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PLANEJAMENTO DE CARREIRA E SUCESSO PROFISSIONAL Ambiente universitário e desenvolvimento pessoal DEFINIÇÃO Novas oportunidades surgirão na sua vida a partir do momento em que você tomar a decisão de ingressar no Ensino Superior. Uma vez que compreenda o impacto do ambiente universitário como pontapé inicial em sua jornada, focaremos em você: como você aprende? Você tem metas? Também vamos rever os conceitos de inclusão e desigualdade sob o viés social. Afinal, você está se preparando para cumprir um papel profissional de forma ativa na sociedade e precisará entender como ela funciona. PROPÓSITO Ao entender como o ambiente universitário funciona, obtendo autoconhecimento e analisando o contexto social atual, você estará mais preparado para alcançar o sucesso acadêmico e profissional. OBJETIVOS Primeiro módulo: Listar as características do Ensino Superior e a sua importância Segundo Módulo: Discutir métodos para administrar seu tempo e técnicas de estudos Terceiro Módulo: Explicar questões de diversidade e inclusão na sociedade Primeiro módulo: Listar as características do Ensino Superior e a sua importância NTRODUÇÃO Por que vamos para a Universidade? No vídeo, Rodrigo Rainha comenta sobre a existência das Instituições de Ensino. INSTITUIÇÕES DE ENSINO São nas Instituições de Ensino Superior (IES) que funcionam os cursos de graduação e os de pós-graduação. As IES podem ser classificadas como Universidades, Centros Universitários ou Faculdades. Mas, quais as diferenças entre essas três denominações? Vejamos: FACULDADE: Atua normalmente em uma área específica do saber, por exemplo, oferecendo apenas cursos de gestão, ou de saúde, ou voltados à educação etc. Uma Faculdade não possui autonomia para criar programas de ensino sem a autorização do MEC. CENTRO UNIVERSITÁRIO: Possui cursos de graduação em variadas áreas e autonomia para criar cursos na sede da instituição. Geralmente, Instituições de Ensino que se classificam como Centros Universitários não preencheram todos os requisitos necessários para serem aceitas como Universidades e costumam ser de tamanho menor que elas. UNIVERSIDADE: O status de Universidade garante que a IES tenha autonomia total para executar suas finalidades e criar seus cursos. OBS: UNIVERSIDADE - O termo Universidade vem do latim Universitas magistrorum et scholarium (Comunidade de mestres e estudiosos). A Universidade é fundamentalmente multidisciplinar, já que deve ser constituída por uma oferta variada de cursos. É uma das instituições mais antigas da cultura ocidental e, como toda instituição que sobrevive à passagem da história, vem se transformando para corresponder aos anseios sociais. mAs Universidades no Brasil podem ser instituições de origem pública ou privada; porém, estão submetidas às leis maiores do país, como a Constituição Federal de 1988. Segundo a Constituição de 1988, as Universidades gozam de autonomia didático- científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, devendo obedecer ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. A Universidade deve possuir ao menos 4 programas de pós-graduação stricto sensu, sendo três mestrados e um doutorado. Resumindo: As diferenças entre Faculdade, Centro Universitário e Universidade não estão diretamente relacionadas com a qualidade dos cursos ofertados, mas sim com a autonomia e a complexidade institucional, como no quadro ao lado. Saiba mais: Está prevista na legislação brasileira a possibilidade de outras instituições, públicas ou privadas, ministrarem a Educação Superior, como as faculdades, os centros universitários e os institutos superiores. Abaixo, apresentamos os tipos de cursos oferecidos pelas Instituições de Ensino: Cursos de Graduação BACHARELADO : Graduação que confere ao formado competências em determinado campo do saber para o exercício de alguma atividade profissional. https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapseOne LICENCIATURA: Tipo de graduação que prepara o indivíduo para atuar como professor na Educação Básica dentro da área escolhida. Tanto a Licenciatura quanto o Bacharelado possuem uma base comum, por isso, normalmente, eles têm o mesmo peso. TECNOLÓGICO: Já esse tipo de curso possui carga horária menor que o Bacharelado e a Licenciatura, e apresenta como principal característica a preparação em caráter prático, em um nicho mais específico que o Bacharelado, como Logística e Design Gráfico, por exemplo. Cursos de Pós-graduação LATO SENSU: Os cursos lato sensu também são chamados especialização, possuem caráter de aperfeiçoamento ou de atualização em uma determinada área de conhecimento, com objetivo de aprofundar o conhecimento ou qualificar o egresso para uma determinada função. Têm carga horária mínima de 360 horas. São inclusos nesta categoria também os cursos de tipo MBA e MFA. STRICTO SENSU: Os cursos stricto sensu são cursos voltados à formação científica e pesquisa acadêmica. Existem nos níveis: mestrado e doutorado. O mestrado dura entre dois e dois anos e meio, durante os quais o aluno desenvolve uma pesquisa e cursa as disciplinas relativas ao tema pesquisado. Já o doutorado, tem duração média de quatro anos, para o cumprimento das disciplinas, realização da pesquisa e para a elaboração de uma tese. ESPECIFICIDADES ACADÊMICAS Concepção de um curso superior As diretrizes do Ministério da Educação determinam os componentes curriculares obrigatórios (disciplinas) e os tempos mínimo e máximo para integralização de cada curso de graduação. Além das disciplinas, alguns cursos têm definidas a obrigatoriedade de carga horária mínima de atividades acadêmicas complementares, de estágio curricular ou trabalho de conclusão de curso, por exemplo. De forma geral, o processo de aprovação de um curso culmina na utilização de uma matriz curricular que serve ao aluno como uma espécie de guia, contendo todas essas informações. Obs: matriz curricular - Apresentamos um trecho da matriz curricular de um curso de administração com suas informações fundamentais: Agora, vamos explorar as nomenclaturas: • Período letivo: Compreende o espaço de tempo em que se dá uma etapa do curso. Geralmente o período é semestral, sendo cada semestre composto por um grupo de disciplinas e, eventualmente, por atividade(s) acadêmica(s) para aquele período. Procure cursar todas as disciplinas do período para evitar que sua progressão acadêmica fique confusa. • Código e nome da disciplina: Cada disciplina, de cada curso, possui um código de referência, uma espécie de identidade da disciplina, que geralmente é associado ao seu nome. Os códigos e nomes das disciplinas são importantes quando há mudança de currículo, por exemplo, ou quando se deseja transferir de curso, entre outras situações acadêmicas. • Tipo da disciplina • As disciplinas denominadas mínimas são aquelas de cumprimento obrigatório, que compõem a estrutura curricular mínima, de acordo com as diretrizes curriculares do MEC. • As disciplinas denominadas eletivas contemplam determinados temas, áreas ou subáreas, podendo o estudante escolher dentre elas as que deseja cursar. Verifique se seu curso possui exigência de disciplinas eletivas e quais estão disponíveis. • As disciplinas optativas constituem um vasto elenco de possibilidades de enriquecimento curricular. Os alunos poderão cursá-las facultativamente, sem limite mínimo ou máximo, sendo o resultado incluído no seu histórico escolar. • Carga horária: A carga horária compreende o número de horas previsto para abranger o conteúdo a ser abordado na disciplina. Também é calculada de acordo com o número total de horas de um curso, o qual é harmoniosamente distribuído pelos períodos para se ter uma uniformidade. O número de horas de uma disciplina também pode contemplar, alémdas aulas teóricas em sala de aula, atividades práticas, pesquisas etc. • Pré-requisito: Algumas disciplinas, em virtude de seu conteúdo, exigem conhecimento prévio adquirido em disciplinas anteriores. A isso denominamos pré-requisito; ou seja, para cursar uma disciplina que possui tal exigência, é necessário ter cursado uma disciplina anterior que guarda relação de conteúdo. É possível ainda haver co-requisito: uma disciplina deverá ser cursada juntamente com outra, no mesmo período. A seguir, veremos um pouco mais sobre esse processo de forma prática: 01- O Núcleo Docente Estruturante do curso analisa as determinações do MEC e estabelece o Projeto Pedagógico do Curso, e junto com ele, a matriz curricular. 02- Os professores das disciplinas também fazem parte do processo, auxiliando na especificação das ementas, carga horária, conteúdo programático, dentre outros, das disciplinas que compõem a matriz curricular. https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapseTwo https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapseThree https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapsefour https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapsefive https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html 03- Os alunos, ao escolherem o curso e realizarem a matrícula, entram em contato com a matriz curricular, verificando quais disciplinas compõem cada período letivo, sua carga horária, créditos etc. Espaços comuns: O mundo acadêmico vai muito além de uma cadeira e uma mesa, e você precisa conhecê-lo bem, aproveitando todas as oportunidades que ele oferece. Para começar, vamos apresentar os espaços oferecidos pela IES que você deverá utilizar com frequência durante sua jornada acadêmica: 01- SALAS DE AULA: Onde acontecem as aulas (geralmente teóricas), que contam com a presença física do professor e dos estudantes. Normalmente a aula teórica utiliza métodos de ensino baseados em exposições feitas pelo professor. 02- LABORATÓRIOS: Ambientes específicos voltados para aulas práticas de alguns cursos (podendo, por exemplo, ser um laboratório de fotografia, de química, informática etc.). A aula prática utiliza métodos de ensino baseados na aplicação do conhecimento, com simulações, experiências, atividades individuais ou coletivas realizadas pelo estudante. 03- AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM: Nesse ambiente, o professor atua como mediador da aprendizagem, incentivando a construção e a troca de conhecimentos e experiências entre você e outros estudantes, com o importante papel de impulsionar os estudos. Além das aulas, há discussões realizadas nos fóruns, ferramentas de interação, chats, biblioteca virtual da disciplina, conteúdo interativo, videoaulas etc. 04- BIBLIOTECA: A biblioteca é um espaço de apoio ao aluno. Além de suas funções principais, oferece, de forma sistemática, oficinas que habilitam o estudante a pesquisar na Internet e cursos sobre as normas técnicas a serem seguidas na formulação de trabalhos escritos. Geralmente, ao falarmos de biblioteca estamos nos referindo à biblioteca presencial, mas em muitas universidades já existe a biblioteca virtual. Recomendação: A unidade em que você estuda possui várias instalações, explore-as. Atividades curriculares A exigência de Atividades Curriculares deve variar de acordo com as características do curso que você escolheu. Além das atividades exigidas em aula, vejamos as mais comuns: ATIVIDADES ESTRUTURADAS: São atividades pertinentes que integram a carga horária de algumas disciplinas. Devem ser desenvolvidas e propostas pelos professores e executadas pelos alunos, de forma individual ou coletiva, dependendo da atividade. ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES (AAC): Para se formar, o aluno deve ter uma carga horária mínima de horas de Atividades Acadêmicas Complementares de acordo com o exigido na sua Matriz Curricular. São componentes curriculares obrigatórios nos cursos de bacharelado e licenciatura e têm por objetivo enriquecer e complementar o perfil do formando. Essas atividades podem ocorrer fora do ambiente acadêmico e incluem a prática de estudos, pesquisas, atividades independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade etc. Elas privilegiam a formação social e profissional, fortalecendo as relações dos acadêmicos com o mercado do trabalho. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: O Estágio é uma atividade acadêmica obrigatória na maioria dos cursos de nível superior (especialmente para os cursos de Licenciatura). Trata-se da articulação entre a teoria e a prática, essencial para a formação profissional. A carga horária mínima do estágio varia conforme o curso. Consulte a Estrutura Curricular do seu curso para mais informações. EXTENSÃO: As atividades de extensão, por sua vez, consistem primordialmente em propiciar à comunidade o estabelecimento de uma relação de reciprocidade com a instituição de ensino, integrando estudantes, professores e comunidade em projetos consistentes e de relevância social, geralmente valendo algumas horas AAC. INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PESQUISA: A iniciação científica e a pesquisa incentivam a investigação, com vistas ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e à criação e difusão de cultura. As atividades de pesquisa desenvolvem o entendimento do ser humano e da sociedade. Como estudante, você será estimulado a conhecer os métodos científicos e a aprendizagem de técnicas de pesquisa, bem como o desenvolvimento da mentalidade crítica e investigativa. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC): É um componente curricular presente ao final dos bacharelados e licenciaturas, como forma de efetuar uma avaliação final dos graduandos, que contempla a diversidade dos aspectos de sua formação. O TCC pode ser uma monografia, um artigo científico, um projeto, dependendo do Projeto Pedagógico de cada curso. Consulte a matriz curricular do seu curso para saber se o TCC é obrigatório. Procedimentos de avaliação Os procedimentos de avaliação seguem normas que podem ser diferenciadas tanto de acordo com a IES quanto para a modalidade da disciplina. O aluno deve ser avaliado pelo seu desempenho nas avaliações, sendo a cada uma delas atribuído uma nota de 0,0 (zero) a 10,0 (dez). Em relação à prova em si, os instrumentos para avaliação da aprendizagem podem ser construídos a partir de itens de teste: questões objetivas e discursivas, classificadas em diferentes níveis de complexidade e diferentes níveis cognitivos. Será considerado aprovado na disciplina o aluno que obtiver nota igual ou superior a uma média, que costuma ser gerada a partir de todas as notas dessa disciplina em particular. É importante que você procure saber qual a média da sua Instituição de Ensino e que pergunte para cada professor sobre a forma de avaliação. ESTABELECENDO CONTATOS https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapse31 https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapse32 https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapse33 https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapse35 https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapse36 https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapse34 Vestibular concluído, aprovação no curso, matrícula feita. E agora? A partir desse momento, você conviverá presencial ou virtualmente com diversos membros dessa comunidade. Trata-se de um novo grupo de parceiros que estabelecerá com você uma rede de futuros contatos pessoais e profissionais. Conheça, a seguir, seus principais interlocutores: estudantes, coordenadores, professores e funcionários do campo. Lembre-se: seu comportamento, sua personalidade e sua imagem serão lembrados por essas pessoas. Alunos falam brevemente sobre suas expectativasem relação ao curso superior. No vídeo, Rodrigo Rainha comenta sobre a existência das Instituições de Ensino. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. O ministério da Educação é o responsável por estabelecer as diretrizes de funcionamento do Ensino Superior no Brasil. Ele determina os seguintes fatores, exceto: a) Carga horária mínima para integralização do curso. b) Criação de um Núcleo Docente Estruturante. c) Regras de funcionamento do TCC. d) Obrigatoriedade da criação um Projeto Pedagógico de Curso. Resposta: Parabéns! A alternativa C está correta. O MEC pode até estabelecer por meio da DCN se um curso terá ou não Trabalho de Conclusão de Curso, mas a regra de funcionamento deve ser decidida no âmbito da instituição e por parte de seu corpo docente. 2. Assinale a alternativa que não corresponde a um tipo de Instituição de Ensino Superior: a) Faculdade. b) Centro Universitário. c) Universidade. d) Tecnólogo. Resposta: Parabéns! A alternativa D está correta. A faculdade é a estrutura mais simples do Ensino Superior. Centro universitário e universidade são as duas escalas mais altas, possuem mais autonomia para suas decisões. Logo, as três são tipos de IES. A alternativa “Tecnólogo” não é um tipo de Instituição, mas um tipo de curso do Ensino Superior. Segundo Módulo: Discutir métodos para administrar seu tempo e técnicas de estudos ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO Dedicação, vontade de crescer e superação de dificuldades são fundamentais em qualquer área de atuação. Chegou a hora de entender mais sobre como estudar de forma organizada, o assunto principal deste módulo. Iniciaremos com algumas reflexões: 01- Você já se preocupou com o tempo? 02- Você vive “correndo contra o tempo”? 03- O tempo parece ter ficado mais rápido? 04- O que causa essa percepção do tempo? Imagine a situação a seguir: 01- Quando estamos no trânsito e o sinal vermelho nos impede de prosseguir, nossa percepção de tempo se dá de duas formas: se estamos com pressa, o sinal demora; se não temos urgência, sequer percebemos que ele mudou para verde. 02- Uma constatação é: nunca teremos tempo para fazer tudo o que precisamos e desejamos. 03- Durante toda nossa vida, o tempo esteve e está presente, indicando horários a cumprir e decisões a tomar, mas nem sempre sabemos lidar com isso. 04- Saber administrar o tempo é identificar, dentre as várias coisas que precisam ser feitas, o que é prioritário para você. 05- Teoricamente é uma tarefa simples, mas não é. Estabelecer prioridades é uma necessidade. Sendo assim, ele pode ser visto como um projeto. Administrar o tempo ajuda a organizar sua rotina, aumentando sua produtividade. Como todas as ações possuem início, meio e fim, seu curso superior não é diferente. A necessidade de organizar o tempo se tornou premissa básica nos dias atuais. Ser desorganizado pode trazer prejuízos emocionais, profissionais e até financeiros. Administrar o tempo é saber o que é prioritário dentre as várias atividades da sua rotina. Estabelecer prioridades não é tão simples quanto parece e cumpri-las é mais desafiador ainda. Por isso, precisamos ter em mente o quão importante é essa organização para a nossa vida. Recomendação É de extrema importância que você tenha uma agenda pessoal como ferramenta. Atualmente temos várias alternativas, seja de agenda física, tradicional, ou de aplicativos que cumprem esse papel. O fundamental, seja no trabalho ou nos estudos, é que você escolha uma boa agenda, onde você possa marcar todos os compromissos. Você poderá consultá- la sempre ou, no caso do aplicativo, configurá-la para enviar notificações de compromissos com minutos, horas ou dias de antecedência. Podemos resumir os passos para uma administração do tempo bem-sucedida da seguinte forma: 1- Estabelecer prioridades 2- Planejar rotina 3- Estipular metas 4- Elaborar plano de ação Confira, a seguir, orientações para que você execute cada uma dessas etapas de acordo com suas prioridades. 1 - Estabelecer Prioridades Saber definir prioridades e gerenciar tarefas traz impactos significativos para a organização das demandas a serem cumpridas e para a tomada de decisões. Além disso, estabelecer prioridades ajuda a trazer mais equilíbrio também para o campo pessoal. Você pode definir quais compromissos precisam da sua atenção em determinado momento e, assim, evitar sensações de esgotamento ou de culpa por achar que deveria estar em outro local. 1 - Listar atividades: Liste todas as suas atividades para que você enxergue com mais clareza tudo o que tem para fazer diariamente. 2 - Estabeleça ordem de prioridade: A partir da lista, estabeleça sua ordem de prioridades, respeitando a importância e a relevância de cada atividade, seus valores, impactos e prazos. 2 - Planejar Rotina Você deve organizar o seu dia de acordo com a relação atividades/tempo, sempre utilizando a lista de prioridades como referência. Para que a lista seja fiel à realidade e factível de ser cumprida, é fundamental que você se conheça a fundo, isto é, que identifique sua capacidade produtiva, seu tempo de concentração, sua necessidade de sono etc. Dessa forma, você vai encontrar seu melhor momento para fazer cada atividade. Nossos corpos têm relógios embutidos que determinam os melhores momentos para comer, dormir, fazer exercícios e trabalhar. Talvez você não tenha a flexibilidade de fazer tudo no tempo certo para si, mas tente ouvir seu relógio interno o máximo possível. Recomendação: Se você é daquelas pessoas cujos trabalhos criativos são melhor produzidos à noite, tente evitar afazeres criativos durante o dia e agende mais tarefas administrativas e analíticas para a manhã. Se você acha que exercitar-se é melhor no meio do dia, tente fazer isso durante seu intervalo para o almoço ou faça uma pausa no trabalho à tarde e retorne no início da noite. 3 - Estipular Metas Uma vez feito o planejamento da sua rotina, é preciso que ele seja cumprido. Assim, uma boa dica é estabelecer metas. Você sabe o que é uma meta? Em termos conceituais, podemos dizer que a meta é um ponto aonde se quer chegar. Vamos destacar quatro possíveis metas relacionadas à sua formação superior: - Meta acadêmica: concluir o curso superior no prazo de formação estipulado. - Meta financeira: Redimensionar o orçamento doméstico para custear o investimento em educação. - Meta profissional: conquistar um novo emprego de acordo com a formação superior adquirida. - Meta pessoal: Ser um profissional bem preparado, ético e cidadão. 4 - Elaborar Plano de Ação Usando a meta acadêmica como exemplo, o próximo passo é estabelecer um Plano de Ação: 1. Primeiro movimento: Aqui, vamos determinar as ações do semestre. Neste caso, levantamos três passos: obter presença no máximo de aulas possível, estudar cada disciplina duas horas a mais por semana e obter aprovação nas avaliações. 2. Organizar as ações: Percebemos que as duas primeiras ações definirão o cumprimento da terceira, então focaremos nas duas primeiras até o resultado das avaliações. A organização delas pode ser feita em uma tabela. 3. Monitorar as ações: Na tabela, criaremos colunas referentes aos meses para cada ação. O acompanhamento deve ser feito por ela, lembrando que você precisa saber a média e o limite de faltas para se guiar. 4. Apurar dos resultados: Semanas antes de executar as avaliações, você pode checar essa tabela para saber se tem chances de ser aprovado. Ao final de todas as avaliações, insira suas notas no plano. 5. Atingir meta:“Concluir o curso superior no prazo de formação estipulado”. Recomendação: Neste plano, selecionamos três ações relacionadas à meta, mas você poderá ter outras. Procure aprimorar esta organização incluindo uma coluna de comentários/observações, por exemplo, ou uma coluna de prazo para cumprimento, e outras que achar necessário. No semestre seguinte, repita a operação.TÉCNICAS DE ESTUDO As técnicas de estudo são procedimentos facilitadores em âmbito acadêmico. Temos que pensar em como melhorar os três pontos abaixo: - Atenção. Exemplo: problemas de atenção ao realizar uma leitura. - Concentração. Exemplo: dificuldade em se concentrar em aula. - Memória. Exemplo: Sentir “bloqueada” para guardar determinado conteúdo estudado. Com a aplicação de técnicas de estudo, você pode melhorar o seu ofício ou rendimento acadêmico. Você deve estar se perguntando: existe alguma técnica de estudo que me ajude a estudar ou a trabalhar de uma maneira mais efetiva? Sim, existe e selecionamos algumas técnicas: - FICHAMENTO: A primeira técnica de estudo serve para trabalhar concentração e memória. É o fichamento ou resumo. Uma coisa muito importante ao ler é que você tenha uma caneta ou um tablet para anotar as informações mais importantes do texto. Isso ajuda você a reter essa informação, melhorando sua atenção e sua memória. Então, todas as vezes que estiver lendo um texto, você pode e deve escrever no papel frases ou palavras- chaves que sejam importantes. Se você for fazendo isso ao longo de todo o texto, ao terminar de lê-lo, você verá que o seu fichamento está pronto. A partir disso, o que você pode fazer é deixar as anotações ali naquele papel ou transcrever as palavras para o seu Word, ou para uma agenda (física, eletrônica), porque você já terá os pensamentos básicos principais todas as vezes que quiser usar aquele texto. Então, o fichamento ou o resumo podem ser feitos dessa maneira de forma prática. - MAPA MENTAL: A segunda atividade ou técnica que você pode fazer para melhorar sua memória e sua atenção é o mapa mental. É muito parecido com o fichamento, mas você coloca esse texto (ou atividade, filme, livro etc.) em palavras, em temas, então destaca o tema daquele texto que você está lendo. A partir daquele tema, você vai encontrar no texto quais são as palavras que são relacionadas àquele tema e que são importantes. O mapa mental é formado por temas que vão se conectando por linhas para formar diagramas. Isso é uma técnica mnemônica, ou seja, uma técnica que faz você lembrar o que fez, o que leu, de forma bastante rápida e eficiente. - TABELA: Outra técnica que também pode ser utilizada é a construção de tabelas. Algumas pessoas preferem utilizar a tabela para resgatar o texto ou o trabalho que está fazendo de maneira rápida, então basta construir uma tabela com as colunas que achar necessárias e aí se colocam os temas, as palavras-chaves ou os assuntos pertinentes e importantes daquele texto. É uma ótima forma de resumir. - AUTOEXPLICAÇÃO: Por fim, falaremos da autoexplicação. Algumas pessoas têm dificuldades de ler em voz baixa, dizem assim: “quando eu leio baixo, não entendo que eu li”, então é preciso ler alto. Essas pessoas vão se dar muito bem com a técnica da autoexplicação, ou seja, elas leem o texto e explicam para si próprias e, durante essa explicação, as dúvidas vão surgir e a própria pessoa vai explicá-las. - GRAVAÇÃO EM ÁUDIO Uma outra técnica que pode ser aliada a essas outras é a gravação em áudio. Quem, nos dias atuais, não tem um celular na mão? Então, com o gravador do seu celular você pode gravar um texto que você está estudando, ou uma matéria que esteja escrevendo. Depois, você pode ouvir no trem, no ônibus, onde você estiver. É uma ótima forma de você relembrar, logo, uma técnica mnemônica. TIPOS DE APRENDIZADO Vamos conhecer, então, quais são as categorias de aprendizagem e ver como elas se diferenciam no processo de educação, pois cada perfil de estudante possui maneiras mais adequadas de compreender um conteúdo. Em seguida, você poderá descobrir qual dos perfis mais se assemelha às suas características. - Alunos virtuais: memorizam matérias, nomes e dados com mais facilidade quando a visão é estimulada. - Alunos auditivos: precisam de silencio e concentração para ouvir e memorizar a explicação dos professores para repassar o conteúdo em voz alta, mais tarde, na hora de estudar. - Alunos Cinestésicos: Precisam entender o conteúdo na pratica, colocar a mão na massa. Não basta apenas ler ou ouvir as explicações do professor. Leia atentamente as características a seguir e escolha aquelas que mais se ajustam ao seu perfil como estudante. Você pode marcar quantas alternativas quiser. Ao final do teste, você identificará qual é a sua categoria de aprendizagem. Explica bem conceitos e teorias. Aprende ao ver imagens e diagramas. Pensa de forma linear. https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapse41 https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapse42 https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapse43 https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapse45 https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html#collapse46 Não consegue ficar parado por muito tempo. Precisa de silêncio quando estuda. Lê lentamente. Costuma falar rápido e interromper outras pessoas Faz intervalos quando está estudando. Fala mais lentamente. Aprende quando faz ou resolve os problemas na prática. Gosta de abordagens práticas de ensino. Imagina conceitos a partir de imagens. Faz anotações detalhadas. Repete as coisas em voz alta. Você é um aluno: CINESTÉSICO Veja algumas dicas para facilitar seus estudos: - Estude em pequenos blocos de tempo; - Frequente aulas práticas em laboratórios; - Faça viagens de pesquisa de campo; - Estude com outras pessoas; - Use jogos de memória e fichas de anotações para memorizar conteúdos. Conheça as características das três categorias. Características das categorias de aprendizagem Alunos Visuais: • Costumam falar rápido e interromper outras pessoas; • Aprendem ao ver imagens e diagramas; • Precisam de silêncio quando estudam; • Imaginam conceitos a partir de imagens; • Fazem anotações detalhadas. Alunos Auditivos • Falam mais lentamente; • Explicam bem conceitos e teorias; • Possuem a tendência de serem ouvintes naturais; • Repetem as coisas em voz alta; • Pensam de forma linear; • Leem lentamente; • Preferem ouvir, ao invés de ler informações. Alunos Cinestésicos • Falam mais lentamente; • Aprendem quando fazem ou resolvem os problemas na prática; • Gostam de abordagens práticas de ensino; • Não conseguem ficar parados por muito tempo; • Fazem intervalos quando estão estudando; • Sofrem de períodos curtos de falta de atenção. INTERNET COMO ALIADA A Internet revolucionou a comunicação, trazendo uma grande diversidade de conteúdos e interatividade. Os ambientes virtuais de aprendizagem, adotados pela maior parte das Instituições de Ensino, costumam ter características similares, como fóruns de discussão, por exemplo. Os recursos online de interação em rede permitem compartilhar ideias, imagens, vídeos, textos, músicas e estimulam a criação coletiva, colaborativa. - Não copie e cole sem citar fonte, muito menos use textos da internet em trabalhos acadêmicos como se fossem de sua autoria. Isso é uma questão de Ética na rede! Obs: Ética- Em termos gerais, ética é o código de princípios e valores morais que regem o comportamento de uma pessoa ou grupo, com relação ao que é certo ou errado, influenciando na conduta e na tomada de decisões. Portanto, a ética está relacionada à opção ou desejo de se manter com os outros relações e/ou condutas justas e aceitáveis que consiste em uma reflexão crítica que permita a escolha da melhor forma de agir. VERIFICANDO O APRENDIZADO 03. O conteúdo desse módulo busca traçar um perfil proativo para que você tenha um referencial de comportamento que facilite o entrosamento com as matérias. Selecione as características desse perfil: https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html a) Gostar de desafios, demonstrar poucadedicação e ter atitude passiva. b) Ser organizado, demonstrar pouca dedicação e ter uma atitude ativa. c) Ser interessado, organizado e gostar de desafios. d) Demonstrar pouca dedicação, ter atitude passiva, mas gostar de desafios. Resposta: Parabéns! A alternativa C está correta. É fácil saber quais são os comportamentos que vão proporcionar maiores chances de se obter êxito na vida acadêmica. E o mesmo vale para a vida profissional. 4. Qual o tipo de inteligência que contempla as características: aprender ao fazer ou resolver os problemas na prática e não conseguir ficar parado por muito tempo? a) Inteligência visual. b) Inteligência cinestésica. c) Inteligência auditiva. d) Inteligência espacial. Resposta: Parabéns! A alternativa B está correta. As pessoas que possuem a inteligência cinestésica (ou corporal-cinestésica) mais acentuada precisam praticar o conteúdo e não apenas ouvir as teorias Terceiro Módulo: Explicar questões de diversidade e inclusão na sociedade DIVERSIDADE Nas sociedades, encontramos uma multiplicidade de pessoas com religião, etnias, línguas, gênero, orientação sexual, cultura, classe social, geração distintas, isto é, de variadas identidades sociais/culturais; chamamos esse fato de diversidade. É a condição de ser composto de diferentes elementos. Para construir as identidades e as diferenças, é necessário entender o que é alteridade. Esse é um conceito filosófico, resultado de um processo de diferenciação que acontece entre o “eu” interior e particular de cada um, e o “outro” diferente, isto é, aqueles que são estranhos e não familiares. Estranhar o “outro” é reconhecer em outro indivíduo, ou em um conjunto deles, as suas peculiaridades, diferenças e equivalência. Nessa comparação, o “outro” ou “outros”, tornam-se identificáveis, possibilitando hierarquizá-los, separá-los, classificá- los, dominá-los. A partir da distinção entre o “eu” e o “outro” são construídas identidades, tanto individuais quanto sociais. Resumindo: - O conceito de identidade se refere a uma parte mais individual do sujeito, mas que, ainda assim, é totalmente dependente da convivência social. - Identidade social é o conjunto das características atribuídas a um indivíduo pelos outros, uma espécie de categorização realizada pelos demais para identificar o que uma pessoa é em particular. Exemplo A profissão de professor é um título profissional e, portanto, possui uma série de qualidades predefinidas no contexto social que são atribuídas aos indivíduos que exercem tal ofício. A partir disso, o sujeito posiciona-se e é posicionado em seu âmbito social em relação a outros indivíduos que partilham dos mesmos atributos. Diversidade e História A noção de diversidade tem uma longa história na configuração das Ciências Sociais. A compreensão da diversidade das culturas é o tema central dos estudos da Antropologia Cultural. Esta considera que as sociedades devam aceitar a diversidade das culturas. No entanto, o que se observa é que a humanidade esteve por muito tempo cega para as diferenças culturais e sociais e tornando objetos de exclusão tudo o que não fazia parte de suas ideologias dominantes. Ao longo da história, cada sociedade se autodefiniu em uma relação de contraposição em relação a outras culturas. Vejamos, por exemplo a resistência europeia em relação à culturas “menores”: - Roma - 27 a.C.: Podia ocorrer, por vezes, que, em um amplo território como o império Romano, existissem culturas formadas pelos povos dominados. - Roma - Séc. IV: O dominador romano designava sob o nome de bárbaro tudo o que não participava da cultura e, para civilizá-los, impunham sua língua, seus costumes principais, seus deuses, sua crença, de forma oficial. - Europa - Séc. XVII: Na época do Renascimento as pessoas da floresta eram chamadas de naturais ou de selvagens. - Europa - Séc. XIX: O termo “primitivo” designava os grupos tribais. O que não se parecesse ao mundo europeu deveria ser considerado inferior e atrasado. Não existia diversidade religiosa, apenas fiéis e infiéis, crentes e hereges; não havia diversidade étnica, somente brancos civilizados e negros, índios selvagens e bárbaros. Importante: Desse modo, o ocultamento da diversidade servia, e ainda serve, para consolidar a ideia de um mundo homogêneo, no qual a diferença é considerada perigosa e ruim, condição que devia ser superada para a conformação dos modernos estados nacionais. No mundo globalizado, a existência de culturas e grupos humanos diversos coexistindo ocasiona uma série de questões que envolve desde os modos de construção de uma sociedade democrática, plural e justa, até a conciliação do direito à diferença com o direito à igualdade. Assim, falar em diversidade social significa destacar a questão da convivência dos diferentes com suas diferenças em um contexto de tolerância e solidariedade que consiga ultrapassar a violência, as hierarquias excludentes, o tratamento perverso, as desigualdades econômico-sociais, entre outros. Saiba mais: Assim, falar em diversidade social significa destacar a questão da convivência dos diferentes com suas diferenças em um contexto de tolerância e solidariedade que consiga ultrapassar a violência, as hierarquias excludentes, o tratamento perverso, as desigualdades econômico-sociais, entre outros. DESIGUALDADE SOCIAL A desigualdade social é toda situação de diferenciação social e/ou econômica. Na desigualdade social existe uma distribuição desigual de recursos materiais ou simbólicos ocasionada pelas estruturas da sociedade. Esta traz circunstâncias que privilegiam alguns em detrimento de outros. Esses privilégios podem ser observados tanto pelo acesso diferenciado às oportunidades como pela riqueza econômica, que geram distinção, estigma, vulnerabilidade, exclusão individual e coletivamente. A diferença torna-se uma desigualdade apenas se provocar uma desvantagem ou uma vantagem. Existem diferentes tipos de desigualdade: social, econômica, política, cultural e de gênero, por exemplo. É importante não confundir as desigualdades com as diferenças. Há diferenças relacionadas a diversos gêneros, idades, religiões, etnias etc. No entanto, uma desigualdade é uma diferença que se traduz com vantagens e desvantagens. Resumindo: DIFERENÇA: Um indivíduo ser lido como homem pela sociedade e outro indivíduo ser lido como mulher. DESIGUALDADE: Ocorre quando o resultado de diferença de gênero culmina em desigualdade salarial em uma empresa. Importante: O racismo, o machismo, a xenofobia, a homofobia, entre outras ideologias discriminatórias, vincularam e vinculam determinadas pessoas a características coletivas e pejorativas, que as impedem de receber prestígio, respeito e valoração social como um indivíduo qualquer, por meio de discriminações, que, na maioria das vezes, são executadas indiretamente. Obs: Racismo: Preconceito e discriminação direcionados a quem possui uma raça ou etnia diferente, geralmente se refere à segregação racial. Machismo: Opinião ou atitudes que discriminam ou recusam a ideia de igualdade dos direitos entre homens e mulheres, a partir da concepção de que mulheres são subordinadas aos homens. Xenofobia: Aversão, rejeição, preconceito e discriminação a pessoas ou coisas estrangeiras ou ao estranho no seu ambiente. Homofobia: Aversão ou rejeição, preconceito e discriminação a uma pessoa homossexual. EXCLUSÃO No Brasil, a desigualdade social é econômica, cultural e política, além de étnica. Esse processo deve ser entendido como exclusão, isto é, uma impossibilidade de poder partilhar, o que leva à vivência da privação, da recusa, do abandono e da expulsão, inclusive com violência, de um conjunto significativo da população. A exclusão é uma situação de privação coletiva e inclui pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade, não representaçãopública. Não se trata de um processo individual, embora atinja pessoas, mas de uma lógica que está presente nas várias formas de relações econômicas, sociais, culturais e políticas da sociedade brasileira. Saiba mais: O tema da desigualdade e inclusão social no Brasil é muito importante, uma vez que segundo recentes dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH—2018), revelado pelo Programa das Nações Unidas para o https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html Desenvolvimento (PNUD), o país ocupa o 79º lugar entre 189 nações no ranking de IDH pelo terceiro ano seguido, que leva em conta indicadores de educação, renda e saúde, de acordo com o relatório de desenvolvimento humano. Obs: Dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH—2018) O país perdeu 17 posições na classificação correspondente à diferença entre ricos e pobres, e, entre os países da América do Sul, o Brasil é o terceiro país que mais perde percentualmente neste índice (com 23,9%), atrás do Paraguai (25,5%) e Bolívia (25,8%). A desigualdade brasileira também cresce nas comparações de gênero. Embora as mulheres tenham mais anos esperados de escolaridade (15,9, frente a 14,9 dos homens) e maior tempo médio de estudo (8 anos, contra 7,7 dos homens), elas ainda recebem bem menos que os homens no Brasil. A renda per capita da mulher é 42,7% inferior à de pessoas do sexo masculino. No índice de desigualdade de gênero, o país aparece na 94ª posição entre 160 países analisados. Também é baixa a representatividade da mulher no Congresso Nacional (apenas 15%, em 2019). É, portanto, um processo múltiplo que se explica por várias situações de privação material e/ou relacionadas à escassez de autonomia, de desenvolvimento humano, de qualidade de vida. Desse modo, a exclusão não está restrita ao acesso de bens e serviços, mas também à segurança, à justiça, à cidadania. Resumindo: Trata-se de uma condição inerente ao capitalismo contemporâneo, ou seja, a exclusão social foi impulsionada pelas estruturas desse sistema econômico e político e intensificadas com a globalização do capitalismo neoliberal, a partir do final do século XX. Assim, as pessoas que possuem essa condição social sofrem diversos preconceitos. Elas são marginalizadas pela sociedade e impedidas de exercer livremente seus direitos de cidadãos. - 1980: No Brasil, na década de 1980, a redemocratização da sociedade brasileira e os ciclos econômicos recessivos aumentaram a visibilidade das questões sociais. - 1990: Na década de 1990, surgiram os sinais evidentes de uma piora das condições de vida. A exclusão social tornou-se visível e contundente a partir da população de rua e da violência urbana. Os grupos dos excluídos são denominados minorias, correspondem a grupos sociais ou mesmo nações que lutam na defesa de seus ideais. Obs: Minoria: O termo “minoria”, nesse caso, não se trata de um conceito quantitativo. A situação em comum dessas minorias é a situação de exclusão e/ou discriminação, que provoca o surgimento de movimentos sociais à procura de conquistar a dignidade e o respeito, por meio de ações políticas. Importante: Os excluídos não são apenas aqueles que se encontram em situação de carência material, mas também os que não são reconhecidos como sujeitos, que são estigmatizados, considerados nefastos ou perigosos à sociedade. Como, por exemplo: a impossibilidade dos homossexuais constituírem uniões estáveis e terem direito à herança de seus companheiros ou companheiras. Dentro do contexto da exclusão social, existem diferentes graus e formas de exclusão que, segundo Sposati (2006), se apresentam como: Exclusão estrutural, Exclusão absoluta, Exclusão relativa, Exclusão da possibilidade de diferenciação , Exclusão da representação e Exclusão integrativa. Segue abaixo a explicação de cada uma: Exclusão estrutural: Resultado do processo seletivo do mercado, que não garante emprego a todos, gerando contínua desigualdade. Exclusão absoluta: Originada da condição de pobreza absoluta de um crescente segmento social. https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html Exclusão relativa: Sentida por aqueles que possuem os níveis mais baixos de acesso e apropriação da riqueza social e das oportunidades historicamente acessíveis do ser humano. Exclusão da possibilidade de diferenciação: Resultado do grau de normalização e enquadramento que as regras de convívio estabelecem entre os grupos de uma sociedade, não efetivando os direitos das minorias. No caso, o padrão de intolerância inclui, ou não, as heterogeneidades de gênero, etnia, religião, orientação sexual, necessidades especiais etc. Exclusão da representação: Grau pelo qual a democracia de uma sociedade possibilita tornar presentes e públicas as necessidades, interesses e opiniões dos vários segmentos, especialmente na relação Estado-Sociedade. Exclusão integrativa: A exclusão é perversamente a maneira de um segmento da população permanecer precariamente presente na lógica da acumulação. INCLUSÃO A inclusão é um termo amplo, utilizado em diferentes contextos, em referência a questões sociais variadas. Entretanto, de modo geral, corresponde à inserção social de pessoas que experimentam algum tipo de exclusão, seja da escola, do mercado de trabalho e/ou de qualquer outro espaço social, devido à sua condição socioeconômica, de gênero, orientação sexual, raça, não domínio de tecnologia ou por possuir algum tipo de deficiência. A inclusão social é a busca da afirmação de direitos que há muito tempo foram negados e a valorização da diversidade. Portanto, a exclusão e a inclusão social são necessariamente interdependentes. Alguém é excluído de uma situação de inclusão específica. A sociedade que exclui é a mesma que inclui e integra, e esta transmutação é a condição de uma ordem desigual. Todos estamos de algum modo inseridos, mas nem sempre decente e dignamente. A ideia da inclusão se fundamenta em uma filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade. Isto significa a garantia do acesso de todos a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou grupo social. A inclusão social é uma questão qualitativa e pressupõe, segundo Sposati (2006), os seguintes quesitos: Autonomia: É entendida como a capacidade e a possibilidade do cidadão em suprir suas necessidades vitais, especiais, culturais, políticas e sociais, sob as condições de respeito às ideias individuais e coletivas. Estas supõem uma relação com o mercado e com o Estado, ambos responsáveis por assegurar as necessidades de exercício de liberdade, com reconhecimento da sua dignidade e a possibilidade de representar pública e partidariamente os seus interesses, sem ser impedido por ações de violação dos direitos humanos e políticos ou pelo cerceamento à sua expressão. Qualidade de vida: A qualidade e a democratização dos acessos às condições de preservação do homem, da natureza e do meio ambiente. Qualidade de vida é a possibilidade de melhor redistribuição, e usufruto, da riqueza social e tecnológica aos cidadãos de uma comunidade; a garantia de um ambiente de desenvolvimento ecológico e participativo de respeito ao homem e à natureza, com o menor grau de degradação e precariedade. Desenvolvimento humano: É a possibilidade de todos os cidadãos de uma sociedade melhor desenvolverem seu potencial com o menor grau possível de privação e de sofrimento; a possibilidade da sociedade poder usufruir coletivamente do mais alto grau de capacidade humana. O estudo do desenvolvimento humano tem sido realizado pela ONU/PNUD, por meio do Indicador de Desenvolvimento Humano (IDH). Equidade: É o reconhecimento e a efetivação, com igualdade, dos direitos da população, sem restringir o acesso a eles nem estigmatizar as diferençasque conformam os diversos segmentos que a compõem. Assim, equidade é entendida como possibilidade das diferenças serem manifestadas e respeitadas, sem discriminação; condição que favoreça o combate das práticas de subordinação ou de preconceito em relação às diferenças de gênero, políticas, étnicas, religiosas, culturais, de minorias etc. Cidadania: É aqui considerada como o reconhecimento de acesso a um conjunto de condições básicas para que a identidade de morador de um lugar se construa pela dignidade, solidariedade e não só pela propriedade. Esta dignidade supõe não só o usufruto de um padrão básico de vida como a condição de presença, interferência e decisão na esfera pública da vida coletiva. Democracia: A possibilidade do exercício democrático é componente de inclusão local na medida em que esta supõe cidadania e não acesso a renda e serviços, o que coloca as pessoas no patamar da sobrevida sem alcançar a condição de sujeitos cidadãos. Felicidade: Para atingi-la supõe-se muito mais do que a posse, o acesso a condições objetivas de vida. Ela traz à cena a subjetividade e, nela, o desejo, a alegria entre um conjunto de sentimento em busca da plenitude humana. Vale dizer, uma situação que permita que o potencial das capacidades humanas sem restrições a povos ou pessoas possa se expandir. “De cada um conforme a sua capacidade, e a cada um conforme sua necessidade” (Marx). POLÍTICAS PÚBLICAS A Constituição Federal do Brasil assume como fundamental, entre outros, o princípio da igualdade, quando reza no seu artigo 5º que: “[...] todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros, residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.” Para que a igualdade seja real, entretanto, ela há de ser relativa (dar tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais). O QUE ISSO SIGNIFICA? Que as pessoas são diferentes, têm necessidades diversas e o cumprimento da lei exige que a elas sejam garantidas as condições apropriadas de atendimento às peculiaridades individuais, de forma que todos possam usufruir das oportunidades existentes. Tratar desigualmente não se refere à instituição de privilégios, e sim, à disponibilização das condições exigidas pelas peculiaridades individuais na garantia da igualdade real. O principal valor que permeia, portanto, a ideias da inclusão é o configurado no princípio da igualdade, pilar fundamental de uma sociedade democrática e justa: a diversidade requer a peculiaridade de tratamento, para que não se transforme em desigualdade social. Este princípio da igualdade permite à lei tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. O princípio postula que as desigualdades de fato decorram das diferenças das aptidões pessoais, dando tratamento diferenciado às pessoas diferenciadas. Desse modo, a configuração social do Estado brasileiro estabelecida pela Constituição de 1988 traz um conjunto de tarefas que visam superar as diferenças sociais e, em especial, a exclusão. É através das políticas públicas que a promessa constitucional da inclusão social será realizada pelo Estado e pela sociedade. Obs: Políticas públicas: Em geral, políticas públicas são um instrumento ou um conjunto de ação dos Governos, uma ação elaborada no sentido de enfrentar um problema público ou ainda um conjunto de decisões e ações destinadas à resolução de problemas políticos. Quem regula? A gestão da política social está ancorada na parceria entre o Estado, a sociedade civil, organizada ou não, e a iniciativa privada. As políticas públicas compreendidas como as opções que o governo toma, em instância federal, estadual ou municipal, para cumprir os objetivos estatais, exigem a participação dos interessados, isto é, todos os cidadãos, segundo o ideal republicano. Por que participar? Participar de maneira efetiva da tomada das decisões políticas do Estado, tanto nos momentos cruciais como na realização cotidiana das tarefas estatais, promove um sentimento de pertencimento, e de corresponsabilidade no cidadão na sua realidade social. Como é a participação das empresas privadas nesse processo? As empresas privadas têm sido também fortes parceiras nos programas de inclusão social uma vez que as incorporam à agenda de Responsabilidade Social Corporativa, que é uma forma de conduzir os negócios e que torna a empresa parceira e corresponsável pelo desenvolvimento social. Saiba mais As políticas públicas de inclusão social podem ser divididas em ações afirmativas e programas sociais. Obs: Ações afirmativas: Conjunto de políticas que compreendem que, na prática, as pessoas não são tratadas igualmente e, consequentemente, não possuem as mesmas oportunidades, o que impede o acesso destas a locais de produção de conhecimento e de negociação de poder. Esse processo discriminatório atinge de forma negativa pessoas que são marcadas por estereótipos que as consolidam socialmente como inferiores, incapazes, degeneradas etc. Programas sociais: Iniciativas destinadas a melhorar as condições de vida de uma população. Nesse assunto, serão apresentados dados e informações sobre algumas iniciativas do governo voltadas à população de baixa renda do Brasil. VERIFICANDO O APRENDIZADO 5. Dentro do contexto da exclusão social, existem diferentes graus e formas de exclusão. A exclusão absoluta seria: a) Grau de exclusão pelo qual a democracia de uma sociedade possibilita tornar presentes e públicas, as necessidades, interesses e opiniões dos vários segmentos. b) Grau de exclusão representada pela miséria. c) Exclusão do processo seletivo de mercado que não garante emprego à todos. d) Referente ao direito das minorias sociais. https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html https://estacio.webaula.com.br/cursos/go0395/te0024/index.html Resposta: Parabéns! A alternativa B está correta. Como vimos anteriormente, a exclusão absoluta ocorre através de uma condição de pobreza total e crescente de um segmento social. 6. Sobre a Diversidade, podemos afirmar que: a) A Diversidade cultural passou a ser um tema recente no debate da Antropologia Social. b) A Diversidade cultural e social sempre foi tolerada pelas ideologias dominantes. c) A Diversidade só surgiu a partir da globalização. d) Hoje em dia, a coexistência de culturas e grupos humanos diversos ocasiona uma série de questões que envolvem uma sociedade democrática, plural e justa. Resposta: Parabéns! A alternativa D está correta. Essas questões que fortalecem a busca por justiça e democracia têm como objetivo a conciliação do direito à diferença com o direito à igualdade. Considerações Finais Ao longo desses três módulos, você conheceu alguns aspectos da vida profissional durante e após a Universidade. Discorremos sobre os possíveis caminhos após a conclusão dos curso, oferecendo recomendações para situações do cotidiano. Esperamos que com este material você se planeje melhor para a graduação e que, quando for buscar o seu lugar no mercado de trabalho, sinta-se mais preparado e confiante para os desafios que certamente encontrará. Entretanto, é importante compreender que, no final das contas, o que faz a diferença é a maneira como você vai encarar os desafios que a vida apresentar. Cabe a você tomar decisões que, embora pareçam pequenas, farão grande diferença ao longo dos anos. Assiduidade, participação nas atividades extracurriculares, aproveitar ao máximo o conhecimento dos docentes, trabalhar em equipe, realizar os exercícios propostos, preparar-se antecipadamente para as aulas, respeitar professores e colegas e saber exatamente como e onde você se posiciona na sociedade são atitudes que, ao final do curso, terão contribuído muito para o seu futuro e para sua reputação. Paravocê entender melhor o significado de todo esse esforço, imagine-se ocupando uma posição gerencial e precisando contratar um reforço para sua equipe. Que tipo de aluno você gostaria de recrutar? Aquele com notas razoáveis e reputação de “fazer o necessário para passar” ou o que carrega uma reputação de seriedade, dedicação, companheirismo, empatia, interesse e que esteve sempre disposto a aprender um pouco mais? A resposta é fácil, não é mesmo? Podcast: Em nosso podcast, Rodrigo Rainha e Luís Claudio Dallier discutem os principais desafios do Ensino Superior: CONQUISTAS ADQUIRIDAS Reconheceu as características do Ensino Superior e a sua importância. Identificou métodos para administrar seu tempo e técnicas de estudos. Assimilou questões de diversidade e inclusão na sociedade. Referências Bibliográfica CLAVERY, Elisa. Brasil tem pequena melhora no IDH mas segue estagnado no 79º lugar em ranking global. Disponível em: https://g1.globo.com/ mundo/ noticia/ 2018/09/14/brasil-tem -pequena -melhora- no-idh-mas -segue-estagnado - no-79lugar -em-rankin g-global.ghtml. Acesso em 4 dez. 2019. SAWAIA, Bader (Org.). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1999. SECRETARIA DE GOVERNO-PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Inclusão Social. Disponível em: http://www.secretariadegoverno .gov.br/iniciativas/ internacional/ fsm/ eixos/inclusao-social. Acesso em 12 jun. 2017. SPOSATI, Aldaíza. Preparo da NOB-RH/SUAS. MDS/UNESCO, Brasília, 2006. javascript:void(0); javascript:void(0); javascript:void(0);
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