIS (teoria de Celso Bandeira de Mello) 
1 – Serviços Sociais Autônomos (sistema “s”)
Serviços Sociais Autônomos, segundo Hely Meirelles, “são todos aqueles instituídos por lei, com personalidade de Direito Privado, para ministrar assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais, sem fins lucrativos, sendo mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições parafiscais. São entes paraestatais, de cooperação com o Poder Público, com administração e patrimônio próprios, revestindo a forma de instituições particulares convencionais (fundações, sociedades civis ou associações) ou peculiares ao desempenho de suas incumbências estatutárias”.
 Essas instituições, embora oficializadas pelo Estado, não integram a administração direta nem a indireta, mas trabalham ao lado do Estado, sob seu amparo, cooperando nos setores, atividades e serviços que lhe são atribuídos.
Essas entidades não prestam serviço público delegado pelo Estado, mas sim atividade privada de interesse público que o Estado resolveu incentivar e subvencionar.
Trata-se de um rótulo atribuído às pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da iniciativa privada, com algumas características peculiares.
Características :
-Pessoas Jurídicas de direito Privado
- criadas mediante autorização legislativa
-não tem fins lucrativos
-executam serviços de utilidade publica, mas não serviços públicos
-produzem benefícios para grupos ou categorias profissionais
-não pertencem ao Estado
-são custeados por contribuições compulsórias pagas pelos sindicalizados (art. 240 da CF), constituindo exemplos de parafiscalidade tributária (art. 7 CTN)
-os valores remanescentes dos recursos arrecadados constituem superávit, não lucro, devendo ser investidos nas finalidades essenciais da entidade
Os serviços sociais autônomos regem-se pelas normas do Direito Privado, no entanto, estão sujeitas a algumas normas publicitas:
· Observância dos princípios da licitação; (não fazem a licitação como a Administraçao Publica, o TCU entende que a entidade deve definir ritos próprios desde que não contrariem a lei 8666/96)
· São imunes a impostos incidentes sobre patrimônio, renda e serviços (art. 150, VI, c da CF)
· Possibilidade de seus dirigentes serem passíveis de mandado de segurança;
· Sujeição à ação popular;
· Equiparação de empregados aos servidores públicos para fins criminais e para fins de improbidade administrativa. 
Veja nesse vídeo o resumo das características das entidades paraestatais: https://youtu.be/tJwv4l1I-dU
Exemplos de serviços sociais paraestatais:
- serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI
-Serviço Social da Industria – SESI
- Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC
- Serviço Social do Comercio – SESC
- Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte – SENAT
- Serviço Social do Transporte – SEST
- Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE
- Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar
O último nome, e portanto, a letra final da sigla indica o ramo sindical a que o serviço Social está ligado, assim:
-terminação “I” – serviços ligados aos sindicatos da indústria;
-terminação “C” – serviços ligados aos sindicatos do Comércio;
-terminação “T” – serviços ligados aos sindicatos do Transporte;
-terminação “AE” – serviços ligados às micro e pequenas empresas;
-terminação “R” – serviços ligados ao setor rural;
 DICA DO PROFESSOR
A expressão “entidades paraestatais” foi inicialmente difundida no Direito Administrativo brasileiro como gênero que compreenderia as pessoas jurídicas de direito privado, criadas por lei, para a realização de serviços de interesse coletivo, sob normas e controle do Estado. 
Esse conceito, desenvolvido pelo Professor Hely Lopes Meirelles, abrangia, basicamente, as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Indireta (empresas públicas e sociedades de economia mista) e os chamados serviços sociais autônomos (SESC, SENAI, SESI etc.).
Entretanto, a inclusão das empresas públicas e das sociedades de economia mista entre as “entidades paraestatais” sempre foi criticada por autores importantes, uma vez que as empresas públicas e as sociedades de economia mista integram a Administração Indireta. Ora, “paraestatal” significa “ao lado do Estado”, “paralelo ao Estado”. Entidades paraestatais, etimologicamente, portanto, seriam aquelas pessoas jurídicas que atuam ao lado do Estado, sem com ele se confundirem. Ocorre que Administração Indireta é parte da Administração Pública. 
Logo, coerente seria, ou usar a expressão “entidades paraestatais” para designartodas as pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta, considerando “estatal” unicamente os entes federados, ou empregar o termo “entidades paraestatais” somente para pessoas jurídicas não integrantes da Administração Pública, tomando a noção de “estatal” como referente à “Administração Pública”. 
O que não soa consistente é escolher algumas das entidades integrantes da Administração Pública – aquelas que ostentem personalidade jurídica de direito privado – e classificá-las juntamente com outras pessoas jurídicas que não integram a Administração Pública (os serviços sociais autônomos), na mesma categoria.
Dessa forma, o tradicional conceito de “entidades paraestatais” (que compreendia as empresas públicas, as sociedades de economia mista e os serviços sociais autônomos) não tem sido adotado pelos principais administrativistas atuais (pelo menos principais para concursos).
As entidades paraestatais integram o chamado terceiro setor, que pode ser definido como aquele composto por entidades privadas da sociedade civil, que prestam atividade de interesse social, por iniciativa privada, sem fins lucrativos. 
O terceiro setor coexiste com o primeiro setor, que é o próprio Estado, e com o segundo setor, que é o mercado.(iremos analisar os setores da economia na próxima aula)
A partir da Reforma Administrativa, com a defesa das idéias liberais, dentre as quais a de que o Estado deve ser o menor possível, restringindo sua atuação exclusivamente às áreas em que seja indispensável a presença direta do Poder Público, as entidades paraestatais, integrantes do terceiro setor, têm sido fortalecidas. 
Com efeito, ao lado das figuras já existentes em nosso Direito (por exemplo, os serviços sociais autônomos), criaram-se entidades e regulamentaram-se institutos cuja finalidade precípua foi possibilitar e incentivar a prestação de serviços de interesse da coletividade por pessoas privadas, não integrantes da Administração Pública. 
Tais institutos, visam a permitir que o Estado participe do financiamento desses serviços, transferindo recursos públicos a essas entidades, e controle o atingimento de metas com as quais elas devem se comprometer.
Na próxima aula iremos analisar o terceiro setor e estas entidades que o compõem, juntamente com as paraestatais.
Assista um vídeo de 2 minutos explicando porque as paraestatais não integram a Administração\ publica:
https://youtu.be/E6x6tDMT3UI?t=22 
EXERCÍCIOS
1. O que são Entidades Paraestatais?
2. o que são serviços sociais autônomos?
NA PRÁTICA
 
Como visto, o fato de não existir um conceito legislativo de entidades paraestatais, é uma circunstância que desperta uma impressionante controvérsia doutrinária a respeito de quais pessoas
fazem parte da categoria das paraestatais.
 
Embora a controvérsia também tenha reflexos nas questões de prova, tem predominado em concursos públicos o entendimento de que o conceito de entidades paraestatais inclui somente os serviços sociais, na esteira da opinião sustentada por Celso Antônio Bandeira de Mello.
10 SAIBA +
Para saber mais sobre , veja o vídeo disponibilizado em: 
https://youtu.be/QN1xyL650qg?t=19 
 REFERÊNCIAS
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 34.ª edição. São Paulo: Malheiros, 2008. 
PESTANA, Marcio. Direito Administrativo Brasileiro. 4. ed. São Paulo: Elsevier, 2008. 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella de. Direito Administrativo. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
BRASIL. LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999. Lei do Processo Administrativo. Brasília,DF, Jan. 1999.Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9784.htm . Acesso em: 30 set. 2018.
MAZZA, Alexandre. Direito Administrativo. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 
MAZZA, Alexandre; NICHOLAS, Paulo. Administrativo # na Prática. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 26. Ed. São Paulo: Malheiros, 2009.
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente, Direito Administrativo Descomplicado. 24.ed. São Paulo:Método, 2016.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio de Janeiro:Lumen Juris, 2009.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. 3.ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2008.

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