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CORRENTE RUSSA (RESUMO)

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CORRENTE RUSSA
· DEFINIÇÃO E DESCRIÇÃO
• O termo corrente russa origina-se do trabalho do fisiologista russo Yakov Kots em meados de 1970 no campo da estimulação elétrica neuromuscular (EENM) 
• Corrente definida como a modulação do tempo (corrente modulada), na forma de trens de pulsos elétricos (ou ciclos) de uma corrente alternada contínua de onda senoidal, com uma frequência portadora de 2.500 cps (ciclos por segundo).
•Usamos essa corrente para fortalecimento muscular.
•É uma corrente não polarizada na verdade ela é uma corrente polarizada, mas é definida como não polarizada, porque ela não tem uma polaridade definida (ora é positiva, ora é negativa)
•Corrente russa se forma da modulação do tempo de uma corrente contínua alternada senoidal (não polarizada porque a polarizada ou ela é positiva ou é negativa e a não polarizada pode ser os dois (senoidal)), tendo uma frequência portadora de 2.500 cps 
 •Modulação burst: 
-Modulada em bursts (trens) de ciclos 
-Cada burst com duração de 10 ms
-Resulta em corrente contínua alternada pulsada com uma frequência burst fixa de 50 bursts por segundo 
•Características dos trens: 
-25 ciclos senoidais simétricos bifásicos contínuos 
-Frequência portadora = 2.500 cps 
-Duração de cada ciclo de onda senoidal dentro de um trem é 400µs (2.500cps=1.000.000/400µs) 
· CORRENTE RUSSA X OUTRAS CORRENTES
· OBJETIVO
• Favorecer o fortalecimento muscular 
• A corrente russa original é gerada com base em uma forma de onda senoidal bifásica. Os estimuladores neuromusculares modernos emitem corrente russa baseada não apenas na forma de onda senoidal, mas também quadrada ou retangular 
 
• Obs.: corrente russa não é a única corrente elétrica capaz de evocar contrações musculares 
· PERSPECTIVA HISTÓRICA
• Antes de 1970 EENM era usada principalmente para retardar atrofia ou minimizar fraqueza muscular (após denervação periférica prolongada, imobilização pós-fratura). 
 • A introdução, por Kots, da corrente russa em meados de 1970 abriu as portas para a prática da EENM, que passou a ser utilizada sozinha ou combinada com CVM para promover fortalecimento muscular.
· O aparelho de corrente russa é ligado na energia elétrica, emite uma corrente senoidal com trens modulados, vai despolarizar o nervo motor que vai ativar a unidade motora que vai produzir uma contração muscular que vai fortalecer essa musculatura (contração muscular tetânica).
· CONTRAÇÃO TETÂNICA
• Todas as correntes elétricas usadas para evocar contrações musculares precisam ser pulsadas (interrompidas periodicamente) para que as contrações se fundam 
 • A corrente pulsada leva à emissão repetida de trens de pulsos elétricos (corrente russa) ou pulsos individuais (outras correntes) que causarão despolarização repetida do nervo motor, desencadeando uma série de contrações que se combinarão para formar uma contração muscular tetânica fundida homogênea similar à da CVM
· Todas as correntes que são utilizadas para provocar contração muscular precisam ser pulsadas, tem que ter interrupção periódica para que as várias contrações produzidas se fundam em uma só. Então começamos a perceber que tem contração, mas é como se elas estivessem espalhadas, como se fossem várias pequenas contrações, e a partir de um certo momento elas se fundem e viram uma contração tetânica. 
Para que essas contrações se fundam numa mesma frequência tenho que regular a frequência, por isso que colocamos 50HZ, para que haja essa fusão de várias contrações, virando uma só, que é a contração efetiva que vai fortalecer o músculo, por isso é importante regular a frequência para 50HZ, para que haja fusão dessas várias contrações em uma só.
· FREQUÊNCIA DE FUSÃO ÓTIMA
• A contração muscular tetânica dos mm esqueléticos humanos ocorre a uma frequência de fusão de 50 Hz (50 cps ou 50 pps ou 50 bups).
· GANHO DE FORÇA DURADOURO 
• Há um corpo de evidências que apoiam a alegação de Kots de que a aplicação isolada do treinamento muscular evocado eletricamente (usando corrente russa ou outras formas de corrente pulsada) leva a ganhos duradouros na força.
· MECANISMO TRÓFICO 
• Contrações musculares (voluntárias ou induzidas eletricamente) contra uma carga externa levam à hipertrofia. 
•Nos regimes de treino de força extenuantes que usam corrente russa, os músculos se tornam maiores e mais fortes em virtude da hipertrofia (alargamento de ff musc.) e não da hiperplasia (adição de ff musc.).
· MECANISMO DE FORTALECIMENTO MUSCULAR
• Resulta da interação entre um mecanismo neural (melhora do recrutamento e disparo das UM) e um mecanismo trófico (hipertrofia) 
 
• A habilidade do paciente para melhorar a ativação da UM e alargar as ff musc. por meio do treino voluntário ou evocado eletricamente determinará a extensão de fortalecimento muscular alcançada
· é preciso além da integridade do mecanismo neural, a integridade do mecanismo trófico também para que haja uma contração efetiva.
· RELEMBRANDO
• Independente de ter forma de onda senoidal, quadrada ou retangular, corrente russa sempre emite pulsos bifásicos com uma frequência portadora de 2.500 cps, modulada para produzir 50 bups, cada burst com duração de 10 ms 
· DOSIMETRIA
• Amplitude de corrente: 
· Níveis de treinamento entre 40% e 60% da CVM (contração voluntária máxima) são necessários para alcançar ganhos de força duradouros
· Na prática vamos modular essa amplitude de corrente no nível motor. Então escolher entre 40 e 60% (mais ou menos o meio) para que haja ganho de força duradouro sem provocar fadiga, por isso é importante ficarmos no intermediário.
· FREQUÊNCIA BURST 
• 50 bups 
contração muscular é alcançada na maioria dos mm humanos nessa frequência 50 bursts por segundo, mesma coisa que 50Hz (frequência ótima de fusão nas contrações musculares)
· PROPORÇÃO DE TEMPO LIGADO:DESLIGADO
(ON)	 (OFF)
•Corresponde à determinação do tempo de contração (ligado) e de repouso (desligado) entre duas contrações para prevenir fadiga 
 
•Proporção ótima recomendada para fortalecimento muscular: 10s:50s (1:5)
•Se o músculo fadigar?
· diminui o tempo ligado
· aumenta o tempo desligado
· TEMPOS DAS RAMPAS DE SUBIDA E DESCIDA
• 1 ou 2 segundos pode variar de 1-5 segundos, mas não colocar mais de 5 segundos para evitar o efeito de acomodação.
•Simula as fases de contração e relaxamento graduais de uma CVM
· MÉTODOS DE TREINAMENTO
•Estimulação elétrica sozinha
· Sem CVM podemos optar por fazer somente a estimulação elétrica sozinha sem a contração voluntária máxima, ou seja, pedir para o paciente só sentir a corrente e não contrair junto.
•Estimulação elétrica + voluntária 
· Contração muscular = induzida eletricamente + voluntária podemos optar pela estimulação elétrica associada com a contração voluntária para potencializar mais ainda o recrutamento de unidades motoras (UM)
· PROTOCOLO DE TREINAMENTO
• 10c/10s/50s 
-10 contrações por sessão 
-10 segundos cada contração 
-50 segundos de repouso por contração 
 
 
Melhor protocolo para ganho de força sem induzir fadiga (Kots, 1977) 
· INDICAÇÕES BASEADAS EM PESQUISAS
· CONSIDERAÇÕES PARA APLICAÇÃO
• Preparo da pele: 
-Limpar com álcool 
 
• Tipo de estimulador: 
-Portáteis são tão bons quanto os de gabinete 
 
• Tipos de eletrodos: 
-Borracha de carbono ou mallhas de metal flexíveis 
 
• Preparo dos eletrodos: 
-Aplicar gel na interface eletrodo-pele (alguns eletrodos já vêm com gel pré-aplicado)
• Densidade de corrente no eletrodo: 
-mA/cm2 (razão entre amplitude de corrente e área do eletrodo)
-Quanto > densidade de corrente, > desconforto 
-Recomenda-se eletrodo maior principalmente quando a amplitude de corrente é alta 
 
•Espaçamento dos eletrodos e profundidade de penetração: 
-Quanto maior o espaçamento entre eletrodos, mais profunda a penetração da corrente 
-Quanto mais próximo os eletrodos, mais superficial o efeito
• Fixaçãodos eletrodos: 
-Fita (os de carbono precisam de fita) 
-Alguns são autoadesivos 
-Fixação é necessária para assegurar que toda área de superfície do eletrodo fique em contato com a pele, evitando variações não intencionais de densidade de corrente
· MÉTODOS DE COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS
• Monopolar: 
-Um eletrodo sobre área contrátil do músculo 
-Outro eletrodo distante
• Bipolar:
-Dois eletrodos sobre área contrátil do músculo
• Quadripolar:
-Quatro eletrodos sobre área contrátil do músculo
• Multipolar: 
-Mais de quatro eletrodos sobre área contrátil do músculo 
-Estimulador de múltiplos canais
• Eletrodo sobre pontos motores: 
-Ponto motor: 
- área de pele onde o músculo é melhor estimulado com amplitude de corrente e duração de pulso menores 
-superfície do ponto de entrada de um feixe de ff nervosas motoras dentro de um fascículo de ff musculares 
-alguns músculos podem ter vários pontos motores 
-Existem mapas de pontos motores (Prentice, 1998; Stankey, 2004)
· MODOS DE ESTIMULAÇÃO 
• Estimuladores elétricos neuromusculares modernos tem pelo menos dois canais independentes e um controle de tempo, permitindo que ambos os canais sejam disparados de forma independente 
• O ajuste manual do atraso de tempo entre canal 1 e canal 2 permite a escolha entre três modos de estimulação: 
-Sincrônica 
-Recíproca 
-Sobreposição
MODO DE ESTIMULAÇÃO SINCRÔNICO
• Controle de tempo (D de delay) do canal 2 = 0 segundos 
• Tempo ligado e tempo desligado iguais nos dois canais (todos os canais entram juntos ao mesmo tempo)
• Ambos canais ativados e desativados de modo sincronizado
MODO DE ESTIMULAÇÃO RECÍPROCO
• D canal 2 = tempo ligado canal 1 = tempo desligado canal 2
•Essa regulagem resulta na ativação recíproca dos canais 
•Permite estimulação alternada de músculos agonista versus antagonista (quando o canal 1 está ligado no bíceps, por exemplo, o 2 que está ligado no tríceps desliga e vice-versa isso é chamado de estimulação recíproca, para estimular agonista e antagonista) 
MODO DE ESTIMULAÇÃO SOBREPOSTO
• D canal 2 > 0 segundos e < tempo ligado canal 1 
•Os canais se sobrepõem já que canal 2 é ativado segundos depois do canal 1 
•Permite a contração sobreposta de dois músculos diferentes
· CONSIDERAÇÕES PARA APLICAÇÃO
• Dosimetria para fortalecimento muscular: -10c/10s/50s 
 
• Método de treinamento com estimulação: -Estimulação elétrica sozinha 
-Estimulação elétrica emitida concomitantemente à CVM 
 
• Número de séries por sessão: 
-3 séries de 10 contrações, cada série separada por 5 min de repouso 
• Final do tratamento: 
-Inspecione a pele 
-Documente na ficha do paciente qualquer sensação não usual 
-Limpe o gel da pele 
-Lave e seque eletrodos reutilizáveis 
 
•Manutenção de cabos e eletrodos reutilizáveis: 
-Verifique cabos e eletrodos regularmente em busca de desgaste e rachaduras 
-Verifique a impedância dos eletrodos com um ohmímetro, pois sua impedância pode aumentar com o tempo 
-Descarte eletrodos após 6 meses de uso

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