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Protocolo SPIKES para Comunicação de Más Notícias

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Estudo de caso – Disciplinar: Sistematização do Cuidar III
Professora Msc Wylma Bastos
27/04/2020
O termo “má notícia” designa qualquer informação transmitida ao paciente ou a seus familiares que implique, direta ou indiretamente, alguma alteração negativa na vida destes. É importante que seja definido do ponto de vista do paciente: a notícia recebida por este é considerada desagradável em seu contexto
O protocolo SPIKES é um exemplo do novo modelo de comunicação com o paciente. É um mnemônico de seis passos que pode proporcionar mais segurança ao médico e que apresenta quatro objetivos principais: saber o que o paciente e seus familiares estão entendendo da situação como um todo (ajuda o médico a saber por onde começar); fornecer as informações de acordo com o que o paciente e sua família suportam ouvir; acolher qualquer reação que pode vir a acontecer e, por último, ter um plano.
Protocolo SPIKES
– Etapa 1 – Planejando a entrevista (S – setting up the interview):
O ensaio mental é uma maneira útil. O médico planeja como contar a má notícia ao paciente e como responder às reações emocionais dele. O local da entrevista também precisa ser planejado. Deve-se buscar privacidade e evitar interrupções, como ligações telefônicas. Muitos pacientes preferem ter a conversa na presença de algum familiar.
– Etapa 2 – Avaliando a percepção do paciente (P – perception):
Através de perguntas, o médico tenta perceber o quanto o paciente compreende seu estado atual. A partir das respostas dadas, pode-se corrigir desinformações e moldar a má notícia para o entendimento do paciente, além notar a possível existência de negação da doença ou expectativas não realistas do tratamento.
– Etapa 3 – Obtendo o convite do paciente (I – invitation):
Enquanto muitos pacientes mostram desejo de obter informações detalhadas sobre sua doença, seu tratamento e sua evolução, alguns preferem esquivar-se, um mecanismo psicológico válido e mais comum em indivíduos com doença progressivamente mais grave. Se o paciente, num primeiro momento, optar por não saber detalhes, o médico deve se colocar à disposição para esclarecer dúvidas futuras ou para conversar com um familiar, se for a vontade do paciente.
– Etapa 4 – Dando conhecimento e informação ao paciente (K – knowledge):
É importante o uso de linguajar de fácil compreensão por parte de leigos, evitando-se expressões duras e frias. Pacientes candidatos a cuidados paliativos não devem ouvir frases como “Não há mais nada que possamos fazer por você”. Tais indivíduos frequentemente têm outros objetivos terapêuticos que podem ser alcançados, como controle de dor ou outros sintomas. A informação deve ser passada aos poucos, certificando-se periodicamente de que o paciente está entendendo o que está sendo dito.
– Etapa 5 – Abordar as emoções dos pacientes com respostas afetivas (E – emotions):
Os pacientes podem reagir de diferentes formas, como silêncio, choro e raiva, e saber lidar com tais reações é uma das etapas mais difíceis na transmissão da má notícia. O médico deve oferecer apoio e solidariedade através de um gesto ou uma frase de afetividade. Até que a emoção passe e o paciente se recomponha, é complicado prosseguir para a discussão de outras questões. É fundamental dar ao indivíduo o tempo necessário para ele se acalmar. Isso reduz o isolamento do paciente, expressa solidariedade e valida os sentimentos ou pensamentos do paciente como normais e esperados.
– Etapa 6 – Estratégia e resumo (S – strategy and summary):
Antes de discutir os planos terapêuticos (curativos ou paliativos), recomenda-se perguntar ao paciente se ele está pronto para prosseguir a discussão e se aquele é o momento. Quando as medidas são paliativas, é de fundamental importância o entendimento do paciente, para evitar que ele não compreenda o propósito do manejo e superestime sua eficácia.
Baseado neste protocolo e nas suas etapas, análise cada situação hipotética e como o enfermeiro e/ou integrante da equipe multidisciplinar poderia aborda-las:
A) Analisem esta reportagem e pontue as falhas de não ter aplicado o protocolo de SPIKES:
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/03/19/mae-do-1o-morto-por-coronavirus-no-brasil-tem-sintomas-e-marido-e-filhos-internados-esse-problema-existe.ghtml
B) Um paciente internado por COVID-19 e questionar ao profissional a ausência de visitas dos familiares dele.
C) "O quadro de saúde dele todo dia apresentava melhoras. Todo dia os médicos nos deixavam esperançosos. Ontem, o próprio enfermeiro falou pra mim: 'Ele foi o primeiro paciente confirmado do Covid no Delphina e internado em UTI, e vai ser o primeiro a sair daqui curado'. Ele era saudável. Diziam que já estava melhorando. Não era diabético ou hipertenso, uma pessoa saudável. Não bebia, não fumava. O único vício dele era a música. Ele também não viajou. Apenas fomos para Presidente Figueiredo no dia SPIKES?15. Eu fui, a esposa dele e os dois filhos." Este relato, você encaixaria em qual fase das etapas do 
D) Adaptar o protocolo SPIKES para informações de evolução e óbito do paciente por telefone.
E) Traçar um roteiro para cada etapa e quais profissionais da equipe deveriam estar envolvidos.

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