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Unid 1_S1_Atos+processuais (1)

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Dos Atos processuais. 
CONCEITO DE ATO PROCESSUAL. 
● A conduta humana voluntária que tem relevância 
para o processo. 
● lsso afasta os atos irrelevantes e os que não se relacionem 
com o processo. 
● Os atos processuais distinguem-se dos atos jurídicos em 
geral em razão de sua ligação com um processo e a 
repercussão que têm sobre ele. 
● Não se confundem com os fatos processuais. 
OMISSÕES PROCESSUALMENTE 
RELEVANTES. 
● Os atos pressupõem atividade comissiva. Mas as omissões 
podem ser de grande relevância para o processo civil, porque 
a lei pode prever importantes consequências processuais. 
● A omissão só será processualmente relevante quando a lei 
determina a prática de determinado ato e impõe 
consequências para a sua não realização. Ex.: a omissão 
quanto ao ônus de oferecer contestação trará graves 
consequências processuais para o réu. 
 
Da prática eletrônica de atos 
processuais. 
O processo eletrônico. 
● A busca pela efetividade e duração razoável do processo 
deu ensejo ao uso de meios eletrônicos e de informatização 
do processo. 
● A Lei n. 11.280/2006 já havia acrescentado ao art. 154 do 
CPC de 1973 um parágrafo, autorizando os tribunais, no 
âmbito da respectiva jurisdição, a disciplinar a prática e a 
comunicação oficial dos atos processuais por meios 
eletrônicos, atendidos 
os requisitos de autenticidade, integralidade, validade 
jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves 
Públicas Brasileira- ICP - Brasil. 
 
 
O processo eletrônico. 
● Mas a informatização do processo judicial foi 
regulamentada pela Lei n. 11.419/2006, que tratou dos 
meios eletrônicos, da transmissão eletrônica e da assinatura 
eletrônica. 
● O art. 2° autoriza o envio de petições, de recursos e a 
prática de atos processuais em geral por meio eletrônico, 
com a utilização da assinatura digital, baseada em 
certificado digital emitido pela autoridade certificadora; ou 
mediante cadastro do usuário no Poder Judiciário, que 
permita a identificação do interessado. 
● O uso dos meios eletrônicos nos processos continua 
disciplinado por essa lei, mas o CPC, nos arts. 193 a 199, 
formula os princípios e regras gerais que devem ser 
observados. 
O processo eletrônico. 
● O art. 193 autoriza que os atos processuais sejam 
praticados, total ou parcialmente, por meio digital, na forma 
da lei. 
● Os sistemas de automação processual deverão 
respeitar o princípio da publicidade dos atos, o acesso e a 
participação das partes e seus procuradores, a garantia da 
disponibilidade, a independência da plataforma 
computacional e a acessibilidade e interoperabilidade dos 
sistemas, serviços, dados e informações que o Poder 
Judiciário administre no exercício de suas funções. 
● Nesses sistemas, todos os atos de comunicação 
processual - como a citação, intimações, notificações - serão 
feitas por meio eletrônico, na forma da lei. 
● Os arts. 8° a 13 da Lei n. 11.419/2006 regulamentam o 
uso de meios eletrônicos e digitais. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS 
PROCESSUAIS. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS. 
● O CPC utiliza a classificação que leva em conta o sujeito, 
distinguindo entre atos das partes e atos judiciais. 
Atos das partes. 
● De acordo com o art. 200 do CPC, os atos das partes 
consistem em declarações unilaterais ou bilaterais de 
vontade. 
● Os atos unilaterais são os mais comuns no processo: 
correspondem àqueles que a parte pratica sem necessitar da 
anuência da parte contrária. Por excelência, são os 
de postulação, como a petição inicial do autor e a 
contestação do réu, e os demais requerimentos que poderão 
fazer no curso do processo, como a apresentação de, réplica, 
o requerimento de provas, a interposição de recursos. 
● O exemplo mais comum de ato bilateral é a transação, que 
provocará a extinção do processo, com resolução de mérito. 
Para que o ato seja jurídico-processual, é preciso que 
produza efeitos no processo, consistentes na constituição, 
modificação ou extinção de direitos processuais (CPC,art. 
200). 
Pronunciamentos do juiz. 
● São enumerados no art. 203 do CPC: sentença, decisão 
interlocutória e despachos. 
● Esses são os pronunciamentos. 
● Além deles, o juiz pratica outros atos no curso 
do processo, como o interrogatório das partes, a colheita de 
depoimentos, a inspeção judicial e outros atos materiais. 
● Mas só os mencionados no art. 203 podem ser 
considerados 
pronunciamentos judiciais. Os demais são apenas atos 
materiais. 
Sentenças. 
● De acordo com o CPC, art. 203, § 1°, "ressalvadas as 
disposições expressas dos procedimentos especiais, 
sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com 
fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do 
procedimento comum, bem como extingue a execução". 
● O art. 485 trata da extinção do processo sem resolução de 
mérito. As hipóteses, se verificadas, porão fim ao processo. 
Já o art. 487 cuida de situações em que há resolução de 
mérito, quando, em caso de procedência, não se porá fim ao 
processo, 
mas à fase cognitiva em que a sentença foi proferida, 
prosseguindo-se oportunamente com a fase de cumprimento 
de sentença. 
Sentenças. 
● O conceito de sentença formulado pela lei vale-se de seu 
possível conteúdo (arts. 485 e 487), mas é determinado, 
sobretudo, pela aptidão de pôr fim ao processo, ou à sua 
fase cognitiva. 
● O conteúdo do pronunciamento não é determinante, pois, 
com a admissão do julgamento antecipado parcial do mérito, 
haverá também decisões interlocutórias de mérito. Mas elas 
não poderão ser confundidas com a sentença, porque, sendo 
interlocutórias, são proferidas no curso do processo, sem pôr-
lhe fim e sem encerrar a fase cognitiva. 
● O prazo para o juiz proferir sentença é de 30 dias (art. 226, 
III, do CPC). 
 
Sentenças. 
● O art. 204 ainda menciona, entre os pronunciamentos 
judiciais, os acórdãos, atribuindo essa denominação aos 
julgamentos dos Tribunais. São decisões proferidas 
por órgão colegiado. 
Decisões interlocutórias. 
● Tem conteúdo decisório. 
● Distingue-se das sentenças por seu caráter interlocutório, 
pelo fato de ser proferido no decurso de um processo, sem 
aptidão para finalizá-lo. E sem, ainda, pôr fim à fase 
de conhecimento em primeiro grau de jurisdição. 
● Diferem dos despachos porque estes não têm conteúdo 
decisório e não podem trazer nenhum prejuízo ou gravame às 
partes. Se o ato judicial for capaz de provocar prejuízo e não 
puser fim ao processo ou à fase de conhecimento, será 
decisão interlocutória, e não despacho. 
● O prazo para que o juiz profira decisões interlocutórias é de 
10 dias. 
Despachos de mero expediente. 
● São aqueles que servem para impulsionar o processo, mas 
não tem conteúdo decisório, sendo inaptos para trazer 
prejuízos às partes. Se o juiz abre vista a elas, se dá ciência 
de um documento juntado aos autos, se determina o 
cumprimento do acórdão ou se concede prazo para que as 
partes indiquem quais provas pretendem produzir, haverá 
despacho, contra o qual não caberá recurso, porque não há 
interesse para a interposição. 
 
Despachos de mero expediente. 
● Mas um ato judicial que normalmente seria despacho pode 
assumir a condição de decisão, se dele puder advir prejuízo. 
Por exemplo: a remessa dos autos ao contador em regra é 
despacho. Mas, se o juiz determiná-la para instituir uma 
liquidação por cálculo do contador, que não mais existe, 
retardando com isso o início da execução, o prejudicado 
poderá agravar. 
● O prazo para que o juiz profira despachos no processo é de 
cinco dias. 
Requisitos dos atos 
processuais. 
Requisitos gerais quanto ao lugar. 
● Os atos processuais são praticados, em regra, na sede do 
juízo (CPC, art. 217); mas nem sempre, havendo numerosas 
exceções, como: 
→ os atos de inquirição de pessoas que, em homenagem ao 
cargo que ocupam, podem ser ouvidas em sua residência ou 
local em queexercem suas funções (CPC, art. 454); 
→ os atos que têm de ser praticados por carta; 
→ os atos relativos à testemunha que, em razão de 
dificuldades de movimento ou locomoção, tem de ser ouvida 
em seu domicílio. 
Requisitos gerais quanto ao tempo. 
● Os atos processuais devem ser praticados em um 
determinado prazo, em regra, sob pena de preclusão. 
● Não há preclusão para que o juiz pratique os atos do 
processo 
e emita os pronunciamentos que lhe incumbem, mas, se 
desrespeitado o fixado por lei, ele ficará sujeito a sanções 
administrativas (prazos impróprios). 
● O art. 235 enumera o procedimento a ser tomada pela 
parte, pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, em 
caso de atraso injustificado do juiz. 
● O tempo no processo pode ser examinado por dois ângulos: 
o referente ao momento, à ocasião do dia, do mês e do ano 
em que os atos podem ser praticados; e os prazos que os 
participantes do processo deverão observar. 
Ocasião para a prática dos atos processuais. 
● Os atos processuais devem ser praticados nos dias úteis, 
que não são feriados. 
● De acordo com o CPC, art. 216, são feriados os sábados e 
domingos e os dias declarados tais por lei, que incluem 1° 
de janeiro, 21 de abril, 1° de maio, 7 de setembro, 12 de 
outubro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro. 
● São feriados forenses o dia 8 de dezembro (Dia da Justiça), 
a terça-feira de Carnaval e a Sexta-Feira Santa, bem como os 
dias em que não haja expediente forense. 
● Há ainda feriados específicos da Justiça Federal, feriados 
estaduais e municipais. 
Ocasião para a prática dos atos processuais. 
● Durante o dia, os atos processuais podem ser realizados 
das 6h00 às 20h00, mas o art. 212 do CPC estabelece 
algumas exceções: 
● Quando, iniciados antes do limite do horário, não puderem 
ser concluídos e o adiamento puder ser prejudicial; ou 
quando tratar-se de citação, intimação e penhora, que 
poderão realizar-se durante as férias forenses onde houver, 
em dias não úteis, ou fora do horário normal, 
independentemente de autorização judicial. 
 
Ocasião para a prática dos atos processuais. 
● As leis de organização judiciária, de âmbito estadual, têm 
autonomia para estabelecer horários do fechamento do 
protocolo, o que terá grande relevância sobre os prazos 
processuais em autos não eletrônicos, já que a petição ou 
manifestação da parte deve ser protocolada até a última hora 
do último dia do prazo. 
● Em São Paulo, o protocolo fecha às 19h00, e as petições em 
autos não eletrônicos têm de ser apresentadas até essa 
hora. 
● A prática eletrônica do ato processual pode ocorrer em 
qualquer horário até as 24h00 do último dia do prazo. 
● Os atos externos -como citações e intimações - poderão 
estender-se até as 20h00, ou até mais tarde, nas hipóteses do 
art. 172. 
Férias forenses. 
● A Emenda Constitucional n. 45 acrescentou à Constituição 
Federal dispositivo (art. 93, XII) que extinguiu a possibilidade de 
férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau. Com isso, 
desapareceram as férias coletivas nesses órgãos, razão pela qual 
não tem eficácia o disposto nos arts. 214 e 215, ambos do CPC, 
naquilo que diz respeito a férias, em relação aos processos que 
tramitam nessas instâncias. 
● Mas pode haver férias forenses nos tribunais superiores, período 
no qual não são praticados atos processuais (CPC, art. 214). Essa 
regra, porém, não é absoluta, pois existem certos atos que podem 
ser praticados durante as férias e alguns processos que, nesse 
período, correm regularmente, não se suspendendo pela 
superveniência delas. 
Férias forenses. 
● É preciso distinguir então entre aqueles processos que 
correm ou não durante as férias. Mesmo nestes, há alguns 
atos excepcionais, os de urgência, que a lei autoriza sejam 
praticados, apesar de suspenso o processo. 
● Os atos que, em qualquer tipo de processo, podem ser 
praticados nas férias são os mencionados no art. 212, § 2° 
(citações, intimações e penhoras), e as tutelas de urgência. 
● Os processos que não se suspendem com a superveniência 
das férias são os de jurisdição voluntária; os necessários 
para a conservação de direitos, quando puderem ser 
prejudicados pelo adiamento; as ações de alimentos e os 
processos de nomeação ou remoção de tutor e curador; e os 
demais processos que a lei determinar (art. 215). 
Dos prazos para a prática dos 
atos processuais. 
Dos prazos para a prática dos atos 
processuais. 
● Para que o processo não se eternize, a lei estabelece um 
prazo para que os atos processuais sejam praticados. Por 
prazo entende-se a quantidade de tempo que deve mediar 
entre dois atos. 
● Quando a lei determina que o prazo para contestação é de 
quinze dias a contar da data da juntada aos autos do 
mandado de citação, estabelece o prazo para a prática do 
ato. Se for desrespeitado, o ato será intempestivo. 
Tipos de prazos processuais: 
Prazos próprios e impróprios. 
● Os prazos podem ser próprios (também chamados 
preclusivos) ou impróprios. 
● Os das partes (incluindo do Ministério Público quando atua 
nessa condição) e dos terceiros intervenientes, em regra, são 
próprios, têm que ser respeitados, sob pena de preclusão 
temporal, de perda da faculdade processual de praticar 
aquele ato. 
Nesse sentido, o CPC 233: "Decorrido o prazo, extingue-se o 
direito de praticar ou de emendar o ato processual, 
independentemente de declaração judicial, ficando 
assegurado, 
porém, à parte provar que o não realizou por justa causa". 
 
Tipos de prazos processuais: 
Prazos próprios e impróprios. 
● Mas alguns atos das partes e seus advogados não serão 
preclusivos. Por exemplo: 
● o de formular quesitos e indicar assistentes técnicos no 
prazo de quinze dias, quando for determinada prova pericial, 
pois há numerosas decisões do STJ que permitem a 
apresentação até o início dos trabalhos periciais; 
● o de restituir os autos, retirados do cartório; 
● o de indicar bens que possam ser penhorados. 
● Os prazos do juiz, de seus auxiliares e do Ministério 
Público, quando atua como fiscal da ordem jurídica, são 
impróprios, não implicam a perda da faculdade, nem o 
desaparecimento da obrigação de praticar o ato, mesmo 
depois de superados. 
 
Tipos de prazos processuais: 
Prazos próprios e impróprios. 
● O juiz não se exime de sentenciar, nem o Promotor de 
Justiça de se manifestar, porque foi ultrapassado o prazo 
previsto em lei. Da mesma forma, em relação aos auxiliares 
do juízo. 
● Mas se o Promotor de Justiça, ainda que fiscal da ordem 
jurídica, quiser recorrer, deve fazê-lo no prazo, sob pena de 
preclusão, já que o prazo de recurso é sempre próprio. 
Tipos de prazos processuais: 
Prazos dilatórios e peremptórios. 
● Tradicionalmente, costumava-se distinguir entre prazos 
peremptórios e dilatórios, sendo os primeiros aqueles 
cogentes, que não podiam ser modificados pela vontade das 
partes, e os segundos aqueles que podiam ser alterados por 
convenção 
das partes, desde que a alteração fosse requerida antes de 
eles vencerem e estivesse fundada em motivo legítimo, caso 
em que o juiz deveria fixar o dia de vencimento da 
prorrogação, respeitada a convenção. 
Tipos de prazos processuais: 
Prazos dilatórios e peremptórios. 
● Mas essa distinção tem pouca utilidade no sistema do CPC 
atual, diante do que dispõem os arts. 190 e 191, que não 
fazem nenhuma distinção entre prazos peremptórios ou 
dilatórios, permitindo que, por convenção, nos processos que 
admitem autocomposição, as partes capazes estipulem 
mudanças no procedimento e convencionem sobre os seus 
ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, podendo 
as partes, de comum acordo com o juiz, fixar um calendário 
para a prática de atos processuais quando for o caso. 
Tipos de prazos processuais: 
Prazos dilatórios e peremptórios. 
● Não havendo nenhuma restrição ao poder de convenção 
daspartes, exceto aquele estabelecido no parágrafo único do 
art. 190, mesmo os prazos anteriormente considerados 
peremptórios estarão sujeitos à alteração, por vontade das 
partes, sob a fiscalização do juiz. 
● Com isso, desaparece a utilidade da distinção entre prazos 
peremptórios e dilatórios, que era fundada exclusivamente na 
possibilidade de haver convenção das partes para modificá-
los. Como a lei não restringe esse poder em nenhum tipo de 
prazo, a distinção perdeu o sentido. 
Tipos de prazos processuais: 
Prazos dilatórios e peremptórios. 
● Na legislação anterior, essa classificação se justificava 
porque, dada a natureza pública do processo, era limitado o 
poder das partes de alterar prazos. Aqueles instituídos para 
comodidade dos litigantes poderiam ser alterados por eles, 
convencionalmente; os que eram estabelecidos para melhor 
andamento do processo eram cogentes 
e inderrogáveis. 
● O CPC atual, ainda que continue atribuindo natureza 
pública ao processo, não impede a convenção das partes 
sobre o procedimento e a negociação processual, desde que 
o processo admita autocomposição. Por isso, todos os prazos 
no processo atual podem ser objeto de alteração por 
convenção das partes, desde que haja controle judicial. 
Tipos de prazos processuais: 
Prazos dilatórios e peremptórios. 
● Sem a convenção das partes, o juiz tem poderes apenas 
para dilatar prazos processuais, adequando-os às 
necessidades do conflito de modo a conferir maior 
efetividade à tutela do direito (art. 155, VI). 
● Afora essa hipótese, em que a dilação decorre da 
necessidade do processo, só é dado ao juiz aumentar o 
prazo, por até dois meses, nas comarcas, seções ou 
subseções judiciárias, onde for difícil o transporte (art. 222). 
● O juiz pode também, sem a anuência das partes, reduzir os 
prazos meramente dilatórios. Os peremptórios. só se houver 
concordância da parte (art. 222, § 1°), sendo essa a única 
situação em que ainda permanece útil a distinção entre 
esses 
dois tipos de prazo. 
Contagem de prazo. 
● A contagem de prazo pode ser feita por anos, meses, dias, 
horas ou minutos: o prazo da ação rescisória é de dois anos; 
as partes podem convencionar a suspensão do processo por 
até seis meses; o de contestação é de quinze dias; para que 
a intimação das partes as obrigue ao comparecimento, é 
preciso que seja feita com 48 horas de antecedência; e o 
prazo para as partes manifestaram-se, nas alegações finais 
apresentadas 
em audiência, é de vinte minutos. 
● Os prazos são fixados por lei; na omissão desta, pelo juiz. 
● Se não houver nem lei nem determinação judicial, o prazo 
será de cinco dias (CPC, art. 218, § 3°). 
● Também pode ser fixado pelas próprias partes, por 
convenção, nos termos do art. 190 e 191 do CPC. 
Contagem de prazo. 
● Na contagem do prazo, exclui-se o dia do começo e inclui-
se o do vencimento, computando-se, na contagem do prazo 
em dias, apenas os dias úteis (art. 219). 
Por exemplo: se o réu é citado para contestar em quinze dias, 
o prazo corre da juntada aos autos do mandado de citação, 
porém a contagem não começa no dia da juntada, mas no 
primeiro dia útil subsequente. 
● O prazo será contado de maneira contínua, excluindo-se os 
dias não úteis, e se concluirá no final do expediente forense 
do 15° dia do prazo, considerados apenas os dias úteis. 
● Os que não forem dias úteis deverão ser excluídos do 
cômputo. 
 
Contagem de prazo. 
● Se a intimação for feita pelo Diário Oficial, a prazo 
começará a correr no primeiro dia útil seguinte à publicação. 
● Se for eletrônico, a publicação considera-se feita no 
primeiro dia útil subsequente à disponibilização da 
informação (art. 4°, § 3°, da Lei n. 11.419/2006). 
Suspensão e interrupção do prazo. 
● Distingue-se a suspensão da interrupção de prazo porque, 
na primeira, ele fica paralisado, mas volta a correr do ponto 
em que parou, quando incidiu a causa suspensiva. 
● Já a interrupção provoca o retorno do prazo à estaca zero, 
como se nada tivesse corrido até então. 
● Iniciada a contagem, o prazo não será suspenso, salvo a 
existência das hipóteses previstas no art. 313, I a VIII, do 
CPC, ou se houver algum obstáculo que impeça a parte de se 
manifestar, como, por exemplo, a retirada dos autos pelo 
adversário, a 
remessa deles ao contador, o movimento grevista que 
paralisa as atividades forenses. 
 
Suspensão e interrupção do prazo. 
● Mas não tem sido admitida como causa de suspensão a 
falha no serviço de remessa de intimações ao advogado pelo 
respectivo órgão ou entidade de classe. 
● As causas interruptivas são raras, podendo ser 
mencionadas duas: 
quando o réu requer o desmembramento do processo, em 
virtude de litisconsórcio multitudinário; 
e quando as partes opõem embargos de declaração. 
Alguns benefícios de prazo. 
Ministério Público, Fazenda Pública e Defensoria Pública 
● O Ministério Público (art. 180, caput), a Fazenda Pública 
(art. 183) e a Defensoria Pública (art. 186) gozarão de prazo 
em dobro para manifestar-se nos autos. 
● Esse dispositivo não ofende o princípio constitucional da 
isonomia, porque a quantidade de processos em que atuam 
é maior do que a comum, razão pela qual fazem jus a um 
prazo maior, para contestar e responder. 
● A Fazenda Pública, a que a lei se refere, abrange todas as 
pessoas jurídicas de direito público: União, Estados, 
Municípios, Distrito Federal, autarquias e fundações públicas. 
● Não têm privilégio de prazo as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de 
natureza privada. 
Alguns benefícios de prazo. 
Ministério Público, Fazenda Pública e Defensoria Pública 
● O Ministério Público tem o prazo maior, tanto na condição 
de parte como na de fiscal da ordem jurídica. 
Alguns benefícios de prazo. 
Litisconsortes com advogados diferentes 
● Quando houver litisconsortes que tenham diferentes 
procuradores, todos os prazos legais ser-lhe-ão contados em 
dobro: para contestar, recorrer, contrarrazoar e falar nos 
autos em geral. 
 ● É preciso que os procuradores sejam diferentes e que não 
pertençam ao mesmo escritório de advocacia (art. 229). A 
dobra de prazo não se aplica aos processos de autos 
eletrônicos {art. 229, § 2°). 
 ● Ainda que os litisconsortes tenham, cada qual, vários 
advogados, o prazo será simples se houver um que seja 
comum a todos. 
 
Alguns benefícios de prazo. 
Litisconsortes com advogados diferentes 
● Questão controvertida é a relacionada ao prazo de contestação, 
quando, citados os litisconsortes, não é ainda possível saber se 
todos contratarão advogados e se serão 
os mesmos. 
● Tem prevalecido o entendimento de que, se houver dois réus e 
um deles permanecer revel, ainda assim o outro terá prazo em 
dobro para contestar, porque não tinha como saber se o corréu 
contrataria ou não advogado. Nesse sentido: "Não me 
parece razoável que a parte, já sabedora de que atuará com 
advogado próprio, tenha de aguardar a defesa da outra- se existirá 
ou não - para que possa fruir do prazo em dobro, correndo o risco 
de, se o litisconsorte for revel, ter sua peça de defesa inadmitida 
por intempestiva" (RSTJ- 4• Turma, REsp 683.956, Rei. Min. Aldir 
Passarinho). 
Alguns benefícios de prazo. 
Litisconsortes com advogados diferentes 
● Não há necessidade de pedir ao juiz a dobra de prazo, que 
será decorrência automática da contratação de advogados 
distintos pelos litisconsortes. 
● Tem-se entendido que, se a constituição do advogado 
diferente ocorreu no curso do prazo, só correrá em dobro o 
restante. Assim, se o advogado novo for constituído no 10° 
dia de um prazo de quinze, somente os cinco faltantes serão 
dobrados. 
● Importante, ainda, a Súmula 641 do STF: "Não se conta em 
dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes 
haja sucumbido". 
 
Alguns benefícios de prazo. 
Litisconsortes com advogados diferentes● Tem prevalecido o entendimento de que o art. 229 do CPC 
não se aplica aos Juizados Especiais Cíveis, porque é 
incompatível com a celeridade que se exige do procedimento. 
Nesse sentido, aplica-se o Enunciado 123 do Fórum Nacional 
dos Juizados Especiais. 
● Aplicação cumulativa de mais de uma causa de dobra: 
Imagine-se que determinado processo tenha dois réus e que 
um deles seja a Fazenda Pública. Qual seria o prazo para 
manifestar-se nos autos? Se aplicarmos conjuntamente os 
arts. 183 e 229, ele seria multiplicado por quatro. Mas não é 
assim: se estão presentes as hipóteses de aplicação do art. 
183 e do art. 229, o juiz só aplicará uma delas. Portanto, 
apenas duplicará o prazo. 
Alguns benefícios de prazo. 
O art. 5°, §5°, da Lei n. 1.060/50 
● Os beneficiários da Justiça Gratuita não têm prazo especial 
em geral. Mas, quando patrocinados por órgãos públicos da 
assistência judiciária, como a Defensoria Pública e a 
Procuradoria do Estado, passam a ter em dobro todos os prazos 
para falar nos autos. 
● Não há ofensa à isonomia, porque tais órgãos atuam em 
grande quantidade de processos, o que justifica o benefício. 
● Equiparam-se, para os fins de dobra do prazo, aos órgãos 
públicos os entes que exercem funções equivalentes, como os 
Centros Acadêmicos de Universidades Públicas que, por força 
de convênio com o Estado, prestam serviço de assistência 
judiciária, mas não têm o benefício os advogados particulares, 
que atuam por força de convênio, prestando serviço de 
assistência. 
Da verificação dos prazos e das penalidades. 
Preclusão. 
● É mecanismo de grande importância para o andamento do 
processo, que, sem ele, se eternizaria. 
Consiste na perda de uma faculdade processual por: 
→ não ter sido exercida no tempo devido (preclusão 
temporal); 
→ incompatibilidade com um ato anteriormente praticado 
(preclusão lógica); 
→ já ter sido exercida anteriormente (preclusão 
consumativa). 
● Preclusão temporal: Os prazos próprios são aqueles que, 
se não respeitados, implicam a perda da faculdade de 
praticar o ato processual. Haverá a preclusão temporal para 
aquele que 
não contestou ou não recorreu no prazo estabelecido em lei. 
Da verificação dos prazos e das penalidades. 
Preclusão. 
● Preclusão lógica: Consiste na perda da faculdade 
processual de praticar um ato que seja logicamente 
incompatível com outro realizado anteriormente. Por exemplo, 
se a parte aquiesceu com a sentença e cumpriu o que foi 
nela determinado, não poderá mais recorrer (CPC, art. 
1.000). 
● Preclusão consumativa: O ato que já foi praticado pela 
parte ou pelo interveniente não poderá ser renovado. 
Se o réu já contestou, ainda que antes do 15° dia, não 
poderá apresentar novos argumentos de defesa, porque já 
terá exaurido sua faculdade. O mesmo em relação à 
apresentação de recurso: se já recorreu, ainda que antes do 
término do prazo, não poderá oferecer novo recurso ou novos 
argumentos ao primeiro. 
Da verificação dos prazos e das penalidades. 
Preclusão. 
● Preclusão "pro judicato“: Conquanto os prazos judiciais 
sejam impróprios, para que o processo possa alcançar o seu 
final, é preciso que também os atos do juiz fiquem sujeitos à 
preclusão. 
Não se trata de preclusão temporal, mas da impossibilidade 
de decidir novamente aquilo que já foi examinado. Não há a 
perda de uma faculdade processual, mas vedação de 
reexame daquilo que já foi decidido anteriormente, ou de 
proferir decisões incompatíveis com as anteriores. 
● O tema é de difícil sistematização, porque, no curso do 
processo, o juiz profere numerosas decisões, sobre os mais 
variados assuntos de direito material e processual. 
 
Da verificação dos prazos e das penalidades. 
Preclusão. 
● Nem todas estarão sujeitas à preclusão pro judicato. 
O juiz não pode voltar atrás nas que: 
→ deferem a produção de provas; 
→ concedem medidas de urgência; 
→ decidem matérias que não são de ordem pública, como as 
referentes a nulidades relativas. 
● Mas, mesmo nelas, o juiz poderá modificar a decisão 
anterior, se sobrevierem fatos novos, que justifiquem a 
alteração. E se a decisão foi objeto de agravo de instrumento, 
pode exercer o juízo de retratação, enquanto ele não for 
julgado. 
 
Da verificação dos prazos e das penalidades. 
Preclusão. 
● Há outras decisões que, mesmo sem recurso e sem fato 
novo, podem ser alteradas pelo juiz. Não estão sujeitas, 
portanto, à preclusão pro judicato. 
Podem ser citadas: 
→ aquelas que examinam matéria de ordem pública, como 
falta de condições da ação e pressupostos processuais, 
requisitos de admissibilidade dos recursos; 
→ aquelas em que há indeferimento de provas, porque, por 
força do art. 370 do CPC, o juiz pode, a qualquer tempo, de 
ofício, determinar as provas necessárias ao seu 
convencimento.

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