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Indaial – 2021
Fundamentos 
e práticas em 
Gestão
Prof. José Luciano Sobreira de Alencar
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof. Susan Renée Klein 
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
apresentação
Prezado (a) aluno (a)
A administração é sem dúvida uma das mais relevantes atividades 
humanas pois, a partir do momento que os seres humanos deram início a 
formação de uma sociedade organizada, houve a necessidade da concentração 
de esforços comuns para se alcançar metas e atingir determinados 
objetivos. Mas como conseguir realizar esse feito com eficiência e eficácia 
com a finalidade de se alcançar determinados resultados? A resposta está 
nos fundamentos e práticas administrativas! A administração vem sendo 
essencial para assegurar a coordenação dos recursos organizacionais e do 
desempenho individual.
Ressalta-se que o processo de administrar percorreu um longo 
caminho onde, no limiar da organização humana ocorreu de forma 
rudimentar e intuitiva mas, no entanto, durante os séculos sofreu diversas 
influências de diversas organizações, de filósofos, pensadores e, por fim, 
pesquisadores que tornaram a administração uma ciência.
A administração como ciência aplicada, teve seu início no final do 
século XIX, onde por meio de diversos estudos tornou-se um objeto de estudo 
onde preconizou o abandono de antigas práticas sem nenhum embasamento 
cientifico. Assim, esses estudos desenvolveram novos métodos de trabalhos, 
racionalizando-os com o objetivo de melhorar a utilização dos recursos das 
empresas e, dessa forma, maximizar seus resultados. A partir de então, 
diversos estudos que foram desenvolvidos pressupondo que as empresas 
podem melhorar seu desempenho desenvolvendo as melhores práticas.
Nesse contexto, com o estudo da disciplina de fundamentos e 
práticas administrativas, você conhecerá a história da administração ao 
longo do tempo, desde a sua prática em eras antigas, quanto a evolução do 
pensamento administrativo através dos séculos. Conhecerá quais foram as 
principais organizações e personagens que contribuíram de forma efetiva 
para o aprimoramento da administração.
Você compreenderá como a administração tornou-se uma ciência 
aplicada; Saberá também, quais as principais escolas da administração 
moderna, seus representantes, seus objetos de estudos, métodos, finalidades, 
bem como, as principais contribuições para o desenvolvimento da 
administração contemporânea.
Como acadêmico de administração, vai entender porque a 
administração se refere ao desenvolvimento continuo das organizações, a 
relevância do planejamento, da organização, da coordenação e do controle 
para os processos decisórios nas empresas. Por fim, compreenderá que 
a administração, por meio da gestão, implica e abrange as habilidades 
gerenciais do administrador na busca constante de solução de problemas, 
da liderança, da gestão eficiente dos recursos organizacionais para garantir o 
sucesso empresarial.
Bons Estudos e Sucesso!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumário
UNIDADE 1 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO ............................................9
TÓPICO 1 Os Legados Pensadores Modernos ..................................................................................13
TÓPICO 2 A Revolução Industrial e suas influências sobre A Administração ............................17
TÓPICO 3 O Pensamento Administrativo – A Administração como Ciência, Arte e Técnicas ..21
TÓPICO 4 Escolas Clássicas da Administração.................................................................................23
TÓPICO 5 Funções da Administração ................................................................................................41
Resumo ....................................................................................................................................................52
UNIDADE 2 ÁREAS DA ADMINISTRAÇÃO .................................................................................53
TÓPICO 1 Administração Financeira ................................................................................................61
TÓPICO 2 Administração de Recursos Humanos ............................................................................69
TÓPICO 3 Administração Mercadológica/Marketing ......................................................................75
TÓPICO 4 Administração Estratégica .................................................................................................81
TÓPICO 5 Papel do administrador .....................................................................................................87
Resumo ....................................................................................................................................................93
UNIDADE 3 FUNDAMENTOS E OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO .....................................95
TÓPICO 1 Princípios da Administração ...........................................................................................103
TÓPICO 2 Conceitos da Administração ...........................................................................................113
TÓPICO 3 Processos da Administração ...........................................................................................121
TÓPICO 4 Tendências da Administração .........................................................................................133
Resumo ..................................................................................................................................................141
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO 
ADMINISTRATIVO
UNIDADE1 
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – Os legados pensadores modernos
TÓPICO 2 – A revolução industrial e suas influências sobre a 
administração
TÓPICO 3 – O pensamento administrativo – a administração como 
ciência, arte e técnicas
TÓPICO 4 – Escolas Clássicas da Administração
TÓPICO 5 – Funções da administração
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• Compreender o contexto histórico e evolutivo do pensamento 
administrativo;
• Conhecer quais foram as principais influências do pensamento 
administrativo;
• Identificar as principais teorias da administração;
• Reconhecer as principais funções administrativas.
 
10
A habilidade de gerenciar é intrínseca ao ser humano emergindo da 
necessidade de tomar decisões, coordenar e executar várias tarefas. Desde os 
primórdios, quando o homem teve a necessidade de viver em comunidade, 
desenvolveu uma capacidade de coordenar atividades mais complexas que lhe 
permitiram alcançar um maior desenvolvimento político, econômico e social.
As civilizações antigas demonstraram suas habilidades para as atividades 
administrativas, desde a engenharia aplicada para edificação de templos até o 
desenvolvimento do comércio, como é caso do império romano, que aplicava 
contratos entre as elites, que concediam terras ou aluguéis, e os vassalos que 
deveriam restituir sua fidelidade forçada e prestar determinados serviços. De 
acordo com Maximiano (2007), os povos antigos deixaram diversas contribuições, 
como por exemplo:
a. Egípcios: com a burocracia administrativa;
b. Babilônios: diversos registros de transações comerciais e controle das 
mesmas; 
c. Assírios: possuíam armazéns de suprimentos e colunas de transportes;
d. Gregos: implantaram a democracia participativa, planos de 
estratégia, conceitos de qualidade, pregação da ética e igualdade na 
administração;
e. Romanos: criadores dos tributos, primeiros organizadores de 
empresas em outro país e de associações artesanais;
f. Chineses: ensinamento de planejamento, comando, doutrina e 
estratégia militar.
Nesse panorama, a evolução do conceito de administração se inicia com o 
próprio homem pois em qualquer época histórica houve a necessidade de planejar, 
coordenar, tomar decisões e executar. Ao analisar a história da humanidade, 
encontraremos as mais diversas contribuições que povos antigos como os 
sumérios, gregos, romanos e egípcios desenvolveram para a arte de administrar. 
Além do mais, organizações como a militar e a igreja católica também influíram o 
aprimoramento da administração.
Assim, Jacobsen e Neto (2015, p. 13), afirmam que ao estudar a história das 
antigas civilizações “encontramos traços relacionados à organização do trabalho 
e ao dimensionamento estratégico nas relações comerciais e no estabelecimento 
de ordenamentos sociais e organizacionais orientados à construção do bem 
comum.” O Quadro 1, elenca e descreve as principais contribuições de povos e 
pensadores da administração através de suas determinadas épocas.
OS LEGADOS PENSADORES MODERNOS
11
Quadro 1 - Histórico do Pensamento Administrativo
CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS EVENTOS DOS PRIMÓRDIOS DA ADMINISTRAÇÃO
Anos Autores Eventos
4.000 a.C. Egípcios Necessidade de Planejar, Organizar e Controlar
2.600 a.C. Egípcios Descentralização da organização
2.000 a.C. Egípcios Necessidade de ordens escritas. Uso de consultorias
1.800 a.C. Hamurabi (Babilônia) Uso de controle escrito e documental.
1.491 a.C. Hebreus Conceito de Organização. Princípio escolar.
600 a.C. Nabucodonosor (Babilônia) Controle de produção. Incentivos salariais.
500 a.C. Mencius (China) Necessidade de Sistemas e padrões
400 a.C.
Sócrates (Grécia) Universidade da administração
Platão (Grécia) Enunciado do princípio da especialização.
175 a.C. Cato (Roma) Uso de descrição de funções
284 Dioclécio (Roma) Delegação da autoridade
1436 Arsenal de Veneza Contabilidade de custos, inventários, padronização
1525 Niccoló Machiavelli (Itália)
Princípio do consenso, lideranças, táticas 
políticas
1767 Sir James Stuart Teoria da fonte de autoridade, automação, especilização
1776 Adam Smith Princípio de especialização dos operários, conceito de controle
1799 Eli Whitney Método científico, controle de qualidade, amplitude de comando
1800 Mathew Boulton Padronização da produção, especializações, métodos de trabalho
1810 Robert Owen Práticas de RH, Treinamento para operários, casas para operários
1832 Charles babbage Abordagem científica, divisão do trabalho, estudo do tempo
1856 Daniel C. McCallum Organograma, administração em ferrovias
1886 Henry Matcalfe Arte e Ciência da administração
1900 Frederick W. Taylor Princípios da administração científica
Fonte: Chiavenato (2014, p 33).
Sendo assim, destaca Carvalho (2008), os principais acontecimentos que 
caracterizam os primórdios da administração encontram-se nos fatos históricos, 
sociais, políticos e econômicos, caracterizando o panorama no qual estão inseridas 
as organizações dos ancestrais. Dessa forma, ao longo dos séculos observa-se que 
as aplicações e conceitos da administração, como estrutura formal de ação, foram 
sendo delineados por influências de diversas áreas do conhecimento humano 
(ROSSÉS, 2014). 
 
12
UNIDADE 1
O contexto histórico da administração constitui o resultado de diversas 
práticas empíricas, resultados das ações administrativas de diversas figuras 
lendárias iniciadas há mais de seis mil anos. A Administração, tal como a 
encontramos hoje, é o resultado histórico e integrado da contribuição cumulativa 
de numerosos precursores, alguns filósofos, outros físicos, economistas, estadistas, 
e outros até mesmo empresários que, no decorrer dos tempos, foram, cada qual 
no seu campo de atividades, desenvolvendo e divulgando as suas obras e teorias. 
Nesse contexto, Ferreira (2009, p.2), corrobora ao afirmar que “ao longo 
dos séculos que vão da antiguidade até o início da atividade moderna, a Filosofia 
concentrou-se em preocupações distanciadas dos problemas administrativos”. 
Segundo esse autor, apenas após as primeiras décadas do século XVII desponta 
René Descartes (Figura 1), filósofo, matemático e físico francês, que desenvolveu 
as coordenadas cartesianas impulsionando.
Figura 1 - René Descartes
Fonte: Google Imagens (2020).
TÓPICO 1 
OS LEGADOS PENSADORES MODERNOS
 
14
Assim, a matemática e a geometria desse período em que o método 
cartesiano apresenta quatro princípios:
a. Dúvida sistemática ou da Evidência: não se deve aceitar como 
verdadeiro, coisa alguma, enquanto não se souber com evidência;
b. Análise ou Decomposição: dividir um problema em partes para 
solucioná-lo, resolvendo as partes separadamente;
c. Síntese ou Composição: conduzir ordenadamente o raciocínio, 
começando pelo mais simples e fácil, passando gradativamente para 
os mais difíceis;
d. Enumeração ou Verificação: fazer verificações e revisões em tudo, 
para que nada seja omitido ou deixado de lado.
Esses quatro princípios racionais, lineares e analíticos da metodologia 
cartesiana, inspiraram a teoria administrativa até o final da Era 
Industrial. O Método Cartesiano contribuiu para diversas teorias, 
entre elas a divisão do trabalho, da ordem e do controle (FERREIRA, 
2009, p. 2).
No entanto, durante os séculos, que vão desde a antiguidade até ao início 
da Idade Moderna, a filosofia estudou uma grande variedade de assuntos que não 
estavam relacionados com problemas administrativos. Porém, Chiavenato (2004), 
elenca e descreve os principais filósofos da era moderna da humanidade, bem como 
suas principais contribuições para o pensamento administrativo, sendo eles:
Figura 2 - Karl Marx e Friedrich Engels
Fonte: Google Imagens (2020).
a. Thomas Hobbes (1588-1679): filósofo político inglês, defende o 
governo absoluto em função de sua visão pessimista da humanidade. 
Na ausência do governo, os indivíduos tendema viver em guerra 
permanente e conflito interminável para obtenção de meios de 
subsistência. No livro Leviatã, assinala que o povo renuncia a seus 
direitos naturais em favor de um governo que, investido do poder 
OS LEGADOS PENSADORES MODERNOS
15
a ele conferido, impõe a ordem, organiza a vida social e garante a 
paz. O Estado representa um pacto social que, ao crescer alcança as 
dimensões de um dinossauro ameaçando a liberdade dos cidadãos;
b. Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): desenvolveu a teoria do Contrato 
Social: o Estado surge de um acordo de vontades. Contrato social é 
um acordo entre os membros de uma sociedade pelo qual reconhecem 
a autoridade igual sobre todos de um regime político, governante ou 
de um conjunto de regras. Rousseau assevera que o homem é por 
natureza bom e afável e a vida em sociedade o deturpa; 
c. Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895): Figura 2, 
propõem uma teoria da origem econômica do Estado. O poder político 
e do Estado nada mais é do que o fruto da dominação econômica 
do homem pelo homem. O Estado vem a ser uma ordem coativa, 
imposta por uma classe social exploradora. No Manifesto Comunista, 
afirmam que a história da humanidade é uma história da luta de 
classes. Homens livres e escravos, patrícios e plebeus, nobres e servos, 
mestres e artesãos, em outras palavras exploradores e explorados, 
sempre mantiveram uma luta, oculta ou manifesta. Marx afirma que, 
os fenômenos históricos são o produto das relações econômicas entre 
os homens. O marxismo foi a primeira ideologia a afirmar o estudo 
das leis objetivas do desenvolvimento econômico da sociedade, em 
oposição aos ideais metafísicos.
 
16
O contexto histórico da administração constitui o resultado de diversas 
práticas empíricas resultados das ações administrativas de diversas figuras 
lendárias iniciadas há mais de seis mil anos. A Administração, tal como 
a encontramos hoje, é o resultado histórico e integrado da contribuição 
cumulativa de numerosos precursores, alguns filósofos, outros físicos, 
economistas, estadistas, e outros até mesmo empresários que, no decorrer 
dos tempos, foram, cada qual no seu campo de atividades, desenvolvendo e 
divulgando as suas obras e teorias.
Baseando-se nos estudos da unidade 1, elenque e descreva quais foram os 
principais pensadores modernos e quais foram seus legados.
AUTOATIVIDADE
UNIDADE 1
A revolução industrial, ocorrida na Inglaterra na segunda metade do século 
XVIII, marca um novo período de desenvolvimento produtivo e econômico, no 
qual transforma grande parte da sociedade, que era baseada na produção artesanal 
e agrária, em uma sociedade urbana e industrializada. Produtos e mercadorias 
que até então eram manufaturados e em pequenas quantidades, começaram a 
serem produzidos em larga escala nas fábricas. Essa nova forma de produção só 
foi possível graças ao desenvolvimento e a utilização de máquinas e técnicas da 
indústria têxtil, da metalurgia, com a fabricação e ferro, e de nova força motriz.
A partir de 1776, com o invento da máquina a vapor (Figura 3) por 
James Watt (1736-1819) e sua futura aplicação na produção industrial, uma nova 
concepção de trabalho transformou totalmente a estrutura social e comercial da 
época, originando intensas e velozes alterações econômicas, políticas e sociais 
que, em um período de aproximadamente um século, foram maiores do que as 
ocorridas no milênio anterior. 
Figura 3 - Máquina a vapor
Fonte: Maestrovirtuale (2020a).
Para Chiavenato (2014, p. 39):
Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e que pode ser 
dividida em duas épocas distintas: a) 1780 a 1860: Primeira Revolução 
Industrial ou revolução do carvão e do ferro e b) 1860 a 1914: Segunda 
Revolução Industrial ou revolução do aço e da eletricidade.
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SUAS INFLUÊNCIAS 
SOBRE A ADMINISTRAÇÃO
TÓPICO 2 
18
 
De acordo com o autor, esse período de industrialização nasceu como 
uma bola de neve em aceleração crescente e atingiu todo seu ponto alto a partir 
do século XIX. A Primeira Revolução Industrial passou por quatro fases distintas 
(CHIAVENATO, 2014):
a. 1ª fase: mecanização da indústria e da agricultura, no fim do século 
XVIII, com a máquina de fiar (inventada pelo inglês Hargreaves 
em 1767), o tear hidráulico (Arkwright, em 1769), o tear mecânico 
(Cartwright, em 1785) e o descaroçador de algodão (Whitney, em 
1792), que substituíram o trabalho do homem e a sua força motriz, do 
animal ou da roda de água;
b. 2ª fase: aplicação da força motriz à indústria. A força elástica do vapor, 
descoberta por Denis Papin no século XVII, ficou sem aplicação até 
1776, quando Watt inventou a máquina a vapor;
c. 3ª fase: desenvolvimento do sistema fabril. O artesão e sua pequena 
oficina patronal desapareceram para ceder lugar ao operário e às 
fábricas e usinas baseadas na divisão do trabalho;
d. 4ª fase: aceleramento dos transportes e das comunicações. A navegação 
a vapor surgiu com Robert Fulton (1807) e logo depois as rodas 
propulsoras foram substituídas por hélices. A locomotiva a vapor foi 
aperfeiçoada por Stephenson, surgindo a primeira estrada de ferro na 
Inglaterra (1825) e logo depois nos Estados Unidos (1829) e no Japão 
(1832). Esse novo meio de transporte propagou-se vertiginosamente.
Chiavenato (2014), ainda destaca que a partir de 1860, a revolução 
industrial iniciou sua segunda fase, impulsionada por 03 grandes acontecimentos: 
i) o aparecimento do processo de fabricação do aço (1856), ii) o aperfeiçoamento 
do dínamo (1873) e iii) a invenção do motor de combustão interna (1873) por 
Daimler. As principais particularidades da 2ª Revolução Industrial são as 
seguintes: a) substituição do ferro pelo aço como material industrial básico; b) 
substituição do vapor pela eletricidade e derivados do petróleo como fontes de 
energia; c) desenvolvimento da maquinaria automática e da especialização do 
trabalhador; d) crescente domínio da indústria pela ciência e e) Transformações 
radicais nos transportes e nas comunicações: as vias férreas foram ampliadas. A 
partir de 1880, Daimler e Benz construíram automóveis na Alemanha; Dunlop 
aperfeiçoou o pneumático em 1888 e Henry Ford iniciou a produção do seu 
modelo T em 1908 – Divisão de trabalho conforme ilustrado na Figura 4. Em 1906, 
Santos Dumont fez a primeira experiência com o avião;
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E SUAS INFLUÊNCIAS SOBRE A ADMINISTRAÇÃO
19
Figura 4 - Divisão de Trabalho
Uma pessoa que realiza as cinco fases necessárias na fabricação de um 
produto só pode fabricar uma unidade.
Cinco pessoas, cada uma delas especializada em uma das fases de 
fabricação, fabricam dez unidades ao mesmo tempo.
A divisão do trabalho é um princípio básico da industrialização. Na divisão do 
trabalho, cada trabalhador é designado para uma tarefa, ou fase, diferente no 
processo de fabricação, o que resulta em um aumento da produção total. Como 
mostra a ilustração superior, se uma pessoa realizar as cinco fases na fabricação 
de um produto, poderá produzir uma unidade ao dia. Cinco trabalhadores, cada 
um especializado em uma das cinco fases, poderão produzir 10 unidades ao 
mesmo tempo. Fonte: Microsoft ® Encarta ® Enciclopédia 2002. © 1993-2001 
Microsoft Corporation.
Fonte: Ferreira (2009, p. 4).
Esses primeiros administradores tiveram problemas parecidos 
com os dos administradores modernos, e o curso do pensamento 
administrativo é a história de como buscamos resolver esses problemas 
ao longo dos anos, enquanto cresciam em tamanho e em complexidade 
(SILVA, 2008, p. 92). 
20
 
A revolução industrial ocorrida na Inglaterra na segunda metade do século 
XVIII marca um novo período de desenvolvimento produtivo e econômico 
no qual transforma grande parte da sociedade, que era baseada na produção 
artesanal e agrária, em uma sociedade urbana e industrializadas. Produtos e 
mercadorias que até então eram manufaturadas e em pequenas quantidades, 
começam a ser produzidas em larga escala nas fábricas. Essa novaforma de 
produção só foi possível graças ao desenvolvimento e a utilização de máquinas 
e técnicas da indústria têxtil, da metalurgia com a fabricação e ferro e de nova 
força motriz.
De acordo com o conteúdo da unidade 1 a revolução industrial passou por 
duas fases peculiares. Dessa forma, descreva as quatro fases distintas da 
Primeira Revolução Industrial.
AUTOATIVIDADE
UNIDADE 1
Arte pode ser considerada como sendo uma prática hábil e sistematizada. 
Para um indivíduo corresponde a uma habilidade de uma parte de dotação 
natural, isto é, nata, porém a outra parte pode ser construída pelo esforço em 
aprender e dominar determinadas técnicas. Por muito tempo a administração foi 
denominada como uma arte, como foi visto nos antecedentes históricos. 
Existia no passado uma máxima que afirmava que os administradores 
nascem e não são feitos. Essa era a razão pela qual o treinamento não tinha papel 
na preparação de futuros administradores. Por definição, administração nada 
mais é do que o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o trabalho 
dos membros da organização e de utilizar os recursos disponíveis da organização 
para atingir os objetivos estabelecidos. Porém, esta definição principal deve ser 
ampliada.
De acordo com Chiavenato (2014, p. 17):
a administração é muito mais que simplesmente planejar, organizar, 
dirigir e controlar, (...). A administração envolve um complexo de 
decisões e ações aplicadas a uma variedade de situações, em uma 
ampla diversidade de organizações.
Na concepção de Ortiz (2008), o desenvolvimento subsequente das 
organizações está ligado à evolução da administração, não só na sua dimensão 
científica, mas também na sua aplicação e caráter técnico. É necessário conhecer 
previamente o significado dos termos ciência, técnica e arte, a fim de avaliar o 
verdadeiro lugar da administração no campo acadêmico. O Quadro 2 faz essa 
contextualização.
Quadro 2 - Administração como Ciência, técnica e Arte
COMO 
CIÊNCIA
A administração tem um conjunto de conhecimentos organizados de forma sistemática que se 
baseia na acumulação de conhecimentos históricos e tem os seus próprios princípios. Tem um 
objeto de estudo que é a organização. Possui vários métodos e teorias de aplicação geral cujas 
conclusões são viáveis e podem ser tornadas unitárias. 
COMO 
TÉCNICA
A administração é constituída por um conjunto de procedimentos validados por 
conhecimentos e experiência, e de aplicação geral ou particular. Estes procedimentos e 
recursos, que são moldados pela profissão de administração, requerem um exercício constante 
para adquirir maior perícia e habilidade na sua utilização para resolver problemas práticos.
COMO 
ARTE
A administração é caracterizada pela virtude, disposição e personalidade para construir um 
cenário favorável numa organização de seres humanos com atributos variados e complexos. 
A administração resgata a necessidade de usar a criatividade na solução de problemas com 
o avanço das estratégias e objetivos propostos. O carácter da arte está também presente na 
seleção de soluções simples, harmónicas e integradoras.
Fonte: Ortiz (2008).
O PENSAMENTO ADMINISTRATIVO – A ADMINISTRAÇÃO 
COMO CIÊNCIA, ARTE E TÉCNICAS
TÓPICO 3 
22
 
Arte pode ser considera como sendo prática hábil e sistematizada. Para um 
indivíduo corresponde a uma habilidade de uma parte de dotação natural, 
isto é, é nata, porém a outra parte pode ser construída pelo esforço em 
aprender e dominar determinadas técnicas. Por muito tempo a administração 
foi denominada como uma arte, como foi visto nos antecedentes históricos.
É necessário conhecer previamente o significado dos termos ciência, técnica e 
arte a fim de avaliar o verdadeiro lugar da administração no campo acadêmico. 
Nesse contexto, complete o quadro abaixo.
COMO 
CIÊNCIA
COMO 
TÉCNICA
COMO 
ARTE
AUTOATIVIDADE
UNIDADE 1
As escolas clássicas de administração, deram origem às teorias clássicas 
da administração, o que ocorreu durante a revolução industrial. Essas escolas, 
atualmente, são consideradas as principais teorias que buscaram a eficácia das 
organizações e deram origem ao pensamento administrativo moderno. Diversos 
autores relatam que se originaram quando novos problemas relacionados ao 
sistema fabril começaram a surgir.
Nesse período os gerentes não tinham certeza e convicção de como 
treinar funcionários ou lidar com o aumento da insatisfação no trabalho, então 
começaram a avaliar soluções. Como resultado, a teoria clássica da administração 
desenvolveu-se a partir de esforços para encontrar a melhor maneira de executar 
e gerenciar tarefas. Essas escolas do pensamento administrativo descrevem 
quatro teorias principais: a Teoria da Administração Cientifica de Taylor, a Teoria 
Clássica da Administração de Fayol, a Teoria das Relações Humanas de Mayo e a 
Teoria Burocrática de Weber.
O estudo do pensamento administrativo, desde o seu nascimento como 
disciplina, formou diversas teorias administrativas com a qual o administrador 
trabalha e analisa. No entanto, não há uma teoria definitiva em nenhuma ciência, 
ou seja, não há soluções para todos os tipos de problemas, mas abordagens. 
Na administração, as teorias são continuamente geradas como correntes de 
pensamentos peculiares ao seu tempo, algumas são adaptações de teorias clássicas 
para novos problemas. As teorias são o motor que impulsionam o crescimento do 
pensamento administrativo.
As teorias, também conhecidas como correntes ideológicas, agrupam os 
pensamentos mais seletos de uma determinada abordagem. Os autores principais, 
já citados, possuem determinadas características que lhes permitem agrupar-se 
em sua corrente de pensamento. Obviamente, não há uma abordagem igual, o 
que existe é uma abordagem principal, que demonstra os métodos para aquela 
escola, referindo-se a um determinado momento histórico e para determinadas 
situações. 
Teoria da Administração CientÍfica
A Teoria da Administração Científica, também é conhecida por sua 
aplicabilidade na engenharia de produção e nos níveis mais operacionais das 
organizações. O maior contribuidor dessa teoria é o engenheiro norte-americano 
Fredrick Winslow Taylor (1856-1915), e é por esse motivo que a administração 
TÓPICO 4 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
24
 
científica é frequentemente chamada de “taylorismo”. Taylor, (Figura 5) era um 
engenheiro mecânico que se interessava principalmente pelo tipo de trabalho 
feito nas fábricas e oficinas. Ele observou que os proprietários e gerentes das 
fábricas sabiam pouco sobre o que realmente acontecia. Taylor acreditava que o 
sistema poderia ser melhorado e procurou um incentivo.
Figura 5 - Frederick Winslow Taylor
Fonte: Google Imagens (2020).
De acordo com Caravantes, Panno e Kloeckner (2005, p. 56):
Frederick Winslow Taylor começou conhecido como o pai da 
administração cientifica, começou sua carreira na Midvale Steel 
Company, na Filadélfia, no ano de 1878. Enquanto lá trabalhava 
galgou postos, como líder de grupos, assistente de capataz, capataz, 
mecânico-chefe e engenheiro-chefe. Foi também responsável pela 
organização do gerenciamento de empresas importantes como 
Bethlehem Steel Company, Cramps Shipbuilding Company e Midvale 
Steel Company, no ano de 1900, Taylor recebeu uma medalha de ouro 
da Exposição em Paris, por sua invenção de processo de tratamento de 
ferramentas modernas de alta velocidade.
Ele decidiu, pela remuneração surgindo, na concepção de Taylor, o homo 
economicus, que tinha por princípio que o indivíduo busca por trabalho não 
porque gosta dele, mas como uma maneira de sobrevivência, que o salário pode 
proporcionar. Taylor acreditava que um trabalhador deveria receber “um dia de 
pagamento justo por um dia de trabalho justo” - nem mais, nem menos. Se o 
trabalhador não conseguia trabalhar pelo objetivo, então a pessoa não deveria 
estar trabalhando. 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
25
Rodriguez (2006), afirma que Frederico W. Taylor tem sido consideradocomo o “pai da administração científica” por investigar sistematicamente o 
trabalho humano em operações de produção em empresas utilizando o método 
científico. Observou os operários (Figura 6), quando produziam peças metálicas 
ou peças para a construção de edifícios (lingotes). Nas alturas das construções, 
cada trabalhador fazia à sua maneira e, portanto, cada lingote era diferente 
na forma e no custo. Não existiam normas, que atualmente conhecemos como 
padronização das operações de qualidade, na produção de um objeto e/ou serviço 
que facilitassem a sua medição.
Figura 6 - Operários do início do século XX
Fonte: Google Imagens (2020).
Assim, Taylor afirmou:
a. Não havia um sistema de trabalho eficaz;
b. Não havia incentivos econômicos para que os trabalhadores 
melhorassem o seu desempenho;
c. As decisões eram tomadas militarmente e empiricamente, e não pelo 
conhecimento científico. Ou os trabalhadores foram contratados sem 
levar em consideração suas competências.
O conceito do homem econômico
É uma visão estreita da natureza humana: o homem econômico não se limitava a ver 
o homem como um empregado por dinheiro; via no operário da época um indivíduo 
limitado e mesquinho, preguiçoso e culpado pela vadiagem e desperdício das empresas e 
que deveria ser controlado por meio do trabalho racionalizado e do tempo-padrão.
UNI
26
 
A administração científica constitui uma teoria de gerenciamento que 
busca analisar os fluxos de trabalho com o objetivo de melhorar a eficiência 
econômica, principalmente a produtividade do trabalhador. Esta teoria era 
popular nas décadas de 1880 e 1890 nas indústrias manufatureiras dos Estados 
Unidos. “Essa essência - que ainda perdura em muitas tecnologias administrativas 
contemporâneas – repousa no que Taylor chamava de administração cientifica 
e nos pré-requisitos básicos para sua aplicação” (CARAVANTES; PANNO; 
KLOECKNER, 2005, p. 57).
Seu propósito era a redução do acaso, e a extinção da ‘regra do polegar’ 
do empirismo, ou seja, a experiência sem fundamentação científica no processo 
produtivo, bem como os fatores de personalidade na tomada de decisão, 
defendendo, assim, administração por sistemas e padrões. Nesse contexto, 
Chiavenato (2014), divide em dois períodos os estudos de Taylor, como segue:
1. O primeiro período de Taylor corresponde à época da publicação 
de seu livro Shop Management (1903), Figura 7, sobre as técnicas 
de racionalização do trabalho do operário, por meio do estudo de 
tempos e movimentos (motion-time study). Taylor começou por 
baixo, com os operários no nível de execução, efetuando um paciente 
trabalho de análise das tarefas de cada trabalhador, decompondo 
seus movimentos e processos de trabalho para aperfeiçoá-los e 
racionalizá-los. Verificou que o operário médio, com o equipamento 
disponível, produzia muito menos do que era potencialmente capaz. 
Concluiu que, se o operário mais produtivo percebesse que obtinha 
a mesma remuneração que o seu colega menos produtivo, acabava 
se acomodando, perdendo o interesse e não produzindo de acordo 
com sua capacidade. Daí a necessidade de criar condições de pagar 
mais ao operário que produz mais. Em essência, Taylor diz, em Shop 
Management, que:
Figura 7 - Livro Shop Management
Fonte: Google Imagens (2020).
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
27
a. O objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir 
custos unitários de produção;
b. Para realizar tal objetivo, a administração deve aplicar métodos 
científicos de pesquisa e experimentos para formular princípios 
e estabelecer processos padronizados que permitam o controle 
das operações fabris;
c. Os empregados devem ser cientificamente selecionados e 
colocados em seus postos com condições de trabalho adequadas 
para que as normas sejam cumpridas;
d. Os empregados devem ser cientificamente treinados para 
aperfeiçoarem suas aptidões e executarem uma tarefa, para que 
a produção normal seja cumprida;
e. A administração precisa criar uma atmosfera de íntima e cordial 
cooperação com os trabalhadores para garantir a permanência 
desse ambiente psicológico.
2. Segundo período de Taylor Corresponde à publicação do seu livro The 
Principles of Scientific Management (1911), Figura 8, quando concluiu 
que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada 
de uma estruturação geral para tornar coerente a aplicação dos seus 
princípios na empresa como um todo. A partir daí, desenvolveu seus 
estudos sobre a administração geral, a qual denominou Administração 
Científica, sem deixar de lado sua preocupação quanto à tarefa do 
operário. Para Taylor, as indústrias de sua época padeciam de três 
males: 
a. Vadiagem sistemática dos operários, que reduziam a produção a 
cerca de 1/3 do que seria normal, para evitar a redução das tarifas de 
salários pela gerência. Há três causas determinantes da vadiagem no 
trabalho: 
1. O engano disseminado entre os trabalhadores de que o maior 
rendimento do homem e da máquina provoca desemprego.
2. O sistema defeituoso de administração que força os operários 
à ociosidade no trabalho, a fim de proteger seus interesses 
pessoais. 
3. Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, 
com os quais o operário desperdiça grande parte de seu esforço 
e tempo.
b. Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo 
necessário para sua realização;
c. Falta de uniformidade das técnicas e dos métodos de trabalho.
28
 
Figura 8 - Livro The principles of scientific management
Fonte: Google Imagens (2020).
Taylor acreditava que os operários de uma fábrica poderiam melhorar sua 
eficiência se realizasse um estudo científico de sua forma de trabalhar, conceito 
que basicamente provém da análise do tempo e dos movimentos. Era o que se 
denominou Organização Racional do Trabalho (ORT) conforme ilustrado na 
Figura 9. 
Figura 9 - Organização Racional do Trabalho (ORT)
Antes do Estudo Depois do Estudo
Fonte: Google Imagens (2020).
Taylor descobriu que os operários aprenderam a executar tarefas 
observando os seus colegas. Ele percebeu que isto levou a diferentes métodos 
de execução da mesma tarefa, bem como a utilização de diversos instrumentos 
e ferramentas em cada operação. Uma vez que, entre os diferentes métodos e 
instrumentos utilizados em cada trabalho há sempre um método mais rápido e 
um instrumento mais adequado que os outros, é possível encontrar estes últimos 
e aperfeiçoá-los através de análises científicas e estudo detalhado dos tempos e 
dos movimentos, em vez de deixar aos critérios pessoais de cada operário. 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
29
A intenção de Taylor era substituir métodos empíricos e rudimentares por 
métodos científicos em todas as tarefas. De acordo com Chiavenato (2004), A ORT 
se fundamenta nos seguintes aspectos: 
a. análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos; 
b. estudo da fadiga humana; 
c. divisão do trabalho e especialização do operário; 
d. desenho de cargos e de tarefas; 
e. incentivos salariais e prêmios de produção; 
f. conceito de homo economicus; 
g. condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto etc.; 
h. padronização de métodos e de máquinas;
i. supervisão funcional.
Teoria Clássica da Administração
A teoria clássica da administração, também denominada corrente 
Fayolista em honra do seu criador Jules Henri Fayol (1841-1925), Figura 10, 
distinguiu-se pela sua abordagem sistêmica. Os seus estudos contemplam todas 
as áreas da organização, uma vez que se faz imprescindível para Fayol a empresa 
vender, produzir, financiar e segurar os ativos. Em suma, a organização e os 
seus componentes eram vistos como um grande sistema interdependente, como 
clientes internos. 
Figura 10 - Jules Henri Fayol
 Fonte: Maestrovirtuale (2020b).
Dos teóricos da administração, foi o primeiro a identificar a administração 
como um processo contínuo de avaliação. Ele se concentrava na estrutura e nas 
funções que uma organização deve ter para alcançar a eficiência.30
 
De acordo com Münch (2010), Henri Fayol inicia a escola do processo 
administrativo, também conhecida como teoria clássica. Postula que a 
administração é feita por meio de várias fases. Com o passar do tempo e a 
contribuição de vários autores, a Teoria Clássica deu origem à Escola Eclética, 
que compreende uma conjunção de ideias de correntes para a aplicação da 
administração.
De acordo com Rodriguez (2006): “Fayol é o autor mais reconhecido no 
campo da administração mundial. Seu trabalho foi regido principalmente nas 
regras universais que regem a administração de empresas”. O pensamento 
de Fayol, divulgado por meio dos seus livros, conferências e por membros da 
academia, como por exemplo o do Centro de Estudos Administrativos em Paris, 
é conhecido mundialmente como Fayolismo, constituído por princípios de gestão 
e processos administrativos, produtivos, comerciais e financeiros.
Tal como Taylor, Fayol considerou necessário introduzir o método científico 
na gestão das organizações, ou seja, observando, registrando, classificando e 
interpretando os fatos de maneira a conseguir regras gerais que permitiam o 
prognóstico das situações para as prever antes que elas acontecessem. Fayol 
observou que “o empirismo tem reinado na administração dos negócios. Cada 
gestor (gerente ou diretor) governa ou dirige à sua maneira, sem se preocupar 
com a existência de leis que regulem a boa gestão” (RODRIGUEZ, 2006). 
Na administração, Fayol atribuiu as suas realizações à aplicação consistente 
e sistemática de uma série de princípios simples, eficazes e universalmente 
aplicáveis que a experiência humana, ao longo dos séculos, tinha alcançado e 
que ele tinha sintetizado e adaptado cientificamente. Abriu, assim, claramente, o 
caminho para uma escola inteira entre os pensamentos confusos sobre a natureza 
da gestão da alta gerência. A Figura 11 elenca as principais contribuições de Fayol 
para a administração.
Figura 11 - Principais contribuições de Henri Fayol
Processos 
administrativos (PA)
Criador do Centro 
de Estudos 
Administrativos 
em Paris
Universalidade da 
Administração.
Habilidades 
administrativas 
e gerenciais 
por hierarquia
Princípios Gerais 
da Administração 
Áreas funcionais 
nas organizações
Fonte: Rodríguez (2006).
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
31
Fayol organizou a gestão administrativa, enquanto Taylor deu ordem 
as tarefas e os seus processos. Coloquialmente falando, o primeiro organizou a 
cabeça, enquanto o segundo organizou os pés e as mãos. Estes autores, como 
todos os teóricos da administração que vamos ver, são complementares, não 
excludentes (RODRIGUEZ, 2006).
De acordo com Marco e Loguzzo (2016), a principal obra de Fayol é a 
Administration Industrielle Et Generale (Administração Industrial e Geral, 
Figura 12) publicada em 1916. Dela, parte a afirmação de que, o conjunto de 
funções realizadas por cada empresa pode ser dividido em seis grupos: 
Figura 12 - Administration Industrielle Et Generale
Fonte: Google Imagens (2020).
a. Técnicas: relacionadas com a produção de bens ou serviços;
b. Comerciais: relacionadas com a compra, venda e troca;
c. Financeiras: relacionadas com a procura e administração do capital;
d. Segurança: relacionadas com a proteção e preservação de bens e 
pessoas;
e. Contabilísticas: relacionadas com registos, inventários, balanços, 
análise de custos e estatísticas;
f. Administrativas: relacionadas com a integração das outras cinco 
funções. As funções administrativas coordenam e sincronizam as 
outras funções da empresa, e estão sempre localizadas em um nível 
hierárquico superior a elas.
De acordo com Silva (2008), “as funções da administração são aquelas 
atividades básicas que devem ser desempenhadas por administradores para 
alcançar os resultados determinados e/ou esperados pelas organizações”. Essas 
funções constituem o processo administrativo e estão descritas no Quadro 3.
32
 
Quadro 3 - Funções da Administração
PLANEJAMENTO
Determinação de objetivos e metas poro o desempenho 
organizacional futuro e decisão dos tarefas e recursos utilizados 
poro alcance desses objetivos.
ORGANIZAÇÃO Processo de designação de tarefas, de agrupamento de tarefas em departamentos e de alocação de recursos paro os departamentos.
DIREÇÃO
Influencia para que outras pessoas realizem suas tarefas de modo 
o alcançar os objetivos estabelecidos, envolvendo energização, 
ativação e persuasão dessas pessoas.
CONTROLE Função que se encarrega de comparar o desempenho atual com os padrões predeterminados, isto é, com o planejado.
Fonte: Silva (2008).
Na perspectiva de Chiavenato (2014), “Fayol define o ato de administrar 
como: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. As funções 
administrativas envolvem os elementos da administração”, isto é, as funções do 
administrador denominado de POCCC:
a. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação.
b. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa.
c. Comandar: dirigir e orientar o pessoal.
d. Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos.
e. Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras 
estabelecidas e as ordens dadas.
Segundo Maximiano (2000), Fayol completa sua teoria com a proposição 
de 14 princípios que devem ser seguidos para que a administração seja eficaz:
1. Divisão de trabalho, a designação de tarefas específicas para cada 
indivíduo, resultando na especialização das funções e separação dos 
poderes;
2. Autoridade e responsabilidade, sendo a primeira o direito de mandar 
e o poder de se fazer obedecer, e a segunda, a sanção - recompensa ou 
penalidade - que acompanha o exercício do poder; 
3. Disciplina, o respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e 
seus agentes;
4. Unidade de comando, de forma que cada indivíduo tenha apenas um 
superior;
5. Unidade de direção, um só chefe e um só programa para um conjunto 
de operações que visam ao mesmo objetivo;
6. Subordinação do interesse individual ao interesse geral;
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
33
7. Remuneração do pessoal, de forma equitativa e com base tanto em 
fatores externos, quanto internos;
8. Centralização, o equilíbrio entre a concentração de poderes de decisão 
no chefe, sua capacidade de enfrentar suas responsabilidades e a 
iniciativa dos subordinados;
9. Cadeia de comando (linha de autoridade), ou hierarquia, a série dos 
chefes, desde o primeiro, ao último escalão, dando-se aos subordinados 
de chefes diferentes a autonomia para estabelecer relações diretas (a 
ponte de Fayol);
10. Ordem, um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar;
11. Equidade, o tratamento das pessoas com benevolência e justiça, não 
excluindo a energia e o rigor quando necessários;
12. Estabilidade do pessoal, a manutenção das equipes como forma de 
promover seu desenvolvimento;
13. Iniciativa, que faz aumentar o zelo e a atividade dos agentes;
14. Espírito de equipe.
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
No mundo intelectual, a importância que a maximização da produtividade 
exige, para que seja viável o uso de uma tecnologia que parte de concepções válidas 
sobre a natureza do homem, está aos poucos ganhando corpo nos negócios. As 
investigações estão acontecendo, e sobre seus resultados se delineia a corrente 
sociológica da administração.
A teoria das relações humanas nasceu nos Estados Unidos, na década de 
1920 do século XX, e foi possível graças ao desenvolvimento das ciências sociais, 
especialmente da psicologia. Foi basicamente um movimento de reação e oposição 
à teoria clássica da administração. 
A Teoria das Relações Humanas foi desenvolvida pelo psicólogo George 
Elton Mayo (1880-1949). Mayo, Figura 13, foi professor de Filosofia, Lógica e Ética 
na Austrália. Em 1922 emigrou para os Estados Unidos onde, imediatamente, se 
dedicou à pesquisa industrial. Mayo junto com seus colaboradores, Mery Perker 
Follet, Abraham Maslow e Douglas McGregor, realizaram uma série de estudos 
na Western ElectricCompany em Hawthorne (Illinois), iniciando a aplicação das 
relações humanas que, ainda hoje, são vitais para o sucesso de uma empresa.
34
 
Figura 13 - George Elton Mayo
Fonte: Google Imagens (2020).
Na perspectiva de Chiavenato (2014), a Teoria das Relações Humanas tem 
suas origens nos seguintes fatos:
a. Necessidade de humanizar e democratizar a administração, 
libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica 
e adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano. Nesse 
sentido, a Teoria das Relações Humanas se revelou um movimento 
tipicamente americano e voltado para a democratização dos conceitos 
administrativos;
b. Desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia, 
bem como sua crescente influência intelectual e suas primeiras 
aplicações à organização industrial. As ciências humanas vieram 
demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica;
c. Ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da psicologia 
dinâmica de Kurt Lewin fundamentais para o humanismo na 
administração. Elton Mayo é o fundador da escola. Dewey e Lewin 
também contribuíram para sua concepção, e a sociologia de Pareto 
foi fundamental;
d. Conclusões da Experiência de Hawthorne: realizada entre 1927 e 
1932, sob a coordenação de Elton Mayo, que puseram em xeque os 
principais postulados da Teoria Clássica da administração.
Para Silva (2008 p. 186), Mayo foi o responsável pela coordenação e 
realização da “experiência de Hawthorne, que desencadeou uma série de 
descobertas sobre o comportamento humano no trabalho. Realizou quatro estudos 
importantes com relação ao comportamento e aos resultados da produtividade 
no trabalho, entre 1923 e 1944”, como segue abaixo:
a. O primeiro foi desenvolvido em uma fábrica de tecidos na Filadélfia, 
onde ocorria uma intensa troca de funcionários, que se mostravam 
tristes e deprimidos, o que, de acordo com Mayo, era conseqüência 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
35
da fadiga. Mayo então estabeleceu períodos de descanso ao longo 
do dia, o que não provocou grande alteração na motivação. Houve 
significativa melhora no comportamento dos operários quando eles 
passaram a participar da decisão de estabelecer os períodos mais 
convenientes de descanso;
b. O segundo estudo desenvolvido foi a experiência na fábrica de 
Hawthorne, a mais famosa pesquisa sobre o relacionamento das 
pessoas no trabalho;
c. O terceiro estudo foi uma pesquisa que se desenvolveu em três 
indústrias metalúrgicas (uma cidade da costa ocidental dos Estados 
Unidos) onde ocorria um alto índice de absenteísmo, exceto em uma 
delas. Mayo descobriu que nesta última o grupo tinha sua reputação 
valorizada, o que foi conseqüência de treinamento dos contramestres 
feito muito tempo antes, a fim de preservar a dignidade pessoal 
do empregado, o que se mantinha até então. O treinamento dos 
contramestres se fundamentava em serem pacientes, atenciosos e em 
evitar o descontrole emocional no trato com seus subordinados;
d. A quarta pesquisa foi realizada em uma fábrica de aviões, em 1944, 
no sul da Califórnia, onde se constatava alta rotatividade da mão-
de-obra. Mayo verificou que, dentre os tipos de comportamento 
dos grupos da empresa, destacava-se aquele com espírito de equipe 
criado pelos gerentes, que incitavam a solidariedade com os demais 
participantes.
Figura 14 - Western Electric Company
Fonte: Chuckman (2013).
De acordo com Ali (2014), foram realizados estudos da Hawthorne para 
encontrar a relação entre o ambiente físico e a produção dos trabalhadores. 
Foram realizadas experiências da Hawthorne na Western Electric Company em 
Chicago (Figura 14). Mayo foi envolvido no projeto em 1929 e 1930, e entrevistou 
os trabalhadores envolvidos nas experiências. Através destes estudos, Mayo 
concluiu que os trabalhadores se tornam mais produtivos se receberem atenção 
36
 
da direção. O resultado das suas descobertas nos estudos da Hawthorne, mais 
tarde deu lugar ao movimento de relações humanas. O movimento centra-se no 
conceito de satisfação profissional, normas de grupo e liderança, qualidade e o 
seu significado na melhoria da produtividade.
Teoria Burocrática
A partir do pensamento administrativo direcionados para as organizações, 
diversas teorias ao longo do tempo têm sido construídas sobre a organização do 
trabalho nas empresas. O século XX foi um manancial de correntes para a área 
da administração e, uma das mais significantes foi a Teoria Burocrática de Max 
Weber (Figura 15).
Figura 15 - Max Weber
Fonte: Rodrigues (2020).
Maximilian Karl Emil Weber (1864-1920), foi um filósofo, economista, 
jurista, historiador, cientista político e sociólogo alemão. Ele é considerado 
o fundador do estudo moderno da sociologia e da administração pública. 
Conceito de homem social
Os precursores da Administração Científica se baseavam no conceito do homo economicus 
- pelo qual o homem é motivado e incentivado por estímulos salariais - e elaboravam 
planos de incentivo salarial para elevar a eficiência e baixar os custos operacionais. Para 
a Teoria das Relações Humanas, a motivação econômica é secundária na determinação 
do rendimento do trabalhador. Para ela, as pessoas são motivadas pela necessidade de 
reconhecimento, aprovação social e participação nas atividades dos grupos sociais nos 
quais convivem. Chiavenato (2014).
UNI
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
37
Weber iniciou o estudo sistemático da burocracia. Ele desenvolveu uma série 
de observações a respeito e configurou as condições que contribuem para isso, 
com conceitos como a economia monetária, o sistema capitalista e a revolução 
industrial. Weber é considerado um dos pais da sociologia. “Seu trabalho 
mais relevante para o campo organizacional – A teoria da Organização Social 
Econômica – foi publicado em 1922, dois anos após sua morte” (CARAVANTES; 
PANNO; KLOECKNER, 2005, p. 64).
Max Weber é considerado uma das grandes figuras intelectuais dos séculos 
XIX e XX. Ele manteve uma curiosidade incessante por várias disciplinas, como 
direito, economia e história. Sua trajetória acadêmica e intelectual o posicionou 
como um dos pais da sociologia. Um de seus objetivos era descobrir quais foram 
as condições culturais que permitiram o desenvolvimento do capitalismo. Hoje, 
seu pensamento continua influenciando uma infinidade de disciplinas.
De acordo com Caravantes, Panno e Kloeckner (2005, p. 65), Weber 
estava “interessado nos aspectos referentes a organização formal, isto é, os meios 
racionais utilizados para dirigir as atividades de muitos indivíduos ocupantes 
de cargos diferentes, visando atingir um objetivo comum”. “Uma organização é 
um arranjo sistemático de pessoas reunidas para alcançar um propósito comum” 
(ROBBINS; DECENZO, 2004, p. 4).
Basicamente a Teoria Burocrática está relacionada à estrutura e ao processo 
administrativo das organizações. Mas afinal, o que é burocracia? Podemos definir 
o termo burocracia como as regras e regulamentos, processos, procedimentos, 
padrões, onde, todos os processos são formulados com a finalidade de reduzir a 
complexidade do funcionamento da organização.
Essa teoria surgiu para resolver as limitações da teoria clássica e da teoria 
das relações humanas que, por outro lado, eram opostas e contraditórias entre 
si. Assim, Weber levantou essa teoria racionalista por meio de uma abordagem 
eficiente, aplicável a fábricas e diferentes formas de organização humana. 
Figura 16 - The theory of social and economic organization
Fonte: Google Imagens (2020).
38
 
Silva (2008, p. 146), relata “Os escritos de Weber sobre burocracia foram 
publicados em duas diferentes seções de um rascunho incompleto de Economia e 
sociedade”. A primeira parte foi traduzida por Parsons e M. Henderson em 1947, 
na seção 3 do livro The theory of social and economic organization (A teoria da 
organização social e econômica – Figura 16). A segunda parte apareceu no livro 
From Max Weber, essays in sociology (De Max Weber, ensaios em sociologia),publicado em 1946, de Hans Gerth e C. Wright Mills. De acordo com Souza (2015, 
p. 170), “a Teoria da Burocracia foi originada dentro da Administração por volta 
dos anos 1940, em função de alguns aspectos da Burocracia na Administração”. 
“A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na 
racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a 
fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos”, segundo 
Chiavenato (2014, p. 258). Ainda, de acordo com o autor, Weber distingue três 
tipos de sociedade:
a. Tradicional: predominam características patriarcais e patrimonialistas, 
como família, clã, sociedade medieval, etc.;
b. Carismática: predominam características místicas, arbitrárias e 
personalísticas, como nos grupos revolucionários, nos partidos 
políticos, nas nações em revolução, etc.;
c. Legal, racional ou burocrática: predominam normas impessoais 
e racionalidade na escolha dos meios e dos fins, como nas grandes 
empresas, nos estados modernos, nos exércitos, etc.
Na concepção de Souza (2015), na prática, a teoria da burocracia segue 
premissas cuja características resultam em objetivos predefinidos, conforme 
demonstra a Figura 17.
Figura 17 - Premissas da Burocracia
Burocracia baseada em:
• Caráter legal das normas e regula-
mentos
• Caráter formal das comunicações
• Caráter racional e divisão do 
trabalho
• Impessoalidade nas relações
• Hierarquia da autoridade
• Rotinas e procedimentos
• Competência técnica e Meritocra-
cia
• Previsibilidade do funcionamento
Consequências Previstas:
• Previsibilidade do comportamento 
humano
• Padronização do desempenho dos 
participantes.
Objetivo
• :Máxima eficiência da organização
Fonte: Souza (2015, p. 173).
Silva (2008, p. 146), afirma que do ponto de visto da perspectiva clássica, 
“uma organização é a estrutura de relacionamentos, poder, objetivos, papéis, 
atividades, comunicações e outros fatores que existem quando pessoas trabalham 
juntas”. Como desenvolvidas por Weber, a burocracia possui característica 
conforme descritas no Quadro 4. 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
39
Quadro 4 – Característica da Burocracia
DIVISÃO DE 
TRABALHO
As atividades são desmembradas em tarefas simples, de tal modo 
que qualquer pessoa, de qualquer tipo de organização, poderia se 
tornar especializada em um tempo mínimo; a especialização faz a 
trabalho humano intercambiável, o que contribui grandemente paro 
a eficiência organizacional. Cada posição tem claramente definidas 
as responsabilidades e a delegação de autoridade competentes.
HIERARQUIA DE 
AUTORIDADE
Posições ou empregados são organizados de modo a formar 
a hierarquia (cadeia de comando) na qual a organização 
está estruturada. Cada posição nessa hierarquia contém 
responsabilidades e deveres específicos, bem como privilégios.
RACIONALIDADE
Todos os membros da organização são selecionados com base na 
qualificação técnico paro um desempenha adequado; as promoções 
ocorrem por desempenho e capacitação técnica (mérito). Um esforço 
consciente é feito para adequar o desempenho do trabalho às 
qualificações da funcionário e/ou candidato, independentemente das 
características de raça, sexo, religião ou classe social deste. O critério-
guia deveria ser simplesmente o grau de adequação do potencial do 
empregado em termos de educação, treinamento, conhecimento e 
habilidade para desempenhar a atividade em uma organização.
REGRAS E PADRÕES
As decisões gerenciais são guiadas por regras, disciplina e controles, 
relacionadas à conduta dos deveres oficiais, aplicados de forma 
impessoal tanto aos empregados da organização como aos clientes 
foro dela.
COMPROMISSO 
PROFISSIONAL
Os administradores trabalham por solários fixos e não são os donos 
dos negócios que administram; os gerentes são treinados para as 
atividades administrativos visando a melhor qualificação para o 
alcance da eficiência organizacional e para a controle das atividades 
dos empregados nesse mesmo sentido.
REGISTROS 
ESCRITOS
Com o objetiva de estabelecer continuidade organizacional e com 
o propósito de alcançar uniformidade de ação, as burocracias 
mantêm registros, elaborados para detalhamento das transações da 
organização.
IMPESSOALIDADE
As regras e os procedimentos são aplicados de modo uniforme e 
imparcial; todos os funcionários são avaliados de acordo com regras 
objetivas, de tal modo que não se permito ao superior considerações 
pessoais ou emocionais poro ‘colorir’ as avaliações.
Essas são as características apresentadas pelas organizações que Weber estudou. Entretanto, 
mais do que a análise dessas organizações, Weber propôs um modelo analítico de 
organizações.
Fonte: Silva (2008, p.147). 
Segundo a teoria burocrática de Max Weber, a burocracia é a base para 
a formação sistemática de qualquer organização e visa garantir a eficiência e a 
eficácia econômica. É um modelo ideal de gestão e administração para colocar 
em foco a estrutura de poder de uma organização. Com essas observações, ele 
estabelece os princípios básicos da burocracia e enfatiza a divisão do trabalho, 
hierarquia, regras e relacionamento impessoal. 
UNIDADE 1
A administração tem sido considerada como sendo um processo social 
que abrange a responsabilidade pelo planejamento e regulamentação econômica 
e eficaz das operações das organizações, tendo como finalidade o cumprimento 
de determinados objetivos. Corresponde a um processo dinâmico que consiste 
em diversos elementos e atividades. O termo administração, se refere ao processo 
de fazer com que as coisas sejam executadas, com eficácia e eficiência, por meio 
de outras pessoas e com elas (ROBBINS E DECENZO, 2004).
Esse processo é caracterizado por um conjunto de funções desempenhadas 
pelos gestores para o cumprimento dos objetivos da organização. Dentro das 
empresas a administração desempenha um papel primordial para que, as metas 
estabelecidas, sejam atingidas. O principal objetivo das funções administrativas é 
atingir os objetivos organizacionais ao mesmo tempo em que utiliza os recursos 
organizacionais de forma mais eficaz. No contexto contemporâneo, deve-se ser 
aceita as atribuições mínimas das funções administrativas declarando as funções 
de gestão de forma simplificada, tais como planejamento, organização, direção e 
controle – PODC – ou seja, um modo de enunciação comumente aceite atualmente 
(Figura 18).
Figura 18 - As quatro funções administrativas
Recursos
• Humanos
• Financeiros
• Materiais
• Tecnológicos
• Informação
Resultados
• Desempenho
• Objetivos
• Produtos
• Serviços
• Eficiência
• Eficária
Controle
Monitorar as atividades e 
corrigir os desvios
Organização
Modelar o trabalho, alocar 
recursos e coordenar 
atividades
Direção
Designar pessoas, dirigir 
seus esforços, motivá-las, 
liderá-las e comunicar
Planejamento
Formular objetivos e os 
meios para alcançá-los
Fonte: Chiavenato (2007, p. 27)
TÓPICO 5 
FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO
42
 
De acordo com Chiavenato (2004, p. 167):
quando consideradas em um todo integrado, as funções 
administrativas formam o processo administrativo. Quando 
consideradas isoladamente, o planejamento, a direção, a organização 
e o controle constituem funções administrativas.
Conforme ilustra a Figura 19:
 Figura 19 - O processo administrativo
Planejamento
• Definir a missão
• Formular objetivos
• Definir os planos 
para alcançar os 
objetivos
• Programar as 
atividades
Organização
• Dividir o trabalho
• Designar as atividades
• Agrupar as atividades 
em órgãos e cargos
• Alocar recursos
• Definir autoridade e 
responsabilidade
Direção
• Designar as pessoas
• Coordenar os esforços
• Comunicar
• Motivar
• Liderar
• Orientar
Controle
• Definir os padrões
• Monitorar o 
desempenho
• Avaliar o desempenho
• Ação corretiva
Fonte: Chiavenato (2007, p. 26)
Assim, conceitua-se a administração, como sendo o processo para alcançar 
os objetivos organizacionais. Nesse sentido, um processo representa um conjunto 
de atividadesdinâmicas, contínuas e inter-relacionadas. Dinâmica porque as 
organizações sofrem constantes impactos internos e externos. Contínuo significa 
que as atividades não são realizadas de forma linear, passo a passo, onde a 
responsabilidade é passada de uma atividade para a próxima. 
Em vez disso, as atividades continuam à medida que novas atividades 
são iniciadas. Inter-relacionado significa que os resultados de cada atividade 
influenciam as outras atividades e tarefas. É responsabilidade da administração 
zelar para que as atividades essenciais sejam realizadas com eficiência - da melhor 
maneira possível - e com eficácia - fazendo a coisa certa.
Planejamento
Planejar significa definir metas de desempenho para a organização e 
determinar quais ações e recursos são necessários para atingir as metas. Por meio 
do planejamento, a administração define os planos estratégicos e táticos, como 
deve ser o futuro da organização qual o melhor caminho a percorrer. Os planos 
estratégicos são de longo prazo e afetam toda a organização. Planejar preenche a 
lacuna entre o que uma organização é e o que ela se tornará, conforme ilustra a 
Figura 20. 
 
43
Figura 20 - Função de Planejar
 
Planejamento
Organizar Dirigir Controlar
• Definir objetivos
• Verificar onde as 
coisas estão hoje
• Desenvolver 
premissas sobre 
condições futuras 
(cenários)
• Identificar meios 
para alcançar os 
objetivos
• Implementar os 
planos de ação 
necessários 
 
Fonte: Chiavenato (2007, p. 30).
Segundo Münch (2010), o planejamento é quando são determinados os 
cenários futuros e a direção da empresa, assim como a definição dos resultados 
que se pretende obter e as estratégias para os atingir, minimizando os riscos. 
Para Marco e Loguzzo (2016), é a função que inicia o ciclo administrativo (Figura 
21), uma vez que estabelece os elementos e critérios gerais em que os outros se 
baseiam. 
Figura 21 - As premissas do Planejamento
Onde estamos agora Planejamento
Onde pretendemos
chegar
Presente Futuro
Situação atual Planos
Objetivos 
pretendidos
Fonte: Chiavenato (2007, p. 28).
O planejamento consiste em determinar as bases que irão orientar a ação 
futura da organização. O processo de planejamento consiste em determinar os 
objetivos, a situação futura a alcançar e as orientações gerais das ações a levar a 
cabo para os atingir. Neste sentido, o planejamento consiste em determinar os 
objetivos a alcançar e as linhas de ação apropriadas para os atingir.
Conforme Chiavenato (2014, p. 173), “quando consideradas em um todo 
integrado, as funções administrativas formam o processo administrativo. Quando 
consideradas isoladamente, constituem funções administrativas”. Dessa forma, a 
sequência das funções do administrador forma o ciclo administrativo (Figura 22):
44
 
Figura 22 - Ciclo das funções administrativas
Ciclo 
Administrativo
Controle
Monitorar as atividades 
e corrigir os desvios
Direção
Designar as pessoas, 
dirigir seus esforços, 
motivá-las, liderá-los 
e comunicá-los
Planejamento
Formular objetivos e os 
meios para alcançá-los
Organização
Desenhar o trabalho, alocar 
recursos e coordenar atividades
Fonte: Google Imagens (2020).
1. À medida que se repete o ciclo administrativo, ocorre contínua correção 
e ajustamento por meio da retroação. Assim, o desenvolvimento de 
um ciclo permite definir quais correções devem ser introduzidas no 
ciclo seguinte, e assim por diante. Graficamente, a representação 
dessas correções e ajustamentos;
2. Na realidade, as funções do administrador que formam o processo 
administrativo são mais do que uma sequência cíclica, pois estão 
intimamente relacionadas em uma interação dinâmica. O processo 
administrativo é cíclico, dinâmico e interativo.
O planejamento atravessa todos os níveis da organização e, por conseguinte, 
é planejado em diferentes realidades em cada caso, consequentemente, existem 
planos de natureza diferente. Podem ser estabelecidos planos sobre métodos de 
trabalho, podem ser relacionados com a sucessão de atividades a longo prazo, 
podem referir-se a comportamentos desejados ou podem ser estabelecidos em 
relação à atribuição de pessoas (MARCO E LOGUZZO, 2016).
Mediante o conteúdo acima pare, pense e reflita: Há na empresa em que 
você trabalha algum processo de planejamento? Caso sim, está sendo aplicado? Caso 
não, o que você faria para realizar o planejamento da empresa?
UNI
 
45
Organização
A segunda função principal da administração (Figura 23) corresponde 
ao processo de organizar. Para ter sucesso nas escalas de eficácia e eficiência, 
a organização deve distribuir recursos, tanto humanos como materiais, de uma 
maneira que os alinhe para produzir o melhor resultado possível. Um dos 
resultados da organização é o conceito de estrutura organizacional. O agrupamento 
de pessoas em departamentos, unidades de trabalho ou outras entidades 
operacionais define essas interações, assim como a hierarquia e a estrutura de 
liderança necessárias para ajudar a organização a atingir seu potencial. 
Figura 23 - A Função de Organizar
Planejar Dirigir Controlar
Organizar
• Dividir o trabalho
• Agrupar as atividades 
em uma estrutura lógica
• Designar as pessoas 
para sua execução
• Alocar os recursos
• Coordenar os esforços
 Fonte: Chiavenato (2007, p. 34).
De acordo com Maximiano (2000, p. 27), a “organização é o processo de 
definir o trabalho a ser realizado e as responsabilidades pela realização; é também 
o processo de distribuir os recursos disponíveis segundo algum critério”. Para 
Silva (2008, p. 9), a organização para o “processo de designação de tarefas, de 
agrupamento de tarefas em departamentos e de alocação de recursos para os 
departamentos”.
De acordo com Marco e Loguzzo (2016), a organização, neste caso, refere-
se à ação da organização de uma organização, ou seja, uma entidade social, 
deliberadamente constituída para a prossecução de fins específicos. Chiavenato 
(2014), afirma que uma organização pode ser estruturada em três níveis diferentes:
a. Nível global: organização que abrange a empresa como uma 
totalidade. É o chamado desenho organizacional, que pode assumir 
três tipos: linear, funcional e linha-staff;
b. Nível departamental: abrange cada departamento da empresa. 
É o chamado desenho departamental ou simplesmente 
departamentalização. 
c. Nível das tarefas e operações: focaliza cada tarefa, atividade ou 
operação especificamente. É o chamado desenho dos cargos ou 
tarefas. É feito por meio da descrição e análise dos cargos.
46
 
d. Esta função consiste essencialmente em estruturar a organização 
para prosseguir os objetivos estabelecidos. Refere-se à melhor forma 
de dividir o trabalho e como agrupar e coordenar tarefas da forma 
mais eficaz, bem como ao estabelecimento de linhas de autoridade 
e responsabilidade, e à associação de pessoas e recursos a posições 
específicas (Figura 24).
Figura 24 - Os níveis da organização
Presidentes
Diretores
Institucional
Intermediário
Operacional
Níveis:
Gerentes
Supervisores
Funcionários e
Operários
Administração de Cúpula
Definição de objetivos
Planejamento, Organização,
Direção e Controle
Execução das tarefas e operações
Administração das Operações
Supervisão da execução das 
tarefas e operações da empresa
 Fonte: Chiavenato (2007, p. 13).
Consoante o nível da organização a que nos referimos, podemos falar de 
diferentes tarefas de concepção organizacional. A nível operacional, a concepção 
consiste na análise e descrição das funções, que consiste em determinar o conjunto 
de tarefas que compõem cada trabalho específico, ou seja, o seu conteúdo. A nível 
médio, o design inclui o agrupamento de unidades com base em algum padrão 
homogêneo, ou seja, o agrupamento de trabalhos de acordo com algum critério 
racional, como por função, por produto, por cliente, por área geográfica, entre 
outros. Ao nível gerencial, a concepção organizacional refere-seà organização 
como um todo e, de acordo com os critérios acima mencionados, determina o 
tipo de organização com base nas características da sua estrutura (MARCO E 
LOGUZZO, 2016).
Segundo Chiavenato (2014, p. 181), a organização como função 
administrativa “é parte do processo administrativo: nesse sentido, organização 
significa o ato de organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos 
incumbidos de sua administração e estabelecer suas atribuições e as relações 
entre eles”. Assim, organizar consiste em:
47
a. Determinar as atividades específicas necessárias ao alcance dos 
objetivos planejados - especialização;
b. Agrupar as atividades em uma estrutura lógica - departamentalização;
c. Designar as atividades às específicas posições e pessoas - cargos e 
tarefas.
Direção
A direção consiste na execução de todas as fases do processo administrativo 
através da orientação e orientação de recursos, e do exercício da liderança. De 
acordo com Chiavenato (2014, p. 92), a direção (Figura 25) é “a tarefa contínua de 
tomar decisões e incorporá-las em ordens e instruções específicas e gerais, e ainda 
a de funcionar como líder da empresa”, e acrescenta que: 
A direção é a terceira função. Definido o planejamento e estabelecida 
a organização, resta fazer as coisas andarem e acontecerem. Esse é 
o papel da direção: acionar e dinamizar a empresa. A direção está 
relacionada com a ação, com o colocar-se em marcha, e tem muito a 
ver com as pessoas. Ela está diretamente relacionada com a atuação 
sobre os recursos humanos da empresa. As pessoas precisam ser 
aplicadas em seus cargos e funções, treinadas, guiadas e motivadas 
para alcançarem os resultados que delas se esperam. A função de 
direção se relaciona diretamente com a maneira pela qual os objetivos 
devem ser alcançados, por meio da atividade das pessoas que 
compõem a organização. Assim, a direção é a função administrativa 
que se refere às relações interpessoais dos administradores em todos 
os níveis da organização e os seus respectivos subordinados. Para que 
o planejamento e a organização possam ser eficazes, eles precisam ser 
dinamizados e complementados pela orientação dada por meio de 
uma adequada comunicação e habilidade de liderança e motivação. 
Chiavenato (2014, p. 92).
Figura 25 - A Função de Direção
Planejar Organizar Controlar
Dirigir
• Dirigir os esforços para 
um propósito comum
• Comunicar
• Liderar
• Motivar
• Orientar as pessoas
• Impulsionar as pessoas
 Fonte: Chiavenato (2007, p. 36).
Alguns autores também denominam a função de direção de liderança. 
No entanto, se deve compreender que a liderança é uma condição de direção. 
É possível liderar sem dirigir, o que não é a melhor das condições. É necessário 
liderar de forma eficaz e eficiente, fazendo-o com atitude e habilidade. A 
direção é aquele aspecto funcional inerte da administração que lida diretamente 
48
com a influência, orientação, supervisão, motivação dos subordinados para o 
cumprimento das metas organizacionais. A direção tem os seguintes elementos:
a. Supervisão: implica em supervisionar o trabalho dos subordinados 
por seus superiores. É o ato de observar e dirigir o trabalho e os 
trabalhadores;
b. Motivação: significa inspirar, estimular ou encorajar os subordinados 
com zelo para o trabalho. Incentivos positivos, negativos, monetários 
e não monetários podem ser usados para esse fim;
c. Liderança: pode ser definida como um processo pelo qual o gerente 
orienta e influencia o trabalho dos subordinados na direção desejada;
d. Comunicações: é o processo de passar informações, experiências, 
opiniões etc. de uma pessoa para outra. É uma ponte de compreensão.
É muito importante para a organização porque trata de lidar com as 
pessoas de tal forma que elas ajudem de todas as formas possíveis a alcançar 
os objetivos da organização. Para que a direção seja eficiente, é importante que 
a alocação dos recursos seja feita com muito critério. Os administradores que 
desempenham o papel de direção devem ter fortes capacidades de comunicação 
e ter a convicção de julgar e convencer as pessoas de uma forma positiva. 
Segundo Marco e Loguzzo (2016), na estrutura organizacional, o peso 
relativo da função de gestão são os três níveis de direção (Quadro 5), sendo 
responsáveis pelos resultados alcançados pelas pessoas que estão a seu cargo. Por 
conseguinte, deve primeiro procurar gerar as melhores condições possíveis para 
que o pessoal responsável possa realizar as tarefas atribuídas e obter os resultados 
esperados. Para esta tarefa, competências específicas em relação a supervisão, 
comunicação, liderança e motivação.
Quadro 5 - Os três níveis de direção
NÍVEIS DE 
ORGANIZAÇÃO
NÍVEIS DE 
DIREÇÃO
CARGOS 
ENVOLVIDOS ABRANGÊNCIA
INSTITUCIONAL Direção
Diretores e altos 
executivos
A empresa ou áreas da 
empresa
INTERMEDIÁRIO Gerência
Gerentes e pessoal do 
meio do campo
Cada departamento ou 
unidade da empresa
OPERACIONAL Supervisão
Supervisores e 
encarregados
Cada grupo de pessoas 
ou tarefas
Fonte: Chiavenato (2007).
A direção, tal como outras funções administrativas, também atravessa 
toda a estrutura organizacional, uma vez que, a todos os níveis, há necessidade de 
endereço. A nível operacional, eles são os supervisores e encarregados; ao centro, 
na direção intermediária os gerentes; no nível institucional da organização os 
 
49
diretores e altos executivos. A terminologia a utilizar para chamar cada um destes 
atores derivará da natureza da organização e da sua estrutura.
Controle 
O quarto elemento das funções administrativas é a função de controle 
(Figura 26), a qual implica na medição de cumprimento em relação aos padrões 
e correção de desvio do planejamento, caso haja, para garantir o cumprimento 
das metas organizacionais. O objetivo do controle é garantir que tudo ocorra em 
conformidade com as normas e requisitos estabelecidos. Um sistema eficiente 
de controle contribui para prever desvios antes que eles realmente ocorram. 
Controlar é o processo de verificar se o progresso adequado está sendo feito em 
relação aos objetivos e metas e, se necessário, agir para corrigir qualquer desvio.
Figura 26 - A função de Controlar
Planejar Organizar Dirigir
Controlar
• Definir padrões de 
desempenho
• Monitorar o 
desempenho
• Comparar o desem-
penho com os padrões 
estabelecidos
• Tomar a ação correti-
va para corrigir desvios 
e assegurar o alcance 
dos objetivos
 Fonte: Chiavenato (2007, p. 39).
Segundo Marco e Loguzzo (2016), como função da administração, 
o controle tem o objetivo de verificar os resultados obtidos através da ação 
organizacional e de os contrastar com os planos estabelecidos. O objetivo dos 
processos de controle é identificar os desvios existentes entre o que foi planejado 
e os resultados obtidos, a fim de perceber as causas do desvio e retificar o curso 
da ação organizacional através de ações corretivas, orientando-a para os objetivos 
estabelecidos. Para Chiavenato (2014), a palavra controle pode assumir vários 
significados em administração:
a. Como função restritiva e coercitiva: utilizado no sentido de coibir ou 
limitar certos tipos de desvios indesejáveis ou de comportamentos 
não aceitos. Nesse sentido, o controle apresenta caráter negativo 
e limitativo, sendo, muitas vezes, interpretado como coerção, 
delimitação, inibição e manipulação. É o controle social aplicado nas 
organizações e na sociedade para inibir o individualismo e a liberdade 
das pessoas;
b. Como um sistema automático de regulação: utilizado no sentido 
de manter automaticamente um grau constante de fluxo ou de 
funcionamento de um sistema. É o caso do processo de controle 
50
 
automático das refinarias de petróleo, de indústrias químicas de 
processamento contínuo e automático. O mecanismo de controle 
detecta possíveis desvios ou irregularidades e proporciona 
automaticamente a regulação necessária para voltar à normalidade. 
Quando algo está sob controle significa que está dentro do normal;c. Como função administrativa: é o controle como parte do processo 
administrativo, como planejamento, organização e direção.
A função de controlar constitui na medição e correção das atividades 
de desempenho dos subordinados a fim de garantir que os objetivos e planos 
desejados da empresa sejam cumpridos. “A função que se encarrega de comparar 
o desempenho atual com os padrões predeterminados, isto é, com o planejado” 
(SILVA, 2008, p. 9). Portanto, o controle possui quatro fases conforme ilustrado 
na Figura 27.
Figura 27 - As quatro fases do controle
Ação 
corretiva
Observação do
desempenho
Estabelecimento
de padrões
Comparação do 
desempenho com o
padrão estabelecido
 Fonte: Chiavenato (2007, p. 40).
O processo de planejamento está intimamente relacionado com o 
processo de controle, dessa forma, controlar sem basear o processo num plano 
não faria sentido, uma vez que não tem um parâmetro para orientar, tanto a ação 
organizacional, como o processo de controle (MARCO E LOGUZZO, 2016). O 
controle consiste em verificar se tudo ocorre de acordo com os planos adotados, 
instruções emitidas e princípios estabelecidos. As principais características da 
função administrativa de controle são:
a. O controle é uma função final: uma função que vem uma vez que as 
apresentações são feitas em confirmações com planos;
b. O controle é uma função generalizada: o que significa que é 
desempenhado por gerentes em todos os níveis e em todos os tipos 
de preocupações;
 
51
c. O controle é voltado para o futuro: porque o controle eficaz não é 
possível sem que o passado seja controlado. O controle sempre olha 
para o futuro para que o acompanhamento possa ser feito sempre que 
necessário;
d. O controle é um processo dinâmico: uma vez que o controle requer 
métodos de revisão, mudanças devem ser feitas sempre que possível;
e. O controle está relacionado ao planejamento: o planejamento e 
o controle são duas funções inseparáveis da administração. Sem 
planejamento, controlar é um exercício sem sentido e sem controle, 
planejar é inútil. O planejamento pressupõe controlar e controlar o 
planejamento bem-sucedido.
O controle garante que haja uma utilização eficaz e eficiente dos recursos 
organizacionais para atingir os objetivos planejados. O controle mede o desvio 
do desempenho real do desempenho padrão, descobre as causas de tais desvios 
e ajuda a tomar ações corretivas. Enquanto o planejamento abre o processo 
administrativo, o controle serve de fechamento. 
Ao mesmo tempo, as organizações mais modernas e inovadoras 
estabelecem estratégias de aprendizagem que lhes permitem refletir sobre a 
forma como desempenham as suas tarefas e resolvem os seus problemas, a fim 
de melhorar as tarefas e o seu desempenho. O controle é um exercício sistemático 
que é chamado como um processo de verificação do desempenho real em relação 
aos padrões ou planos com o objetivo de garantir o progresso adequado e 
também registrar a experiência adquirida como uma contribuição para possíveis 
necessidades futuras. O controle tem dois propósitos básicos, ou seja, facilita a 
coordenação e ajuda no planejamento.
RESUMO
Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem 
pensando em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao 
AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
A administração, bem como seus fundamentos e prática, pressupõe a 
eficiente gestão dos recursos disponíveis para uma determinada organização, 
seja empresas públicas ou privadas, instituições de qualquer tipo e natureza e 
até mesmo organizações não governamentais (ONG’s). O termo administração 
abrange e embasa uma longa lista de atividades, mas sempre tem como foco 
o uso eficiente desses recursos, na medida em que seus retornos devem ser 
maximizados. Sendo assim, nessa unidade:
1. Abordamos evolução do pensamento administrativo que teve seu 
início com o próprio homem, tendo em vista que em qualquer período 
da história houve a necessidade de coordenar, tomar decisões e 
executar. Dessa forma, ao analisar a história da humanidade, você 
pode encontrar as contribuições que os povos antigos, pensadores e 
filósofos deram ao pensamento administrativo;
2. Você compreendeu que, no entanto, a história das organizações e de 
sua gestão tem origem em tempos mais recentes. Que foram baseadas 
em diversas teorias que pregavam o pragmatismo, isto é, métodos 
que buscavam validar uma teoria que tinha por objetivo determinar 
êxito prático, como por exemplo a Teoria da Administração cientifica 
de Frederick W. Taylor e Teoria Clássica da Administração de Henri 
Fayol;
3. Contemplamos também as funções básicas da administração que 
são o planejamento, a organização, a direção e o controle tendo 
em vista que o administrador eficaz representa um valor para uma 
organização. Assim, o administrador se constitui no elo entre os 
vários departamentos de uma organização visando garantir o fluxo 
uniforme de informações entre os setores da empresa. Portanto, 
sem uma administração eficaz, uma organização não funcionaria de 
maneira profissional e sem problemas.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
ÁREAS DA ADMINISTRAÇÃO
UNIDADE 2 
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – Administração Financeira
TÓPICO 2 – Administração de Recursos Humanos
TÓPICO 3 – Administração Mercadológica/Marketing
TÓPICO 4 – Administração Estratégica
TÓPICO 5 – Papel do Administrador
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• Compreender o contexto histórico e evolutivo do pensamento 
administrativo;
• Conhecer quais foram as principais influências do pensamento 
administrativo;
• Identificar as principais teorias da administração;
• Reconhecer as principais funções administrativas.
 
54
A administração é uma ciência social aplicada que tem como objetivo 
principal alcançar o máximo benefício possível para uma empresa, planejando, 
organizando, dirigindo e controlando os recursos organizacionais à sua 
disposição como, por exemplo, os humanos, financeiros, tecnológicos, entre 
outros. A administração é, sem dúvida, uma área do conhecimento humano que 
tem evoluído e que tem proporcionado uma contribuição sem precedentes no 
mundo das organizações.
De acordo com Cardona (2009), administrar, do latim administrare, 
significa etimologicamente servir. Neste sentido, a administração pode ser 
definida como a ação de servir ao outro, de cuidar dos bens de outra pessoa, para 
cuidar dos negócios de outra pessoa. Por extensão, administrar significa cuidar 
de seus próprios assuntos. Cuidar e administrar seus próprios bens e recursos. 
Para Chiavenato (2014, p.8) a palavra “administração vem do latim ad (direção, 
tendência para) e minister (subordinação ou obediência) e significa aquele que 
realiza uma função sob o comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço 
a outro”. 
Administrar significa também governar. Constitui dirigir os destinos de 
uma empresa, uma organização, uma comunidade ou uma cidade de tal forma 
que seus objetivos ou propósitos e seu progresso e bem-estar sejam alcançados. 
Com o desenvolvimento econômico e social, e especialmente sob a influência da 
revolução industrial, o termo “administração” evoluiu de tal forma que hoje é 
considerado suas palavras equivalentes como: direção, gestão, administração. 
A administração compreende as atividades de estabelecer a estratégia de 
uma organização e de coordenar os esforços de seus funcionários ou voluntários 
para atingir seus objetivos por meio da aplicação dos recursos disponíveis, tais 
como recursos financeiros, logísticos, tecnológicos e humanos. Nesse contexto, 
Chiavenato (2004, p. 2), corrobora ao afirmar queno:
MUNDO EM QUE VIVEMOS É UMA sociedade institucionalizada 
e composta por organizações. Todas as atividades relacionadas à 
produção de bens (produtos) ou prestação de serviços (atividades 
especializadas) são planejadas, coordenadas, dirigidas, executadas e 
controladas pelas organizações. Todas as organizações são constituídas 
por pessoas e por recursos não-humanos (como recursos físicos e 
materiais, financeiros, tecnológicos, mercadológicos etc.).
Quando abordamos preceitos sobre a administração, comumente pensamos 
sobre negócios, comércio ou indústrias com fins lucrativos. No entanto, deve-se 
levar em consideração que existem outras organizações sem fins lucrativos, como 
ONGs, igrejas, serviços públicos, associações entre outras. Independentemente, 
organizações com ou sem fins lucrativos necessitam planejar, organizar, dirigir e 
controlar sua estrutura. Todas possuem recursos humanos, materiais, financeiros 
e até recursos intangíveis como, por exemplo, o valor da sua marca e patrimônios 
intelectuais. Todos esses elementos devem ser gerenciados da melhor maneira 
possível. 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
55
Assim sendo, a administração é necessária para a existência e o sucesso 
de todos os tipos de organizações. Internamente, as organizações/empresas 
possibilitam uma variedade de possibilidades (Figura 28) onde o profissional de 
administração poderá aplicar seus conhecimentos e habilidades, como:
Figura 28 - Áreas da Administração
Resultado da Organização
Colaboradores
R
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s 
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il
Fonte: Google Imagens (2020).
a. Administração da produção: também chamada de 
gerenciamento de operações, refere-se à aplicação dos princípios 
de gerenciamento à função de produção em uma fábrica. Ou 
seja, ao planejamento e controle dos processos industriais para 
garantir o seu bom funcionamento;
b. Administração Financeira: A gestão financeira significa 
planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades financeiras, 
como a aquisição e utilização de recursos da empresa. Significa 
aplicar os princípios gerais de gestão aos recursos financeiros 
da empresa para atingir as metas e objetivos da organização;
c. Administração de Recursos Humanos: A gestão de recursos 
humanos é a prática de recrutar, contratar, implantar e gerenciar 
os funcionários de uma organização, fornecendo orientação, 
conduzindo treinamento e desenvolvimento, avaliando o 
desempenho do funcionário, decidindo a remuneração e 
fornecendo benefícios, motivando os funcionários, mantendo 
um relacionamento adequado com os colaboradores e seus 
sindicatos, garantindo a segurança dos colaboradores;
d. Administração mercadológica/marketing: A gestão de 
mercado, também chamada de gestão de marketing, permite à 
organização identificar oportunidades de mercado e apresentar 
estratégias apropriadas para explorar essas oportunidades de 
forma lucrativa;
56
e. Administração Geral: É um processo de definição de metas e 
reunião das pessoas certas para atingir as metas, planejando 
e organizando todos os recursos relevantes de forma eficaz 
e eficiente. Essencialmente, o processo de gerenciamento 
abrange quatro funções imperativas que incluem planejamento, 
organização, direção e controle.
De acordo com Koontz, Weihrich e Cannice (2012), a administração é o 
processo de gerenciamento pelo qual é projetado e mantido um ambiente no 
qual os indivíduos, trabalhando em grupo, atingem objetivos específicos de uma 
maneira eficaz. Uma organização constitui um grupo de pessoas trabalhando em 
conjunto para criar valor agregado. Já o gerenciamento é o processo pelo qual 
um ambiente é projetado e mantido, no qual indivíduos trabalhando em grupos 
atingem metas específicas de forma eficaz, onde esta definição básica precisa ser 
expandida:
a. Como gerentes, as pessoas desempenham as funções de gerenciamento 
de planejamento, organização, integração de pessoal, direção e 
controle.
b. A administração se aplica a qualquer tipo de organização;
c. Também se aplica aos gerentes em todos os níveis organizacionais;
d. O objetivo de todos os gerentes é o mesmo: criar valor agregado;
e. A administração se preocupa com a produtividade, o que significa 
eficácia e eficiência, e a soma de ambos para alcançar a efetividade.
Na obra, expõe-se de forma resumida, sobre quais os tipos de administradores 
especialistas o mercado está absorvendo na atualidade. Com uma linguagem leve e direta, 
ela envolve o leitor em uma verdadeira viagem pelo mundo da ciência da Administração. 
(GONÇALVES, 2020).
Figura 29 - Dica de leitura
Fonte: Ramos (2018).
UNI
57
A Administração é uma área do conhecimento humano muito versátil 
que propõe diferentes soluções para resolver os problemas de estrutura e 
funcionamento de organizações com ou sem fins lucrativos. Cada organização 
de acordo com suas necessidades requer soluções diferentes dos ramos da 
administração. O profissional da administração tem a possibilidade de exercer 
sua profissão nos mais diversos campos de atuação.
De acordo com o Conselho Regional de Administração - Pará (2020, p. 1) 
“o profissional de Administração conta com várias habilidades e competências 
no dia a dia de uma organização, o que faz com que ele assuma diferentes 
responsabilidades na área”. Nesse contexto, se faz necessário identificar a trajetória 
a ser seguida relativa às atividades do campo de atuação que deverá ser inerente 
à sua vocação. Nessa perspectiva o Conselho Regional de Administração – São 
Paulo (2020), elenca, as áreas de atuação da administração, conforme descrito no 
Quadro 6.
Quadro 6 - Áreas da Administração
ADMINISTRAÇÃO E 
SELEÇÃO DE PESSOAL / 
RECURSOS HUMANOS
Cargos e Salários; Controle de Pessoal; Coordenação de Pessoal; 
Desenvolvimento de Pessoal; Interpretação de Performances; Locação de 
Mão-de-Obra; Recrutamento; Seleção; Treinamento;
ORGANIZAÇÃO E 
MÉTODOS
Administração de Empresas; Análise de Métodos; Análise de Processos; 
Assessoria Administrativa; Assessoria Empresarial; Assistência 
Administrativa; Auditoria Administrativa; Consultoria Administrativa; 
Controle Administrativo; Gerência Administrativa e de Projetos; 
Implantação de Controle e de Projetos; Implantação de Estruturas 
Empresariais; Implantação de Métodos e Processos;
Implantação de Planos; Implantação de Serviços; Organização 
Administrativa; Organização de Empresa; Organização e Implantação de 
Custos; Perícias Administrativas; Planejamento Empresarial; Planos de 
Racionalização e Reorganização;
ORÇAMENTO Controle de Custos; Elaboração de Orçamento; Projeções e Previsões;
ADMINISTRAÇÃO 
DE MATERIAL / 
LOGÍSTICA
Administração de Estoque; Assessoria de Compras; Assessoria de 
Estoques; Assessoria de Materiais; Controle de Materiais; Planejamento de 
Compras; Logística;
ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA
Análise Financeira; Assessoria Financeira; Assistência Técnica Financeira; 
Consultoria Técnica Financeira; Diagnóstico Financeiro; Orientação 
Financeira; Projeções Financeiras; Projetos Financeiros; Administração 
de Bens e Valores; Administração de Capitais; Controle de Custos; 
Levantamento de Aplicação de Recursos; Arbitragens; Controle de Bens 
Patrimoniais; Planejamento de Recursos; Plano de Cobrança; Projetos de 
Estudo para Financiamento;
ADMINISTRAÇÃO 
MERCADOLÓGICA / 
MARKETING
Administração de Vendas; Canais de Distribuição; Consultoria 
Promocional; Coordenação de Promoções; Estudos de Mercado;
- Marketing; Pesquisa de Mercado; Pesquisa de Desenvolvimento de 
Produto; Planejamento de Vendas; Promoções; Técnica Comercial; Técnica 
de Varejo;
ADMINISTRAÇÃO DA 
PRODUÇÃO
Controle de Produção; Pesquisa de Produção; Planejamento de Produção; 
Planejamento e Análise de Custo;
 
58
DICAS
DESDOBRAMENTOS 
OU CONEXOS.
- Administração de Consórcio;
- Administração de Comércio Exterior;
- Administração de Cooperativas;
- Administração Hospitalar;
- Administração de Imóveis/Condomínios;
- AdministraçãoRural;
- Administração Hoteleira;
- Factoring;
Fonte: CRASP (2020).
Especializações da administração
Nos dias de hoje, a administração revela-se como uma área do conhecimento humano 
repleta de complexidades e desafios. O profissional que utiliza a administração como meio 
de vida pode atuar nos mais variados níveis de uma organização, desde o hierárquico de 
supervisão elementar até o de dirigente máximo da organização. Pode atuar nas diversas 
especializações da administração: da produção (de bens ou serviços prestados pela 
organização), financeira, de recursos humanos, mercadológica ou, ainda, administração 
geral. Em cada nível e em cada especialização da administração, as situações são diferentes. 
Além disso, as organizações são diferentes. Cada organização tem seus objetivos, seu 
ramo de atividade, seus dirigentes e seu pessoal, seus problemas internos e externos, seu 
mercado, sua situação financeira, sua tecnologia, seus recursos básicos, sua ideologia e 
política de negócios etc. Chiavenato (2014).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
59
AUTOATIVIDADE
Quando abordamos preceitos sobre a administração, comumente pensamos 
sobre negócios, comércio ou indústrias com fins lucrativos. No entanto, 
deve-se levar em consideração que existem outras organizações sem fins 
lucrativos, como ONGs, igrejas, serviços públicos, associações entre outras. 
Independentemente, organizações com o sem fins lucrativos necessitam 
planejar, organizar, dirigir e controlar sua estrutura. Todas possuem recursos 
humanos, materiais, financeiros e até recursos intangíveis como, por exemplo, 
o valor da sua marca e patrimônios intelectuais. Todos esses elementos dever 
ser gerenciados da melhor maneira possível. 
A partir dessa contextualização e baseando-se no conteúdo estudado, descreva 
e relate o que são e as quais as atividades dos setores/pilares de uma empresa 
ilustradas na figura abaixo. 
Resultado da Organização
Colaboradores
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RECURSOS 
HUMANOS
PRODUÇÃO
LOGÍSTICA
MARKETING
FINANCEIRO
60
UNIDADE 2
Dentre as funções administrativas internas das organizações, a 
administração ou gestão financeira é uma das responsabilidades mais importantes 
dos administradores e gerentes. Esses atores devem considerar as potenciais 
consequências de suas decisões de gestão sobre os lucros, o fluxo de caixa e a 
situação financeira da empresa. As atividades de todos os aspectos de um negócio 
têm um impacto no desempenho financeiro da empresa e devem ser avaliadas e 
controladas constantemente. Segundo Gitman (2002, p. 2-3):
Administrar um negócio, seja um modesto empreendimento ou uma 
grande sociedade anônima, envolvem muitas funções diferentes, 
funções estas imprescindíveis para a organização ter sucesso frente 
a seus clientes e concorrentes, mas é finanças que faz com que tudo 
aconteça. Sem capital que atenda às necessidades da empresa, seja 
para financiar seu crescimento ou para atender às operações do dia 
– a – dia, não podemos desenvolver e testar novos produtos, criar 
campanhas de marketing, comprar alimentos, manter ou construir 
novas empresas. O papel do administrador financeiro é assegurar que 
este capital esteja disponível nos momentos adequados, no momento 
certo e ao menor custo, se isso não ocorrer a empresa não sobreviverá.
A administração financeira significa planejar, organizar, dirigir e 
controlar as atividades financeiras, como a aquisição e utilização de recursos da 
empresa. Significa aplicar os princípios gerais de gestão aos recursos financeiros 
da empresa para atingir as metas e objetivos da organização. A Administração 
Financeira de uma empresa é responsável pelas contas anuais, pelo orçamento, 
pelo plano financeiro e pelas tarefas com os relatórios correspondentes à economia 
aplicada. Os tipos de gestão financeira são:
a. Gestão financeira estratégica: refere-se ao planejamento, direção, 
controle do desempenho e da posição de risco da empresa, 
especialmente a alocação e organização do capital (estrutura de 
capital);
b. Gestão financeira operacional: Tem como principal função assegurar 
a liquidez financeira, garantindo o direcionamento dos processos de 
transformação operacional (plano financeiro).
Segundo Münch (2010), as principais funções da área financeira incluem 
contabilidade, controladoria, tesouraria, planejamento financeiro, orçamento, 
custos, gestão de risco, contas a receber, crédito e cobranças, investimentos, 
impostos e contas a pagar. A função financeira é indispensável, pois através 
dela são administrados os recursos da organização, além de outras atividades 
TÓPICO 1 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
 
62
básicas como a obtenção e alocação de recursos, controle de custos e despesas, 
pagamento de obrigações e todas aquelas atividades que visam obter o máximo 
retorno financeiro. Na concepção de Gitman (2010), a administração financeira 
diz respeito às atribuições dos administradores financeiros nas empresas e que: 
a. Os administradores financeiros são responsáveis pela gestão dos 
negócios financeiros de organizações de todos os tipos - financeiras 
ou não, abertas ou fechadas, grandes ou pequenas, com ou sem fins 
lucrativos;
b. Eles realizam as mais diversas tarefas financeiras, tais como 
planejamento, concessão de crédito a clientes, avaliação de propostas 
que envolvam grandes desembolsos e captação de fundos para 
financiar as operações da empresa;
c. Nos últimos anos, mudanças no ambiente econômico, competitivo 
e regulamentador aumentaram a importância e a complexidade das 
tarefas desse profissional;
d. O administrador financeiro de hoje está mais ativamente envolvido 
com o desenvolvimento e a implementação de estratégias empresariais 
que têm por objetivo o crescimento da empresa e a melhoria de sua 
posição competitiva. 
Gitman (2002, p. 588) enfatiza que o planejamento financeiro “é um aspecto 
importante para o funcionamento e sustentação da empresa, pois fornece roteiro 
para dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução de seus objetivos”. 
De acordo com Souza e Oliveira (2016), se pensarmos nos objetivos financeiros 
possíveis, chegaremos a algumas ideias como as seguintes: 
a. Sobreviver: Tendo em vista que os recursos disponíveis para o 
departamento são finitos, orçados e aprovados antes de cada programa 
e no início de cada ano em nível de estrutura básica de funcionamento 
(pagamento de funcionários e da estrutura física, que tendo ou não 
trabalho é necessário ser pago), a gestão dos recursos busca garantir 
que não “falte dinheiro” antes do final de cada programa ou que a má 
utilização dele interfira negativamente no pleno funcionamento da 
infraestrutura básica do local;
b. Evitar problemas financeiros e falência: Em complemento ao item 
acima, logicamente que devido ao porte financeiro e da importância 
do conteúdo gerado internamente pelo departamento, um colapso 
financeiro seria “absolvido e resolvido” com a entrada de mais 
recursos financeiros não previstos. A falência em si não seria possível 
– no mínimo pouco imaginável – mas um descontrole financeiro local 
acarretaria em um desconforto para empresa como um todo;
c. Superar a concorrência: Do ponto de vista de mercado, a empresa 
apreciada é referência na qualidade de suas produções a nível 
nacional e em algum caso, também internacional, líder em audiência 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
63
na maioria dos horários e também em arrecadação. A gestão adequada 
dos recursos financeiros é um dos pilares de sustentação de toda a 
estrutura por trás dos números.
d. Maximizar as vendas ou a participação de mercado: Se pensado 
de forma mais ampla, a qualidade do que é produzido, que está 
diretamente ligada à gestão dos recursos financeiros, é diretamente 
relacionada com as vendas de espaço publicitário (que é a maior fonte 
de arrecadação da empresa), logo, a gestão de cada departamento 
tem influência direta nas vendas e naparticipação no mercado de 
produção e transmissão de conteúdo.
e. Minimizar os custos: Uma frase que é bastante vinculada internamente 
à empresa é a que diz: “menos é mais”. Essa postura reflete em todas 
as áreas da empresa, como produzir com menos, sejam recursos 
financeiros, mão de obra, materiais, etc., o mesmo conteúdo com 
a mesma qualidade de sempre. Dentro do departamento existe 
um compromisso firmado com cada um dos colaboradores em se 
realizar cada vez a um valor/ custo agregado menor. A administração 
financeira está intimamente envolvida nesse ponto;
f. Maximizar ganhos: O aumento dos ganhos está relacionado à maior 
venda de espaços publicitários, Merchand dentro de programas e 
novelas e no intervalo entre eles, além de outras fontes de renda de 
menor impacto nas finanças da empresa. Tudo isso está relacionado 
com o fato de fazer por menos e com cada vez mais qualidade;
g. Manter o crescimento constante dos lucros: Esse ponto tangencia 
todos os outros acima defendidos. A partir do momento que se 
produz um conteúdo com a qualidade que se espera e a um custo 
menor, está se aumentando o lucro.
A gestão financeira torna possível o funcionamento eficiente e eficaz da 
empresa, fornecendo as informações necessárias para a tomada das melhores 
decisões. A precisão das análises e a clareza das decisões agregam valor aos 
principais processos comerciais. No dia-a-dia, isto significa participar de 
atividades como a avaliação da viabilidade econômica de um produto inovador, 
assumir o planejamento financeiro, fazer projeções de resultados financeiros 
da marca ou analisar o desempenho de vendas de cada canal. De acordo com 
Cavagnari (2017), suas principais funções são:
a. Tomada de decisões que maximizem a riqueza do empreendimento; 
b. Redução ao mínimo possível de risco do negócio; 
c. Orientação da receita ao volume, mais do que as próprias margens 
de lucros;
d. Obtenção de lucros reais, variável essa, como vimos, ligada ao tempo.
 
64
Segundo o SEBRAE (2016, p. 6):
para gerenciar com eficiência a área financeira de qualquer empresa 
torna-se necessário implantar alguns relatórios gerenciais, como alguns 
indicadores de desempenho para que se faça o acompanhamento 
periódico da sua performance.
Sendo assim, os principais relatórios gerenciais da área financeira são os 
seguintes:
a. Controle das Vendas Realizadas;
b. Apuração dos Resultados da Empresa;
c. Controle de Caixa do Movimento Realizado;
d. Fluxo de Caixa;
e. Balanço Gerencial.
Na perspectiva de Jacobsen (2013, p. 92), a administração financeira é 
considerada como sendo uma das funções mais complexas e delicadas dentro 
do contexto das organizações, tendo em vista “que trata da análise e solução 
de problemas associados à aquisição, conservação e uso eficientes dos seus 
recursos financeiros - o dinheiro”. De acordo com a mesma autora, “nessa área 
os gestores precisam tomar decisões de investimentos, de distribuição de lucros 
e de financiamento, sempre com foco nos objetivos organizacionais”. A função 
financeira pode ser visualizada, de acordo com o sistema apresentado na Figura 30.
Figura 30 - Função Financeira, a partir da visão sistêmica
Entrada
Informações sobre:
Saída
Maximização do 
valor de mercado
• Planos da empresa;
• Leis e regulamentos;
• Mercados de capitais.
Decisões de 
Financiamento
(Fontes de Recursos):
• Recursos de terceiros;
• Recursos próprios.
Decisões de 
Investimento
(Aplicação):
• Pagamento diversos;
• Investimentos 
 diversos.
Decisões de 
Distribuição
(Distribuição de 
Resultados):
• Dividendos.
Fonte: Jacobsen (2013, p. 93).
Conforme se observa na Figura 30, para iniciar suas atividades, a 
administração financeira precisa conseguir informações, tanto internas como 
do ambiente externo, principalmente aquelas que afetam diretamente o fluxo 
financeiro da empresa. Assim, enfatiza Jacobsen (2013, p. 93), 
devemos lembrar, então, a importância dos planos oriundos das 
outras áreas funcionais da organização para se fazer o planejamento 
financeiro, já que a maioria desses planos requer o uso de recursos 
financeiros para serem executados.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
65
Solomon (1969) lembra que a função da administração financeira é 
justamente rever, distribuir e redistribuir recursos financeiros para novos usos ou 
usos antigos. A área financeira é uma parte fundamental do desenvolvimento e 
da sustentabilidade de qualquer negócio. Algumas das tarefas que ela realiza são: 
a. Registrar as operações contábeis e os dados financeiros: a fim de obter 
informações atuais e históricas sobre o negócio de forma ordenada, 
de modo a planejar e tomar as decisões apropriadas. Esta função é 
tão importante quanto as seguintes, pois o que não é registrado não é 
gerenciado, ou seja, o que é registrado é gerenciado;
b. Planejar, analisar e avaliar as informações registradas: Para isso, é 
necessário conhecer em profundidade a situação do negócio através 
da elaboração do orçamento, fluxo de caixa, indicadores e análise de 
custos. Com planejamento adequado, objetivos futuros, estratégia 
de pagamento, cobrança e investimentos podem ser estabelecidos, 
buscando o crescimento e maior rentabilidade do negócio, evitando 
desvios e antecipando situações desfavoráveis;
c. Procurar fontes de financiamento e selecionar a mais conveniente 
para o empreendimento. Existem diferentes opções de financiamento 
e cada empresa deve analisar qual delas se adapta melhor às suas 
necessidades. Entre eles, capital semente de diferentes organizações, 
investidores anjos, família e amigos e empréstimos bancários; 
d. Procurar opções de investimento com as quais o negócio possa contar 
e selecionar aquela cuja rentabilidade esteja de acordo com a sua 
capacidade financeira. Entre as opções, há várias alternativas como 
a aquisição de ativos, novas máquinas, compra de títulos, ações ou 
ações de fundos mútuos e depósitos em contas bancárias;
e. Controlar as operações executadas e registradas a fim de, se necessário, 
corrigir erros ou omissões para a análise posterior de desvios em 
relação ao orçamento inicialmente desenvolvido, buscando a maior 
eficiência possível. 
A gestão financeira consiste em administrar os recursos de que uma 
empresa dispõe para garantir que sejam suficientes para cobrir as despesas, 
para que possa funcionar. Em uma empresa, essa responsabilidade é mantida 
por uma única pessoa: o gerente financeiro. Desta forma, você pode manter um 
controle adequado e ordenado das receitas e despesas da empresa. Na concepção 
de Saalfeld (2012, p. 249), a administração financeira “caracteriza-se como uma 
ferramenta que é utilizada a fim de planejar e controlar o setor financeiro das 
empresas e organizações. Esta área da administração é vital para a manutenção 
dos demais setores das empresas”.
Administração Financeira tem por objetivo planejar os recursos 
econômicos para que sejam utilizados da melhor forma, para que a empresa 
consiga atender aos acordos econômicos de curto, médio e longo prazo que 
tenha firmado, de forma a reduzir riscos e aumentar o valor da empresa, tendo 
 
66
em conta a perseverança e o desenvolvimento no mercado. Além disso, inclui 
todas as decisões de investimento financeiro (financiamento, planejamento de 
investimento, programação e controle de projetos de investimento, política de 
investimento). O Quadro 7 descreve algumas abordagens relativas à administração 
financeira para os gestores financeiros das organizações.
Quadro 7 - Administração Financeira - Abordagens
Capital financeiro
O capital financeiro de uma empresa é o dinheiro acumulado em várias 
formas, captado no mercado financeiro, como lucro do exercício fiscal, 
ganhos de investimento de capital, vendas de títulos, que permite novos 
investimentos.
Quais são as decisões 
mais críticas da função 
financeira
As três decisões mais presentes referem-se ao uso dos recursos disponíveis, 
investir no negócio, investir no mercado financeiro ou distribuir lucros 
aos investidorese proprietários. Essas são as decisões do primeiro nível; a 
partir do segundo nível de decisão, fica apenas a decisão de melhor mix de 
investimentos em função dos resultados esperados.
Como manter o 
equilíbrio entre as 
fontes e o uso dos 
recursos
A melhor forma de manter a empresa financeiramente saudável é não incorrer 
em um endividamento pesado, principalmente nos dias de hoje, com juros 
altos. O uso dos recursos deve sempre ser equilibrado com a disponibilidade 
de capital próprio ou de baixo custo de aquisição, como os investimentos 
internos e as vendas de ações.
Que desafios o mercado 
financeiro apresenta
Para usar o mercado financeiro que não seja a Bolsa de Valo- res para 
lançamento de ações, é necessário ter uma boa previsão dos cenários políticos 
e econômicos durante o período que esse empréstimo vai durar. Se for em 
dólar e ele valorizar, o endividamento cresce, se for em bancos nacionais 
e os juros crescerem, o efeito é o mesmo. Esses empréstimos só devem ser 
utilizados em projetos de curto prazo e, de preferência, deve-se fazer uma 
combinação para não ficar tudo em um só tipo.
Que outra forma há 
de gerar dinheiro para 
curto prazo
é muito comum a empresa solicitar recursos dando como garantia suas contas 
a receber, ou seja, fazer um factoring, ou antecipar os descontos dos títulos de 
clientes, para pagar folha de salários ou fornecedores. Em médio prazo pode-
se utilizar o es- toque de produtos acabados como garantia, ou seja, vendas 
futuras, porém o dinheiro fica mais caro, pois o mercado consumidor oscila e 
nem sempre o resultado das vendas é o esperado.
Fonte: Kwasnicka (2005)
Das ferramentas para o controle e manutenção da área financeira das empresas 
podemos citar como as mais importantes os fluxos de caixa e o planejamento financeiro. O 
planejamento financeiro é um instrumento utilizado para estabelecer a maneira pela qual 
podem ser alcançados os objetivos de uma empresa. É, portanto, um plano que diz o que 
e como realizar determinada ação no futuro. Por ser uma das principais ferramentas do 
administrador, o planejamento financeiro deve fornecer diretrizes para atingir objetivos e 
traçar metas, além disso, deve coordenar as atividades empresariais e auxiliar nas tomadas 
de decisão. A não utilização de um sólido instrumento de planejamento financeiro pode 
ocasionar falta de liquidez, acarretando assim, a falência da empresa. Saalfeld (2012).
UNI
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
67
AUTOATIVIDADE
A administração financeira é considerada como sendo uma das funções 
mais complexas e delicadas dentro do contexto das organizações, tendo em 
vista que trata da análise e solução de problemas associados à aquisição, 
conservação e uso eficientes dos seus recursos financeiros - o dinheiro. Nessa 
área os gestores precisam tomar decisões de investimentos, de distribuição 
de lucros e de financiamento, sempre com foco nos objetivos organizacionais.
De maneira sistêmica a função financeira pode ser visualizada, de acordo com 
o sistema apresentado na figura abaixo. Nessa perspectiva, a área financeira 
é uma parte fundamental do desenvolvimento e da sustentabilidade de 
qualquer negócio. Sendo assim descrevas as tarefas que são realizadas por 
essa área.
Entrada
Informações sobre:
Saída
Maximização do 
valor de mercado
• Planos da empresa;
• Leis e regulamentos;
• Mercados de capitais.
Decisões de 
Financiamento
(Fontes de Recursos):
• Recursos de terceiros;
• Recursos próprios.
Decisões de 
Investimento
(Aplicação):
• Pagamento diversos;
• Investimentos 
 diversos.
Decisões de 
Distribuição
(Distribuição de 
Resultados):
• Dividendos.
68
UNIDADE 2
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
TÓPICO 2 
A administração de recursos humanos (ARH) é o processo de empregar 
pessoas, treiná-las, remunerá-las, desenvolver políticas relacionadas a gestão 
de pessoas e desenvolver estratégias para retê-las. A partir dessa concepção 
trataremos, também, a administração de recursos humano como gestão de pessoas 
ou de RH. Sendo assim, a gestão de pessoas é a função organizacional que gerencia 
todas as questões relacionadas às pessoas de uma organização. Isso inclui, mas 
não se limita a, remuneração, recrutamento e contratação, gestão de desempenho, 
desenvolvimento organizacional, segurança, bem-estar, benefícios, motivação do 
funcionário, comunicação, administração de políticas e treinamento.
Segundo Chiavenato (2007), o termo “recursos humanos” se refere às 
pessoas que fazem parte das organizações e que desempenham certas funções 
nelas. As pessoas passam grande parte de seu tempo trabalhando nas organizações. 
As organizações precisam de pessoas para suas atividades e operações, assim 
como precisam de recursos financeiros, materiais e tecnológicos. Daí o termo 
recursos humanos para descrever as pessoas que trabalham em organizações. O 
autor ainda enfatiza que:
No mundo industrializado de hoje, a produção de bens e serviços 
não pode ser feita por pessoas que trabalham individualmente. 
Quanto mais industrializada é uma sociedade, mais ela depende das 
organizações para atender às suas necessidades e aspirações. Por 
outro lado, o efeito que têm sobre a vida e a qualidade de vida das 
pessoas é enorme e duradouro. A razão disto é simples: as pessoas 
nascem, crescem, vivem, educam, trabalham e brincam dentro dela. As 
organizações, quaisquer que sejam seus objetivos (lucro, educacional, 
religioso, político, social, filantrópico, econômico, etc.), prendem 
pessoas como tentáculos, que ao mesmo tempo se tornam cada vez 
mais dependentes da atividade organizacional. À medida que as 
organizações crescem e se multiplicam, elas exigem mais pessoas e 
a complexidade dos recursos necessários para sua sobrevivência e 
crescimento aumenta (CHIAVENATO, 2007, p. 19).
O contexto no qual a gestão de recursos humanos (GRH) opera é composto 
por organizações e pelas pessoas que fazem parte delas. As organizações são 
formadas por pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir 
suas missões. Para os indivíduos, as organizações são um meio de atingir vários 
objetivos pessoais a um custo mínimo em termos de tempo e esforço, e com o 
mínimo de problemas. Muitos objetivos pessoais nunca poderiam ser alcançados 
através de esforços pessoais isolados. 
70
 
As organizações surgem precisamente para aproveitar a sinergia 
de esforços de várias pessoas que trabalham juntas de forma coordenada 
(CHIAVENATO, 2007). No entanto, de acordo com Chiavenato (2014, p. 7), “as 
organizações e pessoas buscam objetivos próprios e diferentes, que nem sempre 
coincidem e se ajustam mutuamente”, conforme demonstra a Figura 31.
Figura 31 - Objetivos organizacionais e objetivos individuais das pessoas
Objetivos organizacionais
Assim, o contexto em que se situa a GP é representado pelas organizações e pelas pessoas. 
Sem organizações e sem pessoas não haveria GP. Em resumo, as organizações são constituídas
 de pessoas e dependem dela para atingir objetivos e cumprir suas missões. Para as pessoas, as 
organizações constituem o meio pelo qual elas podem alcançar vários objetios pessoais, com 
um mínimo custo de tempo, esforço e conflito. Muitos dos objetivos pessoais jamais poderiam
ser alcançados apenas por meio do esforço pessoal isolado.
• Sustentabilidade
• Crescimento sustentável
• Lucratividade
• Produtividade
• Qualidade nos produtos/serviços
• Redução de custos
• Maior participação no mercado
• Novos mercados
• Conquista de novos clientes
• Competitividade
• Imagem e reputação no mercado
• Melhores salários e ganhos
• Melhores benefícios
• Estabilidade no emprego
• Segurança no trabalho
• Qualidade de vida no trabalho
• Satisfação e respeito
• Oportunidades de crescimento
• Liberdade para trabalhar
• Liderança liberal
• Orgulho da organização
Objetivos individuais
Fonte: Chiavenato (2014).
Segundo Menegon (2012, p. 88) “o que faz uma organização funcionar é 
a sua estrutura. A estrutura está para a organização como o esqueleto está para 
o corpo humano.Serve para sustentar e definir o lugar que cada indivíduo deve 
ocupar nela”. De acordo com Menegon (2012, p. 41): “A remuneração não é o 
principal fator no trabalho. Mesmo assim, ainda é um dos mais importantes, e as 
empresas a subestimam com frequência”.
A gestão de recursos humanos também é uma abordagem estratégica e 
abrangente para a gestão de pessoas e da cultura e ambiente no trabalho. Bem 
executado, permite que os funcionários contribuam de forma eficaz e produtiva 
para a direção geral da empresa e para o cumprimento das metas e objetivos 
da organização. Para Chiavenato (2014) A GP refere-se às políticas e às práticas 
necessárias para administrar o trabalho das pessoas, tais como: 
a. Agregar talentos à organização;
b. Integrar e orientar talentos em uma cultura participativa, acolhedora 
e empreendedora;
c. Modelar o trabalho – seja individual ou em equipe – de maneira a 
torná-lo significativo, agradável e motivador;
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
71
d. Recompensar os talentos pelo excelente desempenho e pelo alcance 
de resultados como reforço positivo;
e. Avaliar o desempenho humano e melhorá-lo continuamente. • 
Comunicar, transmitir conhecimento e proporcionar retroação 
intensiva;
f. Treinar e desenvolver talentos para criar uma organização de 
aprendizagem; 
g. Proporcionar condições de trabalho e melhorar a qualidade de vida 
no trabalho;
h. Manter excelentes relações com talentos, sindicatos e comunidade em 
geral;
i. Aumentar as competências dos talentos para incrementar o capital 
humano da organização e, consequentemente, o capital intelectual;
j. Incentivar o desenvolvimento organizacional.
De acordo com Dessler (2009, p. 32), “a gestão de recursos humanos é o 
processo de contratação, treinamento, avaliação e remuneração de funcionários, 
assim como a abordagem das relações de trabalho, saúde e segurança e questões 
de justiça”.
Portanto, os principais tópicos devem fornecer ao administrador/gestor os 
conceitos e técnicas necessárias para executar os assuntos de pessoal ou “pessoas” 
de sua posição gerencial. Estes incluem:
a. Realização de análise de trabalho (determinando a natureza do 
trabalho de cada funcionário);
b. Planejamento das necessidades de pessoal e recrutamento de 
candidatos para os postos; 
c. Seleção de candidatos para os cargos; 
d. Orientação e treinamento de novos funcionários;
e. Gestão de salários e vencimentos (remuneração de empregados);
O reconhecimento é um dos maiores agentes motivadores de trabalho. E 
as empresas perceberam que esse reconhecimento pode vir na forma de recompensas 
intrínsecas ou extrínsecas. São intrínsecas quando oferecem reconhecimento ao funcionário 
e extrínsecas quando vêm na forma de sistemas de compensação (MENEGON, 2012).
UNI
72
 
f. Fornecer incentivos e benefícios;
g. Avaliação de desempenho; 
h. Comunicar (entrevista, aconselhamento, disciplinar);
i. Treinar e desenvolver gerentes;
j. Criar um compromisso nos funcionários.
Os gestores de RH são parcialmente responsáveis por garantir que a 
organização tenha uma missão, visão e valores gerais que sejam compartilhados e 
forneçam uma razão abrangente para que os funcionários queiram trabalhar para 
sua organização. Esses elementos podem ser inspiradores e ajudar os funcionários 
a se sentirem parte de algo que é maior do que eles. Nesse contexto, Chiavenato 
(2014, p. 14) “a gestão de pessoas é um conjunto integrado de processos dinâmicos 
e interativos. Os seis processos básicos de GP são os seguintes” (Figura 32):
Figura 32 - Processos básicos de gestão de pessoas
Gestão de 
pessoas 
Processos 
de agregar
pessoas
Processos 
de aplicar
pessoas
Processos de 
recompensar
pessoas
Processos 
de desenvolver
pessoas
Processos 
de manter
pessoas
Processos 
de monitorar
pessoas
Recrutamento
Seleção
Integração
Modelagem
do trabalho
Avaliação do
 desempenho
Remuneração
Benefícios
Incentivos
Treinamento
Desenvolvimento
Aprendizagem
Gestão do
conhecimento
Higiene e 
segurança
Qualidade 
de vida
Relações com 
empregados 
e sindicatos
Banco de
dados
Sistemas de 
informações
gerenciais
Fonte: Chiavenato (2014) 
1. Processos de agregar pessoas: utilizados para incluir novas pessoas 
na empresa. Podem ser denominados processos de provisão ou de 
suprimento de pessoas. Incluem recrutamento e seleção de pessoas;
2. Processos de aplicar pessoas: utilizados para desenhar as atividades 
que as pessoas realizarão na empresa, orientar e acompanhar seu 
desempenho. Incluem desenho organizacional e desenho de cargos, 
análise e descrição de cargos, orientação das pessoas e avaliação do 
desempenho; 
3. Processos de recompensar pessoas: utilizados para incentivar as 
pessoas e satisfazer suas necessidades individuais mais elevadas. 
ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS
73
Incluem recompensas, remuneração e benefícios, e serviços sociais;
4. Processos de desenvolver pessoas: utilizados para capacitar e 
incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal das pessoas. 
Envolvem treinamento e desenvolvimento das pessoas, gestão do 
conhecimento e gestão de competências, aprendizagem corporativa, 
programas de mudanças e desenvolvimento de carreiras e programas 
de comunicações e consonância; 
5. Processos de manter pessoas: utilizados para criar condições 
ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. 
Incluem administração da cultura organizacional, clima, disciplina, 
higiene, segurança e qualidade de vida e manutenção de relações 
sindicais;
6. Processos de monitorar pessoas: utilizados para acompanhar e 
controlar as atividades das pessoas e verificar resultados. Incluem 
banco de dados e sistemas de informações gerenciais.
Na perspectiva de Jacobsen (2013, p 101), o administrador de recursos 
humanos, ao desenvolver esta função, necessita elaborar um planejamento de 
RH, que “deve delinear planos que definam como, onde e quando conseguir o 
tipo e a quantidade certa de pessoas, para o local certo no tempo certo, sempre 
considerando as necessidades e os objetivos da organização”. Ainda segundo a 
autora, o planejamento de RH é realizado em três etapas conforme descrito na 
Figura 33.
Figura 33 - Etapas do Planejamento de RH
Avaliação do quadro atual
• Em geral, é iniciada com uma análise de cargos, quando se coleta, 
informações tanto sobre deveres como sobre responsabilidade inerentes 
ao desempenho das funções (decrição do cargo). Após, faz-se o levanta-
mento das qualificações exigidas para ocupar os cargos (especificação 
do cargo). Essa etapa é importante também para se definir a composição 
e o desenvolvimento do quadro organizacional. Além disso, serve como 
base para avaliar o desempenho do funcionário, matendo-o esclarecido 
a respeito das suas responsabilidades.
Avaliação das necessidades futuras de RH
• Observando os objetivos e estratégias da organização, além dos seus 
níveis de produtividade e das possibilidades de demanda por produtos/-
serviços, o administrador de RH tem condições de fazer previsões de 
suprimento da mão de obra. Por exemplo, se a empresa consegue elevar 
a produtividade em função do uso de novos computadores e sistemas, é 
possível que haja necessidade de redução de quadro.
Programação
• Tendo em mãos os resultados das etapas anteriores, o administrador pode 
fazer programações para recrutar novos funcionários, realizar treinamentos 
e, até realizar demissões.
Fonte: Jacobsen (2013).
74
 
Mas por que a gestão de recursos humanos é importante para os gerentes? 
Por que todos esses conceitos e técnicas são importantes para os gerentes? Talvez 
seja mais fácil responder à pergunta com uma lista dos erros de pessoal que você 
não quer cometer ao gerenciar, como por exemplo:
a. Contratando a pessoa errada para um cargo;
b. Ter uma alta rotatividade de funcionários (turnover);
c. Seu pessoal não faz o seu melhor;
d. Desperdício de tempo com entrevistas inúteis;
e. Sua empresa está sendo processada por ações discriminatórias.
Como prevêa Lei 4769/65, a área de RH é uma prerrogativa de atuação do 
administrador e que vem se desenvolvendo ao longo dos anos de forma menos mecânica 
e mais humanizada, com a priorização no fortalecimento do relacionamento entre 
funcionários e da gestão de pessoas. A área é responsável pela manutenção, suprimento e 
a extensão dos recursos humanos de uma empresa, além de estar voltada ao fator principal 
de qualquer organização – as pessoas. Mesmo desenvolvendo um trabalho interpessoal 
é necessário que a área seja cada vez mais tecnológica e instrutiva (CONSELHO, 2020a).
UNI
UNIDADE 2
ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA/MARKETING
TÓPICO 3 
A administração de marketing é a área organizacional que abrange o 
planejamento, a implementação, a análise e o controle de programas que visam 
atingir os mercados-alvo por meio da aplicação de orientação, técnicas e métodos 
de marketing. A administração ou gestão de marketing, é também conhecida por 
gestão mercadológica, que permite à organização identificar oportunidades de 
mercado e apresentar estratégias apropriadas para explorar essas oportunidades 
de forma lucrativa.
Gestão é o processo de fazer as coisas de maneira organizada e eficiente. 
A gestão de marketing visa a operação eficiente das atividades mercadológicas. 
Assim, a gestão de marketing identifica oportunidades de mercado desenvolvendo 
estratégias adequadas para explorar essas oportunidades de forma lucrativa. 
Deve implementar o programa de marketing e avaliar continuamente a eficácia 
do mix de marketing. Deve remover as deficiências observadas na execução real 
dos planos, políticas e procedimentos de marketing. 
Os gerentes de marketing desempenham um papel crítico no sucesso de 
uma empresa. Responsável por desenvolver a base de clientes da organização, 
um gerente de marketing desempenha um papel direto na promoção do 
relacionamento com os clientes. Cuida do sistema de marketing da empresa. Os 
profissionais de marketing possuem técnicas para estimular a demanda pelos 
produtos de uma empresa. Mas essa é uma visão demasiadamente simplista das 
atribuições dos profissionais de marketing. “[...] Gerentes de marketing procuram 
influenciar o nível, a velocidade e a composição da demanda para alcançar os 
objetivos da organização” (KOTLER, 2000, p.27).
Kotler e Armstrong (2012), fazem uma indagação, mas o que é marketing? 
Muitas pessoas pensam em marketing como apenas venda e publicidade. Somos 
bombardeados todos os dias com comerciais de TV, catálogos, chamadas de 
vendas e e-mails. No entanto, venda e publicidade são apenas a ponta do iceberg 
de marketing.
Hoje, o marketing deve ser entendido não no velho sentido de fazer uma 
venda - “anunciar e vender” - mas no novo sentido de satisfazer as necessidades 
do cliente. Se o comerciante entender as necessidades do consumidor; desenvolver 
produtos que forneçam valor superior ao cliente; e preços, distribuir e promovê-
los efetivamente, estes produtos venderão facilmente.
De fato, de acordo com o guru da administração Peter Drucker, “O 
objetivo do marketing é tornar a venda desnecessária. Vendas e publicidade são 
76
 
apenas parte de um “mix de marketing” maior - ferramentas de marketing que 
trabalham em conjunto para satisfazer as necessidades dos clientes e construir 
relacionamentos com eles. Amplamente definido, o marketing é um processo 
social e gerencial pelo qual indivíduos e organizações obtêm o que precisam e 
desejam através da criação e troca de valor com outros. 
Em um contexto comercial mais restrito, o marketing envolve a construção 
de relações de troca rentáveis e valorizadas com os clientes. Assim, define-se 
marketing como o processo pelo qual as empresas criam valor para os clientes e 
constroem fortes relacionamentos com eles, a fim de capturar valor dos clientes 
em troca (KOTLER; ARMSTRONG, 2012).
Kotler, Kartajaya e Setiawan (2012, p. 16), relatam que:
ao longo dos anos, o marketing evoluiu, passando por três fases, 
às quais chamamos de Marketing 1.0, 2.0 e 3.0 (Quadro 8). Muitos 
profissionais de marketing de hoje continuam praticando Marketing 
1.0, alguns praticam o Marketing 2.0 e outros ainda estão entrando na 
terceira fase, o Marketing 3.0.
De acordo com os autores as melhores oportunidades serão proporcionadas 
aos administradores que praticarem o Marketing 3.0.
Quadro 8 - Comparação entre Marketing 1.0, 2.0 e 3.0
Marketing 1.0 
Marketing centrado 
no produto
Marketing 2.0 
Marketing voltado 
para o consumidor
Marketing 3.0 
Marketing voltado 
para os valores
Objetivo Vender produtos
Satisfazer e reter os 
consumidores
Fazer do mundo um 
lugar melhor
Forças propulsora Revolução Industrial
Tecnologia da 
Informação
Nova onda de 
tecnologia
Como as empresas 
veem o mercado
Compradores de massa, 
com necessidades físicas
Consumidor inteligente, 
dotado de coração 
e mente
Ser humano pleno, com 
coração, mente e espírito
Conceito de marketing
Desenvolvimento de 
produto Diferenciação Valores
Diretrizes de marketing 
da empresa
Especificação do 
produto
Posicionamento do 
produto e da empresa
Missão, visão e valores 
da empresa
Proposição de valor Funcional Funcional e emocional
Funcional, emocional e 
espiritual
Interação com o 
consumidores
Transação do tipo 
um-para-um
Relacionamento 
um-para-um
Colaboração um-para-
muitos
Fonte: Kotler, Kartajaya, Setiawan (2012).
Para Kotler e Keller (2012, p. 4), “o marketing envolve a identificação 
e a satisfação das necessidades humanas e sociais. Uma das mais sucintas e 
melhores definições de marketing é a de “suprir necessidades gerando lucro”, e 
acrescentam que:
ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA/MARKETING
77
1. A American Marketing Association propõe a seguinte definição: o 
marketing é a atividade, o conjunto de conhecimentos e os processos 
de criar, comunicar, entregar e trocar ofertas que tenham valor para 
consumidores, clientes, parceiros e sociedade como um todo. Lidar 
com esses processos de troca exige uma boa dose de trabalho e 
habilidade;
2. A administração de marketing acontece quando pelo menos uma 
das partes em uma relação de troca potencial procura meios de 
obter as respostas desejadas das outras partes. Vemos, portanto, a 
administração de marketing como a arte e a ciência de selecionar 
mercados-alvo e captar, manter e fidelizar clientes por meio da 
criação, entrega e comunicação de um valor superior para o cliente;
3. Quem faz o marketing? Profissionais de marketing e clientes 
potenciais. O profissional de marketing é alguém que busca uma 
resposta (atenção, compra, voto, doação) de outra parte, denominada 
cliente potencial (prospect). Se duas partes estão buscando vender 
algo uma para a outra, ambas são consideradas profissionais de 
marketing;
4. Os profissionais de marketing estão capacitados para estimular a 
demanda pelos produtos de uma empresa, mas essa é uma visão muito 
limitada das tarefas que desempenham. Assim como os profissionais 
de produção e logística são responsáveis por gerenciar o suprimento, 
os de marketing são responsáveis por gerenciar a demanda;
5. Os gerentes de marketing buscam influenciar o nível, a oportunidade e 
a composição da demanda para atender aos objetivos da organização. 
São possíveis oito tipos de demanda:
a. Demanda negativa: os consumidores não gostam do produto e 
podem até mesmo pagar para evitá-lo;
b. Demanda inexistente: os consumidores não conhecem o 
produto ou não estão interessados nele;
c. Demanda latente: os consumidores compartilham uma forte 
necessidade que não pode ser satisfeita por nenhum produto 
existente no mercado;
d. Demanda em declínio: os consumidores passam a comprar o 
produto com menos frequência ou deixam de comprá-lo;
e. Demanda irregular: as compras dos consumidores podem ser 
sazonais ou variar de acordo com o mês, a semana, o dia ou o 
horário;
f. Demanda plena: os consumidores compram todos os produtos 
colocados no mercado;
g. Demanda excessiva: há mais consumidoresinteressados em 
comprar o produto do que produtos disponíveis; 
78
 
h. Demanda indesejada: os consumidores se sentem atraídos por 
produtos que têm consequências sociais indesejadas.
6. MERCADOS: Antigamente, um “mercado” era um local físico onde 
compradores e vendedores se reuniam para comprar e vender seus 
produtos. Atualmente, os economistas descrevem um mercado como 
um conjunto de compradores e vendedores que efetuam transações 
relativas a determinado produto ou classe de produto. A Figura 
34, mostra cinco mercados básicos e os fluxos que os conectam. 
Os fabricantes recorrem aos mercados de recursos (mercados de 
matérias-primas, mercados de trabalho, mercados financeiros) para 
adquiri-los e transformá-los em bens e serviços; depois, vendem os 
produtos acabados a intermediários, que os vendem aos clientes 
finais. O governo recolhe impostos para comprar bens dos mercados 
de recursos, de fabricantes e de intermediários; depois, usa esses bens 
e serviços para fornecer serviços públicos. A economia de cada nação 
e a economia global consistem em conjuntos de mercados integrados 
e vinculados entre si por processos de troca;
Figura 34 - Estrutura de fluxos de mercados 
Mercados de
 fabricantes
Mercados 
governamentais
Mercados 
de recursos
Recursos Recursos
Dinheiro
Dinheiro Dinheiro
Bens e serviços Bens e serviços
Serviços,
dinheiro
Serviços,
dinheiro
Serviços,
dinheiro
ServiçosImpostos, 
bens
Impostos, 
bens
Impostos, 
bens
Impostos
Dinheiro
Mercados 
intermediário
Mercados de
consumidores
Fonte: Kotler e Keller (2012).
ADMINISTRAÇÃO MERCADOLÓGICA/MARKETING
79
7. A Figura 35 mostra o relacionamento entre setor produtivo e mercado. 
Vendedores e compradores se conectam por meio de quatro fluxos: 
os vendedores enviam bens, serviços e comunicação (propagandas, 
mala direta) ao mercado e, em troca, recebem dinheiro e informação 
(opiniões dos clientes, dados de vendas); já o fluxo interno mostra 
uma troca de dinheiro por bens e serviços, enquanto o externo mostra 
uma troca de informações.
Figura 35 - Sistema simples de marketing
Setor produtivo
(um conjunto de vendedores)
Mercado
(um conjunto de compradores)
Bens / Serviços
Comunicação
Informações
Dinheiro
Fonte: Kotler e Keller (2012).
De acordo com Mullins et al (2007) A importância do marketing para o 
sucesso de uma empresa pode ser melhor apreciada ao considerar as atividades 
que o marketing engloba. O marketing procura medir e antecipar as necessidades 
e desejos de um grupo de clientes e responde com um fluxo de satisfações e 
serviços. Para conseguir isso, a empresa precisa:
a. Identificar os grupos de clientes cujas necessidades estão mais de 
acordo com os recursos e a capacidade da empresa
b. Desenvolver produtos e/ou serviços que atendam melhor às 
necessidades do mercado alvo do que os concorrentes;
c. Tornar seus produtos e serviços prontamente disponíveis aos clientes 
potenciais;
d. Desenvolver a consciência do cliente para que ele aprecie o valor 
oferecido pelas ofertas da empresa;
e. Obter feedback do mercado como base para melhorar ainda mais as 
ofertas;
f. Trabalhar para construir relacionamentos de longo prazo com clientes 
satisfeitos e leais. 
A característica mais importante do marketing como uma função comercial 
é que ele se concentra em seus clientes e em suas necessidades. Este é o foco que 
todos os gerentes, não apenas os vendedores, precisam adotar para garantir que 
suas organizações possam estabelecer e manter metas saudáveis.
80
 
O trabalho do gerente de marketing pode ser colocado no nível tático e no 
nível estratégico, no nível estratégico sua principal função é definir ou ajudar a definir, 
dependendo do tamanho da empresa e de sua abertura ao marketing, os mercados a serem 
cobertos, ou pelo menos os segmentos específicos a serem abordados; ele também deve 
definir os produtos com os quais esses mercados ou segmentos serão cobertos. É também 
seu dever construir ou ajudar a construir vantagens competitivas para os produtos sob sua 
responsabilidade e gerar posições distintas em relação à concorrência no que é conhecido 
como posicionamento e, acima de tudo, construir marcas poderosas (BALLESTEROS, 2010).
UNI
UNIDADE 2
A administração estratégica, ou como é mais conhecida, gestão estratégica, 
representa a gestão dos planos de ação e dos objetivos definidos para o sucesso 
de uma organização. Na gestão estratégica, são elaborados projetos e mudanças 
estratégicas, além de monitorar e gerenciar o que vem sendo implementado. É 
uma forma de otimizar e tornar mais eficaz a gestão de um negócio e, como o 
próprio termo diz, esta forma de gestão existe para gerir e dirigir um negócio 
seguindo estratégias que permeiam toda a estrutura da organização. Em síntese, 
a gestão estratégica é responsável pela execução do que foi estabelecido no 
planejamento estratégico.
No âmbito empresarial, é utilizada para fornecer orientação geral para 
uma empresa, na qual denominamos de Estratégia de Negócios, no qual inclui-
se, entre outros, em estratégias financeiras, estratégias de desenvolvimento de 
recursos humanos ou organizacionais, em desenvolvimentos de tecnologia da 
informação e criação de estratégias de marketing. 
 De acordo com Hill e Jones (2009), uma estratégia é um conjunto de 
ações estruturadas que os gerentes tomam para melhorar o desempenho de sua 
empresa. Para a maioria, se não todas as empresas, o desafio final é superar seus 
concorrentes. Se as estratégias de uma empresa resultam em um desempenho 
superior, diz-se que ela tem uma vantagem competitiva.
Jacobsen (2013, p. 28), afirma que “podemos compreender estratégias 
como os caminhos que uma organização pode utilizar para atingir seus objetivos. 
Assim, o termo estratégia, originário da palavra grega strategos (que significa 
general)”, podendo ser classificado como: 
a. Estratégias de ataque: usadas por uma empresa para enfrentar 
competidores maiores que ela, atacando os seus pontos fracos;
b. Estratégias de defesa: usadas por aquelas empresas que procuram 
preservar a sua posição perante o ataque das concorrentes. Empresas 
líderes em seu segmento de atuação fazem uso mais intenso de 
estratégias de defesa, baseando-se na busca contínua pela melhoria de 
suas operações por meio da criatividade e inovação, buscando sempre 
proteger as suas fraquezas (oportunidade para os concorrentes).
ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA
TÓPICO 4 
82
 
Na concepção de David (2013, p. 5), “a administração estratégica é 
definida como a arte e a ciência de formular, implementar e avaliar decisões 
multidisciplinares que permitem que uma empresa atinja seus objetivos”, e 
enfatiza que:
a. Como esta definição sugere, a gestão estratégica se concentra na 
integração da gestão, marketing, finanças e contabilidade, produção 
e operações, pesquisa e desenvolvimento, e sistemas de informação 
para alcançar o sucesso organizacional;
b. A terminologia gestão estratégica pode, também, ser um sinônimo 
para o termo planejamento estratégico. O último é usado com mais 
frequência no mundo dos negócios, enquanto o primeiro é usado com 
mais frequência no mundo acadêmico;
c. As vezes o termo “gestão estratégica” é usado para se referir à 
formulação, implementação e avaliação da estratégia, e planejamento 
estratégico se refere apenas à formulação da estratégia. 
d. O objetivo da gestão estratégica é criar e aproveitar novas e diferentes 
oportunidades para o futuro; em contraste, o planejamento de longo 
prazo procura otimizar as tendências de hoje para o futuro.
O diagnóstico com uma abordagem estratégica e proativa, onde não só 
o longo prazo está presente, mas o fator que atua para adaptar a organização às 
novas condições sem acomodar o antigo paradigma de adaptação ao ambiente, ou 
seja, gerar novos ambientes através de inovação e desenvolvimento, é o elemento 
essencial, embora não o único, para definir que um processo de direção realmente 
estratégico seja executado (PADILLA; HERRERA, 2010).
Arespeito da liderança competitiva o termo refere-se à forma mais eficaz 
de gerenciar o processo de preparação da estratégia de uma empresa para criar 
uma vantagem competitiva. O processo de preparação da estratégia é aquele pelo 
qual os gerentes selecionam e depois implementam um conjunto de estratégias 
com o objetivo de obter uma vantagem competitiva. 
Segundo Sobral e Peci (2012, p. 25), “estratégia se refere ao caminho que 
a organização segue para conseguir sobreviver. É a busca de um plano de ação 
que permite desenvolver e ajustar continuamente uma vantagem competitiva 
sobre os concorrentes. A formulação de estratégias é a ação de selecionar 
estratégias, enquanto a implementação de estratégias envolve colocar em prática 
as estratégias selecionadas, um processo que inclui projetar, entregar e apoiar 
produtos; melhorar a eficiência e eficácia das operações; e projetar a estrutura 
organizacional, os sistemas de controle e a cultura de uma empresa.
De acordo com Porter (1985), a concorrência está no cerne do sucesso ou 
do fracasso das empresas. A competição determina a adequação das atividades de 
uma empresa que podem contribuir para seu desempenho, tais como inovações, 
uma cultura coesa ou uma boa implementação. Estratégia competitiva é a busca 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
83
de uma posição competitiva favorável em uma organização, a arena fundamental 
na qual a concorrência ocorre. A estratégia competitiva visa estabelecer uma 
posição lucrativa e sustentável contra as forças que determinam a concorrência 
da empresa.
A Figura 36 ilustra que a estratégia competitiva é uma combinação dos 
fins - objetivos - pelos quais a empresa está se esforçando, e os meios – políticas 
- pelos quais está procurando obter sucesso na sua administração estratégica. 
A ilustração, que pode ser denominada de “Roda da Estratégia Competitiva”, 
se constitui em um dispositivo para conceituar os aspectos-chave da estratégia 
competitiva de uma empresa (PORTER, 1998).
Figura 36 - A Roda da Estratégia Competitiva
Linhas de
produtos
Mercados-alvo
Marketing
Vendas
Distribuição
FabricaçãoMao-de-obra
Compras
Pesquisa e 
Desenvolvimento
Finanças e 
Controle
Metas
• Definição do modo como a
 empresa competirá
• Objetivos para o crescimento da 
rentabilidade, parcela de mercado, 
resposta social etc.
Fonte: Google Imagens (2020).
Na perspectiva de Porter (1998) sobre as influências na administração 
estratégica para o desenvolvimento de planos e ações, a Figura 9 ilustra que, no 
nível mais amplo de formulação de estratégia competitiva, envolve a consideração 
de quatro fatores-chave que determinam os limites do que uma empresa pode 
realizar com sucesso. Segundo Sobral e Peci (2012, p. 14):
Em termos de abrangência, ou seja, quantidade de pontos focados, os 
planos podem ser estratégicos, táticos e operacionais, de acordo com 
o respectivo nível organizacional. (...) O nível estratégico engloba o 
primeiro escalão, os administradores do topo. O nível tático é ocupado 
pelos gerentes de nível intermediário. E o operacional situa-se na base 
da organização, onde estão os supervisores, coordenadores e chefes 
de equipe.
84
 
Os pontos fortes e fracos da empresa são seu perfil de ativos e habilidades 
em relação aos concorrentes, incluindo recursos financeiros, capacidade 
tecnológica, identificação de marca no mercado, dentre outros, e ainda que:
a. Os valores pessoais de uma organização são as motivações e 
necessidades dos principais executivos e outros funcionários que 
devem implementar a estratégia escolhida. Pontos fortes e fracos 
combinados com valores determinam os limites internos (para a 
empresa) à estratégia competitiva que ela pode adotar com sucesso;
b. Os limites externos são determinados por sua indústria e por 
seu ambiente mais amplo. As oportunidades e ameaças do setor 
definem o ambiente competitivo, com seus riscos correspondentes e 
recompensas potenciais;
c. As expectativas sociais refletem o impacto sobre a empresa de coisas 
como política governamental, preocupações sociais, costumes em 
evolução e muitas outras. Estes quatro fatores devem ser considerados 
antes que uma empresa possa desenvolver um conjunto realista e 
implementável de metas e políticas.
Figura 37 - Contexto no qual a estratégia competitiva é formulada
Valores Pessoais 
dos Principais 
Implementadores
Pontos Fortes e 
Pontos Fracos da 
Companhia
Expectativas mais 
Amplas da 
Sociedade
Ameaças e 
Oportunidades 
da Indústria 
(Econômicas e 
Técnicas)
Estratégia
Competitiva
Fonte: Google Imagens (2020).
Para Mintzberg et al. (2007), estratégia competitiva significa ser diferente 
dos concorrentes. Isso consiste em desenvolver um conjunto de atividades 
específicas para dar suporte à posição estratégica. Defender essa posição, 
entretanto, depende do desenvolvimento de habilidades que os concorrentes 
terão dificuldade para imitar. De acordo com David (2008, p. 5-6), o processo da 
administração estratégica consiste em três etapas: formulação, implementação e 
avaliação da estratégia. 
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
85
a. A formulação da estratégia inclui desenvolver a visão e a missão, 
identificar oportunidades e ameaças externas à organização, 
determinar os pontos fortes e fracos internos, estabelecer objetivos 
de longo prazo, gerar estratégias alternativas e escolher estratégias 
particulares a serem seguidas. As questões de formulação de 
estratégias incluem decidir quais novos negócios empreender, 
quais abandonar, como alocar recursos, se expandir operações ou 
diversificar, se entrar em mercados internacionais, se fundir ou criar 
uma joint venture, e como evitar uma aquisição hostil;
b. A implementação da estratégia requer que a empresa estabeleça 
objetivos anuais, formule políticas, motive os funcionários e aloque 
recursos para implementar as estratégias. A implementação da 
estratégia envolve o desenvolvimento de uma cultura que a apoie, 
crie uma estrutura organizacional eficaz, redirecione esforços de 
marketing, orçe, desenvolva e utilize sistemas de informação, ligando 
a remuneração dos funcionários ao desempenho organizacional;
c. A avaliação da estratégia é a etapa final da gestão estratégica. Os 
gerentes precisam saber imediatamente, que certas estratégias não 
estão funcionando bem, e a avaliação da estratégia é o principal meio 
para obter essas informações. Todas as estratégias são suscetíveis à 
modificações futuras, já que tanto fatores externos, quanto internos, 
estão em constante mudança. Três atividades-chave na avaliação da 
estratégia são:
1. Rever os fatores externos e internos que são a base para as 
estratégias atuais,
2. Medir o desempenho; 
3. Tomar medidas corretivas. A avaliação da estratégia é tão 
necessária porque o sucesso de hoje não garante o sucesso de 
amanhã! O sucesso sempre cria novos e diferentes problemas; 
organizações que se mostram indulgentes, se condenam a 
desaparecer.
DICAS
Em uma ocasião, dois CEO’s de empresas concorrentes, no mesmo setor, 
decidiram fazer uma viagem para falar sobre uma possível fusão. Eles foram para a floresta. 
De repente, eles se depararam com um urso pardo de pé sobre suas patas traseiras. A 
primeira coisa que o primeiro presidente fez foi tirar sua mochila, puxar um par de sapatos 
e correr. O segundo presidente disse: “Você não pode fugir mais do que aquele urso”. O 
primeiro presidente disse: “Talvez não, mas com certeza eu posso te superar”! Esta história 
capta a essência da gestão estratégica, que consiste em obter e manter uma vantagem 
competitiva. David (2013, p. 5).
86
 
UNIDADE 2
TÓPICO 5 
PAPEL DO ADMINISTRADOR
Um administrador de empresas tem como papel principal as funções de 
planejar, organizar, dirigir e controlar as operações cotidianas de uma organização 
a qual foi criada para fornecer bens ou serviços (Figura 38).
Figura 38 - Funções do administrador
Fonte: Google Imagens (2020).
Um administrador de empresas pode trabalhar em uma variedadede 
ambientes, incluindo uma pequena empresa, organização sem fins lucrativos, 
agência governamental ou qualquer tipo de organização. A educação formal em 
administração de empresas cobrirá uma ampla variedade de campos de atuação 
como negócios, incluindo contabilidade, economia, marketing, finanças, recursos 
humanos, gestão estratégica, comércio internacional entre outros. 
O papel de um administrador de empresas requer diversas 
responsabilidades relacionadas às atividades e tarefas organizacionais, 
operacionais e gerenciais de uma empresa ou organização. De acordo com 
Marco (2016), esta realidade mostra a necessidade de profissionais com 
amplo conhecimento no campo da gestão organizacional, que possuam 
conhecimentos conceituais que enriqueçam a interpretação das mudanças que 
ocorrem no ambiente em que a organização opera, bem como dentro dela, e 
que possuam, ao mesmo tempo, um conjunto de conhecimentos técnicos em 
torno de ferramentas complexas úteis para a gestão das organizações e com 
capacidades organizacionais para liderar organizações produtivas, inovadoras 
e comprometidas. Segundo Kwasnicka (2005, p. 7):
Administradores e executivos são responsáveis pelo uso adequado 
de seus conhecimentos e valores pessoais para lidar com os recursos 
humanos e materiais e obter sucesso organizacional. Olhando o futuro, 
88
 
estamos vendo esse homem dentro de um desenvolvimento contínuo 
em sua educação, aumentando confiança e, conseqüentemente, sua 
dependência a outros e sua liberdade de decisão, tendo mais poder 
sobre controles mecânicos e coercitivos.
Para Chiavenato (2014, p. 9), o papel do administrador está atrelado à 
função dos aspectos exclusivos de cada organização, “o administrador define 
estratégias, efetua diagnósticos de situações, dimensiona recursos, planeja sua 
aplicação, resolve problemas e gera inovação e competitividade”. Ainda segundo 
o autor, para que possa desempenhar seu papel com eficiência e eficácia o 
administrador precisa possuir três principais habilidades (Figura 39) para ser 
bem-sucedido e alcançar a máxima excelência em seu desempenho profissional:
Figura 39 - As três habilidades de um administrador
Habilidade
Conceituais
(Ideias e Conceitos 
abstratos)
Habilidade
Humanas
(Relacionamento
Interpessoal)
Habilidade
Técnicas
(Manuseio de
coisas físicas)
Gerência
Supervisão
Alta direção
Nível
Intermediário
Nível
Operacional
Nível
Institucional
Execução das operações Fazer e executar
Fonte: Chiavenato (2014).
a. Habilidades técnicas: envolvem o uso de conhecimento especializado 
e a facilidade na execução de técnicas relacionadas ao trabalho e aos 
procedimentos de realização. É o caso de habilidade em contabilidade, 
programação de computador, engenharia, etc. As habilidades técnicas 
estão relacionadas ao fazer, isto é, ao trabalho com “coisas”, como 
processos materiais ou objetos físicos e concretos. É relativamente 
fácil trabalhar com coisas e com números, porque eles são estáticos e 
inertes, não contestam, nem resistem à ação do administrador;
b. Habilidades humanas: estão relacionadas ao trabalho com pessoas 
e referem-se à facilidade de relacionamento interpessoal e grupal. 
Envolvem a capacidade de comunicar, motivar, coordenar, liderar 
e resolver conflitos pessoais ou grupais. O desenvolvimento da 
cooperação dentro da equipe, o encorajamento da participação, sem 
medos ou receios, e o envolvimento das pessoas são aspectos típicos 
de habilidades humanas – saber trabalhar com pessoas e por meio 
das pessoas;
ESCOLAS CLÁSSICAS DA ADMINISTRAÇÃO
89
c. Habilidades conceituais: envolvem a visão da organização ou da 
unidade organizacional como um todo, a facilidade em trabalhar 
com ideias e conceitos, teorias e abstrações. Um administrador com 
habilidades conceituais está apto a compreender as várias funções da 
organização, complementá-las entre si, entender como a organização 
se relaciona com seu ambiente e como as mudanças em uma parte da 
organização afetam o restante dela. As habilidades conceituais estão 
relacionadas com o pensar, o raciocinar, o diagnóstico das situações e a 
formulação de alternativas de solução para os problemas. Representam 
as capacidades cognitivas mais sofisticadas do administrador e que 
lhe permitem planejar o futuro, interpretar a missão, desenvolver 
a visão e perceber oportunidades onde ninguém enxerga nada. À 
medida que um administrador faz carreira e sobe na organização, ele 
precisa, cada vez mais, desenvolver as suas habilidades conceituais 
para não limitar a sua empregabilidade (capacidade de conquistar 
e manter um emprego, pois conquistá-lo pode até ser fácil; o mais 
difícil é mantê-lo a longo prazo).
Os papéis do administrador de uma empresa são de longe um trabalho 
ordenado, focado e linear, o trabalho diário de gestores eficientes implica no 
gerenciamento de situações desordenadas, imprevisíveis e caóticas, onde não é 
fácil distinguir o trivial, do essencial. Na realidade, o trabalho de um administrador 
abrange a adoção de diferentes papéis em diferentes situações, para trazer um 
certo grau de ordem ao caos que impera naturalmente nas organizações.
Chiavenato (2014), relata que Henry Mintzberg classificou os dez papéis 
peculiares do administrador divididos em três categorias: interpessoal, informacional 
e decisorial conforme ilustra a Figura 12. De acordo com o autor (p.12), 
por papel entende-se conjunto de expectativas da organização a 
respeito do comportamento de uma pessoa. Cada papel representa 
atividades que o administrador conduz para cumprir as funções de 
planejar, organizar, dirigir e controlar e que serão estudadas mais 
adiante.
a. Papéis interpessoais: representam as relações com outras pessoas 
e estão relacionados às habilidades humanas. Mostram como o 
administrador interage com as pessoas e influencia seus subordinados. 
Em essência, demonstra como o administrador interage e influencia 
as pessoas responsáveis;
b. Papéis informacionais: descrevem as atividades para manter e 
desenvolver uma rede de informações. Um administrador, no nível 
institucional, passa em média cerca de 75% do seu tempo trocando 
informações com outras pessoas, dentro e fora da organização. 
Mostram como o administrador intercambia e processa a informação. 
Reúne as atividades necessárias para manter e desenvolver uma rede 
de informação;
90
 
c. Papéis decisórios: envolvem eventos e situações em que o 
administrador deve fazer uma escolha. Esses papéis requerem, 
tanto habilidades humanas, como conceituais. Mostram como o 
administrador utiliza a informação em suas decisões.
Figura 40 - Os 10 papéis do administrador
Categoria Papel do Administrador Atividade
Interpessoal
Representação assume deveres cerimoniais e simbólicos, representa a organização,a companha visitantes, assina documento legais
Liderança Dirige e motiva pessoas, treina, aconselha, orienta e se comunica com os subordinados,
Ligação Mantém redes de comunicação dentro e dora da organizaçãom usa malotes, telefonemas e reuniões.
Infomacional
Monitoração Manda e recebe informação, lê revistas e relatórios, mantém contato pessoais.
Disseminação Envia informação para os membros de outras organizações. envia memorandos e relatórios, telefonemas e contatos.
Porta-voz Transmite informações para pessoa de fora, através de conversas, relatórios e memorandos.
Decisorial
Empreende Inicia projetos, identifica novas ideias, assume riscos, delega responsabilidades de ideias para outros,
Resolve conflitos Toma ação corretiva em disputas ou crises, resolve conflitos entre subordinados, adapta o grupo a crises e a mudanças.
Alocação de 
recursos
Decide a quem atribuir recursos. Programa, orça e estabelece 
prioridades.
Negociação Representa os interesses da organização em negociações com sindicatos, em vendas, compras ou financiamento.
Fonte: Google Imagens (2020).
PAPEL DO ADMINISTRADOR
91
DICAS
Especializações da administração
Nos dias de hoje, a administração revela-se como uma áreado conhecimento humano 
repleta de complexidades e desafios. O profissional que utiliza a administração como meio 
de vida pode atuar nos mais variados níveis de uma organização, desde o hierárquico de 
supervisão elementar até o de dirigente máximo da organização. Pode atuar nas diversas 
especializações da administração: da produção (de bens ou serviços prestados pela 
organização), financeira, de recursos humanos, mercadológica ou, ainda, administração 
geral. Em cada nível e em cada especialização da administração, as situações são diferentes. 
Além disso, as organizações são diferentes. Cada organização tem seus objetivos, seu 
ramo de atividade, seus dirigentes e seu pessoal, seus problemas internos e externos, seu 
mercado, sua situação financeira, sua tecnologia, seus recursos básicos, sua ideologia e 
política de negócios etc. Chiavenato (2014).
Campos de atuação dos profissionais da administração
ATIVIDADES PRIVATIVAS: Atividades típicas do Administrador, outros Bacharéis e 
Tecnólogos em determinada área da Administração: (artigos. 2º da Lei nº 4.769/1965 e 3º 
do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 61.934/1967): O Administrador, assim como os 
demais profissionais registrados nos CRA’s exercerão a profissão como profissional liberal 
ou não, mediante:
a) Elaboração de pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos; 
b) Realização de perícias, arbitragens, assessoria e consultoria 
em geral, pesquisas, estudos, análises, interpretações, 
planejamento, implantação, coordenação e controle de 
trabalhos; c) Exercício de funções e cargos de Administrador 
(somente quando for Bacharel em Administração) do Serviço 
Público Federal, Estadual, Municipal, Autárquico, Sociedades de 
Economia Mista, empresas estatais, paraestatais e privadas, em 
que fique expresso e declarado o título do cargo abrangido; 
d) Exercício de funções de chefia ou direção, intermediária ou 
superior, assessoramento e consultoria em órgãos, ou seus 
compartimentos, da Administração Pública ou de entidades 
privadas, cujas atribuições envolvam principalmente, a 
aplicação de conhecimentos inerentes às técnicas de 
administração; e) Magistério em matérias técnicas dos campos 
da Administração e Organização. Esclarecimento: Os Bacharéis 
e Tecnólogos em determinada área da Administração 
desenvolverão atividades de Administração restritas à sua 
formação no curso escolhido (CONSELHO, 2020a).
UNI
92
 
AUTOATIVIDADE
O papel do administrador está atrelado a função dos aspectos exclusivos de 
cada organização, o administrador define estratégias, efetua diagnósticos de 
situações, dimensiona recursos, planeja sua aplicação, resolve problemas e 
gera inovação e competitividade. 
Para que possa desempenhar seu papel com eficiência e eficácia o administrado 
precisa possuir três principais habilidades para ser bem-sucedido e alcance a 
máxima excelência em seu desempenho profissional. Nesse contexto descreve 
quais são essas habilidades.
TÉCNICAS
HUMANAS
CONCEITUAIS
RESUMO
Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem 
pensando em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao 
AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
A administração de empresas é um campo amplo que incorpora muitos 
tipos de cargos e funções gerenciais. A administração representa o processo de 
organizar os recursos da empresa para atender às metas e objetivos de negócios. 
Tais processos de organização incluem diversos tipos de recursos organizacionais 
como por exemplo os humanos, bem como variados tipos de gestão como 
financeira e de marketing. Assim, nessa unidade você pode compreender e 
entender melhor sobre:
1. As áreas da administração, onde nas áreas de estudo a administração 
é uma das poucas que possui grande diversificação para um 
profissional atuar. Profissionais com conhecimentos adquiridos 
e habilidades desenvolvidas nesta área encontrarão uma grande 
variedade de oportunidades em empresas e organizações de todos 
os tipos e tamanhos, podendo atuar em todos os níveis hierárquicos, 
desde finanças, marketing e pessoas até produção e logística;
2. O papel do administrador onde, a princípio, o administrador era 
considerado um profissional que apenas supervisionava outras 
tarefas. Com a evolução das teorias administrativas verificou-se que, 
por meio fatores externos, podiam ser observados, estudados e com 
base nisso tomar decisões. O administrador deve possuir um domínio 
superior da técnica de gestão e, além disso, ser um especialista com 
conhecimento da situação de empresas. Ele também deve ser capaz 
de inovar organizações e produzir novos conhecimentos.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
FUNDAMENTOS E OBJETIVOS 
DA ADMINISTRAÇÃO
UNIDADE 3 
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da 
unidade você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o 
conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – Princípios da administração
TÓPICO 2 – Conceitos da administração
TÓPICO 3 – Processos da administração
TÓPICO 4 – Tendências da administração
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• Compreender o contexto histórico e evolutivo do pensamento 
administrativo;
• Conhecer quais foram as principais influências do pensamento 
administrativo;
• Identificar as principais teorias da administração;
• Reconhecer as principais funções administrativas.
96
A administração de empresas pode ser definida como sendo o processo 
de planejar e manter um ambiente no qual as pessoas que trabalham em 
grupos efetivamente alcancem as metas determinadas. Isso se aplica a todas as 
organizações, independentemente do seu tamanho ou segmento de mercado. 
Genericamente, a administração se constitui na arte de coordenar o cotidiano 
da empresa, moldando as organizações em estruturas consistentes e constantes. 
Dessa forma, para tornar qualquer empresa ou organização um sucesso, se faz 
necessário conhecer os fundamentos e objetivos que embasam a administração 
de empresas, ou seja, da teoria à aplicação prática. 
Uma empresa ou organização é constituída para satisfazer as necessidades 
da sociedade em geral, por meio da produção de bens ou prestação de serviços, 
conforme ilustrado na Figura 41. Hoje a empresa é a entidade fundamental para 
a humanidade, e o homem passa a ser o eixo principal das atividades a serem 
desenvolvidas com sucesso, devendo ser competitivo em um mundo globalizado. 
Assim, infere-se que uma organização ou empresa pode ser definida como o 
grupo social no qual, por meio da administração do capital e do trabalho, são 
produzidos bens e/ou serviços voltados para a satisfação das necessidades da 
comunidade.
Figura 41 - Processo Produtivo
Recursos de entrada
a serem transformados
Processo de 
transformação
ConsumidoresRecursos de 
entrada (input)
Saídas de
 produtos e 
serviços (output)
• Materias
• Informação
• Consumidores
Recursos de entrada
de transformação
• Instalações
• Pessoal
Fonte: Google Imagens (2020).
Segundo Oliveira (2015, p. 14), vivemos em uma sociedade composta por 
organizações. Todos os processos e tarefas ligados à produção de bens (produtos) 
ou serviços (atividades especializadas) são planejados, coordenados, dirigidos, 
executados e controlados por elas. Atualmente, existem diferentes tipos de 
empresas, desde públicas a privadas, que se subdividem de acordo com a sua 
atividade ou linha social, origem do capital, dimensão ou de acordo com o regime 
jurídico, levando em consideração os seus recursos humanos, materiais, técnicos 
e financeiros. 
No entanto, antes de desenvolver qualquer ação administrativa, é de vital 
importância determinar os resultados a serem alcançados, estabelecendo planos 
de ação específicos a serem seguidos com eficácia e eficiência. O planejamento 
torna-se um ponto de partida básicoe essencial em todas as atividades de 
administração com o objetivo de definir a razão de ser do organismo social. 
“O sucesso de qualquer organização está diretamente ligado à forma como ela 
97
administra seus recursos disponíveis, sejam eles humanos ou físicos”. De acordo 
com Bonome (2009, p. 8):
a. Contemporaneamente a atividade administrativa não obtém 
correspondência direta àquela da sua definição inicial;
b. Seu principal objetivo passou a ser o de interpretar os objetivos 
escolhidos pelas empresas e conseguir transformá-los em atividades 
organizativas, utilizando-se do método de planejamento, organização, 
direção e controle de todas as ações desenvolvidas em todas as áreas e 
em todos os níveis hierárquicos da empresa, tendo em vista o alcance 
dos objetivos da forma mais conveniente possível;
c. Toda essa atividade deve, portanto, ser direcionada no sentido de 
coordenar os recursos existentes nas empresas, como pode ser visto 
na Figura 42.
Figura 42 - Coordenação dos recursos organizacionais
Tarefas
Organização
Pessoas
Tecnologia
Ambiente
Estrutura
Fonte: Bonome (2009).
De acordo com Gullo (2016, p. 14):
a Administração tem como objetivo aplicar suas funções à empresa 
para, através de recursos materiais e humanos, concretizar os processos 
executados em todas as suas áreas, considerando seu ambiente interno 
e o ambiente externo que a envolve.
Na realidade, o grande objetivo da administração é ter uma gestão eficiente e, 
ao mesmo tempo, eficaz dos diversos processos organizacionais (OLIVEIRA, 2015).
98
Na concepção de Barreto (2017, p. 9):
A Administração passou a ser uma das áreas mais importantes da 
humanidade. Verifique que todos os problemas poderiam ser muito 
bem resolvidos se tivessem uma gestão responsável e de excelência. A 
tarefa básica da administração é, de maneira eficiente e eficaz, fazer as 
coisas por meio das pessoas. Essa ciência (…), vem sendo considerada 
a principal chave para a solução dos mais graves problemas que, 
atualmente, afligem o mundo moderno. Isso acontece pelo simples 
fato de não ser suficiente um avanço tecnológico e o desenvolvimento 
do conhecimento humano, se a qualidade da administração sobre os 
grupos organizacionais não permitir um investimento efetivo nos 
recursos humanos e materiais.
Ainda segundo Barreto (2017, p. 10), o termo administração não é recente, 
pois procede do “latim Administratione, assim como manejo (que corresponde 
ao inglês management) e gestão (que corresponde ao espanhol gestión)”. 
Independente da terminologia, possui o sentido: “um processo dinâmico de 
tomar decisões sobre a utilização de recursos, para possibilitar a realização de 
recursos, para possibilitar a realização de objetivos”.
Chiavenato (2007, p. 4), esclarece também que a definição da palavra 
administração tem sua origem no:
latim (ad, direção para, tendência e minister, comparativo de 
inferioridade; o sufixo ter, subordinação ou obediência, isto é, aquele 
que realiza uma função abaixo do comando de outrem, aquele que 
presta um serviço a outro) e significa subordinação e serviço
e enfatiza que: 
a. Em sua origem, a palavra administração significa desenvolver uma função 
sob o comando de outro, prestar um serviço a outro. Essa velha conotação 
de supervisionar ou de só tomar conta de algum empreendimento ou 
pessoas está hoje totalmente ultrapassada e obsoleta;
b. A administração cresceu e tomou-se uma ciência, uma técnica e uma 
arte: ela é uma ciência com princípios bem definidos e um corpo de 
conhecimentos científicos e devidamente codificados, uma tecnologia 
que produz ferramentas de utilização para obter resultados e uma 
arte em lidar com situações concretas e abstratas; 
99
c. As organizações operam em ambientes diferentes (Figura 43), 
rodeadas de um universo de fatores, tais como: econômicos, políticos, 
tecnológicos, legais, sociais, culturais e demográficos que interagem 
entre si e se alternam constantemente, proporcionando um campo 
dinâmico de forças caracterizado por uma enorme mudança e 
instabilidade ao redor. No fundo, as organizações recebem influências 
de seu meio ambiente, mas, em contrapartida, nele também provocam 
profundas influências.
Figura 43 - Ambientes Organizacional
Ambiente contextual
(Macroambiente)
Ambiente Demográfico
Ambiente relacional
Ambiente
Econômico
Agências Reguladoras
Ambiente
Político/Legal
Ambiente dos
Recursos Naturais
Concorrentes
Fornecedores Clientes
Ambiente
Sociocultural
Ambiente
Tecnológico
Organização
(Intenção Estratégica) 
Fonte: Google Imagens (2020).
O administrador, dentro do contexto organizacional, “analisa os 
elementos que compõem o ambiente externo, para poder adaptar o ambiente 
interno de sua empresa a esse ambiente externo e, com isso, poder traçar um 
caminho de sucesso para a empresa”. (GULLO, 2016, p. 14). Maximiano (2006, p. 
12), destaca que a “administração é o processo de tomar decisões sobre objetivos e 
utilização de recursos. O processo administrativo abrange cinco tipos de funções: 
planejamento, organização, liderança, execução e controle”. De acordo com 
Asturias Corporación Universitaria (2018), a fim de alcançar o desenvolvimento 
eficiente do processo administrativo nas organizações, do ponto de vista gerencial, 
a administração deve cumprir dois objetivos principais: 
a. Proporcionar eficiência nos processos: compreender a eficiência 
como meio, métodos, processos, procedimentos, regras e, os 
regulamentos sobre a forma como as diferentes atividades implícitas 
em cada processo empresarial devem ser desenvolvidas, e que 
100
todos os envolvidos no processo administrativo devem conhecê-los 
para aplicá-los, respeitá-los e cumpri-los ao todo, de tal forma que 
garantam o funcionamento ideal da empresa;
b. Proporcionar eficácia nos processos: A eficácia são as metas e 
os objetivos que são planejados para desenvolver e cumprir na 
organização, tendo em mente que cada empresa levanta seus 
próprios objetivos que devem ser cumpridos. A função ou tarefa da 
administração, consiste em interpretar as vontades organizacionais 
corporizadas nos objetivos, e estabelecer os mecanismos para alcançá-
los através da administração, dividindo esta ação em planejamento, 
organização, direção e controle, o que constitui a função administrativa 
aplicável na empresa.
De acordo com Hernández y Rodriguez (2011), a administração se 
fundamenta como ciência ou técnica, se concentra no projeto interno da empresa, 
suas estruturas, procedimentos e sistemas de informação para planejar, organizar, 
dirigir e controlar seus recursos e processos. Por outro lado, a administração 
também envolve a compreensão do ambiente, a conceituação da função da 
empresa no mercado e a gestão para alcançar resultados no contexto em que ela 
opera ou deseja competir. Chiavenato (2014, p. 17), enfatiza que, nesse contexto 
pode se inferir às seguintes conclusões sobre os fundamentos da administração:
a. A administração ocorre exclusivamente dentro de organizações: ela 
não acontece em situações isoladas. Todas as organizações – nações, 
estados e municípios, empresas, indústrias, empreendimentos de 
todo tipo, tamanho e natureza – precisam ser administradas. Contudo, 
cada organização é única, singular e diferente das demais, e suas 
características ímpares afetam tanto o administrador como todas as 
pessoas a ele subordinadas. O administrador precisa necessariamente 
compreender cada organização;
b. A administração requer fazer as coisas por meio das pessoas: o 
administrador não executa, e deve saber assessorar as pessoas e 
desenvolver nelas capacidades e competências para que elas executem 
adequadamente suas atividades. Deve saber, ajustar as capacidades 
e competências das pessoas aos requisitos da organização e dos 
objetivos a serem alcançados por meio do esforço conjunto. Para isso, 
deve comunicar, orientar, liderar, motivar e recompensar; 
c. A administração requer lidar simultaneamente com situações 
múltiplas e complexas, muitas vezesinesperadas e potencialmente 
conflitivas: é um processo complexo, que requer integração, 
articulação e visão de conjunto, principalmente quando as atividades 
são divididas, diferenciadas e fragmentadas. Isso requer consistência 
e flexibilidade, reflexão e ação, espírito analítico e sintético, olhar para 
o todo e para as partes simultaneamente. Requer perspectiva global 
e compreensão local do mercado, dos clientes e dos concorrentes, da 
sociedade, do governo e do mundo globalizado.
101
DICAS
d. O administrador deve continuamente buscar, localizar e aproveitar 
novas oportunidades de negócios: deve possuir mente empreendedora, 
focada no compromisso de aprender constantemente novas 
habilidades, novos conhecimentos e adquirir novas competências. 
Deve ser um agente de mudança e de transformação das organizações.
e. O administrador precisa saber reunir simultaneamente conceitos e 
ação: em outras palavras, juntar teoria e prática, saber e aplicar, pensar 
e agir. Conceitos sem ação não levam a nada; ação sem conceitos é 
perda de tempo. Cada vez mais, a administração está sendo envolvida 
por assuntos abstratos e complexos. No seu começo, foram eficiência e 
eficácia. Depois vieram a produtividade e a lucratividade. Mais adiante, 
mercado, excelência, estratégia, competitividade, sustentabilidade 
e responsabilidade social. O que são esses assuntos senão conceitos 
abstratos e intangíveis? Pura teoria! E sem teoria o administrador não 
sabe exatamente o que fazer em situações abstratas e intangíveis, a 
menos que queira trabalhar apenas com coisas concretas e dentro de 
uma rotina bitolada e repetitiva, enquanto o mundo de negócios ao 
seu redor é dinâmico, complexo, mutável e competitivo.
As dificuldades de Roberto
Roberto é um excelente profissional, muito responsável e admirado por seus conhecimentos 
técnicos. Depois de diplomar-se em Administração, Roberto não parou mais de estudar 
e de tentar aplicar seus conhecimentos. Sabe melhor do que ninguém equacionar os 
problemas e definir as melhores soluções. Sua dificuldade maior é lidar com pessoas: não 
sabe explicar nem treinar ou argumentar, tampouco tem paciência com os subordinados. 
Apesar de seu excelente preparo técnico, Roberto não consegue progredir na empresa. 
Quer ser promovido a gestor de equipe, mas fica sempre na fila de espera. O que está 
acontecendo com ele? (CHIAVENATO, 2014).
102
AUTOATIVIDADE
Uma empresa ou organização é constituída para satisfazer as necessidades da 
sociedade em geral, por meio da produção de bens ou prestação de serviços. 
Hoje a empresa é a entidade fundamental para a humanidade e o homem 
passa a ser o eixo principal das atividades a serem desenvolvidas com sucesso, 
devendo ser competitivo em um mundo globalizado. Assim, infere-se que 
uma organização ou empresa pode ser definida como o grupo social no qual, 
por meio da administração do capital e do trabalho, são produzidos bens e/ou 
serviços voltados para a satisfação das necessidades da comunidade
A partir desse contexto e baseando-se no conteúdo estudado, faça uma 
descrição embasando-se no processo produtivo das empresas conforme 
ilustra a Figura abaixo. Em complemento expresse suas considerações sobre 
a importância do administrador para o bom resultado e para eficiência desse 
processo de transformação.
Recursos de entrada
a serem transformados
Processo de 
transformação
ConsumidoresRecursos de 
entrada (input)
Saídas de
 produtos e 
serviços (output)
• Materias
• Informação
• Consumidores
Recursos de entrada
de transformação
• Instalações
• Pessoal
UNIDADE 3
TÓPICO 1 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
Na ciência, podemos definir um princípio como sendo uma regra ou 
valor subjacente que governa a maneira como as coisas funcionam. Muitas vezes 
é formulado como lei universal e considerado axiomático, ou seja, autoevidente e 
autocomprovado. Também pode servir como um ponto de partida, de uma análise 
lógica, para um exame mais aprofundado, de um determinado acontecimento ou 
premissa. Pode ser considerado, também, como uma doutrina, uma suposição 
abrangente e fundamental, uma regra ou código de conduta.
Um princípio, em seu conceito mais amplo, serve de base para suposições, 
fundamentos ou regras das quais nascem ideologias, teorias, doutrinas, religiões 
e ciências. Princípio vem do latim principium, que significa origem ou começo, 
porém, apesar de ainda ser utilizada para se referir ao início de algo, essa 
terminologia é empregada principalmente em um sentido filosófico moral, ético 
ou científico.
Como lei científica correspondem aos preceitos da natureza que não 
são claramente demonstráveis, porém podem ser medidos e quantificados, 
observando os resultados que lhes fundamentaram. Dessa forma, os princípios 
da administração são um conjunto de teorias que determinam a existência e o 
funcionamento da administração.
De acordo com Marujo et al (2014, p.19), 
a administração sempre se fez presente no desenvolvimento das 
sociedades. [...] A Teoria da Administração veio para integrar 
os conhecimentos científicos às diversas atividades práticas 
das organizações, pois sem essas condições jamais existiriam e 
sobreviveriam.
De acordo com Oliveira (2015, p. 30), os primeiros princípios da 
administração foram desenvolvidos por Frederick Winslow Taylor quando da 
criação da Teoria da Administração Cientifica (Figura 4). Segundo o autor “para 
Taylor, a administração deve ser tratada cientificamente. A improvisação devia 
ceder lugar ao planejamento, e o empirismo à ciência: a ciência da administração”, 
assim desenvolveu quatro princípios:
a. Princípio de planejamento: substituir o critério individual do operário, 
à improvisação e à atuação empírico-prática por métodos baseados 
em procedimentos científicos; isto é, substituir a improvisação pela 
ciência por meio do planejamento do método de trabalho;
 
104
b. Princípio de preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores, de 
acordo com suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem 
mais e melhor, de acordo com o método planejado. Preparar máquinas 
e equipamentos em um arranjo físico e disposição racional;
c. Princípio do controle: controlar o trabalho para confirmar que está 
sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos e segundo 
o plano previsto. A gerência deve garantir que a execução seja a 
melhor possível;
d. Princípio da execução: distribuir atribuições e responsabilidades para 
disciplinar a execução do trabalho. O gerente planeja, e o operário 
executa.
Figura 44 - Abordagem da Administração Científica
Método 
“the best way”
Padrão de
produção
Máxima 
eficiência
Maiores lucros 
e salários
Lei da fadiga
Seleção
científica
Supervisão 
Funcional
Condições 
ambiente de 
trabalho
Plano de
incentivo
salarial
Estudos de 
tempos e 
movimento.
Fonte: Google Imagens (2020). 
Münch (2010), ainda enfatiza que no início deste século, surgiu a 
administração científica, onde foi postulado cinco princípios de administração; 
a partir daí, vários autores se dedicaram ao estudo desta disciplina, surgindo 
múltiplas abordagens e teorias conhecidas como escolas de gestão (Quadro 9), uma 
vez que esta disciplina adquire um caráter indispensável para o funcionamento 
adequado de qualquer empresa.
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
105
Quadro 9 - Teoria da Administração Científica: idealizadores e contribuições 
Idealizador Ano Principais contribuições
Frederick 
Taylor 1903 • Criador e estudioso com atuação mais destacada nesta teoria.
Henry Gantt 1910 • Criou o gráfico de Gantt (método gráfico de acompanhar fluxos de produção).
Frank 
Gilbreth 1912
• Junto com a esposa Lillian, desenvolveram estudos dos movimentos 
nos trabalhos e as situações de fadiga; propuseram redução das horas 
de trabalho; interligaram administração científica e psicologia industrial.
• Em 1947, analisaram a atuação dos supervisores das organizações.
Harrigton 
Emerson 1912
• Aperfeiçoou e padronizou as condições de trabalho e as técnicasadministrativas existentes na época.
• Considerou que as chefias devem auxiliar e orientar os trabalhos dos 
subordinados.
Hugo 
Munsterberg 1913
• Consolidou a importância da psicologia industrial nos estudos de 
administração nas organizações.
Henry Ford 1914
• Consolidou a linha de montagem móvel (o produto em processo de 
fabricação se desloca, enquanto os operadores ficam parados) em 1910 e, 
em 1914, mecanizou o processo.
• Implantou o dia de 8 horas de trabalho e duplicou os salários (para os 
operários também comprarem seus carros).
Fonte: Oliveira (2012).
Devido à grande expansão das indústrias, Henry Ford (1863-1947) realizou a 
produção em massa de automóveis, ou seja, produzindo-os em grande quantidade e sem 
nenhuma diferenciação. Baseou-se em alguns princípios que nortearam e permitiram a 
produção em massa: 
a) Princípio da Intensificação - menor tempo de produção mediante o emprego total de 
equipamentos e matéria-prima;
b) Princípio da Economicidade - menor estoque de matéria-prima, velocidade de 
fabricação rápida; 
c) Princípio da Produtividade - especialização do trabalhador na linha de montagem 
aumentando a capacidade de produção. Em outras palavras, produzir em menos tempo 
e a um custo menor. Tanto os princípios da administração científica, como da linha de 
montagem, receberam enorme aceitação nas indústrias, pois permitiram uma notável 
expansão da atividade industrial. Oliveira (2015).
UNI
 
106
De acordo com Oliveira (2008, p. 32), a teoria da Administração é o 
conjunto de “princípios e conhecimentos disseminados e comuns à prática 
administrativa, dentro de uma abordagem específica, quanto às atividades e 
funções administrativas desempenhadas pelas empresas”. Para esse autor, a 
administração científica de Taylor possui algumas características conforme 
descreve o Quadro 10.
Quadro 10 - Característica da Administração Cientifica
Razões do 
surgimento
• Aumento da complexidade da administração das empresas.
• Busca do maior rendimento possível proporcionado pelos recursos das 
empresas.
Contribuições 
para a prática da 
administração
• Maior eficiência nos processos produtivos. Não implicou, na maior parte das 
vezes, em maior carga horária e em piores condições de trabalho.
• Contribuiu para a evolução das comunidades.
• Estruturação e aplicação dos princípios da administração. 
• Estruturação dos objetivos a serem alcançados e dos resultados efetivos.
Instrumento 
administrativo
• Metodologia ou técnica estruturada que as teorias da administração 
proporcionam para o desenvolvimento do processo de administração e da 
qualidade decisória nas empresas.
Instrumentos 
administrativos
• Estruturação da especialização dos trabalhos. 
• Análise da produção em massa.
• Estudo dos tempos e métodos.
Algumas 
evoluções
Consolidação da administração como algo que pode ser analisado, estruturado 
e aprimorado.
Foco no aprimoramento profissional dos trabalhadores. 
Estudos direcionados da base para o topo da pirâmide empresarial.
Fonte: Oliveira (2008).
Segundo Silva (2011, p. 26), “juntamente com o americano Frederick Taylor, 
responsável pela chamada Escola da Administração Científica, outro engenheiro 
europeu também participou, no início do século XX, do desenvolvimento dos 
primeiros trabalhos sobre a administração”, onde: 
a. Henri Fayol, responsável pelo desenvolvimento da chamada Teoria 
Clássica, cuja base era a preocupação com o aumento da eficiência da 
empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios 
gerais da administração em bases científicas. Na identificação das 
tarefas da Administração são apresentados os 14 princípios (Figura 
45) que ainda são utilizados na prática administrativa.
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
107
Figura 45 - 14 princípios da administração clássica
Divisão do
 Trabalho
Cadeia Escalar
AutoridadeCentralização
Unidade de
 Comando
Subordinação
Remuneração Disciplina
Estabilidade
Unidade de 
Direção
Iniciativa Ordem
Espiríto de 
Equipe
Equidade
Fonte: Marujo et al (2014).
b. As ideias desses dois engenheiros são responsáveis pela formação 
da chamada Abordagem Clássica da Administração, que perdurou 
durante as quatros primeiras décadas do século XX, no que se refere 
à administração das organizações. Fayol, em seus princípios da 
administração, expõe o seguinte:
I. Divisão de trabalho: resultando na especialização das funções 
e na separação dos poderes;
II. Autoridade e responsabilidade: a primeira, o direito de mandar e 
o poder de se fazer obedecer; a segunda, a sanção – recompensa 
ou penalidade – que acompanha o exercício do poder; 
III. Disciplina: o respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa 
e seus agentes;
IV. Unidade de comando: forma de cada indivíduo ter apenas um 
superior;
V. Unidade de direção: um só chefe e um só programa para um 
conjunto de operações que visam ao mesmo objetivo; 
VI. Subordinação do interesse individual ao interesse geral; 
VII. Remuneração do pessoal: de forma equitativa e com base tanto 
em fatores externos quanto internos; 
 
108
VIII. Centralização: a concentração de poderes de decisão no chefe; 
IX. Linha de autoridade ou hierarquia: a série dos chefes, dando-
se aos subordinados de chefes diferentes, a autonomia para 
estabelecer relações diretas; 
X. Ordem: um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar; 
XI. Equidade: o tratamento das pessoas com benevolência e justiça, 
não excluindo a energia e o rigor quando necessários; 
XII. Estabilidade do pessoal: a manutenção das equipes como forma 
de promover seu desenvolvimento; 
XIII. Iniciativa: faz aumentar o zelo e a atividade dos agentes; 
espírito de equipe.
Comparação entre Taylor e Fayol 
Ambos tinham uma grande correlação com as indústrias; Taylor era adepto da Administração 
no chão de fábrica, já Fayol se relacionava mais com a gestão; Ambos foram criticados, 
tachados pelos estudiosos da Administração – Taylor em especial – por incentivarem uma 
visão mecanicista da organização. Fayol tinha uma visão da organização como corpo 
social. As regras por ele propostas pretendiam funcionar como elementos norteadores 
(CARPEJANI; SOUZA, 2013). Veja melhor essa comparação no Quadro 11.
Quadro 11 - Comparação entre Taylor e Fayol
Taylor
Abordagem 
Administração 
Científica
Ênfase 
Na tarefa
Termos Mais 
Utilizados 
- Organização 
Racional 
- Divisão 
das tarefas 
- Simplificação 
- Especialização 
- Tempos e 
movimentos 
Ótica 
- De baixo 
para cima
Destaque 
Taylor 
Gilbreth 
Ford
Obra 
Princípios da 
adminitração 
científica 
(1911) 
Origem: 
Estados 
Unidos
Teoria 
Clássica da 
Administração
Fayol
Abordagem 
Anatomica e 
Fisiológica
Ênfase 
Na 
estrutura
Termos Mais 
Utilizados 
- Técnicas 
- Comerciais 
Financeira 
- Segurança 
- Contabilidade 
- Administrativas 
1. Planejamento 
2. Organização 
3. Direção 
4. Controle
Ótica 
- De cima 
para baixo
Destaque 
Fayol
Obra 
Adminitração 
Industrial e 
Geral (1916) 
Origem: 
França
Fonte: Caravantes, Panno e Kloeckner (2005, p. 62)
UNI
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
109
De acordo com Silva (2008, p. 8), “um princípio representa um elemento 
básico de conhecimento que explica o relacionamento e ajuda na predição do que 
aconteceria se tal princípio fosse aplicado”. Ainda segundo o autor, “um princípio 
é uma afirmativa básica ou uma verdade fundamental que provê entendimento e 
orientação ao pensamento e à prática, na tomada de decisões”, e acrescenta que:
a. Os princípios são desenvolvidos para ajudar os executivos a pensar e 
agir. Um grupo deconceitos tem sido desenvolvido por experiência 
e por correspondente pesquisa. Esses princípios, como considerados 
por Joseph L. Massie, são somente “aproximações da generalização a 
partir da experiência”. Como tal, eles não deveriam ser tratados como 
regras rígidas e inflexíveis para o comportamento administrativo. A 
administração, por sua natureza, tem seus princípios, que são:
I. Dinâmicos: os princípios de administração são flexíveis por 
natureza e estão mudando continuamente;
II. Generalizações: os princípios de administração não podem ser 
estabelecidos tão rigorosamente como os das ciências físicas, 
porque seres humanos se comportam mais erraticamente do 
que fenômenos físicos;
III. Relativos: os princípios de administração são relativos, e não 
leis absolutas que podem ser aplicadas cegamente em todas as 
situações;
IV. Inexatos: os princípios de administração são relacionados ao 
caos e procuram trazer ordem a ele, regulando o comportamento 
humano em qualquer situação;
V. Universais: a maioria dos princípios administrativos podem ser 
aplicados em qualquer tipo de organização; em outras palavras, 
eles são aplicáveis a negócios, governos, universidades e outras 
organizações não lucrativas ao redor do mundo.
b. De acordo com George Terry, a utilidade dos princípios baseia-se 
na premissa de que deles provêm conduta eficiente. Por meio dos 
princípios da administração, um gerente pode evitar erros básicos 
em seu trabalho e predizer resultados de suas ações com confiança. 
De acordo com Koontz, Weihrich e Cannice, 2012, os princípios da 
administração ajudam as organizações a:
I. Aumentar a eficiência: os princípios ajudam no pensamento e 
na ação;
II. Cristalizar a natureza da administração: os princípios 
consolidam o sempre crescente conhecimento e pensamento no 
campo da administração;
III. Melhorar a pesquisa em administração: a administração 
trabalha com seres humanos, cujo comportamento é bastante 
 
110
DICAS
O Administrador agora dispõe de um manual elaborado e disponibilizado pelo 
CFA/CRA com o objetivo de orientar os Administradores nas boas práticas diárias e ser 
um Guia de Orientação Profissional. Nele você poderá tirar suas dúvidas de como está 
constituída nossa classe, nossos direitos e obrigações como profissionais devidamente 
regularizados.
imprevisível; os princípios ajudam pelas generalizações 
dos testes do comportamento, entendendo e predizendo as 
ocorrências futuras;
IV. Alcançar metas sociais: os princípios administrativos 
desempenham um papel importante na melhoria da qualidade 
e do padrão de vida das pessoas.
A necessidade de organização dos seres humanos é a origem da 
administração, que é entendida como um ato de coordenação humana individual 
e grupal para atingir objetivos. A administração é ciência composta de princípios, 
técnicas e práticas, cuja aplicação a grupos humanos permite o estabelecimento 
de sistemas racionais de esforço cooperativo, através dos quais podem ser 
alcançados objetivos comuns que individualmente não podem ser alcançados em 
organismos sociais (HERNANDEZ Y RODRIGUEZ, 2011).
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
111
AUTOATIVIDADE
Um princípio, em seu conceito mais amplo, serve de base para suposições, 
fundamentos ou regras das quais nascem ideologias, teorias, doutrinas, 
religiões e ciências. Princípio vem do latim principium que significa origem 
ou começo, porém, apesar de ainda ser utilizada para se referir ao início de 
algo, essa terminologia é empregada principalmente em um sentido filosófico 
moral, ético ou científico.
Como lei científica correspondem aos preceitos da natureza que não são 
claramente demonstráveis, porém podem ser medidos e quantificados, 
observando os resultados que lhes fundamentaram. Dessa forma, os princípios 
de administração são um conjunto de teorias que determinam a existência e o 
funcionamento da administração.
Os primeiros princípios da administração foram desenvolvidos por Frederick 
Winslow Taylor quando da criação da Teoria da Administração Cientifica. 
Para Taylor, a administração deve ser tratada cientificamente. A improvisação 
devia ceder lugar ao planejamento, e o empirismo à ciência: a ciência da 
administração. Sendo assim, elenque e descreve os quatro principios da 
administração.
Princípio de 
planejamento
Princípio de 
preparo
Princípio do 
controle
Princípio da 
execução
UNIDADE 3
Podemos conceituar a administração de empresas, como sendo um campo 
amplo da ciência social aplicada, de extrema relevância para diversos segmentos 
produtivos da economia, onde suas áreas se expandem para as finanças, recursos 
humanos, marketing, logística, sistemas de informação, gestão de serviços, gestão 
da produção e administração geral. Um dos principais objetivos da administração 
é dirigir as atividades diárias de uma organização para melhor garantir seu 
funcionamento de maneira uniforme, eficiente e lucrativa. 
A administração de empresas é o processo de gestão e alocação dos recursos 
organizacionais de forma eficiente e eficaz, aplicando princípios administrativos. 
O objetivo é alcançar estabilidade, crescimento e rentabilidade para um negócio. 
Administração de empresas é uma função da estrutura organizacional, o sistema 
desejado de alocação de tarefas, coordenação e supervisão.
De acordo com Carvalho (2014, p.11), desde sempre e durante nosso 
cotidiano, até de maneira involuntária, administramos nossas vidas e rotinas 
(Figuras 46, 47, e 48), quer seja 
o nosso tempo, dinheiro ou vida pessoal e profissional. Quando 
desenvolvemos planos de ação e nos articulamos entre nossos meios, 
coordenamos os esforços e revemos nossos processos de alcance dos 
objetivos, estamos praticando claramente administração. 
Nesse contexto, pode-se afirmar que a administração impreterivelmente 
faz parte da vida.
 Figura 46 - Administrar escolhas Figura 47 - Administrar o tempo Figura 48 - Relações Interpessoais
Administramos, por exemplo, quando optamos
pela mudança e analisamos novos rumos a seguir.
Ao decidirmos o que, como e quando fazer, 
estamos praticando administração.
Administramos até as nossas relações
interpessoais. Ou, pelo menos, deveríamos.
Fonte: Carvalho (2014)
CONCEITOS DA ADMINISTRAÇÃO
TÓPICO 2 
114
 
Carvalho (2014, p. 12), afirma então que, conceitualmente, a administração 
é, consequentemente, um grupo de práticas e funções desenvolvidas para ordenar 
elementos produtivos das organizações/empresas, tendo como objetivo 
alcançar, de maneira eficiente, um resultado eficaz e sustentável, 
por meio da elaboração de planos, relatórios, projetos etc., em que é 
exigida a aplicação de diversos tipos de conhecimentos.
Na concepção de Silva (2008, p. 5), existem inúmeros conceitos de 
administração, quanto livros sobre o assunto, no entanto, na sua grande 
maioria conceituais sobre a administração, uma definição básica é partilhada: “a 
administração está relacionada com o alcance de objetivos por meio dos esforços 
de outras pessoas”. Segundo o autor:
1. Os múltiplos conceitos de administração podem ser convenientemente 
classificados em cinco categorias, a seguir:
a. Escola funcional: contém as visões de Mcfarland, Henri 
Fayol e George Terry, que podem ser assim consolidados: 
"Administração é um processo distinto, que consiste no 
planejamento, organização, atuação e controle, para determinar 
e alcançar os objetivos da organização pelo uso de pessoas e 
recursos";
b. Escola das relações humanas: considera a administração 
como um processo social, porque as ações administrativas são 
principalmente concernentes ao relacionamento entre pessoas, 
mais do que o direcionamento das atividades. Segundo L. A. 
Appley, "Administração é o alcance de resultados por meio dos 
esforços de outras pessoas; 
c. Escola da tomada de decisão: contém como visão principal a 
dos estudiosos Peter Drucker e Stanley Vence. Segundo Drucker 
(1989), “Administração é simplesmente o processo de tomada 
de decisão e o controle sobre as açõesdos indivíduos, para o 
expresso propósito do alcance de metas predeterminadas”;
d. Escola de sistemas: pela teoria de sistemas, as organizações 
são sistemas orgânicos e abertos, consistindo na interação e 
interdependência de portes que têm uma variedade de metas”, 
conforme ilustra a Figura 49;
CONCEITOS DA ADMINISTRAÇÃO
115
Figura 49 - O ambiente como um sistema aberto
• Matéria-prima;
• Capital e Recursos;
• Capital Humano.
AMBIENTE
Estágio de
 insumos
• Maquinário;
• Computadores;
• Habilidade Humanas.
Estágio de
conversão
• Bens;
• Serviços.
Estágio de
produtos
RETROALIMENTAÇÃO
Vendas de produtos permitem que a
 organização obtenha novos
 fornecedores de insumos
Fonte: Google Imagens (2020).
e. Escola contingencial: a administração é situacional; não existe 
um modo melhor de projetar organizações e administrá-las; 
os administradores deveriam “desenhar organizações, definir 
as metas e formular políticas e estratégias de acordo com 
as condições ambientais prevalecentes”. O esboço da teoria 
contingencial está descrito na Figura 50.
Figura 50 - Teoria Contingencial
Ambiente Geral
O Ambiente
Ambiente de tarefa
Variáveis 
Tecnológicas
Entidades
Reguladoras
Variáveis
Legais
Variáveis
Econômicas
Variáveis
Políticas
Variáveis
Demográficas
Concorrentes
Fornecedores Clientes
Variáveis
Culturais
Organização
Fonte: Google Imagens (2020).
116
 
2. A administração é necessária sempre que pessoas trabalham juntas 
em uma organização. As funções gerenciais devem ser exercidas 
por qualquer pessoa que seja responsável por algum tipo de 
atividade organizada, funções estas desempenhadas em todos os 
níveis organizacionais, independentemente do tipo ou tamanho 
da organização. Os elementos da administração (Figura 51) são 
necessários em todas as atividades de qualquer tipo de organização e 
têm as seguintes características:
Figura 51 – Os elementos do conceito de administração.
Recursos 
Materias
Recursos 
Financeiro
Atividades
administrativas
Utilização eficiente e
eficaz dos recursos
Recursos
Informacionais
Recursos
Humanos
Alcance de 
metas
Fonte: Silva (2008, p. 7).
a. A administração é propositada: complementação de atividades 
com outras pessoas e por elos, com o uso adequado dos recursos 
disponíveis;
b. A administração é concernente com idéias, coisas e pessoas: 
orientação de meios e foco na ação para o alcance dos resultados 
administrativos/gerenciais;
c. A administração é um processo social: processo em que as ações 
administrativas são principalmente atinentes às relações entre 
pessoas.
d. A administração é uma força coordenada: coordenação de esforços 
de emprego de cada um, com seus próprios valores e aspirações, em 
um programa organizacional;
e. A administração é concernente com esforços de equipe: o alcance de 
certos objetivos é mais fácil por uma equipe do que por um indivíduo 
trabalhando sozinho;
f. A administração é uma atividade: é necessário discernimento para 
a distinção dos conhecimentos e habilidades exigidos para seu 
desempenho;
g. A administração é um processo composto: pelas funções de 
planejamento, organização, direção e controle, que não podem ser 
desempenhadas independentemente; a realização de cada uma delas 
interfere nas demais;
CONCEITOS DA ADMINISTRAÇÃO
117
h. A administração age como força criativa e revigorante na 
organização: o resultado da atividade, em algumas situações, é maior 
do que o soma total dos esforços colocados pelo grupo; essa sinergia, 
em resumo, provê vida para a organização;
i. A administração é uma disciplina dinâmica: as funções 
administrativas são orientadas para o crescimento organizacional, 
não sendo passivas, mas de comportamento ajustável e adaptável às 
necessidades deste crescimento;
j. A administração é intangível: é uma força invisível, cuja presença é 
evidenciada pelos resultados de seus esforços, que são, por exemplo, 
ordenação, clima de trabalho satisfatório e satisfação pessoal dos 
funcionários.
Notadamente, o conceito de administração refere-se ao funcionamento, 
estrutura e desempenho das organizações. A administração pode ser vista como 
uma disciplina encarregada da gestão científica dos recursos e do direcionamento 
do trabalho humano, voltada para o alcance dos objetivos empresariais. A 
administração é analisada, por exemplo, pela teoria das organizações, que se 
dedica a estudar a forma como o ser humano administra seus recursos - humanos, 
materiais e imateriais - e como interage com o meio externo para atingir seus 
objetivos.
Às vezes, o termo administração é usado para se referir à ciência social 
conhecida como administração de empresas. Esta ciência, estuda a organização 
das empresas e a forma como gerem os recursos, processos e resultados das suas 
atividades. Na perspectiva de Chiavenato (2014), para o conceito de administração 
cada autor conceitua administração em sua ótica particular. Vale a pena comparar 
cada definição:
a. Alcançar objetivos pelo trabalho com e por intermédio de pessoas e 
outros recursos organizacionais;
b. Planejar, organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da 
organização e utilizar todos os recursos organizacionais disponíveis 
para alcançar objetivos organizacionais definidos;
c. Planejar, organizar, liderar e controlar o uso de recursos para alcançar 
objetivos de desempenho;
d. Alcançar objetivos organizacionais de maneira eficaz e eficiente 
graças ao planejamento, à organização, à liderança e ao controle dos 
recursos organizacionais;
e. Ato de trabalhar com e por intermédio de outras pessoas para realizar 
os objetivos da organização, bem como de seus membros.
118
 
No entanto, a administração corresponde muito mais que meramente 
planejar, organizar, dirigir e controlar. A administração abrange um contexto de 
complexidade decisórias e atuações aplicadas a uma diversidade de circunstâncias, 
dentro da conjuntura diversa que são as organizações (CHIAVENATO, 
2014). Devido a essa complexidade, a administração pode admitir variadas 
interpretações, conforme descreve o Quadro 12.
Quadro 12 - Conceituações da administração
Administração
É um processo contínuo 
e sistêmico que envolve 
uma série de atividades 
impulsionadoras, como 
planejar, organizar, 
dirigir e controlar 
recursos e competências 
para alcançar metas e 
objetivos. Implica fixar 
objetivos a alcançar, 
tomar decisões no meio 
desse caminho e liderar 
todo esse processo, a fim 
de alcançar os objetivos 
e oferecer resultados.
Exige várias ações 
orientadas para 
alcançar objetivos por 
meio de diferentes 
pessoas e órgãos que 
trabalham conjunta 
e integradamente. 
Trata-se de uma 
atividade proposital e 
direcionada para alvos 
previamente definidos, 
envolvendo objetivos 
individuais, grupais 
e organizacionais ou 
uma combinação deles 
no sentido de alcançar 
níveis cada vez mais 
elevados de excelência.
Envolve articulação 
e aplicação de vários 
conjuntos de recursos 
e competências 
organizacionais. É 
processo abrangente que 
envolve e apluca uma 
variedade de recursos: 
humanos, financeiros, 
materiais, tecnológicos e 
de informação.
Envolve liderança e 
direcionamento de 
atividades executadas 
por todo o conjunto 
organizacional e 
em todos os níveis 
das organizações, 
por pessoas com 
diferentes funções, 
intencionalmente 
estrtuturadas e 
coordenadas para o 
alcance de propósitos 
comuns.
Fonte: Adaptado de Chiavenato (2014).
Para Münch (2010, p. 22), a administração é uma atividade indispensável 
em qualquer organização, na verdade, é a forma mais eficaz de garantir sua 
competitividade. Há vários conceitos de administração onde, coloquialmente, 
se diz que: “administração é fazer algo através dos outros”, outro significado é 
o que é conhecido como a “lei de ouro da gestão”, entendida como fazer mais 
com menos. Para entender melhor, basta analisar em que consiste cada um dos 
elementos da definição acima: 
a. Objetivos: A administração está sempre focada em atingir metas ou 
resultados;Eficiência. É obtido quando os objetivos são alcançados 
em tempo e com a máxima qualidade;
b. Competitividade: É a capacidade de uma organização de gerar 
produtos e/ou serviços com valor agregado em termos de custos, 
benefícios, características e qualidade, em relação aos de outras 
empresas com produtos similares. - Qualidade. Implica a satisfação 
das expectativas do cliente através do cumprimento dos requisitos;
c. Coordenação de recursos: É quando os recursos necessários são 
otimizados para alcançar a operação de qualquer empresa através da 
administração;
CONCEITOS DA ADMINISTRAÇÃO
119
d. Produtividade: Implica a obtenção de resultados máximos com 
recursos mínimos. Neste sentido, a produtividade é a relação entre a 
quantidade de insumos necessários para produzir um determinado 
bem ou serviço e os resultados obtidos. É a obtenção do máximo 
de resultados com o mínimo de recursos, em termos de eficiência e 
eficácia. Desta forma, a administração é aplicada como uma disciplina. 
Se os elementos acima forem analisados, é possível concluir que a 
administração é a ferramenta mais poderosa para a permanência e competitividade 
de qualquer organização. A importância da administração é indiscutível, pois ela 
traz múltiplas vantagens (MÜNCH, 2010). Através de suas técnicas e processos 
é possível alcançar maior rapidez, eficácia e simplificação do trabalho com a 
conseqüente economia de tempo e custo;
Dessa forma, isso afeta a produtividade, eficiência, qualidade e 
competitividade de qualquer organização. A administração favorece a obtenção 
do máximo rendimento e a permanência no mercado. A administração tem certas 
características que a diferenciam de outras disciplinas: 
a. Universalidade: É indispensável em qualquer grupo social, seja ele 
uma empresa pública ou privada ou qualquer tipo de instituição;
b. Valor instrumental: Sua finalidade é eminentemente prática, sendo a 
administração um meio para atingir os objetivos de um grupo;
c. Multidisciplinar: Ela utiliza e aplica conhecimentos de várias ciências 
e técnicas. Especificidade. Embora a gestão seja auxiliada por várias 
ciências, seu campo de ação é específico, portanto, não pode ser 
confundido com outras disciplinas; 
d. Versatilidade: Os princípios administrativos são flexíveis e adaptados 
às necessidades de cada grupo social onde eles são aplicados.
Nesse contexto, podemos inferir que administrar é 
a ciência, o conjunto de técnicas e a arte de planejar, organizar, 
dirigir e controlar recursos organizacionais, que podem ser humanos, 
financeiros, materiais, tecnológicos, mercadológicos, informacionais”. 
(CARVALHO, 2014, p. 15).
No entanto, é necessário enfatizar que a gestão e a administração estão 
intimamente relacionadas. A gestão, por um lado, envolve conhecer o ambiente, 
conceitualizá-lo e gerar diretrizes estratégicas; por sua vez, requer que a 
administração contribua para a organização interna. Esta conjunção de gestão e 
administração permite que organizações sociais produtivas façam uso eficiente 
de seus recursos e alcancem seus objetivos de forma eficaz (HERNÁNDEZ Y 
RODRÍGUEZ, 2011).
120
 
DICAS
Após essa leitura, reflita sobre o seguinte texto: 
Não que o administrador seja um herói que pretendamos consagrar, mas é ele um agente 
– não só de condução ou manutenção do status quo, como também de mudança e de 
transformação das empresas, levando-as a novos rumos, novos processos, novos objetivos, 
novas estratégias, novas tecnologias e novos patamares (CHIAVENATO, 2000). Nesse 
contexto e baseado no conteúdo apresentado sobre os conceitos da administração quais 
seriam os valores e a importância do administrador nas organizações? E para a empresa 
em que você trabalha?
UNIDADE 3
A administração constitui as ciências sociais que buscam a satisfação dos 
objetivos organizacionais por meio de uma estrutura e de um esforço humano 
coordenado. O processo é o conjunto das fases sucessivas de um fenômeno 
natural ou de uma operação artificial. Sendo assim, o processo administrativo é 
a ferramenta que se aplica às organizações para atingir seus objetivos e satisfazer 
suas necessidades lucrativas e sociais. 
Os processos da administração correspondem ao fluxo contínuo e inter-
relacionado das atividades de planejamento, organização, direção e controle, 
desenvolvido com o objetivo de aproveitar os recursos organizacionais de que 
dispõe a organização, para torná-la eficaz, para seus stakeholders e a sociedade.
De acordo com Münch (2010), há vários critérios sobre o número de 
etapas que constituem o processo na administração embora, de fato, para todos os 
autores os elementos ou funções da administração são as mesmas. Isso representa 
o ciclo do processo de administração conforme ilustrado na Figura 52, onde:
Figura 52 - Etapas do Processo na Administração
CONTROLE
Como isso 
foi feito?
DIREÇÃO
Veja se 
foi feito?
INTEGRAÇÃO
Com quem?
ORGANIZAÇÃO
Como você 
faz isso?
PLANEJAMENTO
O que você 
quer obter?
Fonte: Münch (2010).
PROCESSOS DA ADMINISTRAÇÃO
TÓPICO 3 
122
 
a. Planejamento: Isto é quando são determinados os cenários futuros 
e a direção que a empresa está tomando, bem como a definição 
dos resultados a serem obtidos e as estratégias para atingi-los, 
minimizando os riscos;
b. Organização: Consiste na concepção e determinação de estruturas, 
processos, funções e responsabilidades, assim como o estabelecimento 
de métodos e a aplicação de técnicas destinadas a simplificar o 
trabalho;
c. Integração: É a função pela qual são escolhidos e obtidos os recursos 
necessários para iniciar as operações;
d. Direção: Consiste na execução de todas as fases do processo 
administrativo através da orientação de recursos, e do exercício da 
liderança;
e. Controle: Esta é a fase do processo administrativo através da qual 
são estabelecidas normas para avaliar os resultados obtidos com o 
objetivo de corrigir os desvios, preveni-los e melhorar continuamente 
as operações.
Se os administradores ou gerentes de uma organização realizam seu 
trabalho adequadamente por meio de uma gestão eficiente e eficaz, a organização 
tem muito mais probabilidade de atingir seus objetivos. Portanto, pode-se dizer 
que o desempenho dos gestores ou administradores pode ser medido de acordo 
com o grau de cumprimento do processo administrativo. Existem duas fases no 
processo da administração, uma mecânica e outra dinâmica. Na primeira fase, ou 
seja, na fase mecânica (Figura 53), se busca estabelecer o que fazer e se prepara a 
estrutura necessária para fazê-lo, inclui atividades de planejamento e organização. 
Figura 53 - Fase Mecânica
PLANEJAMENTO
ORGANIZAÇÃO
FASE 
MECÂNICA
• Filosofia
• Missão
• Visão
• Valores
• Estratégias
• Políticas
• Programas
• Pressupostos
• Divisão do
trabalho
• Hierarquia
• Departamentalização
• Descrição de fundos
Fonte: Münch (2010)
A segunda fase do processo, a fase dinâmica, refere-se a como aquele 
organismo social, isto é, a organização/empresa, que foi estruturado é administrado 
e compreende as atividades de direção e controle (Figura 54).
 PROCESSOS DA ADMINISTRAÇÃO
123
Figura 54 - Fase Dinâmica
INTEGRAÇÃO
DIREÇÃO
FASE 
DINÂMICA
• Recursos Humanos
• Recursos materiais
• Recursos Técnicos
• Recursos financeiros
• Tomada de decisões
• Integração
• Motivação
Comunicação
• Liderança
CONTROLE
• Ajuste padrão
• Medição
• Correção
• Feedback
Fonte: Münch (2010)
A administração (Figura 55) é o processo de tomada de decisões sobre 
objetivos e o uso de recursos. Abrange cinco tipos principais de decisões, também 
chamados processos ou funções: planejamento, organização, liderança, direção e controle 
(MAXIMIANO, 2009).
UNI
124
 
Figura 55 – Mapa Conceitual - Processo da Administração
ADMINISTRAÇÃO
Se apoia em 
diversas disciplinas
Ciências
Sociais
Disciplinas
Técnicas
• Universalidade
• Valor instrumental
• Flexibilidade
• Interdisciplinalidade
Ciências
Exatas
PLANEJAMENTO ORGANIZAÇÃO
A administração 
tem uma 
metodologia 
básicaPROCESSO
ADMINISTRATIVO
Princípios, Valores 
e Missão
INTEGRAÇÃO DIREÇÃO CONTROLE
O que lhe confere
características
 distintivas de:
Regidos por:
Fonte: Münch (2010)
De acordo com Chiavenato (2014, p. 85), o primeiro pensador a estabelecer 
as funções administrativas que integra o processo na administração foi Henri 
Fayol definindo como sendo “o ato de administrar como: prever, organizar, 
comandar, coordenar e controlar (POCCC)”, onde essas cinco funções envolvem 
os elementos da administração, isto é, as funções do administrador:
a. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação;
b. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa;
c. Comandar: dirigir e orientar o pessoal;
 PROCESSOS DA ADMINISTRAÇÃO
125
d. Coordenar: ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos;
e. Controlar: verificar que tudo ocorra de acordo com as regras 
estabelecidas e as ordens dadas.
No seu livro de 1916 sobre Administração Industrial e Geral, Fayol 
definiu as funções a exercer na gestão das organizações. Na concepção de Marco 
e Loguzzo (2016, p. 44), estas foram reelaboradas e atualizadas com base nos 
problemas e situações a que a administração foi submetida em cada período 
histórico. Os autores apresentam a visão de alguns administradores, que pode 
ser consultada no Quadro a seguir:
Quadro – Definição das funções a exercer na gestão das organizações 
Autores Definição das funções
Brech e Urwick (1984) investigação, previsão, planejamento, organização, coordenação, direção e controle
Gulick planejamento, organização, administração de pessoal, direção ou comando, coordenação, informação e orçamento
Koontz e O’Donnell (1985) planejamento, organização, pessoal, direção e controle; Newman como: planejamento, organização, direção e controle
Dale planejamento, organização, direção e controle
O processo administrativo é a metodologia básica para aplicar qualquer 
abordagem administrativa ou gerencial. Em outras palavras, o fato de existirem 
novos fluxos administrativos requer a aplicação do processo administrativo 
para sua implementação. Na concepção de Marujo et al (2014), o processo 
administrativo:
a. É utilizado para que os gestores/administradores possam ter uma visão 
geral da realidade da empresa, fornecendo informações essenciais, 
sejam elas operacionais, táticas ou estratégicas, para auxiliar no 
processo de tomada de decisão, em qualquer nível organizacional. 
b. Entender o processo administrativo é a essência do enfoque funcional 
da Administração.
c. O processo administrativo engloba os seguintes subprocessos ou 
funções administrativas: planejar, organizar, dirigir e controlar 
conforme a Figura 56.
126
 
Figura 56 - O processo administrativo e o ambiente organizacional
Entradas
• Planejar
• Definir
• Programar
• Controlar
• Avaliar
• Realinhar
• Organizar
• Distribuir
• Alocar
• Dirigir
• Liderar
• Executar
Saídas
P O
C D
Ambiente Interno
Ambiente Externo
Fonte: Marujo et al (2014)
a. O processo administrativo é um elemento chave na gestão 
empresarial. É um conjunto estruturado de funções inter-relacionadas, 
interdependentes e indispensáveis que transformam as informações 
do ambiente de negócios em produtos ou serviços com a finalidade de 
atender às necessidades e expectativas dos clientes internos ou externos.
b. Planejar é definir os objetivos e escolher o melhor caminho para 
alcançá-los. O planejamento define onde se quer chegar, o que deve 
ser feito para atingir o objetivo, quando o plano (cada ação) deve 
ser colocado em prática (os prazos), por quem (responsabilidades), 
e quanto vai custar. Na prática, planejar estabelece os objetivos 
da empresa, especificando o caminho de como serão alcançados 
e os recursos necessários para isso. Parte de um cenário futuro, 
desenvolvendo um plano de ações para atingir as metas traçadas. É o 
primeiro dos subprocessos administrativos e serve de base para todos 
os demais, e:
I. O planejamento é um processo permanente e contínuo. O 
planejamento é uma relação entre as coisas a fazer e o tempo 
disponível para a execução das tarefas e ações;
II. O planejamento deve ter o foco no futuro. Para alguns autores, 
o planejamento é muito mais uma questão de foco no futuro do 
que uma junção de planos e programas de ação. A razão é muito 
simples: o passado já se foi, e o presente está acontecendo (pouco 
se pode alterar), por isso, é com o futuro que o planejamento se 
preocupa; 
III. O planejamento é uma técnica que procura definir de forma 
antecipada, estudada e efetiva a alocação dos recursos 
disponíveis da empresa ou da unidade. 
 PROCESSOS DA ADMINISTRAÇÃO
127
IV. O planejamento funciona como um meio de orientar o processo 
decisório, dando-lhe maior consistência e buscando minimizar 
as incertezas do ambiente competitivo, melhorando o processo 
de tomada de decisão; isto é, imprime maior dose de segurança 
e de consistência nas escolhas/ decisões a serem feitas;
V. O planejamento é sistêmico e deve levar em consideração tanto 
o sistema como os subsistemas que o compõem; deve observar 
a totalidade da empresa, da diretoria ou departamento para o 
qual foi feito, sem omitir os relacionamentos internos e externos 
entre os atores envolvidos;
VI. O planejamento é interativo. Ele envolve passos ou fases que se 
sucedem. É um subprocesso do macroprocesso administrativo;
VII. O planejamento possibilita, à medida que é executado, a 
avaliação e mensuração para novos planejamentos com 
informações e perspectivas mais assertivas;
VIII. O planejamento é uma função administrativa que interage 
e está intimamente relacionado com as demais funções 
administrativas, (organização, direção e controle), influenciando 
e sendo influenciado por todas elas a todo momento e em todos 
os níveis da organização;
IX. O planejamento é uma técnica de coordenação e integração. O 
planejamento permite a coordenação, sincronização e integração 
de várias atividades para o alcance dos objetivos definidos; 
X. O planejamento é uma técnica de mudança e inovação. O 
planejamento é uma das melhores maneiras de se introduzir 
mudanças em uma empresa, de forma previamente definida e 
programada para o futuro.
c. Organização é uma palavra que vem do grego, organon, que significa 
“instrumento”, “utensílio” ou “aquilo com que se trabalha”. O 
termo organização apresenta duas referências básicas. Por um lado, 
a palavra é utilizada para se referir a uma espécie de ordenamento, 
à ação ou resultado de organizar os processos ou organizar-se. Por 
outro lado, designa-se com o termo de organização àquele sistema 
desenhado para atingir satisfatoriamente determinados objetivos ou 
metas e que:
I. Organização é o conjunto de atividades que, em função do 
planejamento formulado, estabelece a melhor disposição dos 
recursos das empresas. De modo geral, organização é a forma 
como se prepara para atingir os resultados pretendidos, em 
outras palavras, é “arrumar a casa, as ações e planos a serem 
executados”;
128
 
II. Como subprocesso administrativo, organizar é o ato de 
definir melhor o trabalho a ser realizado e determinar as 
responsabilidades pela sua execução; é também o processo 
de distribuir os recursos disponíveis segundo algum critério 
preestabelecido; é a forma de coordenar todos os recursos da 
empresa, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os 
da melhor forma, segundo o planejamento que foi estabelecido;
III. Entretanto não basta alocar recursos. É fundamental que as 
pessoas que fazem parte da organização se integrem (trabalhem 
em equipe), se comuniquem e se comprometam a atuar de 
forma coordenada para alcançar os resultados esperados.
d. Direção, execução e liderança: Direção é o processo de realizar 
atividades e utilizar recursos necessários para atingir os objetivos 
desejados. Dirigir faz com que os funcionários executem o que deve ser 
feito. A direção estabelece que as relações hierárquicas estejam claras 
e definidas, ou seja, que a forma como as equipesse relacionam, assim 
como o grau de participação e colaboração que se espera de cada um 
para a realização dos objetivos definidos, estejam explicitados, onde:
I. A implantação de qualquer planejamento seria inviável, ou 
melhor, pouco efetiva, sem uma coordenação das atitudes, 
tarefas e esforços de toda a empresa, para alcançar as metas 
estabelecidas e acordadas. 
II. Para que essa coordenação seja de fato eficaz, surge a 
necessidade de se ter um responsável, um gestor, um líder. 
É relevante assinalar que o modelo de gestão tipo comando e 
controle adotado por boa parte das organizações modernas foi 
inspirado em instituições militares. 
III. O chefe ou comandante tinha e exercia o papel de capataz, não 
admitia contestações e agia como o “senhor da verdade”. Por 
isso se faz necessário ressaltar algumas características essenciais 
da liderança moderna descrita no Quadro 13.
 PROCESSOS DA ADMINISTRAÇÃO
129
Quadro 13 - Característica do Líder
Foco nos objetivos Comprometimento na busca dos objetivos individuais, da equipe e organizações.
Orientação para ação O líder põe a mão na massa e orienta a ação, a execução das tarefas.
Autoconfiança Em si e na sua equipe. Líderes inseguros acabam tornando suas equipes inseguras também. 
Habilidade no 
relacionamento 
humano
Devo saber ouvir e saber falar. Ter empatia e simpatia. Resistência à 
frustração. Suportar pressão da função.
Flexibilidade Atitude de abertura e receptividade. Uma constante predisposição a negociações e mudanças se forem necessárias. 
Tomada de decisão
Estabelece prioridades, analisa alternativas e informações , utiliza todos os 
recursos disponíveis para minimizar os riscos do processo de tomada de 
decisão.
Busca da excelência
O líder deve ter um profundo orgulho do seu trabalho e da sua equipe. 
Ele cuida do negócio como se fosse sócio e está voltado para a obtenção 
de resultados. Não é individualista. Busca eficiência, a eficácia, a 
produtividade e a qualidade. Consegue se automotivar e motivar as outras 
pessoas pelos desafios e pelas recompensas.
Visão do futuro
É um pioneiro. Encoraja a criatividade e a inovação. É um modelo 
inspirador, traz emoção para o local de trabalho, sem perder o foco nos 
objetivos traçados.
Fonte: Marujo et al (2014).
e. O controle é o processo de assegurar a realização dos objetivos e de 
identificar a necessidade de modificá-los. Controlar é estabelecer 
padrões e medidas de desempenho que permitam assegurar que as 
ações executadas são as mais adequadas e estão alinhadas com o que 
a empresa espera e que:
I. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a 
probabilidade de que tudo ocorra conforme o planejado, além 
de minimizar os riscos.
II. O controle é a função que objetiva a obtenção de informações 
sobre o desempenho organizacional para comparar o que foi 
realizado com o resultado planejado, verificar se esse resultado 
está sendo alcançado, identificar desvios e corrigir o rumo. Por 
isso, o planejamento se torna insumo da função controle, pois só 
se pode controlar o que foi planejado. O controle é composto de 
quatro grupos de atividades essenciais elencadas no Quadro 14.
130
 
Quadro 14 - Grupos de Controle
Definição de indicadores de desempenho alinhados com os objetivos 
identificados no planejamento.
Medição do desempenho.
Medição entre o realizado e o previsto.
Adoção de ações corretivas dos desvios negativos identificados, assim 
como de ações preventivas das causas desses desvios.
Fonte: Marujo et al (2014).
f. O processo administrativo é uma função-chave na gestão empresarial. 
O administrador precisa entender que esse conjunto estruturado de 
atividades inter-relacionadas, interdependentes e indispensáveis 
é a melhor forma de administrar, ou seja, de gerar mais e melhores 
resultados;
g. Na prática corporativa, o processo administrativo é utilizado para 
que os gestores/administradores possam ter uma visão sistêmica da 
realidade da empresa, fornecendo informações essenciais, sejam elas 
operacionais, táticas ou estratégicas, para auxiliar no processo de 
tomada de decisão, em qualquer nível organizacional;
h. Esse é um dos maiores desafios do administrador do século XXI, 
minimizar os riscos do processo de tomada de decisão. O processo 
administrativo não é complexo, mas também não é simples de ser 
trabalhado de forma efetiva em cada momento. Uma dura crítica 
que se faz ao profissional brasileiro, de maneira geral, é que ele não 
planeja o suficiente e que improvisa demais. E o resultado é um só: 
perda de competitividade para as organizações e para o país.
Segundo Sobral e Peci (2012, p. 9), 
enquanto os administradores de topo planejam os objetivos e a 
estratégia da organização, os gerentes estabelecem as atividades de 
seu setor, e os supervisores definem objetivos e programas para seu 
grupo de trabalho”. 
No entendimento de Loures Júnior (2009, p. 5), “nas decisões dos processos 
de administrar todos os administradores realizam o mesmo conjunto de funções, 
eles são classificados em níveis dentro da organização”. Segundo o autor, de 
modo geral os administradores são encontrados em três níveis da organização 
(Figura 57): 
 PROCESSOS DA ADMINISTRAÇÃO
131
Figura 57 - Níveis Hierárquicos do Processo de Administração
Alta 
administração
(Diretoria)
Estabelecimento de objetivos, políticas
e estratégias organizacionais.
Implementação das tarefas administrativas,
coordenação e solução de conflitos.
Direção e supervisão do trabalho do pessoal
operacional nos processos de produção.
Uso das habilidades técnicas para realização 
das várias tarefas e atividades da organização.
Média
administração
(Gerência)
Administração operacional
(Supervisão ou Chefia)
Pessoal não administrativo
(Pessoal de Operações)
Fonte: Loures Júnior (2009).
a. Alta administração: responde pelo direcionamento maior e pelas 
operações da organização. É de responsabilidade da diretoria, 
também, desenvolver políticas, estratégias e estabelecer metas para 
a organização como um todo. Representa também a organização 
perante a comunidade, governo e outras organizações;
b. Média administração: conhecida em muitas empresas como 
gerência de departamento ou setor. Estes gerentes tem o objetivo de 
planejar, organizar, dirigir e controlar outras atividades gerenciais. 
A administração de nível médio determina que produtos ou serviços 
serão providos ao mercado, decidindo que público-alvo será 
alcançado, que estratégias gerais e políticas serão transformadas em 
objetivos/metas para a atividade da administração operacional;
c. Administração operacional: É responsável diretamente pela produção 
de bens e serviços; Gasta a maior parte do tempo supervisionando as 
pessoas na execução de tarefas;
d. Além desses três níveis administrativos tem-se o pessoal não 
administrativo, que são os trabalhadores de linha de frente que não 
tem posição gerencial. Eles se reportam aos gerentes operacionais e 
são responsáveis pela execução das tarefas básicas decorrentes da 
divisão do trabalho nas organizações.
132
 
A administração é a disciplina que estuda a eficiência, eficácia e efetividade 
das organizações sociais produtivas (OSP) através da aplicação do processo administrativo 
para planejar, organizar, integrar, dirigir e controlar. Também avalia os resultados e o 
desempenho da organização através de sistemas de informação e conhecimento da 
produção, comercialização, distribuição e finanças, assim como o uso das capacidades 
humanas para gerar seus produtos e serviços. Também avalia a rentabilidade necessária 
para que a organização cresça e o retorno justo para seus investidores ou membros, de 
modo a incentivar sua melhoria contínua (HERNÁNDEZ Y RODRÍGUEZ, 2011).
UNI
Os princípios da administração são verdades universais que emergem 
da experiência e foram devidamente testados. Eles servem para implementar a 
administração com uma margem de erro mínima (MÜNCH, 2010). As principais 
características do processo na administração são:a. É utilizado em empresas e organizações para a correta administração 
e utilização dos recursos;
b. Serve para organizar procedimentos e cumprir metas e objetivos;
c. Deve estar alinhado com os objetivos da empresa e pretende-se que 
possa ser aplicado de forma eficaz e simples;
d. O ciclo de suas fases se repete para cada objetivo proposto. São 
estágios cíclicos e repetitivos;
e. Deve ser conhecido por todos os membros da empresa;
f. Pode ser aplicado em qualquer tipo ou porte de empresa;
g. Deve ser regulado pela liderança administrativa da organização.
UNIDADE 3
Sem dúvida, a mudança é uma das características mais importantes 
da sociedade contemporânea. Estamos permanentemente surpreendidos e 
influenciados pelas mudanças que são geradas nos vários aspectos da vida social, 
por exemplo, na ciência, tecnologia, economia, política, cultura, etc. 
Dir-se-ia então que nossas instituições e organizações devem acompanhar 
o ritmo dos tempos, ou seja, de acordo com o momento histórico e as principais 
tendências da área da administração.
É muito difícil tentar prever o futuro da administração em um contexto 
globalizado de mudança organizacional frenética. A maioria das organizações 
vislumbra e deseja alcançar os resultados desejados, ou mesmo que sejam capazes 
de sobreviver em um ambiente competitivo como o atual. É por isso que dedicam 
tanto tempo, recursos e energia pessoal para se tornarem empresas altamente 
eficientes. Isso, que pode ser muito necessário, não é suficiente. 
As empresas que realmente têm sucesso são aquelas que também dedicam 
tempo, recursos e energia para preparar o futuro de sua organização. Chiavenato 
(2017, p. 9), relata que sobre o futuro da “administração e os desafios que ela irá 
enfrentar nos próximos anos tendo em vista as profundas, rápidas e inesperadas 
mudanças e transformações que estamos vivendo”, onde Era da Informação traz 
uma série de desafios à administração, tais como:
a. Conhecimento: a nova economia é uma economia do conhecimento. 
Apesar da inteligência artificial e da TI, o conhecimento é criado 
por pessoas. O conteúdo de conhecimento integrado em produtos 
e serviços está crescendo na forma de edifícios e casas inteligentes, 
carros inteligentes, rodovias inteligentes, cartões inteligentes 
(smartcards), smartphones, etc;
b. Digitalização: a nova economia é uma economia digital, e a nova 
mídia é a internet. A informação está em formato digital em bits. A TI 
permite trabalhar um incrível volume de informações comprimidas e 
transmitidas na velocidade da luz. A infoestrutura está substituindo 
cada vez mais a velha estrutura tradicional, trazendo big data e 
analytics na rasteira;
TENDÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO
TÓPICO 4 
134
 
c. Virtualização: na transformação da informação de analógica para 
digital, as coisas físicas podem tornar-se virtuais, como a empresa 
virtual, escritório virtual, emprego virtual, realidade virtual, 
inteligência artificial, etc; 
d. Molecularização: a nova economia é uma economia molecular. 
A antiga corporação foi desagregada e substituída por moléculas 
dinâmicas e equipes de indivíduos e entidades que formam a base da 
atividade econômica;
e. Integração/redes interligadas: a nova economia está interligada em 
rede, integrando grupos que são conectados a outros para criar valor e 
riqueza. As novas estruturas organizacionais em rede são horizontais 
e conectadas pela internet. São redes de redes, rompendo as fronteiras 
entre empresas, fornecedores, clientes e concorrentes;
f. Desintermediação: as funções de intermediário entre produtor e 
consumidor estão sendo gradativamente eliminadas devido às 
redes digitais e ao comércio eletrônico. As informações são online 
onde produtores e compradores se conectam entre si dispensando 
intermediários.
g. Convergência: na nova economia, o setor econômico predominante 
deixou de ser a indústria automobilística para ser a mídia, para a qual 
convergem as indústrias de computação, comunicação e conteúdo 
baseado em computador e em telecomunicações digitais. 
h. Inovação: a nova economia é uma economia baseada em inovações. 
Tornar os produtos rapidamente obsoletos é o lema das organizações. 
Os ciclos de vida dos produtos estão se tornando cada vez mais 
curtos. 
i. Produconsumo: a distinção entre consumidor e produtor está 
ficando pouco nítida. Na internet, o consumidor torna-se produtor 
de mensagens, contribui para discussões, faz test-drives em 
carros ou escaneia o produto no outro lado do mundo e influencia 
decisivamente o processo decisório da empresa. A PwC salienta que 
os consumidores são mais disruptivos do que os concorrentes 
j. Imediatismo: na economia baseada em bits, o imediatismo é básico 
para o sucesso empresarial e a nova empresa é uma empresa ágil e 
flexível e em tempo real. O intercâmbio eletrônico de dados (EDI = 
electronic data interchange) interliga sistemas de computadores entre 
fornecedores e clientes para proporcionar concomitância de ações e 
decisões. 
k. Globalização: a nova economia é uma economia global e planetária. 
Os negócios e o conhecimento não conhecem fronteiras.
TENDÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO
135
De acordo com o Conselho Federal de Administração (2018, p. 1),
é certo que a Administração do amanhã deverá ser muito diferente 
daquilo que temos hoje, não só pelos avanços tecnológicos que 
crescem exponencialmente a cada momento, trazendo consequências 
disruptivas, como também pelo incrível desenvolvimento das 
organizações, que se tornarão comunidades humanas complexas, 
derivadas das transformações socioculturais que nelas ocorrem. 
O Conselho Federal de Administração (2018, p. 1), ainda relata sobre a 
quarta revolução industrial ao afirmar que:
A quarta revolução industrial não diz respeito apenas a sistemas e 
máquinas inteligentes e conectadas. Seu escopo é muito mais amplo. 
Ondas de novas descobertas ocorrem simultaneamente em áreas 
que vão desde o sequenciamento genético até a nanotecnologia, das 
energias renováveis à computação quântica. O que torna a quarta 
revolução industrial fundamentalmente diferente das anteriores 
é a fusão dessas tecnologias e a interação entre os domínios físicos, 
digitais e biológicos.
“Nessa revolução as tecnologias emergentes e as inovações generalizadas 
são difundidas mais rápida e amplamente do que nas anteriores, as quais 
continuam a desdobrar-se em algumas partes do mundo” (CONSELHO, 
2018, p. 1). Chiavenato (2017), ainda enfatiza que as organizações no mundo 
contemporâneo se caracterizam conforme exposto no Quadro 15 onde esses 
fatores correspondem as principais tendências da administração.
Quadro 15 - Tendências da Administração
Cadeias de comando 
mais curtas
A velha cadeia escalar de comando está na berlinda. A tendência é enxugar 
níveis hierárquicos na busca de organizações ágeis, enxutas e flexíveis. 
Compressão ou eliminação da hierarquia para proporcionar estruturas 
horizontais ou achatadas, que representam uma enorme vantagem competitiva 
em termos de fluidez, agilidade e flexibilidade.
Menos unidade de 
comando
O tradicional princípio de que toda pessoa só pode reportar-se a um único 
superior está sendo questionado. A ascendência vertical (subordinação ao 
chefe) está sendo substituída pelo relacionamento horizontal (em direção 
ao cliente, seja ele interno ou externo). A ênfase horizontal no processo está 
ocupando o lugar da hierarquia vertical. A tendência é utilizar equipes 
funcionais cruzadas, forças-tarefas e estruturas horizontais para aproximar 
ainda mais o cliente interno ou externo.
Amplitudes de controle 
mais amplas
As organizações estão partindo para amplitudes administrativas mais amplas, 
que reduzem a supervisão direta e facilitam a delegação de responsabilidade e 
maior autonomia às pessoas.
Mais participação 
e empowerment 
(fortalecimento/
empoderamento):
A participação é o processo de transferir responsabilidades e decisões às 
pessoas. Os gestores estão delegando meios para fortalecer as pessoas em 
todosos níveis para que elas possam tomar todas as decisões que afetam o 
seu trabalho. Com o empowerment, proporciona-se maior responsabilidade e 
autonomia às pessoas, que passam a trabalhar mais livremente com um mínimo 
de supervisão direta e muito coaching.
136
 
Staff como consultor e 
não como executor
O staff executava serviços especializados ou assessoria na solução de problemas 
para a organização. A tendência é transformar o staff de prestador de serviços 
em consultor interno. Quem deve executar é a linha. A função do staff é 
assessorar e orientar a linha para que ela faça melhor o seu trabalho e não 
substituí-la em certas atividades.
Ênfase nas equipes de 
trabalho
Os antigos departamentos e divisões estão cedendo lugar a equipes de trabalho 
definitivas ou transitórias. Essa aparente “desorganização” do trabalho significa 
uma orientação rumo à flexibilidade, agilidade, fluidez, mudança e inovação 
para acompanhar as mudanças externas.
A organização como 
um sistema de 
unidades de negócios 
interdependentes
As organizações estão se estruturando sobre unidades autônomas e 
autossuficientes de negócios, cada qual atuando como um centro de lucro 
específico, com metas e resultados a alcançar. Para tanto, torna-se necessário um 
sistema de informação capaz de integrar o todo organizacional em tempo real.
Infoestrutura
A nova arquitetura organizacional é interligada através da TI. A infoestrutura 
permite uma organização integrada sem estar concentrada em um único local. 
Ela dispensa a hierarquia porque a informação está disponível no formato 
eletrônico e é oferecida a toda a organização para tomada de decisões e ações 
competitivas. As pessoas podem trabalhar em qualquer tempo ou lugar. 
Cada equipe ou unidade de negócio funciona como cliente ou fornecedor (ou 
servidor) ligado em rede e trabalhando em uma estrutura molecular, ágil e 
flexível.
Abrandamento dos 
controles externos às 
pessoas
As organizações estão preocupadas com os fins (alcance de metas, objetivos 
ou resultados) e não com os meios (comportamento cotidiano das pessoas). Os 
controles externos (regras, regulamentos, horário de trabalho) são substituídos 
por conceitos como valores organizacionais, missão, espírito empreendedor, 
foco no cliente e que permitem orientar (e não fiscalizar ou bitolar) o 
comportamento das pessoas.
Foco no negócio 
essencial (core business) 
e eliminação do 
acessório, supérfluo ou 
acidental
Programas de enxugamento e terceirização são realizados para eliminar as 
aparas e reorientar a organização para aquilo que realmente ela foi criada: seu 
negócio, seu cliente e demais stakeholders.
Consolidação 
da economia do 
conhecimento
É a presença do trabalho mental no qual predominam a criatividade e 
inovação na busca de novas soluções, produtos e processos para agregar 
valor à organização, ao cliente e aos demais stakeholders diretos ou indiretos. 
As pessoas deixam de ser fornecedoras de mão-de-obra para se tornarem 
fornecedoras de conhecimento que agrega valor ao negócio, à organização, ao 
cliente e aos stakeholders.
Fonte: Chiavenato (2017).
TENDÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO
137
A administração do futuro será baseada em uma visão sistemática 
da organização, onde a integração com o todo é o elemento fundamental. Em 
outras palavras, é uma organização onde a missão e os objetivos organizacionais 
devem prevalecer sobre os interesses setoriais ou individuais e onde as diferentes 
partes que compõem a organização, assim como as decisões e ações, devem 
ser efetivamente integradas de acordo com essa missão e esses objetivos. Para 
Oliveira (2008), as tendências da administração exigidas no século XXI serão:
a. Abordagem predominantemente comportamental;
b. Consolidação da administração do conhecimento;
c. Maior interação entre os instrumentos administrativos das empresas;
d. Divisão dos sistemas e processos administrativos em partes;
e. Definição dos papéis dos profissionais das empresas;
f. Alteração de determinados cargos e funções; 
g. Necessidade de maior comprometimento para com os resultados 
esperados;
h. Maior interação teoria versus prática;
i. Universalização da administração.
138
 
Para Münch (2010), O século 21 assistiu a um grande boom nas escolas 
administrativas que tomaram novas direções; entre as mais destacadas estão:
a. Administração por valores cujo foco é o desenvolvimento e a prática 
de valores organizacionais e individuais voltados para a missão da 
organização, a fim de alcançar maior produtividade;
b. Gestão de mudanças que propõe uma série de estratégias para atuar 
em um ambiente de mudanças e desafios;
c. Gestão do conhecimento, que visa coletar todas as experiências, 
habilidades e conhecimentos do capital humano da empresa, a fim 
de garantir que estes permaneçam independentes do pessoal e da 
rotatividade da gerência;
d. Administração virtual onde, através de sistemas informáticos, a 
automotivação e o automonitoramento reduzem a burocracia e 
níveis hierárquicos, e as estruturas e tamanho das organizações são 
simplificados;
e. Empowerment: Empoderamento é um estilo que capacita, prepara e 
delega funcionários para melhorar suas capacidades.
Certamente com a evolução da sociedade e das empresas virão novas 
abordagens de gestão para se adaptarem a novos modos de vida. O importante 
é treinar e se atualizar continuamente para aplicar as escolas e metodologias 
administrativas mais apropriadas e para que as organizações permaneçam no 
mercado e sejam competitivas (Münch, 2010).
TENDÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO
139
O que fazemos no presente vai determinar o futuro. Por isso, precisamos 
desconstruir para construir o novo. Não basta pensar coisas novas: é importante transformá-
la em realidade. É para esse caminho que o artigo de Chiavenato nos leva. Que a leitura 
deste paper seja o incentivo que faltava para você ser o agente de transformação que a 
Administração precisa (CONSELHO, 2017).
Figura 58 - Mapa conceitual: Tendências da Administração
Abordagem
Contemporâneas
Desenvolvimento
Organizacional
Qualidade
Total
Excelência
Século 21
Princípios
Reengenharia
VANTAGEM
COMPETITIVA
Administração do 
Conhecimento
Administração do 
Capital Intelectual
Coaching
Administração
por Valores
Desenvolvimento
Sustentável
No final do século XX, 
surgiram múltiplas 
correntes administrativas. 
As mais importantes são:
Com a globalização e 
os avanços tecnológicos, 
novas escolas estão 
surgindo:
Com a finalidade 
de se obter:
UNI
140
 
AUTOATIVIDADE
É certo que a administração do amanhã deverá ser muito diferente daquilo que 
temos hoje, não só pelos avanços tecnológicos que crescem exponencialmente 
a cada momento, trazendo consequências disruptivas, como também pelo 
incrível desenvolvimento das organizações”, que se tornarão comunidades 
humanas complexas, derivado das transformações socioculturais que nelas 
ocorrem. 
A partir desse contexto, leia a asserção abaixo: 
A quarta revolução industrial não diz respeito apenas a sistemas 
e máquinas inteligentes e conectadas. Seu escopo é muito mais 
amplo. Ondas de novas descobertas ocorrem simultaneamente 
em áreas que vão desde o sequenciamento genético até a 
nanotecnologia, das energias renováveis à computação quântica. 
O que torna a quarta revolução industrial fundamentalmente 
diferente das anteriores é a fusão dessas tecnologias e a interação 
entre os domínios físicos, digitais e biológicos (CFA, 2018b, p. 1).
Agora faça suas considerações de como será o impacto para a administração e 
para o administrador no cenário da 4ª revolução industrial. Aproveite e reflita 
de como você poderá se preparar para essa fase de disruptura.
RESUMO
Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem 
pensando em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que 
levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
Conceitualmente, a administração é, antes de tudo, uma ciência social 
aplicada que se propõe em estudar a organizaçãodas empresas, os método e 
procedimentos do gerenciamento dos recursos, bem como avaliar os resultados 
das atividades empresariais. Nessa perspectiva torna-se responsável pelo 
cumprimento de todo o processo administrativo, que inclui diversas funções como 
planejamento, organização, direção e controle. A administração está vinculada à 
gestão e engloba um conjunto de preceitos, regras e práticas que buscam otimizar a 
utilização de recursos para que as organizações em geral alcancem seus objetivos. 
Sendo assim, nessa unidade você pode conhecer:
1. Os fundamentos e objetivos da administração, tendo em mente que 
toda organização empresarial se constitui em um sistema complexo 
formado por um grupo de pessoas, com uma diversidade de recursos 
físicos coordenados e organizados com o objetivo de obter uma 
determinada finalidade que, por essência, busca a produção de um 
ou vários produtos ou oferecem determinadas prestação de serviços;
2. Os princípios da administração que tem como objetivo principal 
destinar recursos de forma estratégica para atingir os objetivos de 
curto, médio e longo prazo de uma empresa, baseando-se nas funções 
básicas da administração;
3. Que o conceito de administrar baseia-se em métodos e técnica que 
tem como objetivo principal alcançar o máximo benefício possível 
para uma empresa baseando-se em sua atividade e porque foi criada 
buscando organizar, planejar, dirigir e controlar os recursos à sua 
disposição;
4. Os processos da administração que correspondem ao fluxo contínuo 
e inter-relacionado de suas atividades desenvolvidos com o propósito 
de um melhor aproveitamento dos recursos organizacionais a fim de 
torná-la mais competitiva;
5. As principais tendências da administração que indubitavelmente 
serão embasadas por visão holística e sistemática da organização, 
onde a conexão de todas as partes será elemento fundamental. Em 
suma, a missão e os objetivos organizacionais prevalecerão e que as 
decisões e ações, devem ser efetivamente integradas de acordo com 
essa missão e esses objetivos.

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