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Livro Fundamentos e Práticas em Gestão Uniasselvi Tecnico Contabil

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Indaial – 2021
Fundamentos 
e práticas em 
Gestão
Prof. José Luciano Sobreira de Alencar
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof. Susan Renée Klein 
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
apresentação
Prezado (a) aluno (a)
A administração é sem dúvida uma das mais relevantes atividades 
humanas pois, a partir do momento que os seres humanos deram início a 
formação de uma sociedade organizada, houve a necessidade da concentração 
de esforços comuns para se alcançar metas e atingir determinados 
objetivos. Mas como conseguir realizar esse feito com eficiência e eficácia 
com a finalidade de se alcançar determinados resultados? A resposta está 
nos fundamentos e práticas administrativas! A administração vem sendo 
essencial para assegurar a coordenação dos recursos organizacionais e do 
desempenho individual.
Ressalta-se que o processo de administrar percorreu um longo 
caminho onde, no limiar da organização humana ocorreu de forma 
rudimentar e intuitiva mas, no entanto, durante os séculos sofreu diversas 
influências de diversas organizações, de filósofos, pensadores e, por fim, 
pesquisadores que tornaram a administração uma ciência.
A administração como ciência aplicada, teve seu início no final do 
século XIX, onde por meio de diversos estudos tornou-se um objeto de estudo 
onde preconizou o abandono de antigas práticas sem nenhum embasamento 
cientifico. Assim, esses estudos desenvolveram novos métodos de trabalhos, 
racionalizando-os com o objetivo de melhorar a utilização dos recursos das 
empresas e, dessa forma, maximizar seus resultados. A partir de então, 
diversos estudos que foram desenvolvidos pressupondo que as empresas 
podem melhorar seu desempenho desenvolvendo as melhores práticas.
Nesse contexto, com o estudo da disciplina de fundamentos e 
práticas administrativas, você conhecerá a história da administração ao 
longo do tempo, desde a sua prática em eras antigas, quanto a evolução do 
pensamento administrativo através dos séculos. Conhecerá quais foram as 
principais organizações e personagens que contribuíram de forma efetiva 
para o aprimoramento da administração.
Você compreenderá como a administração tornou-se uma ciência 
aplicada; Saberá também, quais as principais escolas da administração 
moderna, seus representantes, seus objetos de estudos, métodos, finalidades, 
bem como, as principais contribuições para o desenvolvimento da 
administração contemporânea.
Como acadêmico de administração, vai entender porque a 
administração se refere ao desenvolvimento continuo das organizações, a 
relevância do planejamento, da organização, da coordenação e do controle 
para os processos decisórios nas empresas. Por fim, compreenderá que 
a administração, por meio da gestão, implica e abrange as habilidades 
gerenciais do administrador na busca constante de solução de problemas, 
da liderança, da gestão eficiente dos recursos organizacionais para garantir o 
sucesso empresarial.
Bons Estudos e Sucesso!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumário
UNIDADE 1 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO ............................................9
TÓPICO 1 Os Legados Pensadores Modernos ..................................................................................13
TÓPICO 2 A Revolução Industrial e suas influências sobre A Administração ............................17
TÓPICO 3 O Pensamento Administrativo – A Administração como Ciência, Arte e Técnicas ..21
TÓPICO 4 Escolas Clássicas da Administração.................................................................................23
TÓPICO 5 Funções da Administração ................................................................................................41
Resumo ....................................................................................................................................................52
UNIDADE 2 ÁREAS DA ADMINISTRAÇÃO .................................................................................53
TÓPICO 1 Administração Financeira ................................................................................................61
TÓPICO 2 Administração de Recursos Humanos ............................................................................69
TÓPICO 3 Administração Mercadológica/Marketing ......................................................................75
TÓPICO 4 Administração Estratégica .................................................................................................81
TÓPICO 5 Papel do administrador .....................................................................................................87
Resumo ....................................................................................................................................................93
UNIDADE 3 FUNDAMENTOS E OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO .....................................95
TÓPICO 1 Princípios da Administração ...........................................................................................103
TÓPICO 2 Conceitos da Administração ...........................................................................................113
TÓPICO 3 Processos da Administração ...........................................................................................121
TÓPICO 4 Tendências da Administração .........................................................................................133
Resumo ..................................................................................................................................................141
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO 
ADMINISTRATIVO
UNIDADE1 
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – Os legados pensadores modernos
TÓPICO 2 – A revolução industrial e suas influências sobre a 
administração
TÓPICO 3 – O pensamento administrativo – a administração como 
ciência, arte e técnicas
TÓPICO 4 – Escolas Clássicas da Administração
TÓPICO 5 – Funções da administração
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• Compreender o contexto histórico e evolutivo do pensamento 
administrativo;
• Conhecer quais foram as principais influências do pensamento 
administrativo;
• Identificar as principais teorias da administração;
• Reconhecer as principais funções administrativas.
 
10
A habilidade de gerenciar é intrínseca ao ser humano emergindo da 
necessidade de tomar decisões, coordenar e executar várias tarefas. Desde os 
primórdios, quando o homem teve a necessidade de viver em comunidade, 
desenvolveu uma capacidade de coordenar atividades mais complexas que lhe 
permitiram alcançar um maior desenvolvimento político, econômico e social.
As civilizações antigas demonstraram suas habilidades para as atividades 
administrativas, desde a engenharia aplicada para edificação de templos até o 
desenvolvimento do comércio, como é caso do império romano, que aplicava 
contratos entre as elites, que concediam terras ou aluguéis, e os vassalos que 
deveriam restituir sua fidelidade forçada e prestar determinados serviços. De 
acordo com Maximiano (2007), os povos antigos deixaram diversas contribuições, 
como por exemplo:
a. Egípcios: com a burocracia administrativa;
b. Babilônios: diversos registros de transações comerciais e controle das 
mesmas; 
c. Assírios: possuíam armazéns de suprimentos e colunas de transportes;
d. Gregos: implantaram a democracia participativa, planos de 
estratégia, conceitos de qualidade, pregação da ética e igualdade na 
administração;
e. Romanos: criadores dos tributos, primeiros organizadores de 
empresas em outro país e de associações artesanais;
f. Chineses: ensinamento de planejamento, comando, doutrina e 
estratégia militar.
Nesse panorama, a evolução do conceito de administração se inicia com o 
próprio homem pois em qualquer época histórica houve a necessidade de planejar, 
coordenar, tomar decisões e executar. Ao analisar a história da humanidade, 
encontraremos as mais diversas contribuições que povos antigos como os 
sumérios, gregos, romanos e egípcios desenvolveram para a arte de administrar. 
Além do mais, organizações como a militar e a igreja católica também influíram o 
aprimoramento da administração.
Assim, Jacobsen e Neto (2015, p. 13), afirmam que ao estudar a história das 
antigas civilizações “encontramos traços relacionados à organização do trabalho 
e ao dimensionamento estratégico nas relações comerciais e no estabelecimento 
de ordenamentos sociais e organizacionais orientados à construção do bem 
comum.” O Quadro 1, elenca e descreve as principais contribuições de povos e 
pensadores da administração através de suas determinadas épocas.
OS LEGADOS PENSADORES MODERNOS
11
Quadro 1 - Histórico do Pensamento Administrativo
CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS EVENTOS DOS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO
Anos Autores Eventos
4.000 a.C. Egípcios Necessidade de Planejar, Organizar e Controlar
2.600 a.C. Egípcios Descentralização da organização
2.000 a.C. Egípcios Necessidade de ordens escritas. Uso de consultorias
1.800 a.C. Hamurabi (Babilônia) Uso de controle escrito e documental.
1.491 a.C. Hebreus Conceito de Organização. Princípio escolar.
600 a.C. Nabucodonosor (Babilônia) Controle de produção. Incentivos salariais.
500 a.C. Mencius (China) Necessidade de Sistemas e padrões
400 a.C.
Sócrates (Grécia) Universidade da administração
Platão (Grécia) Enunciado do princípio da especialização.
175 a.C. Cato (Roma) Uso de descrição de funções
284 Dioclécio (Roma) Delegação da autoridade
1436 Arsenal de Veneza Contabilidade de custos, inventários, padronização
1525 Niccoló Machiavelli (Itália)
Princípio do consenso, lideranças, táticas 
políticas
1767 Sir James Stuart Teoria da fonte de autoridade, automação, especilização
1776 Adam Smith Princípio de especialização dos operários, conceito de controle
1799 Eli Whitney Método científico, controle de qualidade, amplitude de comando
1800 Mathew Boulton Padronização da produção, especializações, métodos de trabalho
1810 Robert Owen Práticas de RH, Treinamento para operários, casas para operários
1832 Charles babbage Abordagem científica, divisão do trabalho, estudo do tempo
1856 Daniel C. McCallum Organograma, administração em ferrovias
1886 Henry Matcalfe Arte e Ciência da administração
1900 Frederick W. Taylor Princípios da administração científica
Fonte: Chiavenato (2014, p 33).
Sendo assim, destaca Carvalho (2008), os principais acontecimentos que 
caracterizam os primórdios da administração encontram-se nos fatos históricos, 
sociais, políticos e econômicos, caracterizando o panorama no qual estão inseridas 
as organizações dos ancestrais. Dessa forma, ao longo dos séculos observa-se que 
as aplicações e conceitos da administração, como estrutura formal de ação, foram 
sendo delineados por influências de diversas áreas do conhecimento humano 
(ROSSÉS, 2014). 
 
12
UNIDADE 1
O contexto histórico da administração constitui o resultado de diversas 
práticas empíricas, resultados das ações administrativas de diversas figuras 
lendárias iniciadas há mais de seis mil anos. A Administração, tal como a 
encontramos hoje, é o resultado histórico e integrado da contribuição cumulativa 
de numerosos precursores, alguns filósofos, outros físicos, economistas, estadistas, 
e outros até mesmo empresários que, no decorrer dos tempos, foram, cada qual 
no seu campo de atividades, desenvolvendo e divulgando as suas obras e teorias. 
Nesse contexto, Ferreira (2009, p.2), corrobora ao afirmar que “ao longo 
dos séculos que vão da antiguidade até o início da atividade moderna, a Filosofia 
concentrou-se em preocupações distanciadas dos problemas administrativos”. 
Segundo esse autor, apenas após as primeiras décadas do século XVII desponta 
René Descartes (Figura 1), filósofo, matemático e físico francês, que desenvolveu 
as coordenadas cartesianas impulsionando.
Figura 1 - René Descartes
Fonte: Google Imagens (2020).
TÓPICO 1 
OS LEGADOS PENSADORES MODERNOS
 
14
Assim, a matemática e a geometria desse período em que o método 
cartesiano apresenta quatro princípios:
a. Dúvida sistemática ou da Evidência: não se deve aceitar como 
verdadeiro, coisa alguma, enquanto não se souber com evidência;
b. Análise ou Decomposição: dividir um problema em partes para 
solucioná-lo, resolvendo as partes separadamente;
c. Síntese ou Composição: conduzir ordenadamente o raciocínio, 
começando pelo mais simples e fácil, passando gradativamente para 
os mais difíceis;
d. Enumeração ou Verificação: fazer verificações e revisões em tudo, 
para que nada seja omitido ou deixado de lado.
Esses quatro princípios racionais, lineares e analíticos da metodologia 
cartesiana, inspiraram a teoria administrativa até o final da Era 
Industrial. O Método Cartesiano contribuiu para diversas teorias, 
entre elas a divisão do trabalho, da ordem e do controle (FERREIRA, 
2009, p. 2).
No entanto, durante os séculos, que vão desde a antiguidade até ao início 
da Idade Moderna, a filosofia estudou uma grande variedade de assuntos que não 
estavam relacionados com problemas administrativos. Porém, Chiavenato (2004), 
elenca e descreve os principais filósofos da era moderna da humanidade, bem como 
suas principais contribuições para o pensamento administrativo, sendo eles:
Figura 2 - Karl Marx e Friedrich Engels
Fonte: Google Imagens (2020).
a. Thomas Hobbes (1588-1679): filósofo político inglês, defende o 
governo absoluto em função de sua visão pessimista da humanidade. 
Na ausência do governo, os indivíduos tendema viver em guerra 
permanente e conflito interminável para obtenção de meios de 
subsistência. No livro Leviatã, assinala que o povo renuncia a seus 
direitos naturais em favor de um governo que, investido do poder 
OS LEGADOS PENSADORES MODERNOS
15
a ele conferido, impõe a ordem, organiza a vida social e garante a 
paz. O Estado representa um pacto social que, ao crescer alcança as 
dimensões de um dinossauro ameaçando a liberdade dos cidadãos;
b. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): desenvolveu a teoria do Contrato 
Social: o Estado surge de um acordo de vontades. Contrato social é 
um acordo entre os membros de uma sociedade pelo qual reconhecem 
a autoridade igual sobre todos de um regime político, governante ou 
de um conjunto de regras. Rousseau assevera que o homem é por 
natureza bom e afável e a vida em sociedade o deturpa; 
c. Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895): Figura 2, 
propõem uma teoria da origem econômica do Estado. O poder político 
e do Estado nada mais é do que o fruto da dominação econômica 
do homem pelo homem. O Estado vem a ser uma ordem coativa, 
imposta por uma classe social exploradora. No Manifesto Comunista, 
afirmam que a história da humanidade é uma história da luta de 
classes. Homens livres e escravos, patrícios e plebeus, nobres e servos, 
mestres e artesãos, em outras palavras exploradores e explorados, 
sempre mantiveram uma luta, oculta ou manifesta. Marx afirma que, 
os fenômenos históricos são o produto das relações econômicas entre 
os homens. O marxismo foi a primeira ideologia a afirmar o estudo 
das leis objetivas do desenvolvimento econômico da sociedade, em 
oposição aos ideais metafísicos.
 
16
O contexto histórico da administração constitui o resultado de diversas 
práticas empíricas resultados das ações administrativas de diversas figuras 
lendárias iniciadas há mais de seis mil anos. A Administração, tal como 
a encontramos hoje, é o resultado histórico e integrado da contribuição 
cumulativa de numerosos precursores, alguns filósofos, outros físicos, 
economistas, estadistas, e outros até mesmo empresários que, no decorrer 
dos tempos, foram, cada qual no seu campo de atividades, desenvolvendo e 
divulgando as suas obras e teorias.
Baseando-se nos estudos da unidade 1, elenque e descreva quais foram os 
principais pensadores modernos e quais foram seus legados.
AUTOATIVIDADE
UNIDADE 1
A revolução industrial, ocorrida na Inglaterra na segunda metade do século 
XVIII, marca um novo período de desenvolvimento produtivo e econômico, no 
qual transforma grande parte da sociedade, que era baseada na produção artesanal 
e agrária, em uma sociedade urbana e industrializada. Produtos e mercadorias 
que até então eram manufaturados e em pequenas quantidades, começaram a 
serem produzidos em larga escala nas fábricas. Essa nova forma de produção só 
foi possível graças ao desenvolvimento e a utilização de máquinas e técnicas da 
indústria têxtil, da metalurgia, com a fabricação e ferro, e de nova força motriz.
A partir de 1776, com o invento da máquina a vapor (Figura 3) por 
James Watt (1736-1819) e sua futura aplicação na produção industrial, uma nova 
concepção de trabalho transformou totalmente a estrutura social e comercial da 
época, originando intensas e velozes alterações econômicas, políticas e sociais 
que, em um período de aproximadamente um século, foram maiores do que as 
ocorridas no milênio anterior. 
Figura 3 - Máquina a vapor
Fonte: Maestrovirtuale (2020a).
Para Chiavenato (2014, p. 39):
Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e que pode ser 
dividida em duas épocas distintas: a) 1780 a 1860: Primeira Revolução 
Industrial ou revolução do carvão e do ferro e b) 1860 a 1914: Segunda 
Revolução Industrial ou revolução do aço e da eletricidade.
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SUAS INFLUÊNCIAS 
SOBRE A ADMINISTRAÇÃO
TÓPICO 2 
18
 
De acordo com o autor, esse período de industrialização nasceu como 
uma bola de neve em aceleração crescente e atingiu todo seu ponto alto a partir 
do século XIX. A Primeira Revolução Industrial passou por quatro fases distintas 
(CHIAVENATO, 2014):
a. 1ª fase: mecanização da indústria e da agricultura, no fim do século 
XVIII, com a máquina de fiar (inventada pelo inglês Hargreaves 
em 1767), o tear hidráulico (Arkwright, em 1769), o tear mecânico 
(Cartwright, em 1785) e o descaroçador de algodão (Whitney, em 
1792), que substituíram o trabalho do homem e a sua força motriz, do 
animal ou da roda de água;
b. 2ª fase: aplicação da força motriz à indústria. A força elástica do vapor, 
descoberta por Denis Papin no século XVII, ficou sem aplicação até 
1776, quando Watt inventou a máquina a vapor;
c. 3ª fase: desenvolvimento do sistema fabril. O artesão e sua pequena 
oficina patronal desapareceram para ceder lugar ao operário e às 
fábricas e usinas baseadas na divisão do trabalho;
d. 4ª fase: aceleramento dos transportes e das comunicações. A navegação 
a vapor surgiu com Robert Fulton (1807) e logo depois as rodas 
propulsoras foram substituídas por hélices. A locomotiva a vapor foi 
aperfeiçoada por Stephenson, surgindo a primeira estrada de ferro na 
Inglaterra (1825) e logo depois nos Estados Unidos (1829) e no Japão 
(1832). Esse novo meio de transporte propagou-se vertiginosamente.
Chiavenato (2014), ainda destaca que a partir de 1860, a revolução 
industrial iniciou sua segunda fase, impulsionada por 03 grandes acontecimentos: 
i) o aparecimento do processo de fabricação do aço (1856), ii) o aperfeiçoamento 
do dínamo (1873) e iii) a invenção do motor de combustão interna (1873) por 
Daimler. As principais particularidades da 2ª Revolução Industrial são as 
seguintes: a) substituição do ferro pelo aço como material industrial básico; b) 
substituição do vapor pela eletricidade e derivados do petróleo como fontes de 
energia; c) desenvolvimento da maquinaria automática e da especialização do 
trabalhador; d) crescente domínio da indústria pela ciência e e) Transformações 
radicais nos transportes e nas comunicações: as vias férreas foram ampliadas. A 
partir de 1880, Daimler e Benz construíram automóveis na Alemanha; Dunlop 
aperfeiçoou o pneumático em 1888 e Henry Ford iniciou a produção do seu 
modelo T em 1908 – Divisão de trabalho conforme ilustrado na Figura 4. Em 1906, 
Santos Dumont fez a primeira experiência com o avião;
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SUAS INFLUÊNCIAS SOBRE A ADMINISTRAÇÃO
19
Figura 4 - Divisão de Trabalho
Uma pessoa que realiza as cinco fases necessárias na fabricação de um 
produto só pode fabricar uma unidade.
Cinco pessoas, cada uma delas especializada em uma das fases de 
fabricação, fabricam dez unidades ao mesmo tempo.
A divisão do trabalho é um princípio básico da industrialização. Na divisão do 
trabalho, cada trabalhador é designado para uma tarefa, ou fase, diferente no 
processo de fabricação, o que resulta em um aumento da produção total. Como 
mostra a ilustração superior, se uma pessoa realizar as cinco fases na fabricação 
de um produto, poderá produzir uma unidade ao dia. Cinco trabalhadores, cada 
um especializado em uma das cinco fases, poderão produzir 10 unidades ao 
mesmo tempo. Fonte: Microsoft ® Encarta ® Enciclopédia 2002. © 1993-2001 
Microsoft Corporation.
Fonte: Ferreira (2009, p. 4).
Esses primeiros administradores tiveram problemas parecidos 
com os dos administradores modernos, e o curso do pensamento 
administrativo é a história de como buscamos resolver esses problemas 
ao longo dos anos, enquanto cresciam em tamanho e em complexidade 
(SILVA, 2008, p. 92). 
20
 
A revolução industrial ocorrida na Inglaterra na segunda metade do século 
XVIII marca um novo período de desenvolvimento produtivo e econômico 
no qual transforma grande parte da sociedade, que era baseada na produção 
artesanal e agrária, em uma sociedade urbana e industrializadas. Produtos e 
mercadorias que até então eram manufaturadas e em pequenas quantidades, 
começam a ser produzidas em larga escala nas fábricas. Essa novaforma de 
produção só foi possível graças ao desenvolvimento e a utilização de máquinas 
e técnicas da indústria têxtil, da metalurgia com a fabricação e ferro e de nova 
força motriz.
De acordo com o conteúdo da unidade 1 a revolução industrial passou por 
duas fases peculiares. Dessa forma, descreva as quatro fases distintas da 
Primeira Revolução Industrial.
AUTOATIVIDADE
UNIDADE 1
Arte pode ser considerada como sendo uma prática hábil e sistematizada. 
Para um indivíduo corresponde a uma habilidade de uma parte de dotação 
natural, isto é, nata, porém a outra parte pode ser construída pelo esforço em 
aprender e dominar determinadas técnicas. Por muito tempo a administração foi 
denominada como uma arte, como foi visto nos antecedentes históricos. 
Existia no passado uma máxima que afirmava que os administradores 
nascem e não são feitos. Essa era a razão pela qual o treinamento não tinha papel 
na preparação de futuros administradores. Por definição, administração nada 
mais é do que o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o trabalho 
dos membros da organização e de utilizar os recursos disponíveis da organização 
para atingir os objetivos estabelecidos. Porém, esta definição principal deve ser 
ampliada.
De acordo com Chiavenato (2014, p. 17):
a administração é muito mais que simplesmente planejar, organizar, 
dirigir e controlar, (...). A administração envolve um complexo de 
decisões e ações aplicadas a uma variedade de situações, em uma 
ampla diversidade de organizações.
Na concepção de Ortiz (2008), o desenvolvimento subsequente das 
organizações está ligado à evolução da administração, não só na sua dimensão 
científica, mas também na sua aplicação e caráter técnico. É necessário conhecer 
previamente o significado dos termos ciência, técnica e arte, a fim de avaliar o 
verdadeiro lugar da administração no campo acadêmico. O Quadro 2 faz essa 
contextualização.
Quadro 2 - Administração como Ciência, técnica e Arte
COMO 
CIÊNCIA
A administração tem um conjunto de conhecimentos organizados de forma sistemática que se 
baseia na acumulação de conhecimentos históricos e tem os seus próprios princípios. Tem um 
objeto de estudo que é a organização. Possui vários métodos e teorias de aplicação geral cujas 
conclusões são viáveis e podem ser tornadas unitárias. 
COMO 
TÉCNICA
A administração é constituída por um conjunto de procedimentos validados por 
conhecimentos e experiência, e de aplicação geral ou particular. Estes procedimentos e 
recursos, que são moldados pela profissão de administração, requerem um exercício constante 
para adquirir maior perícia e habilidade na sua utilização para resolver problemas práticos.
COMO 
ARTE
A administração é caracterizada pela virtude, disposição e personalidade para construir um 
cenário favorável numa organização de seres humanos com atributos variados e complexos. 
A administração resgata a necessidade de usar a criatividade na solução de problemas com 
o avanço das estratégias e objetivos propostos. O carácter da arte está também presente na 
seleção de soluções simples, harmónicas e integradoras.
Fonte: Ortiz (2008).
O PENSAMENTO ADMINISTRATIVO – A ADMINISTRAÇÃO 
COMO CIÊNCIA, ARTE E TÉCNICAS
TÓPICO 3 
22
 
Arte pode ser considera como sendo prática hábil e sistematizada. Para um 
indivíduo corresponde a uma habilidade de uma parte de dotação natural, 
isto é, é nata, porém a outra parte pode ser construída pelo esforço em 
aprender e dominar determinadas técnicas. Por muito tempo a administração 
foi denominada como uma arte, como foi visto nos antecedentes históricos.
É necessário conhecer previamente o significado dos termos ciência, técnica e 
arte a fim de avaliar o verdadeiro lugar da administração no campo acadêmico. 
Nesse contexto, complete o quadro abaixo.
COMO 
CIÊNCIA
COMO 
TÉCNICA
COMO 
ARTE
AUTOATIVIDADE
UNIDADE 1
As escolas clássicas de administração, deram origem às teorias clássicas 
da administração, o que ocorreu durante a revolução industrial. Essas escolas, 
atualmente, são consideradas as principais teorias que buscaram a eficácia das 
organizações e deram origem ao pensamento administrativo moderno. Diversos 
autores relatam que se originaram quando novos problemas relacionados ao 
sistema fabril começaram a surgir.
Nesse período os gerentes não tinham certeza e convicção de como 
treinar funcionários ou lidar com o aumento da insatisfação no trabalho, então 
começaram a avaliar soluções. Como resultado, a teoria clássica da administração 
desenvolveu-se a partir de esforços para encontrar a melhor maneira de executar 
e gerenciar tarefas. Essas escolas do pensamento administrativo descrevem 
quatro teorias principais: a Teoria da Administração Cientifica de Taylor, a Teoria 
Clássica da Administração de Fayol, a Teoria das Relações Humanas de Mayo e a 
Teoria Burocrática de Weber.
O estudo do pensamento administrativo, desde o seu nascimento como 
disciplina, formou diversas teorias administrativas com a qual o administrador 
trabalha e analisa. No entanto, não há uma teoria definitiva em nenhuma ciência, 
ou seja, não há soluções para todos os tipos de problemas, mas abordagens. 
Na administração, as teorias são continuamente geradas como correntes de 
pensamentos peculiares ao seu tempo, algumas são adaptações de teorias clássicas 
para novos problemas. As teorias são o motor que impulsionam o crescimento do 
pensamento administrativo.
As teorias, também conhecidas como correntes ideológicas, agrupam os 
pensamentos mais seletos de uma determinada abordagem. Os autores principais, 
já citados, possuem determinadas características que lhes permitem agrupar-se 
em sua corrente de pensamento. Obviamente, não há uma abordagem igual, o 
que existe é uma abordagem principal, que demonstra os métodos para aquela 
escola, referindo-se a um determinado momento histórico e para determinadas 
situações. 
Teoria da Administração CientÍfica
A Teoria da Administração Científica, também é conhecida por sua 
aplicabilidade na engenharia de produção e nos níveis mais operacionais das 
organizações. O maior contribuidor dessa teoria é o engenheiro norte-americano 
Fredrick Winslow Taylor (1856-1915), e é por esse motivo que a administração 
TÓPICO 4 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
24
 
científica é frequentemente chamada de “taylorismo”. Taylor, (Figura 5) era um 
engenheiro mecânico que se interessava principalmente pelo tipo de trabalho 
feito nas fábricas e oficinas. Ele observou que os proprietários e gerentes das 
fábricas sabiam pouco sobre o que realmente acontecia. Taylor acreditava que o 
sistema poderia ser melhorado e procurou um incentivo.
Figura 5 - Frederick Winslow Taylor
Fonte: Google Imagens (2020).
De acordo com Caravantes, Panno e Kloeckner (2005, p. 56):
Frederick Winslow Taylor começou conhecido como o pai da 
administração cientifica, começou sua carreira na Midvale Steel 
Company, na Filadélfia, no ano de 1878. Enquanto lá trabalhava 
galgou postos, como líder de grupos, assistente de capataz, capataz, 
mecânico-chefe e engenheiro-chefe. Foi também responsável pela 
organização do gerenciamento de empresas importantes como 
Bethlehem Steel Company, Cramps Shipbuilding Company e Midvale 
Steel Company, no ano de 1900, Taylor recebeu uma medalha de ouro 
da Exposição em Paris, por sua invenção de processo de tratamento de 
ferramentas modernas de alta velocidade.
Ele decidiu, pela remuneração surgindo, na concepção de Taylor, o homo 
economicus, que tinha por princípio que o indivíduo busca por trabalho não 
porque gosta dele, mas como uma maneira de sobrevivência, que o salário pode 
proporcionar. Taylor acreditava que um trabalhador deveria receber “um dia de 
pagamento justo por um dia de trabalho justo” - nem mais, nem menos. Se o 
trabalhador não conseguia trabalhar pelo objetivo, então a pessoa não deveria 
estar trabalhando. 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
25
Rodriguez (2006), afirma que Frederico W. Taylor tem sido consideradocomo o “pai da administração científica” por investigar sistematicamente o 
trabalho humano em operações de produção em empresas utilizando o método 
científico. Observou os operários (Figura 6), quando produziam peças metálicas 
ou peças para a construção de edifícios (lingotes). Nas alturas das construções, 
cada trabalhador fazia à sua maneira e, portanto, cada lingote era diferente 
na forma e no custo. Não existiam normas, que atualmente conhecemos como 
padronização das operações de qualidade, na produção de um objeto e/ou serviço 
que facilitassem a sua medição.
Figura 6 - Operários do início do século XX
Fonte: Google Imagens (2020).
Assim, Taylor afirmou:
a. Não havia um sistema de trabalho eficaz;
b. Não havia incentivos econômicos para que os trabalhadores 
melhorassem o seu desempenho;
c. As decisões eram tomadas militarmente e empiricamente, e não pelo 
conhecimento científico. Ou os trabalhadores foram contratados sem 
levar em consideração suas competências.
O conceito do homem econômico
É uma visão estreita da natureza humana: o homem econômico não se limitava a ver 
o homem como um empregado por dinheiro; via no operário da época um indivíduo 
limitado e mesquinho, preguiçoso e culpado pela vadiagem e desperdício das empresas e 
que deveria ser controlado por meio do trabalho racionalizado e do tempo-padrão.
UNI
26
 
A administração científica constitui uma teoria de gerenciamento que 
busca analisar os fluxos de trabalho com o objetivo de melhorar a eficiência 
econômica, principalmente a produtividade do trabalhador. Esta teoria era 
popular nas décadas de 1880 e 1890 nas indústrias manufatureiras dos Estados 
Unidos. “Essa essência - que ainda perdura em muitas tecnologias administrativas 
contemporâneas – repousa no que Taylor chamava de administração cientifica 
e nos pré-requisitos básicos para sua aplicação” (CARAVANTES; PANNO; 
KLOECKNER, 2005, p. 57).
Seu propósito era a redução do acaso, e a extinção da ‘regra do polegar’ 
do empirismo, ou seja, a experiência sem fundamentação científica no processo 
produtivo, bem como os fatores de personalidade na tomada de decisão, 
defendendo, assim, administração por sistemas e padrões. Nesse contexto, 
Chiavenato (2014), divide em dois períodos os estudos de Taylor, como segue:
1. O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação 
de seu livro Shop Management (1903), Figura 7, sobre as técnicas 
de racionalização do trabalho do operário, por meio do estudo de 
tempos e movimentos (motion-time study). Taylor começou por 
baixo, com os operários no nível de execução, efetuando um paciente 
trabalho de análise das tarefas de cada trabalhador, decompondo 
seus movimentos e processos de trabalho para aperfeiçoá-los e 
racionalizá-los. Verificou que o operário médio, com o equipamento 
disponível, produzia muito menos do que era potencialmente capaz. 
Concluiu que, se o operário mais produtivo percebesse que obtinha 
a mesma remuneração que o seu colega menos produtivo, acabava 
se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo 
com sua capacidade. Daí a necessidade de criar condições de pagar 
mais ao operário que produz mais. Em essência, Taylor diz, em Shop 
Management, que:
Figura 7 - Livro Shop Management
Fonte: Google Imagens (2020).
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
27
a. O objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir 
custos unitários de produção;
b. Para realizar tal objetivo, a administração deve aplicar métodos 
científicos de pesquisa e experimentos para formular princípios 
e estabelecer processos padronizados que permitam o controle 
das operações fabris;
c. Os empregados devem ser cientificamente selecionados e 
colocados em seus postos com condições de trabalho adequadas 
para que as normas sejam cumpridas;
d. Os empregados devem ser cientificamente treinados para 
aperfeiçoarem suas aptidões e executarem uma tarefa, para que 
a produção normal seja cumprida;
e. A administração precisa criar uma atmosfera de íntima e cordial 
cooperação com os trabalhadores para garantir a permanência 
desse ambiente psicológico.
2. Segundo período de Taylor Corresponde à publicação do seu livro The 
Principles of Scientific Management (1911), Figura 8, quando concluiu 
que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada 
de uma estruturação geral para tornar coerente a aplicação dos seus 
princípios na empresa como um todo. A partir daí, desenvolveu seus 
estudos sobre a administração geral, a qual denominou Administração 
Científica, sem deixar de lado sua preocupação quanto à tarefa do 
operário. Para Taylor, as indústrias de sua época padeciam de três 
males: 
a. Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a produção a 
cerca de 1/3 do que seria normal, para evitar a redução das tarifas de 
salários pela gerência. Há três causas determinantes da vadiagem no 
trabalho: 
1. O engano disseminado entre os trabalhadores de que o maior 
rendimento do homem e da máquina provoca desemprego.
2. O sistema defeituoso de administração que força os operários 
à ociosidade no trabalho, a fim de proteger seus interesses 
pessoais. 
3. Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, 
com os quais o operário desperdiça grande parte de seu esforço 
e tempo.
b. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo 
necessário para sua realização;
c. Falta de uniformidade das técnicas e dos métodos de trabalho.
28
 
Figura 8 - Livro The principles of scientific management
Fonte: Google Imagens (2020).
Taylor acreditava que os operários de uma fábrica poderiam melhorar sua 
eficiência se realizasse um estudo científico de sua forma de trabalhar, conceito 
que basicamente provém da análise do tempo e dos movimentos. Era o que se 
denominou Organização Racional do Trabalho (ORT) conforme ilustrado na 
Figura 9. 
Figura 9 - Organização Racional do Trabalho (ORT)
Antes do Estudo Depois do Estudo
Fonte: Google Imagens (2020).
Taylor descobriu que os operários aprenderam a executar tarefas 
observando os seus colegas. Ele percebeu que isto levou a diferentes métodos 
de execução da mesma tarefa, bem como a utilização de diversos instrumentos 
e ferramentas em cada operação. Uma vez que, entre os diferentes métodos e 
instrumentos utilizados em cada trabalho há sempre um método mais rápido e 
um instrumento mais adequado que os outros, é possível encontrar estes últimos 
e aperfeiçoá-los através de análises científicas e estudo detalhado dos tempos e 
dos movimentos, em vez de deixar aos critérios pessoais de cada operário. 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
29
A intenção de Taylor era substituir métodos empíricos e rudimentares por 
métodos científicos em todas as tarefas. De acordo com Chiavenato (2004), A ORT 
se fundamenta nos seguintes aspectos: 
a. análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos; 
b. estudo da fadiga humana; 
c. divisão do trabalho e especialização do operário; 
d. desenho de cargos e de tarefas; 
e. incentivos salariais e prêmios de produção; 
f. conceito de homo economicus; 
g. condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto etc.; 
h. padronização de métodos e de máquinas;
i. supervisão funcional.
Teoria Clássica da Administração
A teoria clássica da administração, também denominada corrente 
Fayolista em honra do seu criador Jules Henri Fayol (1841-1925), Figura 10, 
distinguiu-se pela sua abordagem sistêmica. Os seus estudos contemplam todas 
as áreas da organização, uma vez que se faz imprescindível para Fayol a empresa 
vender, produzir, financiar e segurar os ativos. Em suma, a organização e os 
seus componentes eram vistos como um grande sistema interdependente, como 
clientes internos. 
Figura 10 - Jules Henri Fayol
 Fonte: Maestrovirtuale (2020b).
Dos teóricos da administração, foi o primeiro a identificar a administração 
como um processo contínuo de avaliação. Ele se concentrava na estrutura e nas 
funções que uma organização deve ter para alcançar a eficiência.30
 
De acordo com Münch (2010), Henri Fayol inicia a escola do processo 
administrativo, também conhecida como teoria clássica. Postula que a 
administração é feita por meio de várias fases. Com o passar do tempo e a 
contribuição de vários autores, a Teoria Clássica deu origem à Escola Eclética, 
que compreende uma conjunção de ideias de correntes para a aplicação da 
administração.
De acordo com Rodriguez (2006): “Fayol é o autor mais reconhecido no 
campo da administração mundial. Seu trabalho foi regido principalmente nas 
regras universais que regem a administração de empresas”. O pensamento 
de Fayol, divulgado por meio dos seus livros, conferências e por membros da 
academia, como por exemplo o do Centro de Estudos Administrativos em Paris, 
é conhecido mundialmente como Fayolismo, constituído por princípios de gestão 
e processos administrativos, produtivos, comerciais e financeiros.
Tal como Taylor, Fayol considerou necessário introduzir o método científico 
na gestão das organizações, ou seja, observando, registrando, classificando e 
interpretando os fatos de maneira a conseguir regras gerais que permitiam o 
prognóstico das situações para as prever antes que elas acontecessem. Fayol 
observou que “o empirismo tem reinado na administração dos negócios. Cada 
gestor (gerente ou diretor) governa ou dirige à sua maneira, sem se preocupar 
com a existência de leis que regulem a boa gestão” (RODRIGUEZ, 2006). 
Na administração, Fayol atribuiu as suas realizações à aplicação consistente 
e sistemática de uma série de princípios simples, eficazes e universalmente 
aplicáveis que a experiência humana, ao longo dos séculos, tinha alcançado e 
que ele tinha sintetizado e adaptado cientificamente. Abriu, assim, claramente, o 
caminho para uma escola inteira entre os pensamentos confusos sobre a natureza 
da gestão da alta gerência. A Figura 11 elenca as principais contribuições de Fayol 
para a administração.
Figura 11 - Principais contribuições de Henri Fayol
Processos 
administrativos (PA)
Criador do Centro 
de Estudos 
Administrativos 
em Paris
Universalidade da 
Administração.
Habilidades 
administrativas 
e gerenciais 
por hierarquia
Princípios Gerais 
da Administração 
Áreas funcionais 
nas organizações
Fonte: Rodríguez (2006).
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
31
Fayol organizou a gestão administrativa, enquanto Taylor deu ordem 
as tarefas e os seus processos. Coloquialmente falando, o primeiro organizou a 
cabeça, enquanto o segundo organizou os pés e as mãos. Estes autores, como 
todos os teóricos da administração que vamos ver, são complementares, não 
excludentes (RODRIGUEZ, 2006).
De acordo com Marco e Loguzzo (2016), a principal obra de Fayol é a 
Administration Industrielle Et Generale (Administração Industrial e Geral, 
Figura 12) publicada em 1916. Dela, parte a afirmação de que, o conjunto de 
funções realizadas por cada empresa pode ser dividido em seis grupos: 
Figura 12 - Administration Industrielle Et Generale
Fonte: Google Imagens (2020).
a. Técnicas: relacionadas com a produção de bens ou serviços;
b. Comerciais: relacionadas com a compra, venda e troca;
c. Financeiras: relacionadas com a procura e administração do capital;
d. Segurança: relacionadas com a proteção e preservação de bens e 
pessoas;
e. Contabilísticas: relacionadas com registos, inventários, balanços, 
análise de custos e estatísticas;
f. Administrativas: relacionadas com a integração das outras cinco 
funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as 
outras funções da empresa, e estão sempre localizadas em um nível 
hierárquico superior a elas.
De acordo com Silva (2008), “as funções da administração são aquelas 
atividades básicas que devem ser desempenhadas por administradores para 
alcançar os resultados determinados e/ou esperados pelas organizações”. Essas 
funções constituem o processo administrativo e estão descritas no Quadro 3.
32
 
Quadro 3 - Funções da Administração
PLANEJAMENTO
Determinação de objetivos e metas poro o desempenho 
organizacional futuro e decisão dos tarefas e recursos utilizados 
poro alcance desses objetivos.
ORGANIZAÇÃO Processo de designação de tarefas, de agrupamento de tarefas em departamentos e de alocação de recursos paro os departamentos.
DIREÇÃO
Influencia para que outras pessoas realizem suas tarefas de modo 
o alcançar os objetivos estabelecidos, envolvendo energização, 
ativação e persuasão dessas pessoas.
CONTROLE Função que se encarrega de comparar o desempenho atual com os padrões predeterminados, isto é, com o planejado.
Fonte: Silva (2008).
Na perspectiva de Chiavenato (2014), “Fayol define o ato de administrar 
como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. As funções 
administrativas envolvem os elementos da administração”, isto é, as funções do 
administrador denominado de POCCC:
a. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
b. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa.
c. Comandar: dirigir e orientar o pessoal.
d. Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos.
e. Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras 
estabelecidas e as ordens dadas.
Segundo Maximiano (2000), Fayol completa sua teoria com a proposição 
de 14 princípios que devem ser seguidos para que a administração seja eficaz:
1. Divisão de trabalho, a designação de tarefas específicas para cada 
indivíduo, resultando na especialização das funções e separação dos 
poderes;
2. Autoridade e responsabilidade, sendo a primeira o direito de mandar 
e o poder de se fazer obedecer, e a segunda, a sanção - recompensa ou 
penalidade - que acompanha o exercício do poder; 
3. Disciplina, o respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e 
seus agentes;
4. Unidade de comando, de forma que cada indivíduo tenha apenas um 
superior;
5. Unidade de direção, um só chefe e um só programa para um conjunto 
de operações que visam ao mesmo objetivo;
6. Subordinação do interesse individual ao interesse geral;
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
33
7. Remuneração do pessoal, de forma equitativa e com base tanto em 
fatores externos, quanto internos;
8. Centralização, o equilíbrio entre a concentração de poderes de decisão 
no chefe, sua capacidade de enfrentar suas responsabilidades e a 
iniciativa dos subordinados;
9. Cadeia de comando (linha de autoridade), ou hierarquia, a série dos 
chefes, desde o primeiro, ao último escalão, dando-se aos subordinados 
de chefes diferentes a autonomia para estabelecer relações diretas (a 
ponte de Fayol);
10. Ordem, um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar;
11. Equidade, o tratamento das pessoas com benevolência e justiça, não 
excluindo a energia e o rigor quando necessários;
12. Estabilidade do pessoal, a manutenção das equipes como forma de 
promover seu desenvolvimento;
13. Iniciativa, que faz aumentar o zelo e a atividade dos agentes;
14. Espírito de equipe.
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
No mundo intelectual, a importância que a maximização da produtividade 
exige, para que seja viável o uso de uma tecnologia que parte de concepções válidas 
sobre a natureza do homem, está aos poucos ganhando corpo nos negócios. As 
investigações estão acontecendo, e sobre seus resultados se delineia a corrente 
sociológica da administração.
A teoria das relações humanas nasceu nos Estados Unidos, na década de 
1920 do século XX, e foi possível graças ao desenvolvimento das ciências sociais, 
especialmente da psicologia. Foi basicamente um movimento de reação e oposição 
à teoria clássica da administração. 
A Teoria das Relações Humanas foi desenvolvida pelo psicólogo George 
Elton Mayo (1880-1949). Mayo, Figura 13, foi professor de Filosofia, Lógica e Ética 
na Austrália. Em 1922 emigrou para os Estados Unidos onde, imediatamente, se 
dedicou à pesquisa industrial. Mayo junto com seus colaboradores, Mery Perker 
Follet, Abraham Maslow e Douglas McGregor, realizaram uma série de estudos 
na Western ElectricCompany em Hawthorne (Illinois), iniciando a aplicação das 
relações humanas que, ainda hoje, são vitais para o sucesso de uma empresa.
34
 
Figura 13 - George Elton Mayo
Fonte: Google Imagens (2020).
Na perspectiva de Chiavenato (2014), a Teoria das Relações Humanas tem 
suas origens nos seguintes fatos:
a. Necessidade de humanizar e democratizar a administração, 
libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica 
e adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano. Nesse 
sentido, a Teoria das Relações Humanas se revelou um movimento 
tipicamente americano e voltado para a democratização dos conceitos 
administrativos;
b. Desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia, 
bem como sua crescente influência intelectual e suas primeiras 
aplicações à organização industrial. As ciências humanas vieram 
demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica;
c. Ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia 
dinâmica de Kurt Lewin fundamentais para o humanismo na 
administração. Elton Mayo é o fundador da escola. Dewey e Lewin 
também contribuíram para sua concepção, e a sociologia de Pareto 
foi fundamental;
d. Conclusões da Experiência de Hawthorne: realizada entre 1927 e 
1932, sob a coordenação de Elton Mayo, que puseram em xeque os 
principais postulados da Teoria Clássica da administração.
Para Silva (2008 p. 186), Mayo foi o responsável pela coordenação e 
realização da “experiência de Hawthorne, que desencadeou uma série de 
descobertas sobre o comportamento humano no trabalho. Realizou quatro estudos 
importantes com relação ao comportamento e aos resultados da produtividade 
no trabalho, entre 1923 e 1944”, como segue abaixo:
a. O primeiro foi desenvolvido em uma fábrica de tecidos na Filadélfia, 
onde ocorria uma intensa troca de funcionários, que se mostravam 
tristes e deprimidos, o que, de acordo com Mayo, era conseqüência 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
35
da fadiga. Mayo então estabeleceu períodos de descanso ao longo 
do dia, o que não provocou grande alteração na motivação. Houve 
significativa melhora no comportamento dos operários quando eles 
passaram a participar da decisão de estabelecer os períodos mais 
convenientes de descanso;
b. O segundo estudo desenvolvido foi a experiência na fábrica de 
Hawthorne, a mais famosa pesquisa sobre o relacionamento das 
pessoas no trabalho;
c. O terceiro estudo foi uma pesquisa que se desenvolveu em três 
indústrias metalúrgicas (uma cidade da costa ocidental dos Estados 
Unidos) onde ocorria um alto índice de absenteísmo, exceto em uma 
delas. Mayo descobriu que nesta última o grupo tinha sua reputação 
valorizada, o que foi conseqüência de treinamento dos contramestres 
feito muito tempo antes, a fim de preservar a dignidade pessoal 
do empregado, o que se mantinha até então. O treinamento dos 
contramestres se fundamentava em serem pacientes, atenciosos e em 
evitar o descontrole emocional no trato com seus subordinados;
d. A quarta pesquisa foi realizada em uma fábrica de aviões, em 1944, 
no sul da Califórnia, onde se constatava alta rotatividade da mão-
de-obra. Mayo verificou que, dentre os tipos de comportamento 
dos grupos da empresa, destacava-se aquele com espírito de equipe 
criado pelos gerentes, que incitavam a solidariedade com os demais 
participantes.
Figura 14 - Western Electric Company
Fonte: Chuckman (2013).
De acordo com Ali (2014), foram realizados estudos da Hawthorne para 
encontrar a relação entre o ambiente físico e a produção dos trabalhadores. 
Foram realizadas experiências da Hawthorne na Western Electric Company em 
Chicago (Figura 14). Mayo foi envolvido no projeto em 1929 e 1930, e entrevistou 
os trabalhadores envolvidos nas experiências. Através destes estudos, Mayo 
concluiu que os trabalhadores se tornam mais produtivos se receberem atenção 
36
 
da direção. O resultado das suas descobertas nos estudos da Hawthorne, mais 
tarde deu lugar ao movimento de relações humanas. O movimento centra-se no 
conceito de satisfação profissional, normas de grupo e liderança, qualidade e o 
seu significado na melhoria da produtividade.
Teoria Burocrática
A partir do pensamento administrativo direcionados para as organizações, 
diversas teorias ao longo do tempo têm sido construídas sobre a organização do 
trabalho nas empresas. O século XX foi um manancial de correntes para a área 
da administração e, uma das mais significantes foi a Teoria Burocrática de Max 
Weber (Figura 15).
Figura 15 - Max Weber
Fonte: Rodrigues (2020).
Maximilian Karl Emil Weber (1864-1920), foi um filósofo, economista, 
jurista, historiador, cientista político e sociólogo alemão. Ele é considerado 
o fundador do estudo moderno da sociologia e da administração pública. 
Conceito de homem social
Os precursores da Administração Científica se baseavam no conceito do homo economicus 
- pelo qual o homem é motivado e incentivado por estímulos salariais - e elaboravam 
planos de incentivo salarial para elevar a eficiência e baixar os custos operacionais. Para 
a Teoria das Relações Humanas, a motivação econômica é secundária na determinação 
do rendimento do trabalhador. Para ela, as pessoas são motivadas pela necessidade de 
reconhecimento, aprovação social e participação nas atividades dos grupos sociais nos 
quais convivem. Chiavenato (2014).
UNI
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
37
Weber iniciou o estudo sistemático da burocracia. Ele desenvolveu uma série 
de observações a respeito e configurou as condições que contribuem para isso, 
com conceitos como a economia monetária, o sistema capitalista e a revolução 
industrial. Weber é considerado um dos pais da sociologia. “Seu trabalho 
mais relevante para o campo organizacional – A teoria da Organização Social 
Econômica – foi publicado em 1922, dois anos após sua morte” (CARAVANTES; 
PANNO; KLOECKNER, 2005, p. 64).
Max Weber é considerado uma das grandes figuras intelectuais dos séculos 
XIX e XX. Ele manteve uma curiosidade incessante por várias disciplinas, como 
direito, economia e história. Sua trajetória acadêmica e intelectual o posicionou 
como um dos pais da sociologia. Um de seus objetivos era descobrir quais foram 
as condições culturais que permitiram o desenvolvimento do capitalismo. Hoje, 
seu pensamento continua influenciando uma infinidade de disciplinas.
De acordo com Caravantes, Panno e Kloeckner (2005, p. 65), Weber 
estava “interessado nos aspectos referentes a organização formal, isto é, os meios 
racionais utilizados para dirigir as atividades de muitos indivíduos ocupantes 
de cargos diferentes, visando atingir um objetivo comum”. “Uma organização é 
um arranjo sistemático de pessoas reunidas para alcançar um propósito comum” 
(ROBBINS; DECENZO, 2004, p. 4).
Basicamente a Teoria Burocrática está relacionada à estrutura e ao processo 
administrativo das organizações. Mas afinal, o que é burocracia? Podemos definir 
o termo burocracia como as regras e regulamentos, processos, procedimentos, 
padrões, onde, todos os processos são formulados com a finalidade de reduzir a 
complexidade do funcionamento da organização.
Essa teoria surgiu para resolver as limitações da teoria clássica e da teoria 
das relações humanas que, por outro lado, eram opostas e contraditórias entre 
si. Assim, Weber levantou essa teoria racionalista por meio de uma abordagem 
eficiente, aplicável a fábricas e diferentes formas de organização humana. 
Figura 16 - The theory of social and economic organization
Fonte: Google Imagens (2020).
38
 
Silva (2008, p. 146), relata “Os escritos de Weber sobre burocracia foram 
publicados em duas diferentes seções de um rascunho incompleto de Economia e 
sociedade”. A primeira parte foi traduzida por Parsons e M. Henderson em 1947, 
na seção 3 do livro The theory of social and economic organization (A teoria da 
organização social e econômica – Figura 16). A segunda parte apareceu no livro 
From Max Weber, essays in sociology (De Max Weber, ensaios em sociologia),publicado em 1946, de Hans Gerth e C. Wright Mills. De acordo com Souza (2015, 
p. 170), “a Teoria da Burocracia foi originada dentro da Administração por volta 
dos anos 1940, em função de alguns aspectos da Burocracia na Administração”. 
“A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na 
racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a 
fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos”, segundo 
Chiavenato (2014, p. 258). Ainda, de acordo com o autor, Weber distingue três 
tipos de sociedade:
a. Tradicional: predominam características patriarcais e patrimonialistas, 
como família, clã, sociedade medieval, etc.;
b. Carismática: predominam características místicas, arbitrárias e 
personalísticas, como nos grupos revolucionários, nos partidos 
políticos, nas nações em revolução, etc.;
c. Legal, racional ou burocrática: predominam normas impessoais 
e racionalidade na escolha dos meios e dos fins, como nas grandes 
empresas, nos estados modernos, nos exércitos, etc.
Na concepção de Souza (2015), na prática, a teoria da burocracia segue 
premissas cuja características resultam em objetivos predefinidos, conforme 
demonstra a Figura 17.
Figura 17 - Premissas da Burocracia
Burocracia baseada em:
• Caráter legal das normas e regula-
mentos
• Caráter formal das comunicações
• Caráter racional e divisão do 
trabalho
• Impessoalidade nas relações
• Hierarquia da autoridade
• Rotinas e procedimentos
• Competência técnica e Meritocra-
cia
• Previsibilidade do funcionamento
Consequências Previstas:
• Previsibilidade do comportamento 
humano
• Padronização do desempenho dos 
participantes.
Objetivo
• :Máxima eficiência da organização
Fonte: Souza (2015, p. 173).
Silva (2008, p. 146), afirma que do ponto de visto da perspectiva clássica, 
“uma organização é a estrutura de relacionamentos, poder, objetivos, papéis, 
atividades, comunicações e outros fatores que existem quando pessoas trabalham 
juntas”. Como desenvolvidas por Weber, a burocracia possui característica 
conforme descritas no Quadro 4. 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
39
Quadro 4 – Característica da Burocracia
DIVISÃO DE 
TRABALHO
As atividades são desmembradas em tarefas simples, de tal modo 
que qualquer pessoa, de qualquer tipo de organização, poderia se 
tornar especializada em um tempo mínimo; a especialização faz a 
trabalho humano intercambiável, o que contribui grandemente paro 
a eficiência organizacional. Cada posição tem claramente definidas 
as responsabilidades e a delegação de autoridade competentes.
HIERARQUIA DE 
AUTORIDADE
Posições ou empregados são organizados de modo a formar 
a hierarquia (cadeia de comando) na qual a organização 
está estruturada. Cada posição nessa hierarquia contém 
responsabilidades e deveres específicos, bem como privilégios.
RACIONALIDADE
Todos os membros da organização são selecionados com base na 
qualificação técnico paro um desempenha adequado; as promoções 
ocorrem por desempenho e capacitação técnica (mérito). Um esforço 
consciente é feito para adequar o desempenho do trabalho às 
qualificações da funcionário e/ou candidato, independentemente das 
características de raça, sexo, religião ou classe social deste. O critério-
guia deveria ser simplesmente o grau de adequação do potencial do 
empregado em termos de educação, treinamento, conhecimento e 
habilidade para desempenhar a atividade em uma organização.
REGRAS E PADRÕES
As decisões gerenciais são guiadas por regras, disciplina e controles, 
relacionadas à conduta dos deveres oficiais, aplicados de forma 
impessoal tanto aos empregados da organização como aos clientes 
foro dela.
COMPROMISSO 
PROFISSIONAL
Os administradores trabalham por solários fixos e não são os donos 
dos negócios que administram; os gerentes são treinados para as 
atividades administrativos visando a melhor qualificação para o 
alcance da eficiência organizacional e para a controle das atividades 
dos empregados nesse mesmo sentido.
REGISTROS 
ESCRITOS
Com o objetiva de estabelecer continuidade organizacional e com 
o propósito de alcançar uniformidade de ação, as burocracias 
mantêm registros, elaborados para detalhamento das transações da 
organização.
IMPESSOALIDADE
As regras e os procedimentos são aplicados de modo uniforme e 
imparcial; todos os funcionários são avaliados de acordo com regras 
objetivas, de tal modo que não se permito ao superior considerações 
pessoais ou emocionais poro ‘colorir’ as avaliações.
Essas são as características apresentadas pelas organizações que Weber estudou. Entretanto, 
mais do que a análise dessas organizações, Weber propôs um modelo analítico de 
organizações.
Fonte: Silva (2008, p.147). 
Segundo a teoria burocrática de Max Weber, a burocracia é a base para 
a formação sistemática de qualquer organização e visa garantir a eficiência e a 
eficácia econômica. É um modelo ideal de gestão e administração para colocar 
em foco a estrutura de poder de uma organização. Com essas observações, ele 
estabelece os princípios básicos da burocracia e enfatiza a divisão do trabalho, 
hierarquia, regras e relacionamento impessoal. 
UNIDADE 1
A administração tem sido considerada como sendo um processo social 
que abrange a responsabilidade pelo planejamento e regulamentação econômica 
e eficaz das operações das organizações, tendo como finalidade o cumprimento 
de determinados objetivos. Corresponde a um processo dinâmico que consiste 
em diversos elementos e atividades. O termo administração, se refere ao processo 
de fazer com que as coisas sejam executadas, com eficácia e eficiência, por meio 
de outras pessoas e com elas (ROBBINS E DECENZO, 2004).
Esse processo é caracterizado por um conjunto de funções desempenhadas 
pelos gestores para o cumprimento dos objetivos da organização. Dentro das 
empresas a administração desempenha um papel primordial para que, as metas 
estabelecidas, sejam atingidas. O principal objetivo das funções administrativas é 
atingir os objetivos organizacionais ao mesmo tempo em que utiliza os recursos 
organizacionais de forma mais eficaz. No contexto contemporâneo, deve-se ser 
aceita as atribuições mínimas das funções administrativas declarando as funções 
de gestão de forma simplificada, tais como planejamento, organização, direção e 
controle – PODC – ou seja, um modo de enunciação comumente aceite atualmente 
(Figura 18).
Figura 18 - As quatro funções administrativas
Recursos
• Humanos
• Financeiros
• Materiais
• Tecnológicos
• Informação
Resultados
• Desempenho
• Objetivos
• Produtos
• Serviços
• Eficiência
• Eficária
Controle
Monitorar as atividades e 
corrigir os desvios
Organização
Modelar o trabalho, alocar 
recursos e coordenar 
atividades
Direção
Designar pessoas, dirigir 
seus esforços, motivá-las, 
liderá-las e comunicar
Planejamento
Formular objetivos e os 
meios para alcançá-los
Fonte: Chiavenato (2007, p. 27)
TÓPICO 5 
FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
42
 
De acordo com Chiavenato (2004, p. 167):
quando consideradas em um todo integrado, as funções 
administrativas formam o processo administrativo. Quando 
consideradas isoladamente, o planejamento, a direção, a organização 
e o controle constituem funções administrativas.
Conforme ilustra a Figura 19:
 Figura 19 - O processo administrativo
Planejamento
• Definir a missão
• Formular objetivos
• Definir os planos 
para alcançar os 
objetivos
• Programar as 
atividades
Organização
• Dividir o trabalho
• Designar as atividades
• Agrupar as atividades 
em órgãos e cargos
• Alocar recursos
• Definir autoridade e 
responsabilidade
Direção
• Designar as pessoas
• Coordenar os esforços
• Comunicar
• Motivar
• Liderar
• Orientar
Controle
• Definir os padrões
• Monitorar o 
desempenho
• Avaliar o desempenho
• Ação corretiva
Fonte: Chiavenato (2007, p. 26)
Assim, conceitua-se a administração, como sendo o processo para alcançar 
os objetivos organizacionais. Nesse sentido, um processo representa um conjunto 
de atividadesdinâmicas, contínuas e inter-relacionadas. Dinâmica porque as 
organizações sofrem constantes impactos internos e externos. Contínuo significa 
que as atividades não são realizadas de forma linear, passo a passo, onde a 
responsabilidade é passada de uma atividade para a próxima. 
Em vez disso, as atividades continuam à medida que novas atividades 
são iniciadas. Inter-relacionado significa que os resultados de cada atividade 
influenciam as outras atividades e tarefas. É responsabilidade da administração 
zelar para que as atividades essenciais sejam realizadas com eficiência - da melhor 
maneira possível - e com eficácia - fazendo a coisa certa.
Planejamento
Planejar significa definir metas de desempenho para a organização e 
determinar quais ações e recursos são necessários para atingir as metas. Por meio 
do planejamento, a administração define os planos estratégicos e táticos, como 
deve ser o futuro da organização qual o melhor caminho a percorrer. Os planos 
estratégicos são de longo prazo e afetam toda a organização. Planejar preenche a 
lacuna entre o que uma organização é e o que ela se tornará, conforme ilustra a 
Figura 20. 
 
43
Figura 20 - Função de Planejar
 
Planejamento
Organizar Dirigir Controlar
• Definir objetivos
• Verificar onde as 
coisas estão hoje
• Desenvolver 
premissas sobre 
condições futuras 
(cenários)
• Identificar meios 
para alcançar os 
objetivos
• Implementar os 
planos de ação 
necessários 
 
Fonte: Chiavenato (2007, p. 30).
Segundo Münch (2010), o planejamento é quando são determinados os 
cenários futuros e a direção da empresa, assim como a definição dos resultados 
que se pretende obter e as estratégias para os atingir, minimizando os riscos. 
Para Marco e Loguzzo (2016), é a função que inicia o ciclo administrativo (Figura 
21), uma vez que estabelece os elementos e critérios gerais em que os outros se 
baseiam. 
Figura 21 - As premissas do Planejamento
Onde estamos agora Planejamento
Onde pretendemos
chegar
Presente Futuro
Situação atual Planos
Objetivos 
pretendidos
Fonte: Chiavenato (2007, p. 28).
O planejamento consiste em determinar as bases que irão orientar a ação 
futura da organização. O processo de planejamento consiste em determinar os 
objetivos, a situação futura a alcançar e as orientações gerais das ações a levar a 
cabo para os atingir. Neste sentido, o planejamento consiste em determinar os 
objetivos a alcançar e as linhas de ação apropriadas para os atingir.
Conforme Chiavenato (2014, p. 173), “quando consideradas em um todo 
integrado, as funções administrativas formam o processo administrativo. Quando 
consideradas isoladamente, constituem funções administrativas”. Dessa forma, a 
sequência das funções do administrador forma o ciclo administrativo (Figura 22):
44
 
Figura 22 - Ciclo das funções administrativas
Ciclo 
Administrativo
Controle
Monitorar as atividades 
e corrigir os desvios
Direção
Designar as pessoas, 
dirigir seus esforços, 
motivá-las, liderá-los 
e comunicá-los
Planejamento
Formular objetivos e os 
meios para alcançá-los
Organização
Desenhar o trabalho, alocar 
recursos e coordenar atividades
Fonte: Google Imagens (2020).
1. À medida que se repete o ciclo administrativo, ocorre contínua correção 
e ajustamento por meio da retroação. Assim, o desenvolvimento de 
um ciclo permite definir quais correções devem ser introduzidas no 
ciclo seguinte, e assim por diante. Graficamente, a representação 
dessas correções e ajustamentos;
2. Na realidade, as funções do administrador que formam o processo 
administrativo são mais do que uma sequência cíclica, pois estão 
intimamente relacionadas em uma interação dinâmica. O processo 
administrativo é cíclico, dinâmico e interativo.
O planejamento atravessa todos os níveis da organização e, por conseguinte, 
é planejado em diferentes realidades em cada caso, consequentemente, existem 
planos de natureza diferente. Podem ser estabelecidos planos sobre métodos de 
trabalho, podem ser relacionados com a sucessão de atividades a longo prazo, 
podem referir-se a comportamentos desejados ou podem ser estabelecidos em 
relação à atribuição de pessoas (MARCO E LOGUZZO, 2016).
Mediante o conteúdo acima pare, pense e reflita: Há na empresa em que 
você trabalha algum processo de planejamento? Caso sim, está sendo aplicado? Caso 
não, o que você faria para realizar o planejamento da empresa?
UNI
 
45
Organização
A segunda função principal da administração (Figura 23) corresponde 
ao processo de organizar. Para ter sucesso nas escalas de eficácia e eficiência, 
a organização deve distribuir recursos, tanto humanos como materiais, de uma 
maneira que os alinhe para produzir o melhor resultado possível. Um dos 
resultados da organização é o conceito de estrutura organizacional. O agrupamento 
de pessoas em departamentos, unidades de trabalho ou outras entidades 
operacionais define essas interações, assim como a hierarquia e a estrutura de 
liderança necessárias para ajudar a organização a atingir seu potencial. 
Figura 23 - A Função de Organizar
Planejar Dirigir Controlar
Organizar
• Dividir o trabalho
• Agrupar as atividades 
em uma estrutura lógica
• Designar as pessoas 
para sua execução
• Alocar os recursos
• Coordenar os esforços
 Fonte: Chiavenato (2007, p. 34).
De acordo com Maximiano (2000, p. 27), a “organização é o processo de 
definir o trabalho a ser realizado e as responsabilidades pela realização; é também 
o processo de distribuir os recursos disponíveis segundo algum critério”. Para 
Silva (2008, p. 9), a organização para o “processo de designação de tarefas, de 
agrupamento de tarefas em departamentos e de alocação de recursos para os 
departamentos”.
De acordo com Marco e Loguzzo (2016), a organização, neste caso, refere-
se à ação da organização de uma organização, ou seja, uma entidade social, 
deliberadamente constituída para a prossecução de fins específicos. Chiavenato 
(2014), afirma que uma organização pode ser estruturada em três níveis diferentes:
a. Nível global: organização que abrange a empresa como uma 
totalidade. É o chamado desenho organizacional, que pode assumir 
três tipos: linear, funcional e linha-staff;
b. Nível departamental: abrange cada departamento da empresa. 
É o chamado desenho departamental ou simplesmente 
departamentalização. 
c. Nível das tarefas e operações: focaliza cada tarefa, atividade ou 
operação especificamente. É o chamado desenho dos cargos ou 
tarefas. É feito por meio da descrição e análise dos cargos.
46
 
d. Esta função consiste essencialmente em estruturar a organização 
para prosseguir os objetivos estabelecidos. Refere-se à melhor forma 
de dividir o trabalho e como agrupar e coordenar tarefas da forma 
mais eficaz, bem como ao estabelecimento de linhas de autoridade 
e responsabilidade, e à associação de pessoas e recursos a posições 
específicas (Figura 24).
Figura 24 - Os níveis da organização
Presidentes
Diretores
Institucional
Intermediário
Operacional
Níveis:
Gerentes
Supervisores
Funcionários e
Operários
Administração de Cúpula
Definição de objetivos
Planejamento, Organização,
Direção e Controle
Execução das tarefas e operações
Administração das Operações
Supervisão da execução das 
tarefas e operações da empresa
 Fonte: Chiavenato (2007, p. 13).
Consoante o nível da organização a que nos referimos, podemos falar de 
diferentes tarefas de concepção organizacional. A nível operacional, a concepção 
consiste na análise e descrição das funções, que consiste em determinar o conjunto 
de tarefas que compõem cada trabalho específico, ou seja, o seu conteúdo. A nível 
médio, o design inclui o agrupamento de unidades com base em algum padrão 
homogêneo, ou seja, o agrupamento de trabalhos de acordo com algum critério 
racional, como por função, por produto, por cliente, por área geográfica, entre 
outros. Ao nível gerencial, a concepção organizacional refere-seà organização 
como um todo e, de acordo com os critérios acima mencionados, determina o 
tipo de organização com base nas características da sua estrutura (MARCO E 
LOGUZZO, 2016).
Segundo Chiavenato (2014, p. 181), a organização como função 
administrativa “é parte do processo administrativo: nesse sentido, organização 
significa o ato de organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos 
incumbidos de sua administração e estabelecer suas atribuições e as relações 
entre eles”. Assim, organizar consiste em:
47
a. Determinar as atividades específicas necessárias ao alcance dos 
objetivos planejados - especialização;
b. Agrupar as atividades em uma estrutura lógica - departamentalização;
c. Designar as atividades às específicas posições e pessoas - cargos e 
tarefas.
Direção
A direção consiste na execução de todas as fases do processo administrativo 
através da orientação e orientação de recursos, e do exercício da liderança. De 
acordo com Chiavenato (2014, p. 92), a direção (Figura 25) é “a tarefa contínua de 
tomar decisões e incorporá-las em ordens e instruções específicas e gerais, e ainda 
a de funcionar como líder da empresa”, e acrescenta que: 
A direção é a terceira função. Definido o planejamento e estabelecida 
a organização, resta fazer as coisas andarem e acontecerem. Esse é 
o papel da direção: acionar e dinamizar a empresa. A direção está 
relacionada com a ação, com o colocar-se em marcha, e tem muito a 
ver com as pessoas. Ela está diretamente relacionada com a atuação 
sobre os recursos humanos da empresa. As pessoas precisam ser 
aplicadas em seus cargos e funções, treinadas, guiadas e motivadas 
para alcançarem os resultados que delas se esperam. A função de 
direção se relaciona diretamente com a maneira pela qual os objetivos 
devem ser alcançados, por meio da atividade das pessoas que 
compõem a organização. Assim, a direção é a função administrativa 
que se refere às relações interpessoais dos administradores em todos 
os níveis da organização e os seus respectivos subordinados. Para que 
o planejamento e a organização possam ser eficazes, eles precisam ser 
dinamizados e complementados pela orientação dada por meio de 
uma adequada comunicação e habilidade de liderança e motivação. 
Chiavenato (2014, p. 92).
Figura 25 - A Função de Direção
Planejar Organizar Controlar
Dirigir
• Dirigir os esforços para 
um propósito comum
• Comunicar
• Liderar
• Motivar
• Orientar as pessoas
• Impulsionar as pessoas
 Fonte: Chiavenato (2007, p. 36).
Alguns autores também denominam a função de direção de liderança. 
No entanto, se deve compreender que a liderança é uma condição de direção. 
É possível liderar sem dirigir, o que não é a melhor das condições. É necessário 
liderar de forma eficaz e eficiente, fazendo-o com atitude e habilidade. A 
direção é aquele aspecto funcional inerte da administração que lida diretamente 
48
com a influência, orientação, supervisão, motivação dos subordinados para o 
cumprimento das metas organizacionais. A direção tem os seguintes elementos:
a. Supervisão: implica em supervisionar o trabalho dos subordinados 
por seus superiores. É o ato de observar e dirigir o trabalho e os 
trabalhadores;
b. Motivação: significa inspirar, estimular ou encorajar os subordinados 
com zelo para o trabalho. Incentivos positivos, negativos, monetários 
e não monetários podem ser usados para esse fim;
c. Liderança: pode ser definida como um processo pelo qual o gerente 
orienta e influencia o trabalho dos subordinados na direção desejada;
d. Comunicações: é o processo de passar informações, experiências, 
opiniões etc. de uma pessoa para outra. É uma ponte de compreensão.
É muito importante para a organização porque trata de lidar com as 
pessoas de tal forma que elas ajudem de todas as formas possíveis a alcançar 
os objetivos da organização. Para que a direção seja eficiente, é importante que 
a alocação dos recursos seja feita com muito critério. Os administradores que 
desempenham o papel de direção devem ter fortes capacidades de comunicação 
e ter a convicção de julgar e convencer as pessoas de uma forma positiva. 
Segundo Marco e Loguzzo (2016), na estrutura organizacional, o peso 
relativo da função de gestão são os três níveis de direção (Quadro 5), sendo 
responsáveis pelos resultados alcançados pelas pessoas que estão a seu cargo. Por 
conseguinte, deve primeiro procurar gerar as melhores condições possíveis para 
que o pessoal responsável possa realizar as tarefas atribuídas e obter os resultados 
esperados. Para esta tarefa, competências específicas em relação a supervisão, 
comunicação, liderança e motivação.
Quadro 5 - Os três níveis de direção
NÍVEIS DE 
ORGANIZAÇÃO
NÍVEIS DE 
DIREÇÃO
CARGOS 
ENVOLVIDOS ABRANGÊNCIA
INSTITUCIONAL Direção
Diretores e altos 
executivos
A empresa ou áreas da 
empresa
INTERMEDIÁRIO Gerência
Gerentes e pessoal do 
meio do campo
Cada departamento ou 
unidade da empresa
OPERACIONAL Supervisão
Supervisores e 
encarregados
Cada grupo de pessoas 
ou tarefas
Fonte: Chiavenato (2007).
A direção, tal como outras funções administrativas, também atravessa 
toda a estrutura organizacional, uma vez que, a todos os níveis, há necessidade de 
endereço. A nível operacional, eles são os supervisores e encarregados; ao centro, 
na direção intermediária os gerentes; no nível institucional da organização os 
 
49
diretores e altos executivos. A terminologia a utilizar para chamar cada um destes 
atores derivará da natureza da organização e da sua estrutura.
Controle 
O quarto elemento das funções administrativas é a função de controle 
(Figura 26), a qual implica na medição de cumprimento em relação aos padrões 
e correção de desvio do planejamento, caso haja, para garantir o cumprimento 
das metas organizacionais. O objetivo do controle é garantir que tudo ocorra em 
conformidade com as normas e requisitos estabelecidos. Um sistema eficiente 
de controle contribui para prever desvios antes que eles realmente ocorram. 
Controlar é o processo de verificar se o progresso adequado está sendo feito em 
relação aos objetivos e metas e, se necessário, agir para corrigir qualquer desvio.
Figura 26 - A função de Controlar
Planejar Organizar Dirigir
Controlar
• Definir padrões de 
desempenho
• Monitorar o 
desempenho
• Comparar o desem-
penho com os padrões 
estabelecidos
• Tomar a ação correti-
va para corrigir desvios 
e assegurar o alcance 
dos objetivos
 Fonte: Chiavenato (2007, p. 39).
Segundo Marco e Loguzzo (2016), como função da administração, 
o controle tem o objetivo de verificar os resultados obtidos através da ação 
organizacional e de os contrastar com os planos estabelecidos. O objetivo dos 
processos de controle é identificar os desvios existentes entre o que foi planejado 
e os resultados obtidos, a fim de perceber as causas do desvio e retificar o curso 
da ação organizacional através de ações corretivas, orientando-a para os objetivos 
estabelecidos. Para Chiavenato (2014), a palavra controle pode assumir vários 
significados em administração:
a. Como função restritiva e coercitiva: utilizado no sentido de coibir ou 
limitar certos tipos de desvios indesejáveis ou de comportamentos 
não aceitos. Nesse sentido, o controle apresenta caráter negativo 
e limitativo, sendo, muitas vezes, interpretado como coerção, 
delimitação, inibição e manipulação. É o controle social aplicado nas 
organizações e na sociedade para inibir o individualismo e a liberdade 
das pessoas;
b. Como um sistema automático de regulação: utilizado no sentido 
de manter automaticamente um grau constante de fluxo ou de 
funcionamento de um sistema. É o caso do processo de controle 
50
 
automático das refinarias de petróleo, de indústrias químicas de 
processamento contínuo e automático. O mecanismo de controle 
detecta possíveis desvios ou irregularidades e proporciona 
automaticamente a regulação necessária para voltar à normalidade. 
Quando algo está sob controle significa que está dentro do normal;

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