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Legislação e Normas Técnicas - Rana Plaza Segurança em Bangladech

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós Graduação ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Resenha Crítica de Caso 
José Roberto da Silva
Trabalho da disciplina Legislação e Normas Técnicas 
Tutor: Prof. Carlos Alberto Martins Ferreira 
Itápolis/SP 
2020
Rana Plaza: Segurança do Trabalho em Bangladesh (A)
Referência:
Quelch, John A., Rodriguez, Margareth L., Harvard Business School e Harvard T.H Chan School of Public Health, Rev. 20 de Fevereiro de 2015.
O texto retrata a falta de segurança nas indústrias têxtil em Bangladesh, especificamente o evento ocorrido em 24 de abril de 2013 em Dhaka, capital de Bangladesh, onde o edifício industrial de nove andares, da fábrica Rana Plaza desabou, ocasionando mais de 1.100 mortes, e deixando mais de 2.500 feridos.
As vitimas trabalhavam em 5 fábricas de vestuários alojadas no edifício, cujos clientes eram europeus, americanos e empresas canadenses.
Um dia antes, trabalhadores observaram rachaduras nas paredes, um engenheiro contratado pelo proprietário do edifício, havia considerado o local inseguro, recomendando a evacuação imediata das pessoas. Porem, naquele mesmo dia, um funcionário do governo disse que o edifício estava salvo, onde os funcionários do Banco Brac seguiram as orientações do engenheiro, porem os funcionários das fábricas foram informados a retornarem ao trabalho no dia seguinte, com risco de perderem o emprego.
Bangladesh havia se tornado o segundo maior exportador de vestuários. Isto levou ao crescimento da indústria de vestuário, resultado na construção rápida de fábricas, sem atendimento as regras de construção.
Após o desastre os clientes de marcas internacionais, governo local e estrangeiro, sindicatos e ONGs, iniciaram uma discussão sobre as responsabilidades, e a melhora das condições dos trabalhadores.
Algo deveria ser feito, pois a indústria de vestuário em Bangladesh era a grande força da economia, empregando 3,6 milhões de pessoas diretas, e 6 milhões de empregos indiretos, isto representava 13% do PIB.
O governo temia que as grandes marcas importadoras, procurassem outros países produtores, devido ao histórico negativo da segurança de suas fábricas e questões trabalhistas, isto se concretizou, após o embaixador dos EUA, compartilhar com a Associação de Exportadores e fabricantes de Vestuários de Bangladesh, uma chamada do CEO de uma das marcas americana, o qual apresentou a sua preocupação, quanto a reputação da sua empresa, a frente dos incidentes ocorridos.
Várias ONGs trabalhavam em melhorar as condições de trabalho e segurança nas fábricas, parcerias com multinacionais foram criadas para desenvolver lideres, e capacitar trabalhadores sobre as leis trabalhistas, seus direitos legais e comunicação.
As entidades governamentais não eram suficientes e equipadas para inspeção das fábricas, nem tão pouco impor normas de construção de fábricas não conformes. Outro ponto, era mudar a conduta do próprio parlamento de Bangladesh, os quais frequentemente comunicavam aos proprietários das fábricas sobre as irregularidades, porem nada se alterava, e medidas legais não eram tomadas, pois queriam manter uma boa relação com os proprietários.
A BGMEA, no dia seguinte ao desastre, anunciou a criação de três comissões para ajuda à família das vítimas mortas e tratamento aos feridos. Uma equipe de engenheiros foi definida para inspecionar as fábricas, onde 19 foram fechadas.
Foi identificado que nenhuma das fábricas que operavam em Rana Plaza, eram sindicalizadas, isso poderia ter salvado a vida dos trabalhadores, pois poderiam recusar-se a entrar no prédio. Outro ponto importante, foi a descoberta que, a auditorias multinacionais avaliavam somente questões trabalhistas, tais como, horas de trabalho e uso de trabalho infantil, não incluíam inspeções de estrutura e segurança.
Com isso, as multinacionais com operações em Bangladesh tinham várias alternativas em como responder a tragédia Rana Plaza.
A multinacional Walmart, decidiu continuar com as operações, realizando as inspeções de fábricas, mantendo seus registros de infrações privados, sem obrigações de alertar os riscos de segurança.
A Disney Corporation decidiu mudas suas operações para outros países de menor risco. Camboja, foi o país escolhido, os custos de produção seriam mais elevados, porém, diminuiria o risco de imprensa negativa, e até o trabalho irresponsável que manchariam sua marca.
O Consórcio Direitos dos Trabalhadores, um grupo de defesa com sede em Washington, DC, estimou que os custo para adequação das 5000 fábricas em Bangladesh, era de US$ 3 bilhões, pois cerca de 90% das fábricas necessitavam de reparos graves e até demolições.
Os donos das fábricas hesitaram em investir tal valor na melhoria da segurança, a mesmo que tivessem certeza que os clientes multinacionais não alterassem os contratos para baixo custo, por opção de menor segurança. Um estudo realizado pelo Banco Mundial, nas 10 maiores fábricas, sugeriu alguns benefícios de produtividade para as fábricas que estavam em conformidade com as normas internacionais do trabalho, o retorno sobre o investimento (ROI) para fabricas conformes seria 2,58, enquanto para as fábricas não conformes teria um ROI de 1,94.
Por fim, com os relatos e informações apresentadas neste texto, podemos concluir com certeza, que o melhor investimento, é na segurança do trabalho, pois as condições de saúde e bem estar dos colaboradores, refletem diretamente na produtividade, capacitação e qualificação de seus colaboradores caminham lado a lado. Os valores apresentados neste texto, mostram claramente que o investimento em segurança é a melhor maneira de prevenção. 
Custo para adequações das 5.000 fábricas em Bangladesh US$ 3 bilhões, US$ 600mil cada; 
Custo das indenizações do incidente em Rana Plaza, considerando as 5 fábricas que ocupava o edifício US$ 71 milhões.

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