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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO –Parte II Profª Me. Manuela Andrade Ventilometria; Manovacuometria; Oximetria; Capnometria. Ventilometria Ventilometria Avalia volumes e capacidades pulmonares VM VC VVM – Índice de Tobin CV 4 VOLUMES E CAPACIDADES PULMONARES Ventilômetro Ramo Expiratório Ramo Inspiratório Litros Mililitros Ventilometria Parâmetros mensurados: Volume Minuto Paciente respiração normalmente por um minuto e encontramos: Vm= Vc x FR Volume Corrente: 6-8ml/Kg Volume minuto= 5-7l/min solicitada uma respiração normal e tranquila por um minuto, para o registro do volume minuto e da frequência respiratória, verificada através da observação direta dos movimentos torácicos e acompanhada por um cronômetro. Para o cálculo do volume corrente foi utilizada a equação: VC = VM/FR. Para a mensuração da Capacidade Vital Lenta (CVL), pedia-se à voluntária que realizasse uma inspiração máxima e, em seguida, expirasse lentamente através do ventilômetro, sem fazer esforço, até a capacidade residual. Essas variáveis funcionais ventilatórias foram comparadas com os valores de normalidade 7 Ventilometria Ventilação Voluntária Máxima (VVM) É o maior volume de ar que o indivíduo pode mobilizar em um minuto com esforço voluntário máximo Paciente respira o mais rápido possível por 10 a 12 segundos, multiplicando o valor por 6 ou 5, respectivamente Homens: (81 x altura) - (0,57 x idade) - 5,5 Mulheres: (133 x altura) - (1,26 x idade) - 21,4 Ventilometria Capacidade vital (CV) Corresponde ao maior volume de ar mobilizado: Volume corrente (VC) + Volume de reserva inspiratório(VRI) + Volume de Reserva Expiratório(VRE) Realiza inspiração máxima seguida de uma expiração máxima Homens:(5,8 x altura) + (0,025 x idade) - 4,24 Mulheres: (4,5 x altura) + (0,024 x idade) - 2,85 Capacidade Vital=65-75 ml/Kg Ventilometria -Técnica Posicionamento: Fowler 45º Inspiração profunda Pausa inspiratória de 3 a 5 segundos Destrava o aparelho - expiração lenta máxima até nível de capacidade residual Trava o aparelho ao final da expiração Ventilometria na UTI Ventilometria na UTI Volume minuto encontrado: 3400 ml ou 3,4 l Para VC faz-se: VM/ FR Ventilometria Indicações Pré-operatório Controle da Ventilação Mecânica Pacientes Neurológicos Desmame Ventilatório Manovacuometria Manovacuometria Medida das pressões respiratórias: Avalia força dos mm. respiratórios (não invasivo, rápido, simples e seguro) Equipamento: Manovacuômetro Indicações: Acompanhamento e avaliação dos pacientes Determinação de carga para treinamento respiratório Avaliar condições e impacto de pacientes desnutridos, doenças pulmonares obstrutivas/restritivas, doenças neuromusculares, em ventilação mecânica como índice de desmame pré e pós operatório. Metodologia de medição da PImáx e Pemáx Pressão inspiratória a partir do volume residual Pressão expiratória a partir capacidade pulmonar total Manovacuometria PIMÁX em um adulto jovem, na faixa de - 90 a - 120 cmH²O PEMÁX em um adulto jovem, na faixa de + 100 a + 150 cmH²O Manovacuometria Valores esperados: Homens: PImáx = - 0.80(idade) + 155,3 PEmáx = - 0.81(idade) + 165,3 Mulheres: PImáx = 0.49(idade) + 110,4 PEmáx = 0.61(idade) + 115,6 Manovacuometria Fraqueza: entre - 70 a - 45 cmH²O Fadiga: - 40 a - 25 cmH²O ou Falência muscular respiratória, menos do que - 20 cmH²O A capacidade de uma pessoa respirar com grandes volumes pulmonares e tossir efetivamente estarão sempre alterada se sua PIMÁX ou PEMAX estiverem abaixo de - 50 cmH²O Oximetria Medida contínua e não invasiva Método seguro, de baixo custo,desenvolvida em 1970 Medição da saturação de oxigênio É a quantidade de O2 fixado à hemoglobina Oximetria Oximetria-Curva de Dissociação da Hemoglobina Essa curva é estabelecida a partir da porcentagem de hemoglobina que está combinada ao oxigênio, para determinada pressão de oxigênio (PaO2) PaO2= pressão parcial de O2 dissolvido no plasma do sangue arterial PaO2 ideal=109- (0,43x idade) ±4 Oximetria-Curva de Dissociação da Hemoglobina Oximetria Indicações: avaliação pré-operatória de cirurgias ou acompanhamento de pacientes internados, de diferentes etiologias que possam ter comprometimento de oxigenação; atendimento na UTI durante VMNI e VM invasiva; durante desmame ventilatório; na presença de hipoxemia (medida menos confiável quando SaO2menor que 80%); durante a realização de procedimentos diagnósticos e cirúrgicos sob efeito de anestesia; durante atendimento domiciliar; durante teste de caminhada e exercício. Limitações Baixa perfusão tissular Choque Artefatos de mobilidade (tremores, calafrios) Edema Anemia (Hgb 5 g /dl) Esmaltes (azul,preto,verde, vermelho) Oximetria Capnografia Capnografia Mensuração e o registro gráfico do CO2 exalado no fim da expiração (PETCO2) Valor Normal: 35-37 mmHg Capnografia Fase 1= início da expiração, ar proveniente do circuito do ventilador e espaço morto anatômico; Fase 2= Elevação rápida da curva, representa interface entre o ar do espaço morto anatômico e ar alveolar (rico em CO2); Fase 3= Platô da curva, representa a saída do CO2 proveniente dos alvéolos. Há uma elevação gradual do CO2 exalado Capnograma - Normal Capnograma-Reinalação de Co2 Capnograma-Obstrução Capnografia Indicações da monitorização da PECO2 1. Localização e posicionamento do TOT e ventilação pulmonar adequada; 2. Aumento da produção de CO2 (aumenta PETCO2); 3. Estimar a PaCO2; 4. Hipo ou hiperventilação alveolar 5. Altas PEEP’s 6. Altos VC 34 Capnografia Casos Clínicos Casos Clínicos 1) Um paciente sexo masculino, com DPOC, 40 anos, internado na UTI há 3 dias, sob VMI em PSV (modalidade de desmame) via TOT, com um quadro de limitação ao fluxo aéreo expiratório, apresentando Pimáx: - 90 cm H2O; Pemáx: + 60cmH2O e com ausculta respiratória com redução dos sons respiratórios globalmente, sibilos inspiratórios e creptos precoces em AHT, com encurtamento da musculatura acessória. Diante do quadro descrito, responda: O paciente necessita de trabalho fisioterapêutico visando treino muscular? Qual musculatura deve ser trabalhado e por que? Que terapêutica você direcionaria para este paciente diante da ausculta apresentada? 2) Uma paciente, sexo feminino, 65 Kg, 1,60 m, 31 anos de vida, está internada na UTI há quinze dias após sofrer um TCE após um acidente de moto. Traqueostomizada, em uso de VMI em evolução de desmame ventilatório. Foi realizada ventilometria nesta paciente e encontrada uma CV= 3200 ml e uma Pemáx= 85 cmH2O. Esta paciente encontra-se em condições de fazer a descontinuidade da protese ventilatória no momento, diante do que foi colocado acima? Por quê? Casos Clínicos Lavf56.25.101
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