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CASO CONCRETO 8 O Condomínio Spartacus, que fica localizado na rua Rubi, 300, no município de João Pessoa/PB, aprovou por meio de assembléia geral extraordinária a realização de obras de recuperação e manutenção do edifício; no curso da obra foi constatado o rompimento de tubulação de esgoto (barbará) da coluna do edifício, no apartamento logo abaixo da unidade 501, de propriedade de Felizberto. Diante destes fatos, o condomínio fez inúmeros contatos com Felizberto, seja por meio de notificações ou comunicação pessoal , contudo o condômino insiste em negar acesso ao apartamento, dificultando o trabalho de manutenção; a conduta prejudica os demais moradores e especialmente um idoso, e um deficiente que residem na unidade 401, colocando em risco a saúde e a segurança da coletividade. Em face da urgência do caso apresentado, redija, na qualidade de advogado (a) do Condomínio Spartacus, a petição inicial adequada ao caso, abordando todos os aspectos de direito material e processual pertinentes que possam evitar danos aos demais moradores do Condomínio. EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ DE DIREITO DA _ VARA CÍVEL DA COMARCA DE JOÃO PESSOA/PB CONDOMÍNIO SPARTACUS, pessoa jurídica de direito privado, representado por seu síndico _, inscrito sob o CNPJ nº _, com endereço à Rua Rubi, 300, no município de João Pessoa/PB, CEP _, com endereço eletrônico _, através de seu procurador judicial (procuração em anexo), com endereço profissional à Rua _, onde devidamente recebe intimações/notificações, endereço eletrônico _, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência com fulcro nos artigos 75, 319 e 320 do CPC e artigos 1336 e 1348 do CC, propor AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER em face de FELIZBERTO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº _, inscrito sob o CPF nº _, residente e domiciliado à Rua Rubi, 300, apartamento nº 501, João Pessoa/PB, CEP _, com endereço eletrônico _, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos I - DOS FATOS O Condomínio Spartacus, que fica localizado na rua Rubi, 300, no município de João Pessoa/PB, aprovou por meio de assembleia geral extraordinária a realização de obras de recuperação e manutenção do edifício; no curso da obra foi constatado o rompimento de tubulação de esgoto (barbará) da coluna do edifício, no apartamento logo abaixo da unidade 501, de propriedade de Felizberto. Diante destes fatos, o condomínio fez inúmeros contatos com Felizberto, seja por meio de notificações ou comunicação pessoal, contudo o condômino insiste em negar acesso ao apartamento, dificultando o trabalho de manutenção; a conduta prejudica os demais moradores e especialmente um idoso, e um deficiente que residem na unidade 401, colocando em risco a saúde e a segurança da coletividade. II – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS Conforme os fatos expostos, o Condomínio Spartacus devidamente representado pelo seu síndico, faz-se necessário tal demanda, por negatório do condômino Felizberto, que coloca em risco o interesse de todos moradores. Não obstante, como dever do síndico representar e zelar praticando os atos necessários à defesa dos interesses comuns do condomínio, nos termos do art. 75, XI do CPC e art. 1348, II e V do CC. Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: (...) XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. Art. 1.348. Compete ao síndico: (...) II - representar, ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa dos interesses comuns; e V - diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos possuidores; Ainda, de acordo com o art. 1336 do Código Civil discorre sobre os deveres do condômino, entre eles não utilizar a sua parte de maneira que prejudique o sossego, a salubridade e segurança dos possuidores ou aos bons costumes. Art. 1.336. São deveres do condômino: (...) IV - dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes. Observando de tal maneira que o Felizberto não está respeitando a coletividade e ademais colocando em risco os outros moradores, a presente demanda requer a obrigação de fazer seja admitida antes que acarrete inúmeros problemas. III – TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA Destarte, diante de toda narração é claro e sabido o fumnus boni iuris e o periculum in mora que faz com a negação o réu, em especial pelo morador idoso deficiente morador do apartamento 401, colocando em risco a saúde e a segurança da coletividade. De acordo com o art. 300 do CPC Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Desta forma, caso o réu não acate de imediato sua obrigação, pede-se a aplicação de multa diária para fazer cumprir o bom direito conforme os artigos que estabelecem do CC. Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial. Art. 537. A multa independe de requerimento da parte e poderá ser aplicada na fase de conhecimento, em tutela provisória ou na sentença, ou na fase de execução, desde que seja suficiente e compatível com a obrigação e que se determine prazo razoável para cumprimento do preceito. IV – DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS Ante o exposto, requer a total procedência da presente ação, para fim de: a) seja concedida a tutela em caráter de urgência para que o réu libere o acesso à unidade 501; b) a total procedência da ação confirmando-se a tutela de urgência; c) deixar expresso a possibilidade para audiência de mediação ou conciliação, de acordo com o art. 319, VII, CPC; d) a citação do requerido para, querendo, contestar a presente, sob pena de revelia e confissão; e) a produção de todas as provas em direito admitidas; f) a condenação do requerido ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios; Dar-se-á o valor da causa em R$ 1.000,00. Termos em que, pede defetimento. João Pessoa/PB, data. Advogado OAB
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