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AVALIAÇÃO EDUCACIONAL AULA 11 Prof.ª Ms.ª Raiza Fernandes Bessa de Oliveira TAREFA Buscar no Texto da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018), registrando o que o documento traz sobre a avaliação para a Educação Infantil e Ensino Fundamental – Anos iniciais. BNCC E AVALIAÇÃO Construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa de processo ou de resultado que levem em conta os contextos e as condições de aprendizagem, tomando tais registros como referência para melhorar o desempenho da escola, dos professores e dos alunos (p.40); Selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos didáticos e tecnológicos para apoiar o processo de ensinar e aprender (p.40); BNCC: conceitos de habilidades e competências; Educação Integral; Enfoque adotado nas avaliações internacionais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que coordena o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês), que instituiu o Laboratório Latino-americano de Avaliação da Qualidade da Educação para a América Latina (LLECE, na sigla em espanhol) (p.13); AVALIAÇÃO DE SISTEMAS E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL Avaliação em larga escala: Conduzida por uma metodologia adequada; Traz informações sobre o desempenho dos alunos, as condições de trabalho dos professores e o funcionamento das escolas de uma rede; No Brasil predominam as avaliações no nível da federação e dos estados; Há uma ilusão de que avaliações de larga escala possam avaliar também a escola e os professores; Avaliação como um campo de debates, tensões. Relações políticas e de poder; Os resultados devem ser utilizados pela própria escola e pelo professor para revisão das estratégias de ensino e não para fomentar competições entre professores e escolas; Tampouco para ser usado como base para bonificação salarial por mérito; ASPECTOS POLÍTICOS IMPLICADOS NA AVALIAÇÃO EXTERNA DE ESCOLAS A “regulação” é inerente a toda política pública; O termo “regulação” foi arquitetado no berço das políticas públicas neoliberais; Assim, passou-se a incorporar o discurso para denotar uma mudança na ação do estado com a função de avaliador; A lei do mercado é regulada por interesses específicos das empresas em aumentar seu capital e não pelo interesse público e social; Devemos estar atentos para não sermos convencidos da “bondade dos presentes processos de globalização” que pregam a morte do Estado para justificar a aceleração do desenvolvimento econômico das nações de terceiro mundo; O Estado se fortalece somente para atender aos interesses das grandes redes de empresas nacionais e internacionais, em detrimento do atendimento aos direitos básicos das populações que vêm enfrentando cada vez mais dificuldades de subsistência e de acesso aos serviços básicos como saúde e educação; Com a privatização, o governo perde progressivamente sua capacidade de intervenção nestes serviços, que passam a ser afetados somente pelas leis de mercado; Duas grandes políticas públicas: Neoliberais; Democráticas (participativas); [...] as chamadas neoliberais e as que chamaríamos democráticas e participativas. Ainda que esta característica não seja suficiente para esgotar as diferenças dessas políticas, para os nossos propósitos é a que mais nos interessa. Isto, porque, nas políticas neoliberais, a mudança é vista como parte de ações gerenciais administradas dentro de um “centro pensante”, técnico [...], enquanto que a tendência das políticas participativas é gerar envolvimento da ponta do sistema. E é nos momentos em que o serviço público é administrado por políticas participativas que se abre a possibilidade para incrementar tanto a qualidade do serviço público como a organização dos seus trabalhadores, de forma a criar condições para a contrarregulação (FREITAS et al, 2011, p. 56). Exemplo Claramente a questão econômica, financeira, estrutural, de recursos, a qualificação e remuneração dos professores, as condições socioeconômicas da comunidade escolar, o acesso a outros serviços básicos (saúde, lazer, segurança, saneamento, etc.) afetam diretamente a qualidade do trabalho desenvolvido nas escolas, bem como os resultados por elas alcançados; Mas cabe a nós, pais, alunos, comunidade, professores, funcionários lutar por uma escola de qualidade e construí-la coletivamente; AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL AVALIAÇÃO EXTERNA / AVALIAÇÃO DE REDES A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E DE SALA DE AULA O papel da avaliação institucional é o de fazer a mediação entre a avaliação de sistema (externa) e a avaliação de sala de aula dirigida pelo professor; Forma mais coerente de se utilizar os resultados, validá-los e descobrir formas de melhoria para os problemas evidenciados na realidade de cada escola. [...] a avaliação de sistema é um instrumento importante para monitoração das políticas públicas e seus resultados devem ser encaminhados, como subsídio, à escola para que, dentro de um processo de avaliação institucional, ela possa consumir estes dados, validá-los e encontrar formas de melhoria [...] Explicar o desempenho de uma escola implica ter alguma familiaridade e proximidade com o seu dia a dia o que não é possível para os sistemas de avaliação em larga escala realizados pela federação ou pelos estados, distantes da escola (FREITAS et al, 2011, p. 65-66). A avaliação institucional, ao lado de um sistema de monitoramento de desempenho dos alunos, deve “criar as condições necessárias para mobilizar a comunidade local das escolas na construção da sua qualidade e na melhoria de sua organização” (FREITAS et al, 2011, p. 68). AVALIAÇÕES EXTERNAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – SAEB FONTE: HTTPS://NOVAESCOLA.ORG.BR/AVALIACAO-EXTERNA-COMPREENDER-E-UTILIZAR-RESULTADOS/ Criado em 1988 pelo Ministério da Educação (MEC); Desde então, foram várias as mudanças, da adoção de novas metodologias que permitem a comparação de dados ao longo do tempo à inclusão de informações para aumentar a relevância pedagógica do material fornecido às escolas e aos sistemas de ensino; A análise dos resultados das avaliações possibilitaria a criação de um painel da Educação no país, ferramenta fundamental na elaboração de políticas públicas para a área; Apesar das avaliações serem feitas com os estudantes que estão no fim de cada ciclo do Ensino Fundamental e Médio, elas não se referem apenas àqueles anos, pois refletem um percurso, entendo que a trajetória escolar dos alunos é construída dia a dia, ano a ano. As ações propostas devem considerar as condições de ensino e aprendizagem ao longo da escolaridade, assegurando que todos se corresponsabilizem pelo processo; Limites: Avaliação externa não acompanha o aluno individualmente; Processos de avaliação contínuos e formativos permanecem sendo essenciais; Permita saber o desempenho de cada um, e também analisar as práticas pedagógicas e as condições gerais da escola; A articulação de todas essas informações que dará um retrato completo para gestores e docentes melhorarem o processo de ensino e garantirem o direito à aprendizagem de cada e toda criança e jovem. EDUCAÇÃO INFANTIL FONTE: HTTPS://WWW.TODOSPELAEDUCACAO.ORG.BR/CONTEUDO/UAIS-SAO-AS-AVALIACOES- BRASILEIRAS-E-PORQUE-ELAS-SAO-IMPORTANTES A partir de 2019, haverá uma avaliação dos insumos ofertados nas escolas de Educação Infantil: será o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) de Educação Infantil. A iniciativa chega com 9 anos de atraso, uma vez que já está prevista desde 2010, nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil; A avaliação também está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), e era parater sido implantada em 2016. ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL FONTE: HTTPS://WWW.TODOSPELAEDUCACAO.ORG.BR/CONTEUDO/UAIS-SAO-AS-AVALIACOES- BRASILEIRAS-E-PORQUE-ELAS-SAO-IMPORTANTES A Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) já foi aplicada aos estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas públicas três vezes: em 2013, 2014 e 2016; Com a criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que antecipou o fim do ciclo de alfabetização do 3º para o 2º ano, o exame está passando por uma transição; A prova prevista para 2018 foi suspensa e um novo teste será aplicado apenas em 2019, para os estudantes do 2º ano; Além da mudança do ano avaliado, a prova terá um novo nome, integrando-a ao sistema de exames: possivelmente se chamará Saeb dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Assim como a versão anterior, o Saeb dessa etapa vai medir o desempenho em leitura, em matemática e em escrita. ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL FONTE: HTTPS://WWW.TODOSPELAEDUCACAO.ORG.BR/CONTEUDO/UAIS-SAO-AS-AVALIACOES-BRASILEIRAS-E- PORQUE-ELAS-SAO-IMPORTANTES Desde 2005, a cada dois anos, estudantes do 5º e 9º anos do Ensino Fundamental da rede pública passam por um exame padronizado. Eles respondem a questões de língua portuguesa, com foco em leitura, e de matemática, com foco na resolução de problemas, além de um questionário socioeconômico; Esse questionário ajuda a entender como fatores de contexto externo à escola podem estar associados ao desempenho na sala de aula como, por exemplo, o nível socioeconômico dos pais; Esta avaliação, antes conhecida como Prova Brasil, também foi renomeada e, a partir da edição de 2019, passa a ser chamada de Saeb dos Anos Finais do Ensino Fundamental; Outra mudança é que os alunos do 9º ano passarão a responder questões de ciências humanas e ciências da natureza, conteúdos não contemplados na versão anterior da avaliação; ENSINO MÉDIO FONTE: HTTPS://WWW.TODOSPELAEDUCACAO.ORG.BR/CONTEUDO/UAIS-SAO-AS-AVALIACOES- BRASILEIRAS-E-PORQUE-ELAS-SAO-IMPORTANTES Assim como os alunos de 5º e 9º anos do Fundamental, os estudantes do 3º ano do Ensino Médio da rede pública também prestam o Saeb, respondendo a itens de português, matemática e um questionário socioeconômico; Até 2015, a prova era amostral, isto é, só avaliava um pequeno grupo de jovens que representavam toda a nação; A partir de 2017, no entanto, o exame se tornou censitário, ou seja, todos os alunos prestam. Essa prova contudo, não fornece resultados individuais. Vale destacar que essa etapa de ensino tem outra - e mais conhecida - avaliação: o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); O Enem foi criado em 1998 com o objetivo de avaliar os sistemas de ensino, mas se tornou peça chave nos vestibulares, a partir de sua incorporação aos programas de seleção para a universidade do Governo Federal, onde o desempenho por aluno se tornou critério para preencher vagas em faculdades privadas e públicas. O primeiro programa a incorporar os resultados do exame foi o Programa Universidade para Todos (Prouni); O caráter de vestibular foi intensificado a partir de 2010, quando a nota passou a ser utilizada como único critério de seleção via Sistema de Seleção Unificado (Sisu); A partir de 2014, agora com o propósito de assegurar financiamento para o custo das instituições superiores privadas, os resultados passaram a integrar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies); Diferentemente do Saeb, o Enem é opcional, ou seja, os estudantes que desejam fazer a prova precisam se inscrever. IDEB – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações; Ele é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) – para as unidades da federação e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios; O índice varia de zero a 10 e a combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: Se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no Saeb ou Prova Brasil, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema; Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema; O Ideb também é condutor de políticas públicas em prol da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para a educação básica, que tem estabelecido, como meta, que em 2022 o Ideb do Brasil seja 6,0 – média que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável a dos países desenvolvidos. NOSSA REALIDADE NÃO PODEMOS PERMITIR QUE AS AVALIAÇÕES EXTERNAS DETERMINEM E COLONIZEM NOSSOS CURRÍCULOS E NOSSAS PRÁTICAS DENTRO DA ESCOLA. REFERÊNCIAS SILVA, Sheila Roberti Pereira da. Avaliação Educacional. São Paulo: Editora Sol. Site Nova Escola Fonte: https://novaescola.org.br/avaliacao-externa- compreender-e-utilizar-resultados/
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