Buscar

Aula 2 - Catabolismo de Proteínas e Ciclo da Uréia RESPOSTAS

Prévia do material em texto

Respostas as perguntas da última página do PDF (Aula 2 - Catabolismo de Proteínas e Ciclo da Uréia)
1.
A ALT tem por função catalisar especificamente a transferência do grupo amina da alaninapara o cetoglutarato, formando glutamato e piruvato. A ALT tem localização citoplasmática, está presente em alta concentração no fígado e menor concentração do rim e músculos. A ALT tem como principal característica funcional ser um bom indicador de doenças hepáticas agudas (doenças hepatocelulares, necrose hepática, obstrução biliar, intoxicação e infecções parasitárias).
A AST tem por ação catalisar a transaminação reversível de aspartato e 2-cetoglutarato em oxalacetato e glutamato. Esta enzima também recebe a denominação de transaminase oxaloacética (TGO). Esta enzima está presente em muitos tecidos como duas isoformas, no citosol e na mitocôndria, sendo mais abundante no fígado, nos eritrócitos e nos músculos esquelético e cardíaco. Geralmente é utilizada para avaliar lesão muscular em conjunto com a creatina quinase e lactato desidrogenase.
2.
Os rins mantêm a composição do meio interno por meio de funções que atuam no equilíbrio hidrossalino, eletrolítico e ácido-básico. Uma das manifestações da disfunção crônica deste órgão é a acidose metabólica, pela queda da filtração glomerular e conseqüente diminuição da excreção de hidrogênio. Este íon é altamente reativo, particularmente com porções de moléculas protéicas de carga negativa. Qualquer variação na sua concentração produz impacto significativo sobre as funções celulares, pois quase todos os sistemas enzimáticos do organismo e as proteínas envolvidas na coagulação e contração muscular são influenciados pela concentração de íons hidrogênio.
3.
O ciclo da uréia consiste em uma série de reações enzimáticas que convertem a amônia, liberada durante o catabolismo das proteínas, em uréia. A uréia, a principal escória nitrogenada, é então excretada na urina. Há cinco enzimas envolvidas no ciclo da uréia: carbamil-fosfato sintetase (CPS), ornitina-transcarbamilase (OTC), arginino-succinato sintetase (AS), arginino-succinato liase (AL), e arginase. Todos os distúrbios do ciclo da uréia resultam na hiperamonemia. Os níveis elevados de amônia plasmática são altamente neurotóxicos aos seres humanos. Os pacientes com deficiência de AS têm níveis acentuadamente elevados de citrulina plasmática, enquanto os pacientes com deficiência de AL têm níveis moderadamente elevados de citrulina e um aumento de ácido arginino-succínico plasmático. Já os pacientes com deficiência de CPS e OTC possuem níveis baixos ou indetectáveis de citrulina plasmática, mas na deficiência de OTC ocorre um aumento do ácido orótico urinário. O ácido orótico resulta do transbordamento do excesso de carbamil-fosfato do ciclo da uréia para a via das pirimidinas.).
O principal diagnóstico diferencial dos distúrbios do ciclo da uréia num neonato com hiperamonemia são a hiperamonemia transitória do recém-nascido e as acidemias orgânicas. A hiperamonemia transitória do recém-nascido acomete recém-nascidos prematuros nas primeiras 24h de vida, enquanto os neonatos com acidemias orgânicas classicamente se apresentam com acidose metabólica, "anion gap" elevado e cetonúria.
4.
Hepatite é a degeneração do fígado causada por fatores como infecções virais (do tipo A, B e C), consumo excessivo de álcool e uso contínuo de medicamentos com substâncias tóxicas para o corpo. Enquanto os vírus atacam o fígado quando parasitam suas células, a cirrose dos alcoólatras é causada pela ingestão frequente de bebidas alcoólicas - uma vez no organismo, o álcool é transformado em ácidos nocivos às células hepáticas, levando à hepatite.
Hepatite A - É uma inflamação do fígado causada por um vírus, geralmente tem um curso benigno, evoluindo para a cura espontânea em mais de 90% dos casos. De acordo com o Ministério da Saúde, foram diagnosticados mais de 138 mil casos de hepatite A no Brasil entre 2000 e 2011. No mundo, são registrados 1,4 milhão de novos casos da doença todos os anos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A hepatite A tem tratamento super simples e se ele for seguido direitinho, a doença certamente terá cura.
Hepatite B - é uma doença causada por vírus e que acarreta inflamação do fígado. Não costuma apresentar sinais, mas quando aparecem os sintomas de hepatite B mais comuns são: dor abdominal, urina escura, fezes claras, cansaço, tontura, náusea, febre, pele e olhos amarelados. Podem surgir até seis meses após a infecção. Causada pelo vírus B (HBV), a hepatite do tipo B é uma doença infecciosa, também chamada de soro-homóloga. Como o HBV está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é considerada uma infecção sexualmente transmissível. Hepatite B na gravidez - Todas as mulheres grávidas devem fazer o teste de hepatite B. O teste é especialmente importante para mulheres que se enquadram em grupos de alto risco, como profissionais de saúde, mulheres de comunidades étnicas onde a hepatite B é comum, cônjuges ou parceiros vivendo com uma pessoa infectada, etc.
Hepatite C - Hepatite C é uma doença viral que leva à inflamação do fígado e raramente desperta sintomas. Na verdade, a maioria das pessoas não sabe que tem hepatite C, muitas vezes descobre através de uma doação de sangue ou pela realização de exames de rotina, ou quando aparecem os sintomas de doença avançada do fígado, o que geralmente acontece décadas depois. Hepatite C é um dos três tipos mais comuns de hepatite viral. De acordo com o Fundo Mundial para a Hepatite da Organização das Nações Unidas, cerca de 500 milhões de pessoas no mundo está infectada com os vírus da hepatite B e C, e apenas 5% delas sabem que tem a doença. No Brasil, existem cerca de 1,5 milhão de pessoas infectadas pela hepatite C, doença responsável por 70% das hepatites crônicas e 40% dos casos de cirrose, segundo dados do Ministério da Saúde. POde ser viral ou sexualmente transmitida.
Hepatite alcoólica - Quando o álcool é metabolizado no fígado, ele produz substâncias altamente tóxicas. Estas substâncias podem causar inflamação no fígado, um quadro conhecido como hepatite alcoólica. Se essa inflamação persistir cronicamente, surgem cicatrizes no órgão (fibrose). Quando a fibrose é muito extensa, o quadro se caracteriza como cirrose.
Hepatite medicamentosa - A Hepatite medicamentosa é uma grave inflamação do fígado causada pelo uso prolongado de medicamentos que podem causar irritação no fígado, o que pode resultar na hepatite aguda ou hepatite fulminante, por exemplo
Hepatite autoimune - É uma doença que causa inflamação crônica no fígado devido a uma alteração no sistema imune, que passa a reconhecer as suas próprias células como estranhas e as ataca, provocando diminuição do funcionamento do fígado e aparecimento de sintomas como dor abdominal, pele amarelada e fortes náuseas. Geralmente, a hepatite autoimune surge antes dos 30 anos e é mais frequente em mulheres. Ainda não se sabe a causa exata do surgimento desta doença, que provavelmente está relacionada à alterações genéticas, mas deve-se lembrar que não é uma doença contagiosa e, por isso, não é transmissível de uma pessoa para a outra. Além disso, a hepatite autoimune pode dividida em três subtipos:
Hepatite autoimune tipo 1: mais comum entre os 16 e os 30 anos, sendo caracterizada pela presença de anticorpos FAN e AML no exame de sangue, e pode estar associada ao surgimento de outras doenças autoimunes, como tireoidite, doença celíaca, sinovite e colite ulcerativa;
Hepatite autoimune tipo 2: surge normalmente em crianças com idade entre os 2 e os 14 anos, o anticorpo característico é o Anti-LKM1, e pode surgir em conjunto com diabetes tipo 1, vitiligo e tireoidite autoimune; 
Hepatite autoimune tipo 3: parecida com a hepatite autoimune do tipo 1, com anticorpo anti-SLA/LP positivo, porém possivelmente mais grave que a tipo 1.
Apesar de não ter cura, a hepatite autoimune pode ser muito bem controlada com o tratamento, que é feito com medicamentos para controlar a imunidade, comoPrednisona e Azatioprina, além de ser indicada uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras e cereais, evitando-se o consumo de álcool, gorduras, excesso de conservantes e agrotóxicos. A cirurgia ou o transplante de fígado somente são indicados em casos muito graves.

Continue navegando