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Tema 07 - A ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO - Fayol Parte I

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Tema 07 - A ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO - Teoria Clássica da Administração: organizando a empresa (Fayol) 
Parte I
A obra de Fayol
As seis funções essenciais da empresa
O conceito de administração
Enquanto Taylor e outros engenheiros americanos desenvolviam a chamada Administração Científica nos Estados Unidos, em 1916, surgia na França, espraiando-se rapidamente pela Europa, a chamada Teoria Clássica da Administração. Se a Administração Científica caracterizava-se pela ênfase na tarefa realizada pelo operário, a Teoria Clássica caracterizava-se pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente. Na realidade, o objetivo de ambas as teorias era o mesmo: a busca da eficiência das organizações. Segundo a Administração Científica, essa eficiência era alcançada por meio da racionalização do trabalho do operário e no somatório da eficiência individual.
Na Teoria Clássica, ao contrário, partia-se do todo organizacional e da sua estrutura para garantir eficiência a todas as partes envolvidas, fossem elas órgãos (como seções, departamentos etc.) ou pessoas (como ocupantes de cargos e executores de tarefas). A micro abordagem no nível individual de cada operário com relação à tarefa era enormemente ampliada no nível da organização como um todo em relação à sua estrutura organizacional. A preocupação com a estrutura da organização como um todo constitui, sem dúvida, uma substancial ampliação do objetivo de estudo da TGA. Fayol, um engenheiro francês, o fundador da Teoria Clássica da Administração, partiu de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem anatômica e estrutural que rapidamente suplantou a abordagem analítica e concreta de Taylor.
A OBRA DE FAYOL
Henry Fayol (1841-1925), o fundador da Teoria Clássica, nasceu em Constantinopla e faleceu em Paris, vivendo as conseqüências da Revolução Industrial e, 
mais tarde, da Primeira Guerra Mundial. Formou-se em engenharia de minas aos 19 anos e entrou para uma empresa metalúrgica e carbonífera onde desenvolveu toda a sua carreira. Aos 25 anos, foi nomeado gerente das minas e aos 47 anos, assumiu a gerência geral da "Compagnie Commantry Fourchambault et Decazeville", que então se achava em situação difícil. Sua administração foi muito bem-sucedida. Em 1918, transmitiu a empresa ao seu sucessor, em uma situação de notável estabilidade.
Fayol expôs sua Teoria de Administração em seu famoso livro Administration Industrialle et Généralle, publicado em Paris em 1916, traduzido em 1926 para os idiomas inglês e alemão por iniciativa do International Management Instituto de Genebra; e para o português, em 1950, pela Editora Atlas de São Paulo. Os trabalhos de Fayol, antes de sua tradução para o inglês, foram bastante divulgados por Urwick e Gulick.
Fayol sempre afirmou que seu êxito se devia não só às suas qualidades pessoais, mas aos métodos que empregava. Exatamente como Taylor, Fayol empregou seus últimos anos de vida à tarefa de demonstrar que, com previsão científica e métodos adequados de gerência, resultados satisfatórios eram inevitáveis. Assim como nos Estados Unidos a Taylor Society foi fundada para divulgação e desenvolvimento da obra de Taylor, na França o ensino e o desenvolvimento da obra de Fayol deram motivo à fundação do Centro de Estudos Administrativos.
1. AS SEIS FUNÇÕES ESSENCIAIS DA EMPRESA
Fayol parte da proposição de que toda empresa pode ser dividida em seis grupos
de funções essenciais, a saber:
1. Funções técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços
da empresa.
2. Funções comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação.
3. Funções financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais.
4. Funções de segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das pessoas.
5. Funções contábeis, relacionadas com os inventários, registros, balanços, custos e estatísticas.
6. Funções administrativas, relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as demais funções, pairando sempre acima delas.
Alega Fayol que "nenhuma das cinco funções essenciais precedentes tem o encargo de formular o programa de ação geral da empresa, de constituir o seu corpo social, de coordenar os esforços e de harmonizar os atos. Essas atribuições não fazem parte da função técnica, nem comercial, nem financeira, nem de segurança, nem de contabilidade. Elas constituem uma outra função, designada habitualmente pelo nome de Administração". É a chamada função administrativa.
Figura - As seis funções básicas da empresa, segundo Fayol.
Essa visão de Fayol a respeito das funções básicas da empresa já está totalmente ultrapassada. Hoje, as funções recebem nomes de áreas da administração: as funções administrativas recebem o nome de área de administração geral; as funções técnicas recebem o nome de área de produção, manufatura ou operações; as funções comerciais, de área de vendas/marketing; as funções financeiras, o nome de área financeira, incluindo as antigas funções contábeis. As funções de segurança passaram para um nível mais baixo. E surgiu a área de recursos humanos.
2. CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO
Para aclarar o que sejam as funções administrativas, Fayol define o ato de administrar como sendo: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. As funções administrativas englobam os elementos da Administração, isto é, as funções do administrador, a saber:
1. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
2. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa.
3. Comandar: dirigir e orientar o pessoal.
4. Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e todos os esforços coletivos.
5. Controlar: verificar para que tudo ocorra de acordo com as regras estabelecidas e as ordens dadas.
Estes são os elementos da Administração que constituem o chamado processo administrativo e que são localizáveis em qualquer trabalho do administrador em qualquer nível ou área de atividade da empresa. Em outros termos, tanto o diretor, o gerente, o chefe, o supervisor como o encarregado - cada qual em seu nível - desempenham atividades de previsão, organização, comando, coordenação e controle, como atividades administrativas essenciais.
Para Fayol, as funções administrativas diferem claramente das outras cinco funções essenciais. É necessário não confundi-las com direção. Dirigir é conduzir a empresa, tendo em vista os fins visados e procurando obter as maiores vantagens possíveis de todos os recursos de que ela dispõe; é assegurar a marcha das seis funções essenciais.
A Administração não é senão uma das seis funções, cujo ritmo é assegurado pela direção. Mas ocupa tamanho lugar nas funções dos altos chefes que, às vezes, pode parecer que as funções administrativas estão concentradas exclusivamente no topo da organização, o que não é verdade.
Quadro - Funções universais da Administração.
1. Previsão: envolve avaliação do futuro e aprovisionamento em função dele. Unidade, continuidade, flexibilidade e precisão são os aspectos principais de um bom plano de ação.
2. Organização: proporciona todas as coisas úteis ao funcionamento da empresa e pode ser dividida em organização material e organização social.
3. Comando: leva a organização a funcionar. Seu objetivo é alcançar o máximo retomo de todos os empregados no interesse dos aspectos globais.
4. Coordenação: harmoniza todas as atividades do negócio, facilitando seu trabalho e seu sucesso. Ela sincroniza coisas e ações em suas proporções certas e adapta os meios aos fins.
5. Controle: consiste na verificação para certificar se todas as coisas ocorrem em conformidade com o plano adotado, as instruções transmitidas e os princípios estabelecidos. O objetivo é localizar as fraquezas e erros a fim de retificá-los e prevenir a recorrência.
� CHIAVENATO, Idalberto in Teoria Geral da Administração - p. 140/149 - Ed. CAMPUS - 5a Edição - RJ, 1999.

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