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Direito Coletivo do Trabalho

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DIREITO COLETIVO DO TRABALHO
Professora: Ivani Contini Bramante
Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, Mestre o Doutora - PUC/ S
Professora da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo em Direito Coletivo e Direito Previdenciário
 Introdução. Liberdade sindical e OIT. Liberdade e organização sindical. Direito de greve. Negociação coletiva,convenções e acordos coletivos de Trabalho.
PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
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	DIREITO COLETIVO: á a parte do Direito do Trabalho que estuda as regras e princípios, institutos e instituições que regem as relações coletivas de trabalho entre as categorias profissionais e as categorias econômicas.
	Categoria profissionais: agrupamento de trabalhadores que exercem a mesma atividade ou profissão. São representados pelos Sindicatos de Empregados ou Sindicatos de Profissionais Liberais.
	Categoria econômica: agrupamento de empresários que exercem ao mesmo ramo de atividade econômicas. São representados pelos Sindicato de Empresas.
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
DIREITO COLETIVO - INTRODUÇÃO
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DIREITO COLETIVO - INTRODUÇÃO
	OBJETO DO DIREITO COLETIVO
	ORGANIZAÇÃO SINDICAL E OUTRAS FORMAS DE REPRESENTATAÇÃO DOS TRABALHADORES NA EMPRESA
	CONFLITOS COLETIVOS
	FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
	GREVE
	NEGOCIAÇÃO COLETIVA
	CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
DIREITO COLETIVO - INTRODUÇÃO
	CARATER INSTRUMENTAL DO DIREITO COLETIVO 
	As normas elaboradas para disciplinar o Direito Coletivo do Trabalho são instrumentais
	Fornecem aos grupos profissionais (trabalhadores) e aos grupos econômicos: 
	INSTITUIÇÕES: Sindicatos, Instituição Arbitral, Judiciário Trabalhista, etc, 
	INSTITUTOS: greve, negociação coletiva, arbitragem, etc 
	 INSTRUMENTOS TÉCNICOS : acordo e convenção coletiva
	DESIDERATO: 
	 para adequada composição dos conflitos coletivos de trabalho e 
	a possibilidade de auto-regulamentação dos interesses próprios.
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE 
DIREITO COLETIVO - INTRODUÇÃO
	São os grupos (profissionais e econômicos) que utilizando as instituições, institutos e instrumentos técnicos, criam direitos e novas condições de trabalho e emprego.
	O Direito Coletivo de Trabalho propicia: 
	o exercício da autonomia privada, pelos trabalhadores e empregadores, coletivamente considerados, 
	imprime o caráter progressista do Direito do Trabalho de melhoria da condição social dos trabalhadores
	CONFLITOS COLETIVOS
	DE INTERESSE: abstrato, de direito a ser criado ( reivindicação de melhoria da condição social, ex: reajuste salarial
	DE DIREITO: concreto, de direito posto ( lei ou acordo ou convenção coletiva) descumprido ex: mora salarial de todos os trabalhadores da empresa
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
LIBERDADE SINDICAL E OIT
	Convenção n. 87, da Organização Internacional do Trabalho: 
	trabalhadores e os empregadores, sem distinção de qualquer espécie, terão do direito de constituir, sem autorização prévia, organizações de sua escolha, bem como o direito de filiar a essas organizações, sob a única condição de se conformar com os estatutos das mesmas” (art. 2º); 
	as organizações de trabalhadores e de empregadores terão o direito de elaborar seus estatutos e regulamentos administrativos, de eleger livremente seus representantes, de organizar a gestão e a atividade dos mesmos e de formular seu programa de ação (art. 3º); 
	as autoridades públicas deverão abster-se de qualquer intervenção que possa limitar esse direito ou entravar o seu exercício legal (art. 4º);
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LIBERDADE SINDICAL E OIT
	OUTROS TEXTOS NORMATIVOS INTERNACIONAIS
 
	 Convenção n. 98, de 1949, sobre o direito de proteção contra atos de ingerência e condutas anti-sindicais ou direito de livre sindicalização, referindo-se às cláusulas de foro sindical, bem como o direito à negociação coletiva; 
	Convenção n. 135, de 1971, que dispõe sobre a proteção e prerrogativas dos representantes dos trabalhadores no local de trabalho;
	Convenção n. 151 (1972) sobre as relações de trabalho na administração pública e, o direito de sindicalização e de negociação coletiva dos servidores público;
	Convenção n. 154, de 1981 sobre o fomento à negociação coletiva;
	Convenções de n. 11 (1921) e 141 (1975) que tratam dos direitos sindicais dos trabalhadores rurais. 
	OBS: Brasil ratificou as de números 98, 135, 141 e 154 - não ratificou, portanto, e ainda, as Convenções n. 87 e n.151.
PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL 
	LIBERADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	artigo 8º da Carta Federal: É livre a associação profissional ou sindical observado o seguinte: 
	I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
	Principio não intervenção estatal na organização sindical
	Vedação de autorização estatal para fundação de sindicatos e de intervenção estatal na vida sindical (dissolver sindicatos, afastar dirigentes, arrecadar seus bens, fechar sindicatos, como acontecia no passado)
 
	Os sindicatos só podem ser dissolvidos por decisão judicial transitada em julgado (art. 5º,XVII, CF)
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	Dimensões liberdade sindical :
	direito humano fundamental 
	de associação 
	de filiação ( liberdade positiva, individual e coletiva) 
	desfiliação sindicais ( liberdade negativa, individual e coletiva)
	de organização (autogoverno) 
	de administração (autogoverno) , 
	de exercício das funções (atuação sindical) 
	direito à negociação e à contratação coletiva;
	direito de greve;
	direito de representação na empresa;
	direito de informação. 
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	artigo 8º, II, da Carta Federal – “é vedada a criação de mais de uma organização sindical representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial”;
	Princípio da unicidade Sindical por categoria e por base territorial
	Existem dois sistemas sindicais :
 
	pluralidade sindical :liberdade de escolha na constituição e associação sindical (Convenção 87 OIT)
	Unicidade sindical: sindicato único, sindicato protegido, sindicato obrigatório. Não há liberdade de escolha do modelo sindical. O modelo é imposto pelo Estado (adotado no Brasil) 
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	Estrutura de organização sindical (art 511,CLT,) – 
	por categoria econômica e profissional: o critério é a atividade econômica preponderante da empresa ou profissão
	por base territorial : municipal, intermunicipal, estadual. interestadual, nacional 
	vedada organização sindical : intercategorial (varias categorias) e
	por empresa
	 por um sistema confederativo: federações e confederações 
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	CONCEITO DE CATEGORIA
	CATEGORIA (art. 511, CLT): “é a expressão social daqueles empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos, ou profissionais liberais, que exercem , respectivamente, mesma atividade ou profissão ou atividade ou profissões similares ou conexas”.
	CATEGORIA ECONÔMICA (art. 511, § 1º, CLT): “a solidariedade de interesses econômico dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas forma o vinculo social básico que se denomina categoria econômica”.
 
	O critério de agrupamento é o ramo de atividade econômica idêntico, Ex: metalurgia. Ex: Sindicato das Empresas Metalúrgicas de São Paulo
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	CATEGORIA PROFISSIONAL ( art. 511, § 2º) : “A similitude de condições de vida, oriunda da profissão ou trabalho comum, em condições de emprego na mesma atividade econômica, similares ou conexas, compõe expressão elementar compreendida como categoria profissional “. 
	O critério de agrupamento é condição de emprego dos trabalhadores em empresas do mesmoramo de atividade econômica, ex: metalurgia. Ex: Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Metalúrgicas de São Paulo.
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	CATEGORIA PROFISSIONAL DIFERENCIADA (art. 511, § ): “é a que se forma dos empregados que exercem profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em conseqüência de condições de vidas singulares”.
	 
	O critério do agrupamento é a profissão exercida, ex: médico, engenheiro, advogado, motorista, etc. Ex: Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo.
	Uma empresa metalúrgica pertence à categoria econômica da metalurgia. Seus empregados, por trabalharem para esta atividade econômica pertencem á categoria profissional do ramo metalúrgico.
	Alguns empregados , embora trabalhem na empresa metalúrgica, possuem profissão diferenciada, especial ou regulamentada. São representados pelos sindicatos da profissão específica, 
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	CONCEITO DE SISTEMA CONFEDERATIVO:
	organização sindical em graus superiores, hierárquicos, estrutura vertical, piramidal composta de três níveis, a saber: sindicatos, federações e confederações, sempre por categoria.
	a legislação estabelece condições numéricas, profissionais e territoriais para a constituição de federações e confederações, exige, no mínimo cinco sindicatos para formar uma federação e, no mínimo três federações para formar uma Confederação. 
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINIDCAL
	Federações (art. 534, CLT): Associação de no mínimo 5 (cinco) sindicatos da mesma categoria profissional ou econômica
 
	 entidade sindical de grau superior. São constituídas por Estados. A base territorial de atuação é estadual.
	Confederações (art, 535, CLT) :Associação de no mínimo 3 (tres) federações da mesma categoria profissional ou econômica.
	 entidade sindical de grau superior. Terão sede na Capital da Republica. A base de atuação é nacional
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	Centrais Sindicais: é a associação de entidades sindicais de qualquer grau e de qualquer categoria.
	é uma associação sindical, intercategorial, de representação no âmbito nacional
	Foram reconhecidas pela Lei 11.648/2008, como entidades sindicais (novidade)
	A lei reconheceu apenas as centrais sindicais de trabalhadores. 
	Não previu centrais sindicais patronais ou de empregadores
	fazem parte do sistema sindical brasileiro
	Participam do rateio das contribuições sindicais compulsórias legais 
	 chamado imposto sindical.
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	RESUMO DO SISTEMA SINDICAL
	Centrais sindicais: topo da pirâmide, representação intercategarial nacional
	Federações: 3º grau, representação por categoria e base nacional
	Federações: 2º grau, representação por categoria e base estadual
	Sindicatos: 1º grau, representação por categoria, de base mínima de um Município
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
	 art. 8º, III, da Carta Federal: ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões administrativas;
	Princípio da representatividade direcionada 
	Autorização genérica de representação da categoria, composta por trabalhadores sócios ou não do sindicato
	 representação frente ao Estado, ao empregador e à sociedade
	na esfera administrativa ou judicial
	defesa de interesses individuais e coletivos da categoria (interesses abstratos, de criação de direitos novos)
	Defesa de direitos individuais e coletivos da categoria (direito concreto)
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	Art. 8º, IV da Carta Federal: “a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para o custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independente da contribuição prevista em lei”; 
	Principio das fontes de custeio sindical
	Espécies de contribuições sindicais : 
	 contribuição sindical confederativa, 
	 contribuição sindical legal, compulsória (imposto sindical), 
	contribuição sindical assistencial ou negocial, 
	Contribuição sindical associativa
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	Contribuição confederativa :
	 
	previsão constitucional (art. 8º, IV, CF)
	 
	fixada em assembléia quanto ao valor e periodicidade.
	os sindicatos cobram dos sócios e não sócios
	 o Supremo Tribunal Federal entende que é devida só pelos sócio
	(Sumula 666/STF)
	É descontada em folha de pagamento do trabalhador conforme previsão constitucional
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	CONTRIBUIÇÃO SINDICAL LEGAL (IMPOSTO SINDICAL)
	Prevista em lei (art. 578 e ss. CLT)
	 a cargo dos trabalhadores, correspondente a um dia de salário do trabalhador ( art. 580, I CLT) ;
	 a cargo das empresas, em percentual sobre o capital social da empresa ( art. 580, III, CLT). 
	DESTINAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO (art. 589, CLT): 
	5% para as confederações respectivas
	15% para as federações
	60% para os sindicatos
	10% para as centrais sindicais (novidade Lei 11.648/2008)
	10% para o Estado
	É descontada em folha de pagamento do trabalhador, independente de autorização expressa (art. 545, CLT) l 
	na hipótese de inexistência de sindicato representativo de categoria ou profissão, em dada base territorial, a contribuição é destinada à Federação, e na falta, à Confederação ( art. 590, CLT)
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	Contribuição assistencial ou negocial
	Prevista em convenção ou acordo coletivo de trabalho 
	Fixada pela assembléia de trabalhadores e de empregadores para suportar aos gastos com a negociação coletiva.
	Os sindicatos cobram dos sócios e não sócios. O TST só é devida pelos sócios, tendo em vista a liberdade de associação sindical.
	pode ser descontada em folha de pagamento do trabalhador quando expressamente autorizado (art. 545, CLT)
	Contribuição associativa (mensalidade associativa)
	Prevista no estatuto do sindicato, 
	é devida só pelos sócios. 
	Pode ser descontada em folha de pagamento quando autorizada pelo trabalhador (art. 545, CLT)
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	Art. 8º, V da Carta Federal : “ninguém será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado a sindicato”;
	Principio a liberdade individual e coletiva,
	Liberdade do trabalhador e empregador, no plano individual, se associar ao sindicato. 
	É uma vez formado o sindicato, este se associar em federações, confederações, centrais sindicais, e filiar-se às entidades sindicais internacionais
	Principio da liberdade sindical positiva e negativa. 
	Positiva: de associar-se e de manter-se associado. Negativa, de não se associar e de se desligar do sindicato a qualquer tempo 
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	 art. 8º, VI, da Carta Federal: “é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho”;
	Principio do direito à negociação à contratação coletiva e do dever de negociar. 
	É necessária a participação dos sindicatos nas negociações coletivas.
	conjugar com art. 7º, XXVI, CF que estabelece :“são direitos dos trabalhadores, urbanos e rurais, além de outros de visem à melhoria da sua condição social: o reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho”.
	O Sindicato quando provocado não pode se recusar à negociação ( art. 616, CLT). Exceção: art. 617, da CLT: se o sindicato se recusar a assumir a negociação coletiva pretendida pelos trabalhadores estarão autorizados a negociar diretamente com a empresa.
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	Art. 8º, VII, Carta Federal :”o aposentado filiado tem o direito de votar e ser votado nas organizações sindicais”;
	Principio da liberdade sindical do aposentadoO art. 540, § 2º, da CLT, fixa apenas o direito de voto do aposentado associado.
	A Carta Federal ampliou o direito: votar e ser votado
	O aposentado–associado também tem o direito de ser eleito dirigente sindical
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	Art. 8º, VIII:, da Carta Federal: “é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
	 principio da estabilidade do dirigente sindical eleito, inclusive na condição de suplente 
	Período: desde o registro da candidatura até um ano após final mandato. Antes do registro da candidatura não há proteção ao trabalhador 
	Se o trabalhador for despedido por falta grave é necessária a apuração da falta mediante ação judicial trabalhista denominada de inquérito judicial ( art. 543, § 3º. CLT)
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	OUTRAS GARANTIAS DE LIBERDADE SINDICAL
	 (Convenção n. 98 da OIT): proteção contra atos perturbadores da liberdade sindical e do livre exercício dos direitos sindicais, no plano da organização e da ação sindical
 
	Art. 543,CLT: o empregado dirigente sindical não pode ser proibido de exercício de função sindical e;
	não pode ser transferido para local diverso da representação e atuação sindical
	Art. 543 § 1º, CLT: Transferência a pedido do trabalhador ou livremente aceita é considerada perda do mandato sindical
 
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LIBERDADE E ORGANIZAÇÃO SINDICAL
	Art. 5º caput e art. 7º, XXX, CF: Proibição de discriminação ou tratamento desigual por motivos sindicais
	Admissão apenas de empregado sindicalizado ( clausula closed shop);
	Preferência de admissão de sindicalizados ( preferencial shop);
	demissão apenas de empregados não sindicalizados (clausula open shop);
	Compromisso no ato da contratação de não filiação sindical (clausula yelow dog contract);
	Compromisso de criação de sindicato fantasma (company unions);
	Marca do sindicato nos produtos do empregador para publicidade de que há sindicalização na empresa (clausula label);
	Compromisso de sindicalização após contratação (union shop).
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 DIREITO DE GREVE
	DIREITO DE GREVE 
	 
	Art. 9º, da Carta Federal: “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”
	 § 1º: “A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade”.
	§ 2º : Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.”
PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
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DIREITO DE GREVE
	Regulamentação da greve: Lei 7783/89
	Definição legal da greve : art. 2º da Lei 7.783/89: “para fins desta lei, considera-se legitimo exercício de greve a suspensão coletiva temporária e pacífica, total ou parcial, da prestação pessoal de serviços ao empregador ”
	Greve: é o direito individual do empregado, de exercício coletivo, dirigida contra a empresa,
	Objetivo da greve: instrumento de pressão dos trabalhadores para forçar o empregador a atender as reivindicações de melhoria das condições de trabalho ou de cumprimento dos direitos assegurados.
	Espécies de greve quanto a finalidade: de reivindicação e de cumprimento
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DIREITO DE GREVE
	REQUISITOS DA GREVE
	EDITAL DE CONVOCAÇÃO DOS TRABALHADORES E ASSEMBLÉIA
	 Art. 4º, Lei 7783/89 : “ Caberá a entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto, assembléia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberar sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços”
	PRÉ-AVISO DE 48 HORAS AO EMPREGADOR
	 Art. 3º, § único, Lei 7783/89 “a entidade patronal correspondente ou empregadores diretamente interessados serão notificados, com antecedência mínima de 48 ( quarenta e oito) horas da paralisação”
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DIREITO DE GREVE
	PRÉ-AVISO DE 72 HORAS AO EMPREGADOR E AOS USUÁRIOS, NO CASO DE GREVE EM ATIVIDADE ESSENCIAIS À COMUNIDADE. 
	Art. 13, lei 7783/89: “ Na greve em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores,, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e usuários com antecedência mínima de 72 ( setenta e duas) horas da paralisação
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DIREITO DE GREVE
	MANUTENÇÃO DE EQUIPES PARA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ESSENCIAIS À COMUNIDADE
	Art.11, Lei 7783/89: “ Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados. De comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade”
	ATIVIDADES ESSENCIAIS: 
	Art. 11, Lei 7783/89: São necessidades inadiáveis da comunidade aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população
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DIREITO DE GREVE
	SERVIÇOS ESSENCIAIS
	Art. 10, Lei 7783/89: São considerados serviços essenciais
	I-tratamento e abastecimento de água, produção e distribuição de energia elétrica, gás, combustíveis
	II- assistência médica e hospitalar
	III- distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos
	IV- funerários
	V- transportes coletivo
	VI- tratamento e captação de esgoto e lixo
	VII- telecomunicações
	VIII- guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares
	IX- processamento de dados ligados a serviços essenciais
	X- controle de tráfego aéreo
	XI- compensação bancária
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DIREITO DE GREVE
	MANUTENÇÃO EQUIPE DE EMPREGADOS PARA MANUTENÇÃO DE MAQUINAS E EQUIPAMENTOS
	Art. 9º, Lei 7783/89: “Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividades equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resulte prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, maquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividade da empresa quando da cessação do movimento”
	Objetivo: evitar danos irreparáveis ao empregador e assegurar a pronta retomada das atividades do empregador
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
DIREITO DE GREVE
	GARANTIAS AO DIREITO DE GREVE
	PIQUETE PACÌFICO,
	DIREITO À ARRECADAÇÃO DE FUNDOS
	DIVULGAÇÃO DO MOVIMENTO (publicidade, panfletagem, carro de som, etc.
	Art. 6º, Lei 7783/89: “São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos:
	I- O emprego de meios pacíficos tendente a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem á greve;
	II- a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento”.
DIREITO DE GREVE 
	OUTRAS GARANTIAS AOS GREVISTAS E OS EFEITOS DA GREVE NO CONTRATO DE TRABALHO
 
	 SUSPENSÃO DO CONTRATO:
	 Art. 7º, Lei 7783/89: “Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais durante o período ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho
	Não são devidos os salários dos dias de greve, salvo negociação coletiva ou determinação judicial
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
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DIREITO DE GREVE
	OUTRAS GARANTIAS AOS GREVISTAS E OS EFEITOS DA GREVE NO CONTRATO DE TRABALHO
 
	VEDAÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL
	VEDAÇÃO DE CONTRATAÇÃO DE TRABALHADORES PARA SUBSTITUIÇÃO DOS GREVISTAS
	Art.7ª, § único, Lei 7783/89: “E vedada rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14”.
	EXCEÇÕES: dispensa por falta grave e contratação para manutenção de máquinas e atendimento dos serviços inadiáveis à Comunidade
	autorização para PROF. IVANICONTINI BRAMANTE
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DIREITO DE GREVE
	OUTRAS GARANTIAS AOS GREVISTAS E OS EFEITOS DA GREVE NO CONTRATO DE TRABALHO 
	VEDAÇÃO DE LOKOUT ( GREVE DO EMPREGADOR)
	Art. 17, Lei 7783/89: “Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar a a negociação ou dificultar o atendimento das reivindicações dos respectivos empregados (Lokout)”.
	 lokout significa: “trancar a fábrica” como forma de inibir as reivindicações ou a greve, como represália contra os trabalhadores. Diferença entre greve e lokout: a primeira é de iniciativa do trabalhador, a segunda, do empregador
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
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DIREITO DE GREVE
	LOKOUT DE EMPREGADOR QUE PRESTA SERVIÇOS PÙBLICOS
	Se o lokout for iniciado por empregador, que ostenta a condição de concessionário ou permissionário de serviços públicos (Ex: uma empresa de transportes coletivos urbanos), é cabível a apuração do ilícito civil, penal. trabalhista (art. 15, Lei 7783/89), sem prejuízo das demais penalidades cabíveis previstas em lei ou contrato , e ainda, a revogação da concessão pelo Poder Público. 
	LOKOUT E DIREITO AOS SALÁRIOS
	Art. 17, § único, Lei 7783/89: “A prática referida co caput assegura aos trabalhadores o direito à percepção dos salários durante o período de paralisação”.
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
DIREITO DE GREVE
	ATOS GREVISTAS NÃO PROTEGIDOS (ilícitos)
	PIQUETE VIOLENTO: atos de aliciamento e persuasão dos trabalhadores que não querem aderir a greve, com emprego de violência.
	BOICOTE: recusa infundada de colaboração dos trabalhadores com a empresa.
	OCUPAÇÃO DE ESTABELECIMENTO: esbulho possessório, invasão de propriedade alheia, sem autorização, como forma de protesto
	SABOTAGEM: manifestação consistente em adulteração ou destruição de bens e maquinários, de propriedade do empregador, como forma de protesto.
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
DIREITO DE GREVE
	GREVE ILEGAL E ABUSIVA
	Art. 14, Lei 7783/89
	que não obedece os requisitos da lei
	 iniciada na vigência de convenção ou acordo coletiva 
	mantida após celebração de convenção ou acordo coletivo, ou decisão da Justiça do Trabalho
	NÃO CONSTITUI ABUSO DO DIREITO DE GREVE
	art. 14, § único, Lei 7783/89
	I- que tenha por objetivo exigir cumprimento de cláusula ou condição; 
	II- seja motivada pela superveniência de fato novo ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
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ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	FORMAS DE SOLUÇÕES DE CONFLITOS COLETIVOS
	AUTOCOMPOSIÇÃO
 Mediação
 Conciliação
 Negociação: Acordo e Convenção Coletivos
	HETEROCOMPOSIÇÃO
 Arbitragem
 Solução jurisdicional: Dissídio Coletivo
	AUTODEFESA
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS DA NEGOCIAÇÃO COLETIVA
	Solução pacífica das controvérsias (preâmbulo da CF)
	Dignidade humana (art.1º, III, CF)
	Valor social do trabalho (art.1º, IV, CF)
	Livre iniciativa (art.1º, IV, CF)
	Igualdade (art.5º, CF)
	Reconhecimento da representatividade sindical (art. 8º, III, CF)
	Direito à negociação coletiva (art. 8º, VI, CF)
	reconhecimento dos acordos e convenções coletivas de trabalho (art.7º, XXVI, CF)
	Princípio da melhoria das condições de trabalho ou da negociação in mellius (art.7º, caput)
	Princípio da adequação ou negociação in pejus (art.7º, VI; XIII; XIV, CF)
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	DIREITO À NEGOCIÇÃO COLETIVA
	art. 7º, da Carta Federal: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
	art. 8º, III, da Carta Federal: “Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas”; 
	art. 8º, VI da Carta Federal: “é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho”
	A Carta Federal reconhece:
	o direito de melhoria da condição social dos trabalhadores
	o direito de negociação e contratação coletiva
	as funções sindicais de representação e negociação (dever de negociar)
	os sujeitos legitimados: Sindicatos
	A força normativa das convenções e acordo coletivos de trabalho
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ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	DEFINIÇÃO LEGAL DE CONVENÇÃO COLETIVA
	 art. 611, CLT : “ Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho”
	 DEFINIÇÃO LEGAL DE ACORDO COLETIVO
	 art. 611, § 1º, CLT: “ é facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas relações de trabalho”
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ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	LEGITIMIDADE NEGOCIAL DAS FEDERAÇÕES E CONFEDERAÇÕES
	art. 611, § 2º, CLT: “As Federações e, na falta destas, as Confederações representativas de categorias econômicas ou profissionais poderão celebrar convenções coletivas de trabalho para reger as relações das categorias a elas vinculadas inorganizadas em Sindicatos, no âmbito de sua representação”
	As Federações e Confederações coordenam as negociações ( em nível estadual e nacional, respectivamente) e representam os trabalhadores que não estão organizados em sindicatos.
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ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	 NATUREZA JURÍDICA DA CONVENÇÃO COLETIVA
 
	ACORDO DE CARÁTER NORMATIVO (corpo de contrato e alma de lei)
	é acordo porque emana da vontade dos trabalhadores e empregadores apurada em assembléia geral
 
	 é normativo porque se aplica a todos os trabalhadores e empregadores representados pelos respectivos Sindicatos ( sócios ou não dos Sindicatos). 
	Ainda, porque surte efeitos nos contratos individuais de trabalho vigentes ou nas futuras contratações cujos trabalhadores são indeterminados.
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 ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	SUJEITOS DA CONVENÇÃO COLETIVA
	Sindicatos dos Trabalhadores e Sindicato dos Empregadores
	Federações e Confederações (representando as categorias inorganizadas em Sindicatos 
	 CONTEÚDO DA CONVENÇÃO COLETIVA: condições de trabalho
	TIPOS DE CLAUSULAS (ART. 613, CLT)
	CLÁUSULAS NORMATIVAS: regras jurídicas que criam direitos e obrigações para os trabalhadores e empregadores. Ex: adicional noturno, cesta básica,reajuste salarial, jornada, etc. 
	CLÁUSULAS OBRIGACIONAIS: cláusulas contratuais que criam direitos e obrigações para os Sindicatos convenentes. Ex: dever de fornecer lista de nomes de empregados da empresa.
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ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	 APLICAÇÃO DA CONVENÇÃO COLETIVA: aos trabalhadores e empregadores no âmbito da representatividade dos respectivos sindicatos das categorias econômicas e profissionais
	no âmbito categorial da representatividade
	no âmbito territorial da representatividade
	no âmbito temporal : durante o prazo de vigência
	EFEITOS: 
	incidência direta e imediata nos contratos individuais vigentes e nas futuras contrataçõe
	efeitos erga omnes para todos os trabalhadores da categoria e efeitos individuais nos contratos.
	vigência temporária: vigora pelo prazo de vigência assinalado pelas partes ( a lei limita até 2 anos)
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ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	SUJEITOS DO ACORDO COLETIVO:Sindicatos dos Trabalhadores e Uma ou mais Empresas
	 CONTEÚDO DO ACORDO COLETIVO: condições de trabalho
	 APLICAÇÃO DO ACORDO COLETIVO: no âmbito da empresa eno âmbito temporal, durante o prazo de vigênciaEFEITOS : incidência direta e imediata nos contratos individuais de trabalho seja nos contratos vigentes e nas futuras contratações.
	DIFERENÇAS ENTRE ACORDO E CONVEÇÃO
	ACORDO: Sindicato e empresa (s) e aplicação no âmbito da empresa
	CONVENÇÃO: Sindicato de Trabalhadores e Sindicato Patronal e aplicação no âmbito das respectivas representatividades 
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ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	PROCEDIMENTO E REQUISITOS
	Assembléia: de aprovação da pauta de reivindicação e observância do quorum (art. 612, CLT)
	inicio das negociações entre as apartes (art. 616, da CLT)
	No caso de recusa à negociação, por uma das partes, é facultado o pedido de mesa redonda no Ministério do Trabalho.
	Persistindo a recusa é facultado o ajuizamento de ação de dissídio coletivo (art. 616, §1º e 2º, CLT) 
	Forma escrita e sem rasuras (art. 613, § único, CLT)
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ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	depósito da norma coletiva no Ministério do Trabalho para fins de registro e publicidade (art. 614, § 1º, da CLT)
	Publicidade na sede da empresa e sindicato (art. 614, §§ 1º e 2º, CLT)
	início da vigência: 3 dias após depósito no Ministério do Trabalho (art. 614, § 1º, CLT)
	Vigência: ou duração, prazo máximo de até 2 anos (art. 614, § 3º, CLT)
	O mesmo procedimento e requisitos são exigidos para os casos de prorrogação, revisão, revogação ou denúncia da Convenção Coletiva (art.615, CLT).
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
	
ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 
	 RELAÇÃO COM O CONTRATO INDIVIDUAL
	art. 619, CLT: “Nenhuma disposição de contrato individual de trabalho que contrarie normas de Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho poderá prevalecer na execução do mesmo, sendo considerada nula de pleno direito”
	A norma coletiva, uma vez vigente, passa a ser aplicável direta e imediatamente aos contratos individuais de trabalho,e deve ser cumprida.
	As condições de trabalho alcançadas por acordos e convenções coletivas de trabalho não incorporam em definitivo, nos contratos individuais de trabalho. Entretanto, integram o contrato de trabalho individual pelo período de vigência da norma coletiva.
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	RELAÇÃO COM O CONTRATO INDIVIDUAL
	 
	PREVISÃO DE MULTA NORMATIVA
	Art. 622, CLT: “Os empregadores e as empresas que celebrarem contratos individuais de trabalho, estabelecendo condições contrárias ao que tiver sido ajustado e, Convenção ou Acordo que lhes for aplicável, serão passíveis de multa neles fixada”.
	 O descumprimento pelo empregador das normas coletivas ajustadas com os Sindicatos ou execução de contrato individual de trabalho em desconformidade com a norma coletiva que assegura melhores direitos, sujeita o empregador nas multas previstas no Acordo ou Convenção Coletiva reversível ao trabalhador prejudicado.
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
	RELAÇÃO ENTRE ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA
	Art. 620 – As condições estabelecidas em Convenção, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo.
	PRINCIPIO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL: quando há conflito ou concorrência entre duas normas coletivas aplicáveis
	CRITÉRIOS PARA APURAÇÃO DA NORMA MAIS FAVORÁVEL
	 Teoria da acumulação (pinçamento e junção das normas favoráveis)
	 Teoria do conglobamento (obedece a unidade, o conjunto, de uma das norma coletivas, no seu todo)
	Teoria da incindibilidade dos institutos ( pinçamento de instituto por instituto em cada uma das normas coletivas).
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
ACORDO E CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
INCORPORAÇÃO DAS CLAUSULAS DAS NORMAS COLETIVAS NOS CONTRATOS INDIVIDUAIS DE TRABALHO
	Finda a vigência da Convenção Coletiva, as cláusulas não renovadas desaparecem ou se incorporam ao contrato individual do trabalho?
	CLÁUSULAS OBRIGACIONAIS: não incorporação
	CLÁUSULAS NORMATIVAS (Teorias)
	INCORPORAÇÃO : tese não aceita porque é contrária ao caráter de temporariedade da norma coletiva.
	NÃO INCORPORAÇÃO: cessada a vigência da norma coletiva, cessam de pleno direito, os seus efeitos. Tese adotada no Brasil . 
	Súmula 277/TST“As condições de trabalho alcançadas por força de sentença normativa vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os contratos”.
	INCORPORAÇÃO DE APENAS ALGUMAS CLÁUSULAS: casos de direito individualmente adquirido (ex: estabilidade acidentária)
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
 DIREITO DE SINDICALIZAÇÃO-DE GREVE – E DE NEGOCIÇÃO COLETIVA DOS SERVIDORES PUBLICOS CIVIS E MILITARES
	SERVIDOR PUBLICO MILITAR
	Art. 142,. § 5º, CF: aos militares são proibidas tanto a sindicalização quanto a greve
	SERVIDOR PUBLICO CIVIL
	SINDICALIZAÇÃO (art. 37, VI, CF): o servidor público civis têm direito a livre sindicalização
	GREVE (art. 37, VII, VF) : o servidor público civil têm o direito de greve que será exercício nos termos de lei específica. Referida lei não foi editada até agora. 
	O STF, em julgamento de mandado de injunção, decidiu que se aplica a Lei geral de Greve ( Lei 7783/89), aos servidores públicos enquanto não for editada a lei específica.
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
 DIREITO DE SINDICALIZAÇÃO-DE GREVE – E DE NEGOCIÇÃO COLETIVA DOS SERVIDORES PUBLICOS CIVIS E MILITARES
	NEGOCIAÇÃO E CONTRATAÇÃO COLETIVA: ao servidor público civil não foi garantido o direito de negociação e contratação coletiva, porque:
	 o art. 39, § 3º, CF ao remeter os direitos previstos no art. 7º, não menciona o inciso XXVI, que trata do reconhecimento dos acordos e convenções coletivas. 
	O art. 37, CF traz o princípio da legalidade, de modo que as condições de trabalho dos servidores públicos dependem de lei, de iniciativa do Chefe do Poder Executivo
	 O art. 169 §1º, CF comanda: qualquer vantagem, aumento de remuneração, criação de cargos, empregos e funções ou alteração na estrutura de carreira, admissão ou contratação de pessoal depende de previa dotação orçamentária
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
DIREITO COLETIVO
QUESTIONARIO DE APRENDIZAGEM
	 O que é sindicato?
	Quais os critérios legais para criação de Sindicatos?
	O que é categoria profissional?
	O que é categoria profissional diferenciada?
	Os profissionais liberais e os trabalhadores autônomos podem constituir sindicatos?
	O que é categoria econômica?
	Qual é a natureza juridica do Sindicato?
	O sindicato é pessoa juridica?
	Quais são os órgãos diretivos do Sindicato?
	Qual é a duração do mandato do dirigente sindical?
	Sob o ponto de vista territorial qual é o limite mínimo de representatividade sindical?
	O que é sistema confederativo sindical? 
	A sindicalização é obrigatória no Brasil?
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
DIREITO COLETIVO
QUESTIONARIO DE APRENDIZAGEM
	O que é liberdade sindical?
	Quais as espécies de contribuições sindicais?
	Como é distribuída ou rateada a contribuição sindical legal compulsória?
	A quem deverá ser paga a contribuição sindical na hipótese de inexistência de sindicato representativo de categoria ou profissão em dada base territorial?
	Quais as espécies de conflito coletivo de trabalho?
	Quais as formas de solução dos conflitos coletivos de trabalho?
	Qual é a definição de Convenção Coletiva de Trabalho?
	Qual é a natureza juridica da Convenção Coletiva de Trabalho?
	Quais são as diferenças entre Acordo Coletivo e Convenção Coletiva?
	Qual é âmbito de aplicação da Convenção Coletiva de Trabalho?
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
DIREITO COLETIVO
QUESTIONARIO DE APRENDIZAGEM
	Qual é o prazo máximo de vigência ou duração da Convenção Coletiva de Trabalho?
	Qual é o procedimento de prorrogação, revisão, revogação ou denuncia da Convenção Coletiva?
	Recusada a negociação coletiva pelo empregador, como deverá proceder o Sindicato dos Trabalhadores?
	O que é greve?
	O que é lokout?
	Qual é a diferença entre greve e lokout?
	Quais as espécies de greve quanto a sua finalidade?
	Quais são as garantias legais conferidas aos grevistas?Quais os efeitos da greve no contrato individual de trabalho?
	O que é greve ilegal?
	PROF. IVANI CONTINI BRAMANTE
DIREITO COLETIVO
QUESTIONARIO DE APRENDIZAGEM
	Quais os atos dos grevistas não compreendidos pela proteção constitucional e legal?
	Quais as limitações ao direito de greves ou requisitos a serem cumpridos para realização do movimento?
	O que são atividades ou serviços essenciais?
	Quais os direitos assegurados aos grevistas?
	O lokout é permitido pela legislação brasileira?
	Quais as penalidades aplicáveis se o empregador que comete o lokout for concessionário ou permissionário de serviços públicos, como por exemplo uma empresa de transportes coletivos urbanos?
	Quais são as conseqüências do lokout no contrato individual de trabalho?
	Os servidores públicos civis e militares tem direito à greve?
	PROF IVANI CONTI NI BRAMANTE

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