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Princípios da Administração

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1
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
PRINCÍPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO 
2
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
A Faculdade Multivix está presente de norte a sul 
do Estado do Espírito Santo, com unidades em 
Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova 
Venécia, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. 
Desde 1999 atua no mercado capixaba, des-
tacando-se pela oferta de cursos de gradua-
ção, técnico, pós-graduação e extensão, com 
qualidade nas quatro áreas do conhecimen-
to: Agrárias, Exatas, Humanas e Saúde, sem-
pre primando pela qualidade de seu ensino 
e pela formação de profissionais com cons-
ciência cidadã para o mercado de trabalho.
Atualmente, a Multivix está entre o seleto 
grupo de Instituições de Ensino Superior que 
possuem conceito de excelência junto ao 
Ministério da Educação (MEC). Das 2109 institui-
ções avaliadas no Brasil, apenas 15% conquistaram 
notas 4 e 5, que são consideradas conceitos 
de excelência em ensino.
Estes resultados acadêmicos colocam 
todas as unidades da Multivix entre as 
melhores do Estado do Espírito Santo e 
entre as 50 melhores do país.
 
MISSÃO
Formar profissionais com consciência cida-
dã para o mercado de trabalho, com ele-
vado padrão de qualidade, sempre mantendo a 
credibilidade, segurança e modernidade, visando 
à satisfação dos clientes e colaboradores.
 
VISÃO
Ser uma Instituição de Ensino Superior reconheci-
da nacionalmente como referência em qualidade 
educacional.
GRUPO
MULTIVIX
3
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
BIBLIOTECA MULTIVIX (Dados de publicação na fonte)
As imagens e ilustrações utilizadas nesta apostila foram obtidas no site: http://br.freepik.com
A599p Santos, Rhaiane Maria Andrade.
Princípios da administração / Rhaiane Maria Andrade Santos. - Serra : Multivix, 2017.
78f. ; 30 cm
Inclui referências.
1. Administração I. Título. Cavalcante, André Murilo de Souza (rev.). II. Faculdade Multivix – NeaD. III. Título.
CDD: 658.001
EDITORIAL
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA • MULTIVIX
Catalogação: Biblioteca Central Anisio Teixeira – Multivix Serra
2017 • Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão processados na forma da lei.
Diretor Executivo 
Tadeu Antônio de Oliveira Penina
Diretora Acadêmica
Eliene Maria Gava Ferrão Penina
Diretor Administrativo Financeiro
Fernando Bom Costalonga
Diretor Geral
Helber Barcellos da Costa
Conselho Editorial 
Eliene Maria Gava Ferrão Penina (presidente 
do Conselho Editorial)
Kessya Penitente Fabiano Costalonga
Carina Sabadim Veloso
Patrícia de Oliveira Penina
Roberta Caldas Simões
Revisão de Língua Portuguesa
Leandro Siqueira Lima 
Revisão Técnica
Alexandra Oliveira
Alessandro Ventorin
Graziela Vieira Carneiro
Juliana Lima Barboza 
Tatiana de Santana Vieira
Design Editorial e Controle de Produção de Conteúdo
Carina Sabadim Veloso
Maico Pagani Roncatto
Ednilson José Roncatto
Aline Ximenes Fragoso
Genivaldo Felix Soares
NEAD – Núcleo de Educação à Distância
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Pedagógico
Gestão Acadêmica - Coord. Didático Semipresencial
Gestão de Materiais Pedagógicos e Metodologia
Coordenação Geral de EAD
4
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
Aluno (a) Multivix,
Estamos muito felizes por você agora fazer parte 
do maior grupo educacional de Ensino Superior do 
Espírito Santo e principalmente por ter escolhido a 
Multivix para fazer parte da sua trajetória profissional.
A Faculdade Multivix possui unidades em Cachoeiro 
de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Nova Venécia, São 
Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória. Desde 1999, no 
mercado capixaba, destaca-se pela oferta de cursos 
de graduação, pós-graduação e extensão de quali-
dade nas quatro áreas do conhecimento: Agrárias, 
Exatas, Humanas e Saúde, tanto na modalidade 
presencial quanto a distância.
Além da qualidade de ensino já comprova-
da pelo MEC, que coloca todas as unidades do 
Grupo Multivix como parte do seleto grupo das 
Instituições de Ensino Superior de excelência no 
Brasil, contando com sete unidades do Grupo en-
tre as 100 melhores do País, a Multivix preocupa-
-se bastante com o contexto da realidade local e 
com o desenvolvimento do país. E para isso, pro-
cura fazer a sua parte, investindo em projetos so-
ciais, ambientais e na promoção de oportunida-
des para os que sonham em fazer uma faculdade 
de qualidade mas que precisam superar alguns 
obstáculos. 
Buscamos a cada dia cumprir nossa missão que é: 
“Formar profissionais com consciência cidadã para o 
mercado de trabalho, com elevado padrão de quali-
dade, sempre mantendo a credibilidade, segurança 
e modernidade, visando à satisfação dos clientes e 
colaboradores.”
Entendemos que a educação de qualidade sempre 
foi a melhor resposta para um país crescer. Para a 
Multivix, educar é mais que ensinar. É transformar o 
mundo à sua volta.
Seja bem-vindo!
APRESENTAÇÃO 
DA DIREÇÃO 
EXECUTIVA
Prof. Tadeu Antônio de Oliveira Penina 
Diretor Executivo do Grupo Multivix
5
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
SUMÁRIO
2UNIDADE
1UNIDADE INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO 10
2 TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO 13
2.1 TEORIA CIENTÍFICA 13
2.2 TEORIA CLÁSSICA 17
2.3 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS 20
2.4 TEORIA NEOCLÁSSICA 24
2.5 TEORIA BUROCRÁTICA 28
2.5.1 CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA 30
2.5.2 DESDOBRAMENTOS NEGATIVOS DA BUROCRACIA 31
2.6 TEORIA COMPORTAMENTAL 33
2.6.1 MOTIVAÇÃO HUMANA 34
2.7 TEORIA DE SISTEMAS 40
2.8 TEORIA CONTINGENCIAL 42
3 PROCESSO ADMINISTRATIVO 47
3.1 PLANEJAMENTO 48
3.2 ORGANIZAÇÃO 55
4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 59
4.1 DIREÇÃO 59
4.2 CONTROLE 62
5 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 67
5.1 CONCEITO DE ESTRATÉGIA 67
5.2 MISSÃO 72
5.3 VISÃO 73
5.4 VALORES 73
5.5 OBJETIVOS 73
3UNIDADE
4UNIDADE
5UNIDADE
6
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
6 CULTURA ORGANIZACIONAL 76
6.1 CLIMA ORGANIZACIONAL 77
6.1.1 TIPOS DE CLIMA ORGANIZACIONAL 78
6.2 CLIMA X CULTURA ORGANIZACIONAL 79
REFERÊNCIAS 81
6UNIDADE
7
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO 
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
GLOSSÁRIO
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
CURIOSIDADES
QUESTÕES
ÁUDIOSMÍDIAS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES
EXEMPLOS
CITAÇÕES
DOWNLOADS
8
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina Princípios da Administração tem como objetivo proporcionar a você, nos-
so aluno, a possibilidade de conhecer os fundamentos da administração, desde os 
mais remotos tempos até os tempos modernos. Suas teorias, seus processos organi-
zacionais e as principais ferramentas utilizadas nesses processos que variam em sua 
utilidade, podendo ser para planejar, executar, verificar ou corrigir os rumos de uma 
organização.
Cada etapa foi arquitetada para que tenha contato com os fundamentos teóricos 
concretos a respeito da ciência administrativa, suas implicações sobre a sociedade, 
no mundo dos negócios e consequentemente sobre cada pessoa na face do globo 
terrestre.
Em todo o trajeto, iremos lhe oferecer informações cruciaispara o correto entendi-
mento de toda fundamentação teórica da administração, discutiremos conceitos e 
concepções distintas sobre uma ciência que pode ser considerada a base de todo 
inventividade, inovação e crescimento de nossa sociedade. 
Esse não é um estudo contemplativo, logo você será conduzido pelo caminho das 
teorias organizacionais, que tem em seu complexo desenvolvimento as abordagens 
clássica, estruturalista, humanista, comportamental, sistêmica e contingencial. Poste-
riormente, vamos adentrar no ambiente organizacional, percebendo como ele atua 
e interfere nas organizações. Em último ponto, pretendemos que você obtenha o 
conhecimento de como podemos planejar, organizar, dirigir e controlar uma organi-
zação.
Para nós é um privilégio contar com sua presença nessa viagem estimulante e cheia 
de novidades. Seja bem-vindo e acredite, você é o responsável pelo seu sucesso, bus-
que-o com esforço e dedicação.
Bons estudos e muitas conquistas!
9
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Compreender os 
conceitos básicos da 
Administração de 
Pessoal;
> Perceber a 
importância da 
Administração na 
sociedade moderna;
> Apreender os 
fundamentos da 
Administração e 
o cenário em que 
surge.
UNIDADE 1
10
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO À 
ADMINISTRAÇÃO
O conceito de administração representa uma governabilidade, gestão de uma em-
presa ou organização de forma que as atividades sejam administradas com planeja-
mento, organização, direção, e controle. Montana e Charnov em 2003 asseveraram 
que o ato de administrar é trabalhar com e por intermédio de outras pessoas na bus-
ca de realizar objetivos da organização bem como de seus membros. 
 A administração tem uma série de características entre elas: um circuito de ativi-
dades interligadas, buscar de obtenção de resultados, proporcionar a utilização dos 
recursos físicos e materiais disponíveis, envolver atividades de planejamento, organi-
zação, direção e controle. 
Verifica-se que a administrar nos dias atuais é uma das mais complexas e completa 
ação do ser humano, pois contempla não somente a gestão de processos, ferramen-
tas e organizações, mas principalmente por envolver o gerenciamento de pessoas e 
o alcance de resultados por meio de pessoas. 
Para a completa compreensão do conceito e importância da administração, faz-se 
necessário entender como essa ciência chegou no contexto atual.
A Administração como ciência conforme Oliveira 2009, p.4, é o conjunto organizado 
de conhecimentos administrativos obtidos pela leitura, pela observação, pelas me-
todologias e técnicas administrativas desenvolvidas, bem como pela prática nas em-
presas.
Mesmo sofrendo influência de importantes marcas históricas como alguns filósofos, 
que segundo Chiavenato (2011), desde os tempos da Antiguidade, a Filosofia sugeriu 
muitos dos conceitos da Administração por meio de nomes como Sócrates, Platão, 
Karl Marx, dentre outros. Da Igreja Católica, por ser uma importante, complexa e gran-
de entidade, organizada de forma hierárquica e da organização militar que trouxe o 
conceito de estratégia (hoje muito utilizado e difundido no mundo dos negócios). Foi 
a Revolução Industrial que se tornou um divisor de águas para o conceito e relevância 
da Administração.
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
Com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e sua posterior 
aplicação à produção, surgiu uma nova concepção de trabalho que modificou com-
pletamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas 
mudanças de ordem econômica, política e social que, no lapso de um século, foram 
maiores do que todas as mudanças ocorridas no milênio anterior. (CHIAVENATO, p 
35. 2011)
Isso quer dizer que antes o que havia de produção artesanal, limitada e sem neces-
sidade de maiores investimentos e preocupações com marketing, vendas e prospec-
ção de novos clientes, visto que, havia uma limitação de comercialização, deu lugar 
à produção em massa e às organizações cada vez maiores e com enorme carência 
gerencial.
Surgiu então, alguns pesquisadores e teorias que juntas construíram os conceitos 
atuais da Administração.
12
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
OBJETIVO 
Ao final desta 
unidade, 
esperamos 
que possa:
> Perceber o 
momento histórico 
da administração 
científica;
> Apreender os 
fundamentos da 
administração 
científica e teoria 
clássica;
> Perceber a 
colaboração dos 
autores para a gestão 
atual de empresas.
UNIDADE 2
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
2 TEORIAS DA 
ADMINISTRAÇÃO
2.1 TEORIA CIENTÍFICA
No início do século XX, a Administração surge como uma ciência que mudaria a for-
ma de gerenciar e supervisionar uma empresa. Surge então a Escola de Administra-
ção Cientifica a qual teve como percussor o engenheiro americano Frederick Wilson 
Taylor, que levaria ao extremo suas ideias, bem como seus valores e crenças para o 
“chão de fábrica”, com o intuito de aumentar a eficiência industrial, tendo como fer-
ramenta primordial a observação e a mensuração dos tempos e movimentos, como 
forma de elevar os níveis de produtividade por meio das técnicas de engenharia in-
dustrial (CHIAVENATO, 2014).
Frederick Taylor explicava que há sempre um método mais fácil e rápido de execu-
tar uma tarefa e isso pôde ser observado quando o autor verificou que os operários 
aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por meio das observações 
dos companheiros vizinhos. Isso demonstrou que com observação e análise de dados 
à organização poderia produzir mais, para o patrão e também melhorar ao máximo 
a prosperidade do empregado (CHIAVENATO, 2014).
De acordo com Chiavenato (2011), essa era ficou conhecida como Organização Ra-
cional do Trabalho, que iria substituir métodos de trabalhos empíricos em métodos 
científicos. Ainda segundo o autor, tais métodos científicos foram fundamentados 
nos seguintes aspectos: 
1. Análise do trabalho e do estudo de tempos e movimentos, onde o trabalho é 
metodicamente analisado em toda sua esfera. Os movimentos desnecessários 
são eliminados e os movimentos úteis são simplificados, surgindo assim, o tem-
po médio que o operário leva para desenvolver uma tarefa. Há esse tempo mé-
dio é acrescentado os tempos considerados mortos (espera da matéria prima, 
necessidades pessoais do operário, etc.) para que possa chegar ao tempo pa-
drão, com a finalidade de padronizar o método de trabalho e também o tempo 
destinado a execução desse trabalho. 
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
Credenciada pela portaria MEC nº 767, de 22/06/2017, Publicada no D.O.U em 23/06/2017SUMÁRIO
O método padrão de produção traz algumas vantagens como: 
A. Elimina o desperdício de esforço humano e movimentos inúteis. 
B. Racionaliza a seleção dos operários e melhora a eficiência e rendimento da 
produção pela especialização da atividade. 
C. Facilita o treinamento dos operários e melhora a eficiência e rendimento da 
produção pela especialização das atividades. 
D. Distribui uniformemente o trabalho e evita períodos de falta ou excesso de 
trabalho. 
E. Define métodos e estabelece normas para a execução do trabalho 
F. Estabelece uma base uniforme para salários equitativos e prêmios de pro-
dução.
2. Estudoda fadiga humana baseado na anatomia e fisiologia humana, o qual 
possui uma tripla finalidade: evitar movimentos inúteis na execução da tarefa, 
executar economicamente movimentos úteis do ponto de vista fisiológico e re-
duzir a fadiga para aumentar a eficiência (princípios de economia de movimen-
tos). 
3. Divisão do trabalho e especialização do operário, onde há uma eliminação dos 
movimentos desnecessários, economizando assim energia e tempo e conse-
quentemente elevando a produtividade do operário. 
4. Desenho de cargos e de tarefas, que tem como finalidade criar, projetar e com-
binar cargos com o intuito de uma tarefa ser executada com os demais cargos 
existentes dentro da organização. Essa simplificação no desenho dos cargos 
permite algumas vantagens como: a admissão de empregados com qualifica-
ções mínimas reduz os custos de produção, minimização dos custos de trei-
namentos, redução de erros na execução do trabalho, minimizando os índices 
de refugos e retrabalhos, facilidade de supervisão, aumento da eficiência do 
trabalhador. 
5. Incentivos salariais e prêmios de produção, onde o operário é estimulado a pro-
duzir mais e também a ganhar mais pelos seus serviços, uma vez que, a remu-
neração baseada no tempo (salário mensal) não estimula ninguém a trabalhar 
mais. 
6. Conceito de homo economicus é analisado sob a ótica de que o homem procu-
ra o trabalho não porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a vida por 
meio do salário que o trabalho proporciona. 
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
7. Condições ambientais de trabalho, onde a eficiência depende não somente do 
método de trabalho e do incentivo salarial, mas de um conjunto de condições 
de trabalho que visam garantir o bem-estar do trabalhador, como: adequação 
de instrumentos e ferramentas de trabalho e equipamentos de produção para 
minimizar o esforço do operador, um arranjo físico das máquinas e equipamen-
tos para racionalizar o fluxo de produção, um ambiente de trabalho o qual os 
ruídos fossem minimizados e aumentasse o conforto do trabalhador, além de 
projetar instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores. 
8. Padronização que tinha como finalidade reduzir a variabilidade no processo 
produtivo e consequentemente eliminar o desperdício e aumentar a eficiência. 
Observa-se então que, a organização racional do trabalho, não surgiu apenas como 
mais uma teoria, mas como uma forma de executar melhor as tarefas do trabalho 
tendo como referência a observação no chão de fábrica. 
 De acordo com Chiavenato (2011) a preocupação de racionalizar as tarefas do traba-
lho, acabou dando origem a quatro princípios básicos, segundo Taylor, a saber: 
1. Princípio de planejamento – Substituir no trabalho a improvisação dos operários 
por métodos cientificamente comprovados, onde a improvisação dava lugar ao pla-
nejamento dos métodos de trabalho. 
2. Princípio de preparo – Esse princípio tinha como finalidade selecionar cientifica-
mente os trabalhadores de acordo com suas aptidões e treiná-los para produzir mais 
e melhor. 
3. Princípio do controle – Controlar o trabalho para certificar de que está sendo exe-
cutado de acordo com os métodos estabelecidos. 
4. Princípio da execução – Distribuir atribuições e responsabilidades para que a exe-
cução do trabalho seja disciplinada. 
Entende-se, então que esses princípios tornaram a empresa mais eficiente e também 
produtiva, algo que para a época era totalmente impensável. 
Ford adotou três princípios básicos para acelerar a produção. São eles: 
16
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
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1. Princípio de intensificação que se baseava na diminuição do tempo de dura-
ção com a utilização imediata dos equipamentos e a colocação dos produtos 
no mercado. 
2. Princípio de economicidade que era reduzir ao mínimo o volume de estoque 
da matéria prima em transformação, onde a velocidade de produção deve ser 
rápida e eficiente. 
3. Princípio de produtividade que tinha como função, aumentar a produção do 
homem no mesmo período por meio da especialização da linha de montagem. 
Nesse caso o empregado ganha mais e o empresário tem uma maior produção. 
4. 
Ford também adotou um sistema de controle operacional, bastante simples, basea-
do nos desvios padrões normais, onde tudo o que ocorre dentro dos padrões normais 
não deve ocupar demasiadamente a atenção do administrador, pois este deve estar 
preocupado com os as ocorrências que se afastam dos padrões. A esse princípio Ford 
denominou de exceção.
O interessante da teoria científica é o despertar da necessidade da organização do 
processo produtivo e a busca pela eficiência. Essa busca por eficiência resulta jus-
tamente em melhores condições de qualidade, preços mais acessíveis e melhoria 
contínua. Todavia a visão de Taylor em relação ao homem era ultrapassada e limitada,
A Administração Científica baseou-se no conceito de homo economicus, isto 
é, do homem econômico. Segundo esse conceito, toda pessoa é concebida 
com influenciada exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e 
materiais. Em outros termos, o homem procura o trabalho não porque gosta 
dele, mas como um meio de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho 
proporciona. (CHIAVENATO 2011, p. 61)
O conceito de homem econômico não se limitava somente ao conceito de recom-
pensas e a forma como o mesmo é influenciado. Esse conceito abrange também a 
ideia de que todo o trabalhador é preguiçoso e não se preocupa com a organização 
ou mesmo com a busca pela eficiência. Para Taylor o homem era uma extensão da 
máquina e a sua participação na empresa era limitada ao operacional. 
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FACULDADE CAPIXABA DA SERRA/EAD
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
2.2 TEORIA CLÁSSICA
Conforme Chiavenato 2011, p. 62, no início do século XX, surge a Abordagem Clássica 
da Administração. Duas são suas orientações, opostas entre si, mas que se comple-
mentam com relativa coerência:
1. De um lado, a Administração Científica que surge nos Estados Unidos, a partir dos 
trabalhos de Taylor, cuja preocupação era aumentar eficiência no nível dos operários. 
A ênfase é dada na análise e na divisão do trabalho do operário, vez que as tarefas do 
cargo e o titular constituem a unidade fundamental da organização. Assim, a abor-
dagem da Administração Científica é uma abordagem de baixo para cima (do ope-
rário para o gerente) e das partes (operários e seus cargos) para o todo (organização 
da fábrica). A predominância é para o método de trabalho, para os movimentos 
necessários à execução de uma tarefa e para o tempo padrão necessários para sua 
execução. O cuidado analítico e detalhista permitia a especialização do operário e o 
reagrupamento de operações, tarefas, cargos etc., que constituem a chamada Orga-
nização Racional do Trabalho (ORT) que é na verdade, uma engenharia industrial. A 
ênfase nas tarefas é a principal característica da Administração Científica. 
2. De outro lado, a corrente desenvolvida na França, com os trabalhos pioneiros de 
Fayol. A essa corrente chamaremos TEORIA CLÁSSICA. A preocupação era aumentar 
a eficiência da empresa através da forma e disposição dos departamentos e das suas 
inter-relações estruturais. Daí a ênfase estrutura e no funcionamento da organização. 
Assim, a abordagem da Teoria Clássica é uma abordagem inversa à da Administração 
Científica: de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo (organização) 
para os seus departamentos. A atenção é dada para a estrutura organizacional e com 
os elementos da Administração, com os princípios gerais da Administração e com a 
departamentalização.A síntese e a visão global permitiam a melhor maneira de sub-
dividir a empresa sob a centralização de um chefe principal. Foi uma corrente teórica 
e administrativamente orientada. A ênfase na estrutura é a sua principal característica. 
As origens da Teoria Clássica veem da Revolução Industrial e podem ser resumidas 
em dois fatos importantes, a saber: 
a. Os crescimentos rápidos e desorganizados das empresas, acarretando gradati-
va complexidade na sua administração e exigindo uma abordagem científica 
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e mais apurada que substituísse o empirismo e a improvisação até utilizadas. 
O tamanho das empresas leva à substituição das teorias de caráter de alcance 
médio e parcial. Com a grande empresa surgem as condições iniciais para a 
implantação do planejamento da produção, reduzindo a improvisação.
b. Com a substituição do capitalismo liberal pelos monopólios, inicia-se nos Esta-
dos Unidos, entre 1880 e 1890, a produção em massa. No intuito de se obter o 
melhor rendimento dos recursos disponíveis e fazer frente à concorrência e à 
competição entre as empresas, surge a necessidade de aumentar a eficiência 
e a competência das organizações, torna-se necessário evitar o desperdício e a 
economia da mão-de- obra. Surge a divisão de trabalho entre os que pensam e 
os que executam. Os primeiros determinam os padrões de produção, definem 
os cargos, fixam funções, definem métodos e normas de trabalho, criando as 
condições econômicas e técnicas para o a reestruturação das organizações. 
c. Uma grande variedade de empresas, com tamanhos diferenciados, problemas 
de baixo rendimento da maquinaria utilizada, desperdício, insatisfação genera-
lizada entre os operários, intensa concorrência, elevado volume de perdas por 
decisões mal formuladas etc., sugerem que os autores clássicos devam desen-
volver uma Ciência da Administração, cujos princípios, em substituição às leis 
científicas, pudessem ser aplicados para resolver os problemas da organização. 
Enquanto Taylor e outros engenheiros desenvolviam a Administração Cientifica nos 
Estados Unidos, em 1916 surgia na França, espalhando-se rapidamente pela Europa, 
a Teoria Clássica da Administração. Se a Administração Cientifica tinha ênfase na tare-
fa executada pelo operário, a Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura 
que a organização deveria possuir para ser eficiente. O objetivo de ambas as teo-
rias era o mesmo: a busca da eficiência das organizações. Segundo a Administração 
Cientifica, essa eficiência era alcançada por meio da racionalização do trabalho do 
operário e na somatória das eficiências individuais. Tratava-se de uma micro aborda-
gem ao nível individual de cada operário em relação à tarefa em uma visão analítica 
e detalhista. 
Na Teoria Clássica, partia-se de todo organizacional e da sua estrutura para garantir 
eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos (como seções, departa-
mentos etc.) ou pessoas (os executores de tarefas). A abordagem é bastante ampliada 
no nível da organização como um todo em relação à sua estrutura organizacional. 
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SUMÁRIO
A preocupação com a estrutura da organização como um todo constitui, sem dúvi-
da, uma substancial ampliação do objeto de estudo da TGA. Fayol, um engenheiro 
francês, fundador da Teoria Clássica da Administração, partiu de uma abordagem 
sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica 
e estrutura que rapidamente suplantou a abordagem analítica e concreta de Taylor. 
Henri Fayol (1841-1925), o fundador da Teoria Clássica, vivendo as consequências da 
Revolução Industrial e, mais tarde, da Primeira Guerra Mundial, nasceu em Constanti-
nopla, estabelecendo-se mais tarde na França. Graduou-se em engenharia de minas 
pela Escola Nacional de Saint Étienne, em 1860. Trabalhou toda a sua vida em me-
talúrgicas de fundição e carbonífera onde fez sua carreira. Fayol expôs sua Teoria de 
Administração no livro Administration lndustrielle et Générale, publicado em 1916, 
que o elevou à condição de um dos maiores colaboradores da teoria administrativa. 
Fayol salienta que toda empresa apresenta seis funções, a saber: 
a. Funções técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de serviços da em-
presa. 
b. Funções comerciais: relacionadas com a compra, venda e permutação. 
c. Funções financeiras: relacionadas com a procura e gerência de capitais. 
d. Funções de segurança: relacionadas com a proteção e preservação dos bens e 
das pessoas. 
e. Funções contábeis: relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e 
estatísticas. 
f. Funções administrativas: relacionadas com a integração de cúpula das outras 
cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais 
funções da empresa, pairando sempre acima delas. 
De acordo com Fayol as funções administrativas envolvem os cinco elementos da 
Administração: 
a. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação. 
b. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa. 
c. Comandar: dirigir e orientar o pessoal. 
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d. Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos. 
e. Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as 
ordens dadas. 
Estes são os elementos da Administração que constituem o chamado processo ad-
ministrativo. Estão presentes no trabalho do administrador em qualquer nível ou área 
de atividade da empresa. Em outros termos, o diretor, o gerente, os chefes, como o 
supervisor - cada qual em seu nível desempenha atividades de previsão, organização, 
comando, coordenação e controle, como atividades administrativas essenciais.
Figura 01: Funções Administrativas. 
2.3 TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
A Teoria das Relações Humanas (também denominada Escola Humanística da Ad-
ministração) surgiu nos Estados Unidos como consequência imediata das conclusões 
obtidas na Experiência de Hawthorne, desenvolvida pelo Australiano George Elton 
Mayo, diplomado em Lógica, Filosofia e Medicina. Foi basicamente um movimento 
de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração. 
As principais origens da Teoria das Relações Humanas são as seguintes: 
a. A necessidade de humanizar e democratizar a Administração, libertando-a dos 
conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos 
padrões de vida do povo americano. Nesse sentido revelou-se um movimento 
FUNÇÕES 
ADMINISTRATIVAS
FUNÇÕES 
TÉCNICAS
FUNÇÕES 
COMERCIAIS
FUNÇÕES 
FINANCEIRAS
FUNÇÕES 
SEGURANÇA
FUNÇÕES 
CONTÁBEIS
Prever
Organizar
Comandar
Coordenar
Controlar
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
tipicamente americano e voltado para uma democratização dos conceitos ad-
ministrativos. 
b. O desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a psico-
logia e a sociologia, bem como a sua crescente influência intelectual e suas 
primeiras tentativas de aplicação à organização industrial. As ciências humanas, 
gradativamente, passaram a demonstrar a inadequação dos princípios da Teo-
ria Clássica. 
c. As conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida entre 1927 e 1932, 
sob a coordenação de Elton Mayo, pondo em xeque os principais postulados da 
Teoria Clássica da Administração. 
Em 1927, o Conselho Nacional de Pesquisas iniciou uma experiência em uma fábrica 
da Western Eletric Company, situadaem Chicago, no bairro de Hawthorne, cuja fina-
lidade também era a de determinar a relação entre a intensidade da iluminação e a 
eficiência dos operários, medida com base na produção. Essa experiência se tornaria 
famosa, foi coordenada por Elton Mayo, e logo se estendeu também ao estudo da fa-
diga, dos acidentes no trabalho, da rotatividade do pessoal (turnover) e do efeito das 
condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos empregados. 
PRIMEIRA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE: Na primeira fase da experiência, 
dois grupos de operários que faziam o mesmo trabalho, em condições idênticas, fo-
ram escolhidos para experiência: um grupo de observação trabalhou sob intensidade 
de luz variável, enquanto o grupo de controle trabalhou sob intensidade constante. 
Pretendia-se conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento dos operários. To-
davia, os observadores não encontraram uma relação direta entre ambas as variáveis. 
Verificaram, desapontados, a existência de outras variáveis, difíceis de ser isoladas. 
SEGUNDA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE: Na segunda fase foram selecio-
nadas seis empregadas de nível médio – nem novatas, nem peritas – para constituírem 
o grupo experimental: cinco moças montavam os relés, enquanto a sexta fornecia as 
peças necessárias para manter o trabalho contínuo. As moças foram convidadas para 
participar na pesquisa e completamente esclarecidas quanto aos objetivos desta: de-
terminar o efeito de certas mudanças nas condições de trabalho (períodos de des-
canso, lanches, redução do horário de trabalho etc.). 
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Conclusões sobre a experiência: 
a. As moças alegavam gostar de trabalhar na sala de provas, porque era divertido 
e a supervisão branda lhes permitia trabalhar com mais liberdade em menor 
ansiedade; 
b. Havia um ambiente amistoso e sem pressões, no qual a conversa era permitida, 
aumentando a satisfação no trabalho; 
c. Não havia temor ao supervisor apesar de terem maior supervisão na sala de pro-
vas do que no departamento;
d. ouve um desenvolvimento social experimental, tornaram-se uma equipe; 
e. O grupo desenvolveu liderança e objetivos comuns.
 
TERCEIRA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE: Preocupados com a diferen-
ça de atitudes entre as moças do grupo experimental e as do grupo de controle, os 
pesquisadores aos poucos foram afastando-se do interesse inicial de verificar as me-
lhores condições físicas de trabalho e passaram a fixar definitivamente ao estudo das 
relações humanas no trabalho. Assim iniciou-se o Programa de Entrevistas. 
Esse programa compreendia entrevistar os empregados para obtenção de maiores 
conhecimentos sobre suas atitudes e sentimentos, ouvir suas opiniões quanto ao seu 
trabalho e quanto ao tratamento que recebiam, bem como ouvir sugestões que pu-
dessem ser aproveitadas no treinamento dos supervisores. O programa de entrevistas 
revelou a existência de uma organização informal dos operários, a fim de estes se 
protegerem contra aquilo que consideravam ameaças da administração contra se 
bem-estar. 
QUARTA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE: Escolheu-se um grupo experi-
mental para montagem de terminais para estações telefônicas, que passou a traba-
lhar em uma sala especial com idênticas condições de trabalho do departamento. 
O sistema de pagamento era baseado na produção do grupo, havendo um salário-
-hora com base em inúmeros fatores e um salário-mínimo horário, para o caso de 
interrupções na produção. Os salários somente podiam ser elevados se a produção 
total aumentasse. 
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SUMÁRIO
Assim que se familiarizou com o grupo experimental, o observador pôde constatar 
que os operários dentro da sala usavam de uma porção de artimanhas: logo que os 
operários montavam o que julgavam ser a sua produção normal, reduziam seu ritmo 
de trabalho. Relatavam a sua produção de tal forma que a produção em excesso de 
um dia pudesse ser somente acusada num dia deficitário, como também solicitavam 
pagamento por excesso de produção. 
Conclusões da Experiência de Hawthorne: Dentre as principais conclusões temos as 
seguintes: 
a. Nível de produção é resultante da integração social – verificou-se que o nível 
de produção não é determinado pela capacidade física ou fisiológica do empre-
gado, mas por normas sociais e expectativas que o envolvem. 
b. Comportamento social dos empregados – permitiu verificar que o comporta-
mento do indivíduo se apoia totalmente no grupo. 
c. As recompensas e sanções sociais: o Homem Social – constatou-se que os ope-
rários que produziam muito acima ou muito abaixo da norma socialmente de-
terminada perderam a afeição e o respeito dos colegas. O comportamento dos 
trabalhadores está condicionado a normas e padrões sociais. 
d. Grupos informais – a empresa passou a ser visualizada como uma organização 
social composta de diversos grupos sociais informais, cuja estrutura nem sem-
pre coincide com a organização formal da empresa. 
e. As relações humanas – cada indivíduo é uma personalidade altamente diferen-
ciada que influi no comportamento e atitudes dos outros com quem mantém 
contatos e é, por outro lado, igualmente influenciado pelos outros. 
f. A importância do conteúdo do cargo – a maior especialização (e, portanto a 
maior fragmentação) do trabalho não é uma forma mais eficiente de divisão do 
trabalho. 
A Teoria das Relações Humanas preocupou-se intensamente com o esmagamen-
to do homem pelo impetuoso desenvolvimento da civilização industrializada. Elton 
Mayo dedicou-se a estudar os problemas humanos, sociais e políticos decorrentes de 
uma civilização baseada quase exclusivamente na industrialização e na tecnologia.
Mayo salienta que, enquanto a eficiência material aumentou poderosamente nos úl-
timos duzentos anos, a capacidade humana para o trabalho coletivo não manteve o 
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mesmo ritmo de desenvolvimento. Observações nas comunidades mais simples de-
monstraram que o progresso industrial foi acompanhado por um profundo desgaste 
do sentimento espontâneo de cooperação.
 A organização industrial é composta de uma organização técnica (prédios, máqui-
nas, equipamentos, produtos ou serviços produzidos, matérias-primas etc.) e de uma 
organização humana (ou organização social). A organização humana da fábrica tem 
por base os indivíduos, porém, é mais do que simplesmente a soma dos indivíduos, 
pois a integração diária e constante desses indivíduos no trabalho origina em ele-
mento comum que é a organização social da fábrica. 
 A organização técnica e a organização humana, a organização formal e a organiza-
ção informal são subsistemas interligados e interdependentes. Qualquer modifica-
ção em algum deles provoca modificações nos demais. Esses subsistemas são con-
cebidos como permanecendo num estado de equilíbrio, no qual uma modificação 
em alguma parte provoca reação das demais a fim de restabelecer uma condição de 
equilíbrio preexistente, anterior aquela modificação. 
2.4 TEORIA NEOCLÁSSICA
O termo Teoria Neoclássica é, na verdade, um tanto quanto exagerado. Os autores 
aqui abordados (Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold Koontz, William Newman, Ral-
ph C. Davis, Louis Allen), muito embora não apresentem pontos de vista divergentes, 
também não se preocupam em se alinhar dentro de uma orientação comum. 
Segundo Chiavenato 2014, as principais características básicas da Teoria Neoclássica 
são as seguintes: 
1. Ênfase na prática da administração – os autores neoclássicos procuram desen-
volver os conceitos de forma práticae utilizável, visando principalmente à ação 
administrativa. A teoria somente tem valor quando operacionalizada na prática, 
enfatizando os aspectos instrumentais da Administração. 
2. Reafirmação dos postulados clássicos – a estrutura de organização do tipo line-
ar, funcional e linha-staff, as relações de linha e assessoria, o problema da autori-
dade e responsabilidade, a departamentalização, e todos os conceitos clássicos 
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
são realinhados dentro da nova abordagem neoclássica. 
3. Ênfase nos princípios gerais de administração – os neoclássicos preocupam-
-se em estabelecer normas de comportamento administrativo. Os princípios da 
Administração que os clássicos utilizavam como “leis” científicas são retomadas 
pelos neoclássicos como critérios mais ou menos elásticos para a busca de solu-
ções administrativas práticas. 
4. Ênfase nos objetivos e nos resultados – toda organização existe não para si 
mesma, mas para alcançar objetivos e produzir resultados. É em função dos 
objetivos e resultados que a organização deve ser dimensionada, estruturada e 
orientada. 
5. O Ecletismo da Teoria Neoclássica – embora se baseiem profundamente na 
Teoria Clássica, os autores neoclássicos são amplamente ecléticos, absorvendo 
conteúdo de quase todas as outras teorias administrativas. 
Os autores neoclássicos dão algumas pinceladas adicionais no conceito de organiza-
ção formal. Sob este ponto de vista, a organização consiste em um conjunto de posi-
ções funcionais e hierárquicas, conjunto este orientado para o objetivo econômico de 
produzir bens ou serviços.
A Teoria Neoclássica é também denominada escola operacional devido à ênfase nas 
funções do administrador, isto é, no processo administrativo. Basicamente, a escola 
operacional visualiza a administração como a aplicação de princípios e de funções 
para alcançar objetivos. 
Essa abordagem é sistematicamente defendida por todos os autores neoclássicos: cada 
uma das funções deve atender a determinados princípios de aplicação e utilização. 
Para a Teoria Neoclássica, as funções do administrador correspondem aos elementos 
da Administração que Fayol definiu no seu tempo, mas com uma roupagem atualiza-
da. De um modo geral, aceita-se hoje o planejamento, organização, direção e contro-
le como as funções básicas do Administrador. O desempenho dessas quatro funções 
básicas constitui o chamado processo administrativo (CHIAVENATO, 2014).
• Planejamento – Definir a missão; Formular os objetivos; Definir os planos para 
alcançá-los; Programar as atividades;
• Organização – Dividir o trabalho; Designar as atividades; Agrupar as atividades 
em órgãos e cargos; Alocar os recursos; Definir autoridade e responsabilidade;
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• Direção – Designar as pessoas; Coordenar os esforços; Comunicar; Motivar; 
Liderar; Orientar;
 Controle – Definir padrões; Monitorar o desempenho; Avaliar o desempenho; 
Ação corretiva. 
Campos (1992, p.29) realiza a seguinte abordagem sobre os termos PDCA:
Planejamento (P) – Consiste em;
a. Estabelecer metas sobre itens de controle;
b. Estabelecer as maneiras (o caminho, o método) para se atingir as metas propos-
tas.
• Execução (D) – Execução das tarefas exatamente como prevista no plano e 
coleta de dados para verificação do processo. Nesta etapa é essencial o treina-
mento no trabalho decorrente da fase de planejamento.
• Verificação (C) – A partir dos dados coletados na execução, compara-se o resul-
tado alcançado com a meta planejada.
• Atuação Corretiva (A) – Esta é a etapa onde o usuário detectou desvios e atua-
rá no sentido de fazer correções definitivas, de tal modo que o problema nun-
ca volte a ocorrer
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
DEFINIR OS 
MÉTODOS
ATINGIR 
AS METASVERIFICAR OS 
RESULTADOS
ATUAR 
CORRETIVAMENTE
A
(ACTION)
C
(CHECK)
D
(DO)
P
(PLAN)
DEFINIR AS 
METAS
EDUCAR
E TREINAR
Figura 02: Controle do Processo - Fonte: CAMPOS, Vicente Falconi. TQC – Controle da qualidade total (no estilo japonês). Fundação 
Christiano Otonni - Escola de Engenharia da UFMG - Belo Horizonte, MG. 6ª edição. Rio de Janeiro: Bloch, 1992. p. 30
A Administração por Objetivos ou administração por resultados, constitui um modelo 
administrativo bastante difundido e plenamente identificado com espírito pragmáti-
co e democrático da Teoria Neoclássica. Seu aparecimento é recente: em 1954, Peter 
F. Drucker publicou o livro The Pratice of Management (Prática da Administração nas 
Empresas), no qual caracterizou pela primeira vez a Administração por Objetivos, sen-
do considerado o criados da APO. Drucker nasceu na Áustria, em 1909. Embora ele 
tenha uma forte contribuição para a Administração, ele era formado em Direito. Um 
dos seus grandes méritos foi incentivar o planejamento nas organizações para reduzir 
as incertezas. 
APO surgiu, quando a empresa privada norte-americana estava sofrendo pressões 
acentuadas, como método de avaliação e controle sobre o desempenho de áreas e 
organizações em crescimento rápido. Inicialmente constituiu-se um critério financei-
ro de avaliação e controle. Como critério financeiro foi válido, mas na abordagem glo-
bal da empresa resultou em uma deformação profissional, pois os critérios de lucro 
ou de custo não são suficientes para explicar a organização social e humana. 
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APO é uma técnica de direção de esforços por meio do planejamento e controle 
administrativo, fundamentada no princípio de que, para atingir resultados, a organi-
zação precisa antes definir em que negócio está atuando e aonde pretende chegar. 
O objetivo da Administração é proporcionar eficiência e eficácia às empresas. A efi-
ciência refere-se aos meios: métodos, processos, regras e regulamentos sobre como 
as coisas devem ser feitas na empresa, a fim de que os recursos sejam adequadamen-
te utilizados. A eficácia refere-se aos fins: objetivos e resultados a serem alcançados 
pela empresa. 
OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO
EFICIÊNCIA EFICÁCIA
-Preocupação com os meios;
-Capacidade de fazer certo as coisas;
- Preocupação com os métodos, pro-
cessos, regras e regulamentos;
- Preocupação com os problemas;
- Jogar um belíssimo futebol;
- Escolher o melhor roteiro;
- Não faltar às aulas;
- Rezar.
- Preocupação com os fins;
- Capacidade de fazer a coisa certa;
- Preocupação com os resultados, me-
tas, objetivos e fins;
- Preocupação com as soluções;
- Marcar um gol e ganhar a partida;
- Chegar ao destino da viagem;
- Aprender a ser bem sucedido;
- Chegar ao céu.
2.5 TEORIA BUROCRÁTICA
Burocracia vem do francês bureaucratie, termo inventado por Gournay, na primeira 
metade do século XVIII. É o tipo ideal de uma organização formal da sociedade, ca-
racterizada pela legitimação hierárquica da autoridade, com poderes e responsabili-
dades atribuídas a funcionários que ocupam posições numa determinada hierarquia 
marcada pelo direito à carreira. Cada posição tem objetivos previamente fixados e há 
uma codificação de todas as regras de conduta que tratam da organização como um 
todo, onde há ordens comunicadas por escrito. 
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
Para Weber trata-se de uma das características do Estado Moderno, um conjunto de 
pessoas marcadas pela competência e não pela fidelidade. O Estado Moderno seria,acima de tudo, um Estado Racional marcado pelo surgimento de uma administra-
ção burocrática. E isto porque em todos os domínios (Estado, Igreja, exército, parti-
do, empresa econômica, grupo de interesses, associação, fundação, etc.), o desenvol-
vimento das formas modernas de agrupamento identifica-se muito simplesmente 
com o desenvolvimento e com a progressão constante da administração burocrática: 
o nascimento desta é, por assim dizer, o esporo do Estado ocidental moderno. 
A burocracia racional é, pois, uma ditadura do funcionário. Apoia-se na crença na 
legalidade de ordens estatuídas e dos direitos de mando dos chamados por essas 
ordenações a exercer a autoridade. Tem uma impessoalidade formalista, consistindo 
numa dominação graças ao saber que destrói os antigos sistemas de legitimação. 
Assim, o saber e a ideologia passam a ser os principais pontos de apoio do Estado. 
Uma burocracia também se tornou possível pelo aparecimento de uma economia 
monetarista que permitiu ao Estado passar a pagar com regularidade aos seus fun-
cionários, abandonando-se o anterior pagamento em espécie, por exemplo, através 
do aluguer da função de cobrador de impostos. 
Max Weber foi o estudioso que cuidou de se aprofundar sobre a organização buro-
crática e teorizar o estudo da burocracia. Ele analisa o Estado como uma instituição 
burocrática, pois o Estado é uma parte da sociedade que está acima dos demais fun-
damentado numa relação de direito. A criação do Estado é necessária, segundo ele, 
a partir do conflito de classes, e que o Estado veio para assegurar à classe dominante 
economicamente, uma dominação política, a fim de garantir a apropriação do ex-
cedente econômico. Para garantir a sua dominação, o Estado dispõe de instituições 
para transmitir a sua ideologia, de instituições de repressão para garantir que as leis 
que são criadas, sejam cumpridas, e de instituições econômicas para poder intervir 
na economia. 
Para se entender melhor a forma de dominação no Estado, é preciso analisar a teoria 
da dominação de Weber. Segundo ele, existem três tipos de dominação: tradicional, 
carismática e legal. A dominação tradicional se caracteriza por uma legitimação que 
se baseia na crença na justiça e qualidade do dominador. O governante tem liberda-
de para emitir ordens, ficando restrito apenas aos costumes e hábitos da sua socie-
dade. 
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A dominação carismática consiste na crença em qualidades excepcionais de um in-
divíduo para governar outros. Quando atinge uma complexidade maior, ele é asses-
sorado pelos seus discípulos mais próximos. Trata - se de uma dominação instável e 
inconstante. Já a dominação legal se baseia num aparato de regras que legitimam 
o seu poder. Os assessores administrativos são chamados burocratas e também tem 
seu poder regulamentado legalmente, não podendo vendê-lo ou transferi-lo. 
Max Weber não tentou definir as organizações, nem estabelecer padrões de adminis-
tração que elas devessem seguir. Weber descreveu as organizações como máquinas 
totalmente impessoais, que funcionam de acordo com regras que ele chamou de 
racionais – regras que dependem de lógica e não de interesses pessoais. 
Weber estudou e procurou descrever o alicerce formal-legal em que as organizações 
reais se assentam. Sua atenção estava dirigida para o processo de autoridade-obe-
diência que, no caso das organizações modernas, depende de leis. 
2.5.1 CARACTERÍSTICAS DA BUROCRACIA 
Segundo Weber, a burocracia tem as seguintes características principais: 
• Regulamentação e normatização. A estrutura e o funcionamento da organi-
zação são definidas em regras e regulamentos formais escritos. As regras são 
rígidas e buscam cobrir pormenorizadamente todos os processos existentes 
na organização. A regulamentação é estável, sofrendo poucas modificações 
ao longo do tempo. 
• Formalidade das ordens e comunicações. Todas as comunicações devem ser 
escritas e documentadas, possuindo caráter oficial. Elas devem detalhadas, para 
serem interpretadas univocamente por todos os membros da organização. 
• Divisão e especialização do trabalho. As atribuições de cada membro da or-
ganização são prévia e rigidamente definidas. Cada membro deve ser um es-
pecialista na sua esfera de competência, sem ultrapassar os limites de conhe-
cimento e poder afetos a seu cargo. 
• Profissionalização ou separação entre propriedade e administração. Os 
membros da burocracia administram a organização profissionalmente, isto é, 
eles não são os donos dos meios de produção, e sim gestores especializados. 
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
• Hierarquização e impessoalidade. A organização estrutura-se em cargos com 
atribuições e poder definidos. A subordinação é devida àquele que ocupa um 
cargo hierarquicamente superior, independendo do respeito e consideração 
que o subordinado tem pelo seu chefe como pessoa. Inexiste a figura do líder 
natural. O sistema está organizado em pirâmide, sendo as funções subalternas 
controladas pelas funções de chefia, de forma a permitir a coesão do funcio-
namento do sistema.
• Meritocracia e Competência técnica. É o princípio que assegura a racionalida-
de da escolha das pessoas para ocuparem determinados cargos. A admissão 
e a promoção dos funcionários é baseada em sua competência técnica e em 
seu mérito. 
A avaliação de capacidade é realizada por meio de processos objetivos. 
• Completa previsibilidade do funcionamento: todos os funcionários deverão 
comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização a fim 
de que esta atinja a máxima eficiência possível. 
• Impessoalidade. As pessoas, enquanto elementos da organização, limitam- se 
a cumprir as suas tarefas, podendo sempre serem substituídas por outras - o 
sistema, como está formalizado, funcionará tanto com uma pessoa como com 
outra. 
2.5.2 DESDOBRAMENTOS NEGATIVOS DA 
BUROCRACIA 
Fatalmente a Teoria Burocrática não levou em conta o principal ator das organiza-
ções sociais, seja como colaborador (funcionário, empregado, servidor), seja como 
cliente o fornecedor: o ser humano que é tratado como máquina previsível destituída 
de necessidades imediatas, de criatividade e outros ativos emocionais. Vários desdo-
bramentos negativos e muito presentes ainda nos dias atuais fizeram com que as 
propostas de eficiência e previsibilidade não se cumprissem, dando origem a orga-
nizações caras, lentas e de difícil relacionamento com outros sistemas de gestão que 
buscam resultados em suas ações. 
Há nítidas vantagens na Teoria Burocrática que são muito bem aproveitadas por vá-
rias empresas com as instruções formais de serviços, a sua interpretação inequívoca, 
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os cumprimento dos procedimentos padronizados, a comunicação eficiente. Mas a 
prática em muitos casos acaba por desvirtuar certas características dessa teoria: os 
procedimentos transformam-se em desculpa para a inoperância, para a incompe-
tência; a meritocracia, face a inclinações políticas e pessoais, acaba sendo aviltada e a 
eficiência do todo fica comprometida. 
Para Maximiano (2000) a burocracia de Weber apresenta as seguintes disfunções: 
VALORIZAÇÃO EXCESSIVA DOS REGULAMENTOS 
Procurando prever e controlar tudo, as organizações formais criam regras em excesso 
e funcionários em excesso para fiscalizar o cumprimento dessas regras. Muitas vezes, 
a exigência de cumprir regulamentos passa por cima dos interesses do contribuinte 
ou cliente e permite que funcionários criem dificuldades para vender facilidades. 
VALORIZAÇÃODA HIERARQUIA 
Nessas organizações subir na hierarquia não depende de talento e o culto aos chefes 
torna-se objetivo importante. 
DEFESA DE GRUPOS EXTERNOS 
Decisões são tomadas em função da associação com grupos externos. Por exemplo, 
um funcionário contrata ou favorece a contratação dos serviços de uma empresa por-
que o proprietário e ele estudaram na mesma universidade. 
DEFESA DE INTERESSES PESSOAIS 
Decisões são tomadas em função de interesses pessoais, ou seja, o funcionário usa 
a organização para o atendimento de seus interesses pessoais, o que provoca males 
como nepotismo e corrupção. Patrimonialismo é uma palavra usada para designar 
essa disfunção, indicando o costume de políticos e dirigentes de usar a máquina do 
Estado como se fosse propriedade deles. 
MECANICISMO 
Pessoas desempenham papéis limitados e como consequência os talentos são su-
baproveitados pois cada pessoa ocupa um cargo, que tem competências bem de-
finidas. Dessa disfunção: “esse assunto ou problema não é da minha competência”. 
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
INDIVIDUALISMO 
A burocracia estimula a competição por vantagens. As organizações oferecem mui-
tas vantagens para as pessoas que são alçadas às posições de chefia tais como sím-
bolos diferenciadores e vantagens materiais. 
2.6 TEORIA COMPORTAMENTAL
A partir dos trabalhos de dinâmica de grupo desenvolvidos por Kurt Lewin, ainda na 
sua fase de impulsionador da Teoria das Relações Humanas, com a divulgação do 
livro de Chester Barnard (The Functions of the Executive) e, posteriormente, dos es-
tudos de George Homans sobre sociologia funcional de grupo (The Human Group), 
culminado com a publicação do livro de Herbert Simon (Administrative Behavior), 
sobre o comportamento administrativo, uma nova configuração passa a dominar a 
teoria administrativa. 
As raízes profundas dessa nova abordagem podem ser localizadas muito mais adian-
te, como veremos a seguir. Todavia, é a partir da década de 1950 que se desenvolve 
inicialmente, nos Estados Unidos, uma nova concepção de administração, trazendo 
novos conceitos, novas variáveis e, sobretudo, uma nova visão da teoria administrativa 
baseada no comportamento humano nas organizações. 
A abordagem comportamental marca a mais forte ênfase das ciências do compor-
tamento na teoria administrativa e a busca de soluções democráticas e flexíveis para 
aos problemas organizacionais. 
Esta abordagem originou-se das ciências comportamentais e, mais especificamente, 
da psicologia organizacional. É com a abordagem comportamental que a preocu-
pação com a estrutura se desloca para a preocupação com os processos e com a 
dinâmica organizacional, isto é, com o comportamento organizacional. Aqui ainda 
predomina a ênfase nas pessoas, inaugurada com a Teoria das Relações Humanas, 
mas dentro de um contexto organizacional. 
A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração veio significar 
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uma nova direção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem 
das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas 
das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase per-
manece nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional. Principais vultos da 
teoria: Kurt Lewin (1890-1947), Douglas McGregor, Herbert Simon, Rensis Likert, Chris 
Argyris, J.G.March. 
Origem: O movimento behaviorista surgiu como evolução de uma dissidência da 
Escola das Relações Humanas, que recusava a concepção de que a satisfação do 
trabalhador gerava de forma intrínseca a eficiência do trabalho. A percepção de que 
nem sempre os funcionários seguem comportamentos exclusivamente racionais ou 
essencialmente baseados em sua satisfação exigia a elaboração de uma nova teoria 
administrativa. 
A Teoria Comportamental defendia a valorização do trabalhador em qualquer em-
preendimento baseado na cooperação, buscando um novo padrão de teoria e pes-
quisa administrativas. Foi bastante influenciado pelo desenvolvimento de estudos 
comportamentais em vários campos da ciência, como a antropologia, a psicologia e 
a sociologia. Adotando e adaptando para a administração conceitos originalmente 
elaborados dentro dessas ciências, propunha-se fornecer uma visão mais ampla do 
que motiva as pessoas para agirem ou se comportarem do modo que o fazem, parti-
cularizando as situações específicas do indivíduo no trabalho. 
Dentre os trabalhos fundamentais para a eclosão do Behaviorismo destacam-se os 
de Barnard, acerca da cooperação na organização formal e os de Simon, relativos 
à participação dos grupos no processo decisório da organização. Eles oferecem os 
principais pontos de referência para a formulação das propostas inicias dessa abor-
dagem. Posteriormente, essas ideias e propostas foram complementadas pela Teoria 
X e Y de 2 McGrecor, pelo Sistema 4 de Rensis Likert, pelas teorias motivacionais de 
Herzog e de McClelland, assim como pelos estudos de Chris Argyris. 
2.6.1 MOTIVAÇÃO HUMANA
Para explicar o comportamento organizacional, a Teoria Comportamental se funda-
menta no comportamento individual das pessoas. Para poder explicar como as pes-
soas se comportam, torna-se necessário o estudo da motivação humana. Os autores 
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
behavioristas verificaram que o administrador precisa conhecer as necessidades hu-
manas para melhor compreender o comportamento humano e utilizar a motivação 
humana como poderoso meio para melhorar a qualidade de vida dentro das orga-
nizações. 
NECESSIDADES DE MASLOW 
Martins (2004, p. 7) faz o seguinte comentário sobre as necessidades de Maslow: “é 
uma das teorias mais populares e utilizada no estudo do comportamento organiza-
cional”. E é mostrada nas seguintes escalas:
• Auto realização (desenvolvimento, conhecimento, criatividade, estética)
• Estima (respeito de si mesmo e dos outros, status, ego)
• Sociais (fazer parte de grupos, dar e receber amor, amizade, afeição)
• Segurança (proteção contra o perigo, ameaças, privação)
• Fisiológicas (fome, sede, sexo)
NECESSIDADES 
SECUNDÁRIAS
NECESSIDADES 
PRIMÁRIAS
AUTO
REALIZAÇÃO
ESTIMA (EGO)
SOCIAIS ( AMOR)
NECESSIDADES DE 
SEGURANÇA
NECESSIDADES 
FISIOLÓGICAS
Fonte: Disponível em: http://www.professorcezar.adm.br/Textos/AbordagemComportamental.pdf Acesso em: 09/03/2016
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Davis e Newstrom (2002, p. 51), comenta sobre cinco níveis das necessidades de Mas-
low, sendo: 
A hierarquia das necessidades de Maslow estabelece cinco níveis, [...]. Esta 
teoria recebeu ampla atenção e suscitou consideráveis controvérsias. As ne-
cessidades dos níveis 1 (física) e 2 (segurança) são tipicamente chamadas de 
necessidades de ordem mais baixa e os níveis 3 (sociais), 4 (estima) e 5 (auto 
realização) são chamadas de necessidades de ordem mais alta. 
De acordo com a teoria de Maslow, pode-se comentar que as pessoas estão em pro-
cesso de desenvolvimento contínuo. As pessoas tendem a crescer ao longo das suas 
necessidades, buscando suprir as suas necessidades uma após a outra.
Davis e Newstrom (2002, p. 51, 52), abordam as necessidades de nível mais baixo e 
alto nível:
• Necessidades de nível mais baixo: O primeiro nível de necessidades envolve 
a sobrevivência básica. Na situação típica de trabalho, raramente dominam, 
uma vez que já se encontram razoavelmente satisfeitas. 
• Necessidades de nível alto:Uma vez que as pessoas passam uma grande par-
te de suas horas do dia no trabalho e no ambiente social, algumas das suas 
necessidades sociais podem (ou deveriam) estar atendidas em tais circunstân-
cias. [...] os empregados tem necessidades de sentir que tem valor e acreditar 
que os outros pensem que eles valem alguma coisa (o que lhes dá status). [...] 
o que significa vir a ser tudo aquilo de que a pessoa é capaz, servindo-se das 
próprias habilidades com plenitude e ampliando talentos ao máximo possível.
Pelo exposto, entende-se que as necessidades dos seres humanos foram colocadas 
em uma linha de hierarquia, onde consta à busca de fatores pessoais ao seu bem 
estar. Pode-se também comentar que outro ponto importante na hierarquia da ne-
cessidade é que existe uma necessidade maior de uma sobre a outra, que pode ser 
movida por fatores de idade, meio social ou personalidade.
TEORIA X E TEORIA Y 
Verifica-se no trabalho de Douglas McGregor, que ele define duas linhas de pesquisa, 
definindo as terias X e Y, sendo totalmente diferentes, onde a teoria X demonstra um 
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
empregado que não se interessa com o serviço e não demonstra responsabilidade 
com o serviço e a teoria Y, evidenciando empregados que demonstram interesses 
com as suas tarefas. Entende-se que McGregor aborda em sua teoria que o ser hu-
mano busca as suas necessidades, e que elas devem ser realizadas e satisfeitas, e que, 
ao realizá-las, ele estará buscando novos objetivos para si (BERGAMINI 1982, p. 118).
Maslow (2003, p.74) faz os seguintes comentários sobre as teorias X e Y de McGre-
gor. Sobre a teoria X apresenta a seguinte abordagem. “O trabalhador comum deve 
forçosamente ser conduzido com punições para executar um bom dia de trabalho”. 
E comenta que na teoria Y “O trabalhador comum aprecia e exercitará a autodeter-
minação e autocontrole a serviços de metas escolhidas por ele, com as quais encon-
tra-se comprometido sob determinadas condições”.
Martins (2004, p. 8) realiza as seguintes observações sobre as teorias X e Y:
PRINCIPAIS CRENÇAS DA TEORIA X:
• As pessoas são indolentes por natureza, ou seja, trabalham o menos que podem.
• Falta ambição às pessoas, de maneira geral a responsabilidade desagrada, e 
eles preferem ser conduzidas.
• As pessoas centralizam-se em si mesmas, indiferente às necessidades da or-
ganização.
• As pessoas por natureza se opõem às mudanças.
• As pessoas de maneira geral são ingênuas e não muito brilhantes.
PRINCIPAIS CRENÇAS DA TEORIA Y:
• As pessoas por sua própria natureza gostam do trabalho e se realizam nele 
tanto quanto em outras atividades prazerosas.
• As pessoas querem cada vez mais responsabilidades no trabalho, quanto que-
rem, por exemplo, na vida social e comunitária, onde se casam, constituem 
família, prestam assistência aos vizinhos, comunidades, etc.
• As pessoas se interessam pelas necessidades das organizações, tanto que as-
sumem com boa vontade posições em grupos, etc.
• As pessoas gostam de mudar, pois querem evoluir, e desde que saibam as ra-
zões das propostas de mudanças.
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• As pessoas têm bom senso e sabem muito bem quando estão sendo engana-
das.
Bergamini (1982, p. 119) faz as seguintes observações sobre as teorias de McGregor;
[...] parte de posição de crítica à filosofia administrativa manipuladora dos 
indivíduos pela empresa, propondo que cada um por si mesmo é capaz de 
comprometer-se com seu autodesenvolvimento no trabalho sem que haja 
necessidade de coação externa. Se isso não ocorrer, muito provavelmente o 
problema esteja na própria organização e não no indivíduo. 
Vê-se que tal pensamento citado por Bergamini, é baseado no pensamento de Mc-
Gregor, pois ele realizava o seu trabalho baseado em descobrir o que motivara o em-
pregado dentro da organização. Marras (2002, p. 35) faz o seguinte comentário sobre 
a teoria X e Y: “Essa teoria, extremamente interessante, mostra duas formas distintas 
de ‘ser’ do trabalhador ou duas formas distintas de ‘ver’ o trabalhador”. 
A Teoria Y desenvolve um estilo de administração muito aberto e dinâmico, extrema-
mente democrático, através do qual administrar é um processo de criar oportunida-
des, liberar potencialidades, remover obstáculos, encorajar o crescimento individual e 
proporcionar orientação quanto a objetivos. Está totalmente oposta a teoria X. 
TEORIA DOS DOIS FATORES DE HERZBERG 
Frederick Herzberg formulou a teoria dos dois fatores para explicar o comportamento 
das pessoas em situação de trabalho. Para ele existem dois fatores que orientam o 
comportamento das pessoas: 
Fatores higiênicos - ou fatores extrínsecos, pois estão localizados no ambiente que 
rodeia as pessoas e abrangem as condições dentro das quais elas desempenham 
seu trabalho. Como essas condições são administradas e decididas pela empresa, os 
fatores higiênicos estão fora do controle das pessoas. Os principais fatores higiênicos 
são: salário, benefícios sociais, tipo de chefia ou supervisão que as pessoas recebem 
de seus superiores, condições físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da 
empresa, clima de relacionamento entre a empresa e os funcionários, regulamentos 
internos etc. São fatores de contexto e se situam no ambiente externo que circunda 
o indivíduo. 
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
Tradicionalmente apenas os fatores higiênicos eram utilizados na motivação dos em-
pregados: o trabalho era considerado uma atividade desagradável e, para fazer com 
que as pessoas trabalhassem mais, tornava-se necessário o apelo para prêmios e in-
centivos salariais, supervisão, políticas empresariais abertas e estimuladoras, isto é, 
incentivos situados externamente ao indivíduo em troca do seu trabalho. 
As pesquisas de Herzberg revelaram que quando os fatores higiênicos são ótimos, 
eles apenas evitam a insatisfação dos empregados; se elevam a satisfação não conse-
guem sustentá-la por muito tempo. Quando os fatores higiênicos são precários, eles 
provocam a insatisfação dos empregados. Por causa dessa influência mais voltada 
para a insatisfação, Herzberg chama-os de fatores higiênicos, pois são essencialmen-
te profiláticos e preventivos: eles apenas evitam a insatisfação, mas não provocam a 
satisfação. 
Seu efeito é similar ao de certos remédios higiênicos: evitam a infecção ou combatem 
a dor de cabeça, mas não melhoram a saúde. Por estarem mais relacionados com a 
insatisfação, Herzberg também os chama de fatores insatisfacientes. 
Fatores motivacionais, ou fatores intrínsecos, pois estão relacionados com o conteú-
do do cargo e com a natureza das tarefas que a pessoa executa. Os fatores motivacio-
nais estão sob o controle do indivíduo, pois estão relacionados com aquilo que ele faz 
e desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento 
profissional e auto realização, e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu 
trabalho. 
Tradicionalmente, as tarefas e os cargos eram arranjados e definidos com a preocu-
pação de atender aos princípios de eficiência e economia, eliminando o desafio e a 
criatividade individual. Com isso, perdiam o significado psicológico para o indivíduo 
que os executava e criavam um efeito de “desmotivação”, provocando apatia, desin-
teresse e falta de sentido psicológico. 
O efeito dos fatores motivacionais sobre as pessoas é profundo e estável. Quando 
os fatores motivacionais são ótimos, eles provocam a satisfação nas pessoas. Porém, 
quando são precários, eles evitam a satisfação. Por estarem relacionados com asatis-
fação dos indivíduos, Herzberg também os chama de fatores satisfacientes. 
Os fatores higiênicos e motivacionais são independentes e não se vinculam entre si. 
Os fatores responsáveis pela satisfação profissional das pessoas são totalmente desli-
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gados e distintos dos fatores responsáveis pela insatisfação profissional. O oposto da 
satisfação profissional não é a insatisfação, mas ausência de satisfação profissional. 
Também o oposto da insatisfação profissional é a ausência dela e não a satisfação. 
2.7 TEORIA DE SISTEMAS
O aparecimento da Teoria geral dos sistemas forneceu uma base para a unificação 
dos conhecimentos científicos nas últimas décadas. Ludwig von Bertalanffy (1901-
1972) concebeu esse nome no início da década de 1920, criando em 1954 a So-
cietyfor General Systems Research. Bertalanffy introduziu esse nome para descrever 
as características principais das organizações como sistemas, pouco antes da Segun-
da Guerra Mundial. 
 A Teoria Geral dos Sistemas, segundo o próprio Bertalanffy, tem por finalidade iden-
tificar as propriedades, princípios e leis característicos dos sistemas em geral, inde-
pendentemente do tipo de cada um, da natureza de seus elementos componentes e 
das relações entre eles. De acordo com o autor, existem certos modelos ou sistemas 
que, independentemente de sua especificidade, são aplicáveis a qualquer área de 
conhecimento. Tais modelos impulsionariam uma tendência em direção a teorias 
generalizadas. 
Assim, como princípios gerais que na verdade, são ideias vinculadas ao desenvol-
vimento e ao surgimento da automação e da cibernética, Bertalanffy propõe uma 
nova teoria cientifica, a Teoria Geral de Sistemas, que tem leis semelhantes às que 
governam sistemas biológicos. Nessa formulação teórica, o autor incorpora os concei-
tos fundamentais dos postulados anteriores do sistema biológico e das matemáticas 
correlatas. 
Um sistema se define como um complexo de elementos em interação de natureza 
ordenada e não fortuita. A Teoria Geral dos Sistema é interdisciplinar, isto é, pode ser 
utilizada para fenômenos investigados nos diversos ramos tradicionais da pesquisa 
cientifica. Ela não se limita aos sistemas materiais, mas aplica-se a todo e qualquer 
sistema constituído por componentes em interação. Além disso, a Teoria Geral dos 
Sistemas pode ser desenvolvida em várias linguagens matemáticas, em linguagem 
escrita ou ainda computadorizada. 
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
A aplicação do pensamento sistêmico, segundo Kast & Rosenzweig, tem uma parti-
cular importância para as ciências sociais, além de apresentar um estreito relaciona-
mento entre a teoria e sua aplicação a diversas áreas do conhecimento humano. A 
teoria de sistemas possibilitou, por exemplo, a unificação de diversas áreas do conhe-
cimento, pois “sistema é um conjunto de elementos em interação e intercâmbio com 
o meio ambiente (environment). Ou ainda, conforme define Littlejohn”, um 4 sistema 
pode ser definido como um conjunto de objetos ou entidades que se inter-relacio-
nam mutuamente para formar um todo único. 
Além disso, para entendermos a teoria de sistemas e sua difusão, devemos levar em 
conta duas características obrigatórias aos sistemas sociais: 
1. Funcionalismo: embora esta palavra apresente várias conotações, fundamen-
talmente o termo dá ênfase a sistemas de relacionamento e à unificação das 
partes e dos subsistemas em um todo funcional. O funcionalismo procura ver 
nos sistemas suas partes componentes, realçando que cada elemento tem uma 
função a desempenhar no sistema mais amplo. Isto significa que cada elemen-
to de um subsistema tem um papel a desempenhar um sistema mais amplo. 
2. Holismo: um conceito estreitamente relacionado ao do funcionalismo, é a con-
cepção de que todos os sistemas se compõem de subsistemas e seus elemen-
tos estão inter-relacionados. Isto significa que o todo não é uma simples soma 
das partes, e que o próprio sistema só pode ser explicado como uma globalida-
de. O holismo representa o oposto do elementarismo, que encara o total como 
soma das partes individuais. 
Assim, o conceito de organização como um sistema complexo de variáveis torna-se 
cada vez mais importante na sua análise e compreensão. 
Tipos de sistemas: fechado e aberto. Uma distinção importante para a teoria da or-
ganização é a classificação das organizações em sistemas fechados ou abertos. Um 
sistema fechado é aquele que não realiza intercâmbio com o seu meio externo, ten-
dendo necessariamente para um progressivo caos interno, desintegração e morte. 
Nas teorias anteriores da Administração, a organização era considerada suficiente-
mente independente para que seus problemas fossem analisados em torno de estru-
tura, tarefas e relações internas formais, sem referência alguma ao ambiente externo, 
pois as atenções estavam concentradas apenas nas operações internas da organiza-
ção, adotando-se, para isso, enfoques racionalistas. 
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Um sistema aberto é aquele que troca matéria e energia com o seu meio externo. E, 
como diz Bertalanffy, a organização é um sistema aberto, isto é, um sistema mantido 
em importação e exportação, em construção e destruição de componentes mate-
riais, em contraste com os sistemas fechados de física convencional, sem intercâmbio 
de matéria com o meio. 
Considerando a perspectiva de sistema aberto, podemos dizer que um sistema con-
siste em quatro elemento básicos: 
a. Objetivos: são partes ou elementos do conjunto. Dependendo da natureza do 
sistema, os objetivos podem ser físicos ou abstratos. 
b. Atributos: são qualidades ou propriedades do sistema e de seus objetos. 
c. Relações de interdependência: um sistema deve possuir relações internas com 
seus objetos. Essa é uma qualidade definidora crucial dos sistemas. Uma rela-
ção entre objetos implica um efeito mútuo ou interdependência. 
d. Meio ambiente: os sistemas não existem no vácuo; são afetados pelo seu meio 
circundante. 
2.8 TEORIA CONTINGENCIAL
Em oposição ao pensamento propagado por Frederick Taylor e outros teóricos da 
administração clássica que consideravam a preocupação organizacional apenas em 
termos técnicos dentro de um sistema fechado, surgiram as ideias da teoria contin-
gencial com foco no sistema aberto. Na perspectiva de visão da organização como 
um sistema aberto que interage com o ambiente que lhe abriga, há forte atenção à 
“atividade ambiental” imediata, ou seja, às relações estabelecidas entre organização, 
clientes, concorrentes, fornecedores, sindicatos e governo. A partir da sensibilidade 
ao ambiente no qual está inserida, a organização passa a ser capaz de responder de 
maneira mais apropriada às mudanças ocorridas (MORGAN, 2007). 
Conforme Morgan (2007), os pesquisadores Tom Burns e G. M. Stalker conduziram 
um estudo nos anos 1950 que permitiu demonstrar as diferenças entre o enfoque 
mecanicista e o enfoque orgânico da administração. No trabalho realizado em em-
presas industriais pertencentes a diferentes ramos, os pesquisadores verificaram que 
quando ocorrem mudanças no ambiente, nas condições de mercado ou na tecnolo-
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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
SUMÁRIO
gia, são necessários estilos abertos e flexíveis de organizações, no sentido de melhor 
se adaptar a essas mudanças. 
Burns e Stalker (1961) afirmaram que um sistema de gestão mecanicista é apropria-
do para condições estáveis,

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